Volume 9
Capítulo 192: A rebelião das noivas da família Nagumo
Nota do Autor (Ryo Shirakome)
Atenção, a linha do tempo deste capítulo voltou ao passado mais uma vez. Este capítulo acontece entre o retorno ao lar e a reunião de um ano.
O pós-história é escrito ao bel prazer do autor (a história principal também foi aleatória), então a ordem cronológica também está uma verdadeira bagunça. Talvez seja difícil de ler, mas por favor, faça um esforço.
— Eu me pergunto... o que fazer quanto a cerimônia de casamento?
Na sala de estar iluminada pela luz do sol, Sumire, que estava caída no sofá, sussurrou para si mesma.
Este dia era um feriado para a sociedade. No entanto, Sumire era uma famosa mangaká desde o início e não tinha férias. A fim de navegar pelo tempo do julgamento com o nome de prazo de entrega que se aproximava, ela se transformou em um zumbi e se dirigiu para seu local de trabalho, mas... no final, Sumire, que ficou sem material, não conseguiu avançar e, em vez de ficar de mau humor na cama, ficou de mau humor em sua casa, agindo de forma preguiçosa.
No momento, Hajime e Shuu não estavam em casa, apenas o grupo feminino de Yue estava em casa. O incomum era que, apesar de Hajime sair, ele deixou Yue e as outras.
Hajime e o pai estavam indo a uma reunião sobre o novo jogo que estava sendo criado pela empresa de Shuu, mas deixando de lado o rapaz, que era reconhecido como uma importante força de batalha mesmo quando ainda era estudante, para Yue e as outras que tinham poucos conhecimentos sobre jogos, elas não podiam participar da reunião apenas com o motivo de quererem estar juntas do amado, esse seria um motivo superficial.
Além disso, hoje Myuu também estava saindo. Parecia que ela estava levando seus amigos (subordinados) pelo jardim de infância para deixar clara sua posição com os educadores da cidade vizinha. Quando Myuu saiu da entrada da casa, ela disse: — Hoje é a batalha decisiva, nano. Myuu ensinará aqueles garotos pretensiosos qual é o lugar deles na sociedade, nano! — com um sorriso destemido; mas quem ela estava imitando nessa questão... essa pergunta nem precisava ser feita.
Por causa disso, Kaori e Shizuku também foram convidadas a entrar na casa e passaram um feriado descontraído apenas com as mulheres, mas...
O explosivo silêncio que Sumire lançou provocou uma onda que de modo algum era pequena entre as mulheres. Acima da cabeça delas, havia marcas de "!?" flutuando, como as de um certo soldado, que adorava usar caixas de papelão, quando era descoberto por um soldado inimigo, e elas olharam para Sumire com um impulso que parecia emitir um som. Só Yue estava bebendo seu chá enquanto dirigia um olhar para Sumire como se estivesse olhando para uma pessoa inútil.
— E-err, sogra? O que você quer dizer com isso?
Shia representou todas e perguntou o verdadeiro significado do sussurro de Sumire. Em resposta a isso, Sumire levantou o rosto que estava enterrado no sofá e abriu a boca com uma expressão muito desconfortável.
— Não há um significado mais profundo nisso, Shia-chan. Mais cedo ou mais tarde, pretendemos realizar uma grande cerimônia de casamento de Hajime com Shia-chan e as outras, mas como esperado, é impossível para todas fazerem isso, não é? Veja, neste Japão, um país com um governo constitucional, a poligamia é proibida por lei.
— Com-com certeza…
Shia assentiu para cima e para baixo. Kaori e Shizuku soltaram um — Hmm? — e inclinaram as cabeças, elas estavam prestes a abrir a boca para dizer algo, mas as palavras de Sumire continuaram e as impediu.
— Os pais de todas também devem querer ver sua filha em um vestido de noiva. Mas, que tristeza, com base na lei do Japão, só pode haver uma noiva na cerimônia de casamento… ou seja, há apenas uma pessoa entre vocês que pode usar um vestido de noiva!
Zugaaan! Enquanto um trovão rugia atrás de suas costas, Sumire gritou a verdade chocante (?). Shia e Tio, e também Kaori e o resto das garotas fizeram uma careta que parecia dizer: "O que foi que você disse!?!?". Shizuku estava prestes a responder ao que Sumire apontou, mas...
— Shizuku-chan... você não quer usar um vestido de noiva?
— Quê? Nã-não, Sumire-san. Quer dizer, é-é claro que eu quero usar um, mas...
Sumire segurou com firmeza o ombro de Shizuku e fez a pergunta enquanto olhava seu rosto de perto. Depois de ouvir essa pergunta, o corpo de Shizuku se afastou da pressão e expressou seu sentimento sincero. Como se para aproveitar dessa abertura, o ataque verbal de Sumire não parou!
— Shizuku-chan. Além disso, Remia-chan, que está agindo com seu "ora, ora, ufufu", e também Yue-chan, que por algum motivo está me encarando como se eu fosse uma pessoa inútil. Todo mundo também quer usar um vestido de noiva, não quer? Vocês querem andar ao lado de Hajime até o altar envoltas no vestido cerimonial, não querem?
— Bem… sim.
— … nn. É claro, sogra.
— Eu também sinto o mesmo aqui, sogra.
Sumire assentiu com um — Hã-hã. —, no entanto, logo depois disso, ela olhou para cima com um gesto dramático e exagerado.
— Isso não é o certo? Mas, apenas uma pessoa pode fazer isso. E então, sobre o registro de casamento, que é a notificação que serve para que as pessoas a vejam como esposa de Hajime, também há espaço para apenas uma pessoa... neste Japão, apenas uma pessoa pode ser formalmente reconhecida como esposa de Hajime.
Depois de dizer isso, Sumire olhou para Yue e as outras com uma expressão triste. E então, Shia e as outras, quando ouviram as palavras: — Há apenas uma pessoa aqui que será a esposa formal de Hajime. —, elas se entreolharam com um ligeiro nervosismo. Em meio a essa atmosfera, Sumire lançou aquelas palavras que empurrariam a família Nagumo para o caos neste dia.
— Agora, eu me pergunto, quem dentre essas mulheres é realmente digna de ser a esposa de Hajime? Eu me pergunto, como mãe dele, quem devo escolher? Ei, todas vocês, "autoproclamadas" espojas de Hajime?
— !?
— !?
— !?
— !?
— !?
Choque percorreu o corpo de Shia e das outras!
“Autoproclamada”... essa palavra perfurou seus peitos de forma profunda. Na verdade, elas não haviam submetido nenhum registro de casamento nem realizado a cerimônia. Por mais que insistissem que eram marido e mulher, quando vistos aos olhos da sociedade, não havia provas disso. A palavra "autoproclamada", por algum motivo desconhecido, causou um violento desconforto até o ponto em que elas não podiam negá-la!
— So-sogra! O que, o que devo fazer, desu!?
— Ah, Shia, isso é injusto! Sogra! Farei o meu melhor pelo bem de Hajime-kun! É por esse motivo que...!
— E, ee, eu também, farei o meu melhor, então…
— Hum, esta também, talvez logo sejas a hora de mostrar a seriedade desta.
Shia, Kaori, Shizuku e Tio, que ficaram agitadas e abaladas, reuniram-se em volta da sogra e imploraram por sua ajuda. Até Yue e Remia, que de alguma forma adivinharam o motivo oculto de Sumire, apenas trocaram olhares e sorrisos perturbados antes de se aproximarem do lado da mãe da família Nagumo.
Sumire estava sorrindo de forma complacente dentro de seu coração, olhando para suas noras obedientes (?). No entanto, ela não mostrou nem um pouco de arrependimento no interior de seu coração, e então com uma força que parecia emitir um som, ela levantou o dedo. E então, ela proclamou:
— Yue-chan, Shia-chan, Tio-chan, Kaori-chan, Remia-chan, Shizuku-chan! Todas vocês querem usar um vestido de casamento ao lado de Hajimeee!?
De modo natural, as esposas responderam com: — Siiiiiiim! — de forma animada.
— Vocês quereeeem, ser vistas como as esposas de Hajime pelos vizinhoooos!?!?
Sem dúvidas, as esposas responderam: — Queremos sim, queremos sim, queremos sim!! — de forma animada.
— Vocês quereeeem, ter seus nomes escritos no registro de casamentooooooo!?!?
De forma natural, as esposas responderam: — Siiiiiiiiiiiiiiim! — em alto astral.
As coisas triviais já não importavam.
Depois disso, com o incentivo de Sumire, Yue e as outras avançaram na preparação para a "Partida decisiva de quem é a mais digna como esposa na família Nagumo!".
À noite, Hajime e Shuu terminaram o trabalho e foram para casa. Eles estavam passando pela entrada da casa enquanto conversavam sobre várias coisas que aconteceram na reunião de hoje sobre a nova produção de jogos, e colocaram a mão maçaneta da porta da entrada. E então...
— Estou em casaaaa!
— Estamos de voltaaaa!
Eles falaram ao voltarem para casa enquanto abriam a porta...
— … nn. Bem-vindos de volta, querido, sogro.
— Bem-vindos de volta, desu!
Eles foram recebidos por Yue e Shia, que usavam "apenas" pequenos aventais brancos com babados. Shuu falou: — Ó, óó!? — do lado do rapaz, mas no instante seguinte, — Pugeh! —, um grito surgiu e ele desmoronou. O rápido e inevitável ataque de seu filho fez sua consciência voar.
— O que vocês estão fazendo, Yue, Shia?
Aquelas figuras de puro branco, pernas bonitas e esguias, braços e ombros esbeltos e, em seguida, os seios expostos em mais da metade, que eram muito lascivos, fizeram com que as bochechas de Hajime se apertassem enquanto ele perguntava.
— ... é claro que em relação ao marido que acabou de trabalhar duro e voltou para casa...
— A esposa o recebe com tudo de si, desuu.
— Apenas com um avental?
— Apenas com um avental.
— Apenas com um avental.
Yue e Shia giraram. Suas costas e nádegas nuas foram mostradas para Hajime.
— Você não está feliz?
— Isso foi um fracasso, desu?
Yue e Shia inclinaram as cabeças enquanto confirmavam com Hajime. De modo natural, o rapaz inclinou a cabeça dizendo: — Muito obrigado—. Era a natureza triste do homem. Vendo Hajime assim, Yue e Shia perguntaram a ele algo estranho: — De 1 a 10, qual é a nossa pontuação? — Mesmo desconfiado, o rapaz respondeu: — Pontuação máxima. — sem hesitar.
Yue e Shia fizeram uma pose de comemoração: — Yosh! —, depois tiraram o casaco e a bagagem de Hajime antes de desaparecerem dentro da sala com suas lindas bundas expostas a ele o tempo todo.
— O que está acontecendo…
Enquanto se sentia como se estivesse assistindo um sonho, Hajime colocou o pai desmaiado no ombro e abriu a porta da sala de estar.
Então, desta vez...
— Vocês também!?
— ... uu, bem-bem-vindo, de volta, Hajime-kun.
— Bem-bem-bem... impossível, como esperado, eu não posso suportar isso!!
— Ora, ora, fufu. Bem-vindo de volta, querido.
— Sim, bem-vindo de volta, Mestre.
Como esperado, Kaori e Shizuku, e também Remia e Tio, estavam vestindo apenas aventais, enquanto o recebiam em casa com uma mesura com os três dedos de cada mão pressionando o chão. A resposta espontânea de Hajime fez com que o rosto de Shizuku ficasse vermelho de vergonha enquanto ela corria para fora da sala. No entanto, isso não mudou o fato de que ela estava usando apenas um avental, então não foi preciso dizer que sua bunda cativante estava exposta a ele.
— Uu, o que, de repente, um impacto atingiu minha mandíbula... hah!? Que lugar é esse, isto é Shangri-la1... abeshih!
Shuu, que Hajime havia descartado no sofá, parecia estar abrindo os olhos, mas, como já esperado, recebeu um ataque rápido e inevitável que o fez desmaiar com o branco de seus olhos expostos.
Enquanto olhava para Shuu, uma pergunta de — A pontuação? — das esposas veio até ele. Hajime disse com entusiasmo: — 2 pontos. — apenas a Tio antes de dizer a Kaori e Remia — Pontuação máxima. — Ignorando Tio, que estremeceu antes de começar a ofegar, Kaori e Remia comemoraram, e como esperado, desapareceram na cozinha com os traseiros expostos.
— Então, mãe. O que você está fazendo com que elas desta vez?
Hajime estava suspirando enquanto perguntava a Sumire, que sorria enquanto fazia uma pose comemorativa por algum motivo no canto da sala.
— Ora, o que há com isso? Você me faz parecer uma criança problemática. Estou apenas acompanhando todas em seu treinamento doméstico, sabia?
— Esta é a primeira vez que ouço que usar um avental sobre o corpo nu é treinamento para noivas.
— Dar as boas-vindas ao marido em casa também é um dos treinamentos credíveis para as noivas. Sabe, Yue-chan e as outras, agora estão competindo entre si, entendeu? Sobre quem é a mais digna de ser a noiva da família Nagumo. Como marido, você deve observá-las de forma correta. A conclusão não será alcançada se todas receberem pontuações máximas, então você deve avaliá-la de forma apropriada! Entendido!?
— ...
Hajime estava enviando o olhar mais reprovador que poderia para Sumire. Antes, as meninas haviam treinado para tarefas domésticas, lavanderia e culinária, como treinamento para noivas. E agora elas estavam competindo uma com a outra depois de tanto tempo de maneiras anormais, como usar apenas aventais sobre o corpo nu; não importava como ele pensasse, isso tinha que ser uma brincadeira. E a mentora dessa travessura só poderia ser uma pessoa presente nesta casa.
Hajime estava prestes a questionar mais sua mãe, mas, naquele momento, Yue se aproximou dele com pequenos passos. Suas roupas ainda eram as mesmas.
— … Hajime, a preparação para o jantar e o banho está completa.
— Ah-ah, entendo.
— … nn. Então…
Yue apertou com força o babado do avental enquanto se mexia. Se ela fizesse algo assim, o avental, que já era curto desde o início, seria levantado e se tornaria algo perigoso. De modo natural, o olhar de Hajime foi atraído para aquele território como um monstro que estava sendo sugado pela boca de um dragão do trovão.
Em direção ao rapaz neste estado, Yue recitou aquele discurso padrão:
— … você prefere tomar um banho, e eu? Ou você prefere o jantar, e eu? Ou então, você me quer, ou deseja a mim?
— … no fim, não há opção para mim…
Foi um pouco fora do padrão! Como esperado da qualidade Yue, mas a inigualável princesa vampira ainda não havia terminado com esse nível!
— Então, você vai tomar um banho enquanto fazemos aquilo? Ou então, você vai jantar enquanto fazemos aquilo?
— O que isso quer dizer?
— … como esperado, será embaraçoso, fazer isso na frente do sogro e da sogra. Mas, se Hajime assim desejar.
— Eu não desejo isso! Há um limite, até para ser anormal!
— Oraaa, Hajime, seu! Esse filho pervertido!
— Mãe, cale a boca um pouco!
A resposta de Hajime explodiu. Nesta ocasião, ele deixou Yue sozinha, que estava corando enquanto mexia com as duas mãos nas bochechas. Por enquanto, ele devia fazê-la vestir algumas roupas e trazer de volta a ordem na casa Nagumo. Ele estava prestes a agir com esse objetivo.
Mas, antes que ele pudesse fazer isso...
— Eu-eu não posso deixar, apenas Yue ser o centro das atenções! Ha-Hajime-kun!
— Ka-Kaori?
Ainda usando apenas um avental, Kaori, que espreitava da cobertura da cozinha, saltou como se estivesse esperando a sua vez. Enquanto ela estava inquieta e se remexia parecendo envergonhada, ela gritou com uma expressão cheia de determinação:
— Você não vai me comer como jantar!?
— O que você está dizendo!?
— Que tempero você queeeer!?
— Acalme-se, o que você está dizendo é muito desprovido de bom senso!
— Oraaa, Hajime, seu! Este mestre gourmet.
— Vou jogá-la para fora da casa, mãe!
Depois disso, Shia e as outras saltaram da mesma forma e estavam dizendo coisas semelhantes nas quais Hajime retrucou de forma severa. Sumire, que assistiu a isso, agitou o local. Shuu, que recuperou a consciência, foi forçado a dormir com mais um ataque rápido e inevitável e, no final, foi preciso uma hora até que eles pudessem jantar de forma normal.
A propósito, todas estavam vestindo roupas no jantar. Mas, por alguma razão, todas estavam usando cosplays muito sensuais...
No meio do jantar, um jovem estava fazendo uma entrega, mas ficou surpreso com a policial loira de minissaia que saiu da casa. Ele deu um passo para trás depois de ver a enfermeira de minissaia que saiu de trás da polícia e disse: — Você esqueceu o carimbo aquiiii. — Em seguida, ele suou frio devido à sacerdotisa de minissaia que entrou em pânico dizendo: — O que vocês duas estão fazendo saindo com essa aparência!? — No final, o jovem expressou sua gratidão: — Muto brigado... — que foi preenchido com vários significados com um rosto vermelho e também em pânico.
De qualquer forma, o confronto culinário fez com que todas fizessem um prato; que então foi julgado por Hajime, e isso aconteceu em grande parte de forma pacífica.
— Haa.
— Nmyu? Qual é o problema papai?
No banho, Hajime estava lavando os cabelos de Myuu, que chegou em casa pouco antes do jantar, e dei um suspiro cansado. Myuu estava inclinando a cabeça, toda coberta de bolhas.
— Myuu... cresça como uma garota normal por mim, tá bom?
— ???
— Não, isso não importa. Só esqueça.
Olhando para sua amada filha que estava inclinando a cabeça sem compreender nada, Hajime estava sorrindo sem graça pensando: "Mas o que estou dizendo?" antes de enxaguar as bolhas nos cabelos de Myuu.
Mas, naquele momento, os sentidos de Hajime detectaram a presença de várias pessoas se aproximando do banheiro!
— Espere, Kaori e também Shizuku, aquelas duas ainda não foram para casa?
Antes de Hajime entrar no banho, ele havia dito as duas que elas deveriam voltar para casa logo. Apesar disso, o Sinergista podia sentir a presença da Curandeira e da Espadachim entre as que se aproximavam; isso o fez ficar em seu limite. Em seguida, a porta do banheiro foi aberta de forma violenta.
Assim como ele já imaginava, havia as figuras nuas de Yue e as outras em pé de forma imperiosa! Nem mesmo um único pedaço de pano estava cobrindo seus corpos; chegou ao ponto em que Hajime quis dizer para elas usarem pelo menos uma toalha para cobrirem a frente. (No momento, era apenas Shizuku que usava uma toalha para esconder seu corpo).
— … nn. Agora!
— Atacar, desuu!
— Eu não perderei! Quem é a mais hábil em lavar o corpo de Hajime-kun sou euuu!
— Ufufu, hoje é o dia em que vou lavar a frente.
— Haa, haa, mestre, haa, haa.
— … me perdoe.
Parecia que era uma competição sobre quem poderia lavar melhor o corpo do marido. Os olhos de Hajime estavam tremendo enquanto ele se dirigia à banheira e instava Myuu a segui-lo. Era como se ele estivesse perguntando se ela poderia acompanhá-lo.
Porém...
— Eu não permitirei!
Junto com essas palavras, uoosh!, Yue apareceu diante dos olhos de Hajime em um instante.
— Espere, não use a Existência do Céu neste tipo de lugar!
— Nível X!
— Reforço Corporal máximo!? Ah, idiota, me solte, coelha pervertida!
— Eu também, Superar Limite!
— Que tipo de limite você planeja quebrar, hein!?
Hajime estava cercado pela princesa vampira, a coelha bugada e a donzela no modo anjo! Usando essa abertura, Remia segurou Myuu enquanto Tio usava magia do vento para formar uma barreira e impedir que as vozes escapassem para o lado de fora estendendo um véu de ar.
Dessa forma, no momento seguinte, o banheiro foi transformado em um campo de batalha. Um campo de batalha de donzelas carnívoras.
— Kuh, quem pode ficar nesse tipo de lugar onde há apenas feras! Vou voltar para o meu quarto!
Enquanto falava uma frase estranha para a situação, Hajime estapeou Tio ao ponto de fazê-la ofegar enquanto tentava sair correndo do banheiro. Então, Yue se teletransportou, Kaori ativou sua Velocidade Divina e pulou nas costas dele, enquanto Shia se agarrava à cintura com seu maior nível de reforço corporal. Por causa dos pés molhados e do chão polido, Hajime escorregou e caiu.
Assim, Yue e as outras saltaram para aproveitar essa chance; até Tio foi revivida e também ficou em cima do rapaz.
No corredor da casa Nagumo, havia a figura de Hajime, que estava deitado de cabeça para baixo enquanto estava coberto por belas mulheres e garotas.
Ao mesmo tempo...
Havia a figura de Sumire, gargalhando alto enquanto rolava no corredor segurando seu estômago ao ver aquela situação.
De repente, o som de algo estalando ressoou.
Logo depois disso, Yue e as outras levantaram vozes sedutoras. Seus pontos fracos foram acariciados por Hajime. A força deixou seus corpos, usando essa abertura, Hajime se levantou. Kaori estava dizendo algo tolo: — Rau, A frente de Hajime-kun está diante dos meus olhos. —, mas ele ignorou isso.
— Mãe, parece que uma reunião familiar é necessária entre nós. Além disso, terá que ser uma reunião extraordinariamente dura.
— Oras, Hajime. Eu não acho que tal reunião seja necessária.
— Não, é necessário. A reunião para fazer a mãe refletir sobre seus atos!
A reserva de paciência de Hajime acabou com a brincadeira de sua mãe que foi longe demais. Ele deu um passo à frente. Ele pretendia enrolar a mãe em uma esteira de bambu e depois pendurá-la por uma noite inteira para que pudesse refletir um pouco sobre sua atitude.
Mas, parecia que Sumire já havia previsto essa ação de seu filho. Enquanto dizia: — Eu pensei que isso pudesse acontecer! — com um olhar triunfante, ela pegou um aspirador de pó que estava encostado na sombra do corredor.
Artefato de Limpeza: “Sniper Mark II”.
Por acaso, você já teve a experiência de sugar aquilo que não deveria ser sugado ao limpar de forma descuidada usando um aspirador de pó? Pode se tornar uma causa para romper o aparelho, mas abrir a tampa para retirar a sujeira toda vez é problemático, não é? Para esse tipo de situação, use isso. A próxima geração de aspiradores “Sniper Mark II”.
Se você tiver esse item, poderá selecionar o alvo que deseja sugar e o alvo que não deseja! Além disso! Se você colocar isso em uso prático, é possível limpar o molho de soja ou o controle remoto que está longe de sua mão, apenas com um simples toque de um botão! O aspirador de última geração já não está limitado apenas à limpeza em sua utilidade!
A força de absorção nunca cairá. A era a partir de agora é uma de múltiplas forças de absorção que sugam apenas a presa que você almeja!
O aspirador de pó (exclusivo para a família Nagumo) que Hajime desenvolveu com esse slogan estava na mão de sua mãe.
Diante dos olhos desconfiados de Hajime, Sumire tirou a versão degradada da Chave de Cristal do bolso do peito. O item foi entregue a ela para que, caso algo acontecesse com seus pais por causa do assunto de Hajime e das outras, eles pudessem se teletransportar no mesmo instante.
Antes que Hajime pudesse dizer: — O que você está... —, Sumire esticou a chave de cristal degradada para frente. Na mesma hora, o espaço se distorceu e um portal se materializou. Ao mesmo tempo, Sumire apertou o botão para o modo máximo no aspirador de pó. De modo natural, a poderosa força de absorção puxou o alvo de dentro do portão.
— O quê-quê-quê!? O que está acontecendo!? — Nãããããããããããããããããããão, estou sendo puxadaaaaaaa!
Assim, um grito familiar pôde ser ouvido e, do outro lado do portal, uma figura feminina pequena de terno caiu. Sumire desligou o interruptor ao mesmo tempo em que essa figura apareceu, mas, seguindo a lei da inércia, a mulher que saiu do portal rolou para o corredor da casa Nagumo, a figura enfim parou quando seu rosto bateu no obstáculo na frente dela.
— ...
— ...
A mulher que rolou do portal e mergulhou em uma certa coisa com seu rosto... Aiko Hatayama-sensei, sem palavras, lentamente, afastou o rosto daquele lugar em que seu rosto estava enterrado. E então, olhando para aquela coisa pendurada na frente de seus olhos que parecia familiar, ela inclinou a cabeça enquanto dizia:
— Hajime-kun?
— Aiko, você pode me poupar de chamar meu nome enquanto olha para minha virilha?
— Hah!? Uauauauaua, Eu-eu sinto muitoooo!
Sim, o lançamento de Aiko, devido a força, acabou com seu rosto pousando no filho de Hajime, que estava atualmente nu.
A professora corou com força enquanto sua mente estava em caos, pensando: "Eu não entendo a situação!". Olhando a partir de sua figura de terno, talvez ela tivesse trabalhado mesmo sendo feriado e acabara de voltar para casa. Apesar disso, de repente ela foi obrigada a se teletransportar e, além disso, mergulhou de cara na virilha de seu amado, algo que estava escondido da sociedade, exceto para algumas pessoas... era natural que ela se surpreendesse.
— Vo-você está me querendo e está usando esse tipo de método enérgico!? —, ou: — Não, não é como se eu odiasse, mas… esperando nu dessa forma é um pouco… —, ou: — Tal-talvez eu não possa ir para casa hoje... —, também não pudesse ser evitado que se ela estivesse falando sozinha assim.
De qualquer forma, depois que Hajime colocou uma toalha na cintura, ele correu o olhar mais uma vez pelo local, mas a figura de Sumire já havia desaparecido; ele só podia ver a porta da entrada que estava se fechando e um pedaço de papel flutuando no ar. Parecia que seu plano era fazer de Aiko uma distração enquanto ela escapava. Foi uma fuga esplêndida.
Hajime pegou o papel que caiu a seus pés e seu olhar o percorreu. Então...
"Recebi material suficiente. Muitíssimo obrigada. Mamãe está voltando ao trabalho agora!"
Tal coisa estava escrita.
— Haa, eu pensei que fosse algo assim… Yue, você já tinha percebido, não tinha?
Hajime estava suspirando pela ação de sua mãe enquanto questionava Yue que estava parada ao seu lado. Em resposta, a vampira assentiu. Ao ouvir isso, Shia, que se recuperou da mesma forma, inclinou a cabeça e perguntou o que Hajime queria dizer.
— Prestem atenção, se a cerimônia de casamento será realizada uma a uma ou com todas de uma vez, não importa, mas não há regra de que apenas uma pessoa possa fazer isso. Além disso, se necessário, também podemos fazer a cerimônia em Tortus.
— Aaaaa, agora que Hajime-san mencionou, isso é verdade, não é?
— Além disso, até o registro de casamento, eu já falsifiquei os documentos oficiais sobre vocês, de modo que se preocupar com o papel para todas no momento não faz sentido, não concordam? Algo como a consistência dos dados ou o que quer que seja, isso pode ser resolvido mais tarde, como quisermos.
— Agora que você mencionou, isso é verdade. Então, por que a sogra fez algo como uma batalha decisiva das noivas…
— Obviamente é para a coleção de materiais dela. Por que você acha que ela estava relaxando em casa esta tarde?
Em suma, Sumire disse o que parecia apropriado para incitar Shia e as outras, e então o alvoroço causado por isso seria transformado no material para o mangá dela que estava no momento atingindo os limites. Esse era o esquema da mãe do Sinergista.
Shia e as outras achavam que também era culpa delas terem sido apanhadas na travessura, mas a capacidade de Sumire de usar um discurso fluente de improviso como um agitador, era apenas o esperado da mãe de Hajime.
E então, Yue que percebeu a intenção da sogra, ainda participou sem se opor, porque...
— Hoje também foi um dia divertido.
— Entendo.
Essa parecia ser a razão. Para Yue, esse tipo de tumulto estúpido também foi incluído em seus adoráveis dias comuns. Algo como tediosas e justas discussões poderia ser jogada na lata de lixo. A expressão satisfeita de Yue fez Hajime encolher os ombros: — Bem, então está tudo bem.
— Sabeeee, eu não entendi nada do que vocês estão falando…
Aiko chamou timidamente Hajime e as outras que estavam se sentindo calorosos. Hajime olhou para Aiko e...
— Meu corpo ficou completamente frio agora... vamos entrar no banho de novo. Com todo mundo desta vez.
Dizendo isso, Hajime carregou Aiko como se ela fosse uma princesa. — Eh? Eh? — Olhando de relance para a professora confusa, Yue e as outras soltaram um: — Óóóóó! — em harmonia e voltaram para o amplo banheiro da reconstruída casa Nagumo.
Depois disso, incluindo Aiko, que foi despida pela mão de Hajime, o rapaz e as esposas relaxaram e aproveitaram o banho sem nenhuma competição.
… não houve ninguém que prestasse atenção em Shuu, que ainda estava desmaiado na sala de estar.
Nota
[1] Shangri-la, da criação literária do inglês James Hilton, Lost Horizon ("Horizonte Perdido") de 1933, é descrito como um lugar paradisíaco situado nas montanhas dos Himalaias, sede de panoramas maravilhosos e onde o tempo parece deter-se em ambiente de felicidade e saúde, com a convivência harmoniosa entre pessoas das mais diversas procedências.