Volume 2
Capítulo 154: Escolhidos de Deus II
Sem questionar, os Atilados seguem as ordens de Leafar, após todos seguirem para os seus deveres Leafar fala com Ynis:
– Ynis, por favor, me ajude a falar com Ray e seu grupo.
– Sim...
Mesmo disponibilizando seu corpo, Ynis conecta as mentes para que Leafar fale com eles e com os Atilados também:
– A proteção que Furcifer usou no castelo impede que vocês passem, a torre negra fortalece essa proteção e a Zodíaco e Ray juntos conseguirão passar sem sofrer danos.
Ray fica surpreso e questiona:
– Eu? Como consigo fazer isso?
– Você é filho de dois “Imortais”, junto com a Zodíaco você conseguira passar, após a destruição da torre o seu grupo também conseguirá avançar e assim poderão juntar-se a você e ajudar Erèm a destruir a relíquia.
– A relíquia?
– Sim, sem ela Furcifer não será problema.
– Certo... Onurb?
– Sim, eu já ouvi, vou pegar a arma para você.
– E nos encontraremos no segundo portão.
Leafar interrompe Ray:
– Não! Siga pelo primeiro portão.
– O segundo está menos vigiado.
– Mas está mais longe, não se preocupe, siga para o primeiro portão e guarde energias para o que irá enfrentar dentro do castelo.
Ray estranha ao ver muitos inimigos à frente, mas segue o que Leafar fala:
– Certo estou a caminho.
Depois de todos darem início ao plano, Leafar sai da mente de Ynis para que ele se una a aliança na batalha.
Hostium mais fortes e maiores surgem por todo Continente, melhorando a qualidade do exército inimigo, esses Hostium chegam a abrir a defesa dos lugares de resistência e a diminuem o número de guerreiros da aliança tentando desmoraliza-los. No reino de Libryans Ynis se une a Alexia.
– Bom revê-la minha cara.
– Digo o mesmo.
– Vejo que aprendeu algo novo com Leafar.
– Sim, e usarei tudo para que nós ganhemos essa guerra.
– Ótimo, vamos nos unir!
Os dois unem suas energias se conectando com os animais da cidade para que não fiquem recuados e avancem para atacar o inimigo, com a união da energia dos dois eles também criam energias em formas de animais de grande porte, essas energias são poderosas e ajudam a aliança a lidar com os novos Hostium. Mahlock passa por Baltazar, indo a seu objetivo.
– É assim que se faz grandão.
– Espere, vou ajuda-lá.
– Não preciso de ajuda.
– Mas a aliança precisa de toda a ajuda que pudermos oferecer.
Baltazar e Mahlock seguem com o objetivo de seguir pela muralha e impedir o avanço de um dos portais inimigos, que se encontra em um ponto prejudicial para a aliança.
Eles unem forças matando todos que veem pela frente, inicialmente ambos atacam separados, mas com a chegada dos Hostium mais fortes eles se unem e com junção de golpes armados e desarmados, enquanto um abre a defesa com sua grande arma, o outro finaliza matando a criatura, contra os maiores eles se dividem para que cada um ataque em um lado diferente, como uma disputa de quem corta o membro do inimigo primeiro. Mahlock fala para Baltazar:
– Muito bom touro do mar, quem sabe quando acabarmos aqui eu lhe ensine algumas coisas.
– Ficarei feliz em aprender... A propósito, esse machado é o meu?
– Quer ele de volta?
– Não, só acho que ficou mais adequado para você com a mudança que você fez nele.
– Sim, ele está mais com o meu estilo.
Onurb segue por uma boa parte do campo de batalha evitando confronto, pra que ele possa chegar mais rápido em seu objetivo.
– Evitar combate, esse tipo de missão é que eu gosto.
Onurb passa por aliados se recuperando, aliados lutando, inimigos se formando, inimigos se atacando, inimigos avançando e animais espectrais passando e atacando. Ao ver uma grande variedade de coisas Onurb comenta:
– Nesse campo de batalha tem de tudo, eu sempre disse que Ray iria nos levar para um lugar assim, ninguém me escutou e foi nisso o que deu.
Onurb usa suas habilidades e se esquiva de tudo o que é mirado nele, no percurso ele também ajuda alguns aliados, apara golpes, projéteis e até usa objetos da cidade para atrapalhar o ataque e o avanço dos inimigos, no percurso Onurb também recebe a ajuda de alguns aliados, outros ladrões o ajudam a passar pelas armadilhas e a levá-lo para cima de casas e a pular entre elas. Onurb agradece:
– Obrigado rapaziada.
Espiões também aparecem para ajudar Onurb a se locomover melhor pela cidade, abrindo caminho para ele para que ele evite muito contato com os inimigos.
– Assim que eu gosto, reconhecimento.
Jhon sem cajado opta por ficar recuado, ele usa tudo que aprendeu e estende seu poder para uma grande parte do reino.
– Mentes vazias, corações impuros e corpos sem almas, demônios não reinaram no passado, e não reinarão no futuro.
Jhon fica imóvel e vulnerável, mas com sua magia ele abaixa a resistência, velocidade e a força dos inimigos, impedindo também que magias estranhas atinjam a aliança.
– Posso ver esses truques traiçoeiros e invisíveis, mas nada atingiu o exército de Libryans.
Maxmilliam corre em direção da torre negra e diz preocupado:
– Ela está muito longe e bem protegida, e eu estou sem meu cajado, acho que fui muito impulsivo em sacrificá-lo.
Por magia, Maxmilliam ouve uma voz conhecida e se anima:
– Em nome de Alfor e do pai dele eu lhe dou esse cajado Mestre Maxmilliam.
– Nycollas?
O cajado feito com fragmentos de Zordrak surge magicamente à frente de Maxmilliam, ao pegá-lo ele sente um grande poder e sente que seu fluxo energético e mágico está focado novamente.
– Obrigado...
– Meu pai prometeu sempre lutar contra os demônios, e isso o simboliza na batalha.
– É uma honra empunhar uma arma de um dos “Imortais”.
Empunhando o novo cajado Maxmilliam segue com mais confiança, ele tenta usar magia para avançar mais rápido, mas sente que o poder da torre negra atrapalha sua locomoção.
– Realmente sem ela teremos mais vantagens.
Primus corre ate Maxmilliam que fica surpreso ao vê-lo:
– O menino estranho... Veio me ajudar?
O menino se coloca debaixo das pernas de Maxmilliam e se transforma em um grande felino para levá-lo até a torre. O mago se surpreende dizendo:
– Incrível!
Maxmilliam fica entusiasmado com o suporte recebido e começa a pensar em vários planos, Primus avança muito rápido e Maxmilliam ao ver inimigos próximos se protege, ele gira o cajado conjurando uma fumaça que sai dele, essa fumaça negra o envolve junto com Primus, ambos adquirem uma armadura branca bem detalhada e mágica que os ajudam a se defender dos golpes dos inimigos no caminho.
Maxmilliam aproveita a vantagem da locomoção e muda seu percurso para ajudar parte da defesa da aliança através de grandes investidas envolvidas em magia pura, Primus desfaz formações e impede grandes ataques inimigos, deixando Maxmilliam admirado com suas habilidades:
– Bom trabalho garoto! Eu já li um pouco a seu respeito, mas não imaginei que você seria tão forte.
Ray segue na direção do primeiro portão do castelo, em seu trajeto ele vê que há muitos inimigos, ao se aproximar do primeiro grupo de demônios e Hostium ele percebe que tem reforços, uma saraivada de flechas atinge o pequeno grupo inimigo que se aproximava dele, ele olha para trás e vê que Chis, Kisnar e Samuk se aproximam para ajudá-lo:
– Vocês são os criminosos que estavam presos?
– E você é o garoto que nos prendeu?
– Quase isso.
– Quando terminarmos aqui nós vamos prendê-lo, para que você veja como é bom ficar sem banho por sete dias.
Entre os três, Samuk demostra maior habilidade com arma, ele fica à frente de Ray matando todos que se aproximam para atacá-lo, a velocidade de seu braço é alta, seus passos são leves e sua força é precisa, não deixando ninguém passar por ele.
– Dedicação e precisão são elementos fortes para essa missão.
Posicionado do lado direito de Ray está Kisnar, com seu sabre e truques mágicos ele defende Ray e os outros dois, ele conjura chamas, gelo, eletricidade, pó venenoso e fumaça, tudo para atrapalhar, confundir e distrair os demônios no caminho e para fazer ataques conjuntos para matar vários inimigos.
– Nunca achei que encontraria inimigos assim, ainda mais um exército deles.
Chris abre o caminho com seu arco, matando todos com flechas, grandes raios e saraivadas de flechas, na luta corpo a corpo ela usa as lâminas do seu arco detendo as investidas que os inimigos dão no grupo.
– Seria legal se desse para transformá-los em gatinhos, o ruim é que eles seriam bem feios.
Ray avança para ajudá-los, mas eles o impedem e o avisam:
– Não! Nós damos conta. Seu foco é chegar ao castelo.
– Certo.
Ray ajuda com algo fácil, ele encanta a sua funda atacando projéteis mágicos nos inimigos.
Alexia e Ynis começam a ter algumas complicações, os demônios demostram que possuem experiência em lutar contra animais e conseguem matar muitos deles e conseguem destruir alguns dos animais feitos por magia, Ynis invoca um cavalo espectral e diz para Alexia:
– Vá! Seu grupo precisa se reunir, se não derrotarmos Furcifer o quanto antes esse exército não terá fim.
– O senhor está certo..., tenha cuidado.
– Você também.
Forças aliadas se unem a Mahlock e Baltazar, que impedem que reforços inimigos avancem, com a situação sob controle Mahlock entrega o seu machado modificado para Baltazar e diz:
– Pegue! Terá mais utilidade em suas mãos, vá e termine logo com isso.
– Certo.
– Mas me devolva depois.
– Terá que lutar comigo novamente para conseguí-lo de volta.
– Isso será fácil.
Onurb encontra com alguns assassinos e ladrões neutros que estão se aproveitando da situação para saquear a cidade.
– Malditos aproveitadores, novamente estão roubando meu posto de covarde e ordinário.
Uma luta entre eles se inicia, demônios e Hostium contra o grupo neutro deixando a batalha mais confusa e mortal, Onurb se afasta para não se tornar alvo e evita a luta.
– São inimigos lutando contra inimigos... Torço que empatem com a morte.
Com a distração dos inimigos neutros Onurb chega até as Zordrak sem ser ferido, ele se aproxima e pega as armas.
– Estranho, está fácil demais pegar elas.
Um Hostium grande se aproxima para acatar Onurb, as energias das Zordrak se conectam formando uma magia que sozinhas fazem o hostium virar pó, Onurb fica espantado e olhando para as armas diz:
– Entendi! É difícil para eles pegarem, não para mim. Finalmente eu estou do lado fácil da batalha, espero que continue assim.
Jhon tem dificuldades em tentar controlar tantas magias no campo de batalha, para não se esgotar ele diminui a extensão e a frequência de suas magias, Harold se aproxima de Jhon e lhe entrega um frasco com um pouco de líquido marrom escuro.
– Tome, vai se sentir melhor.
– Theobroma?
– Sim, não é muito, mas vai te manter mais ativo.
– Obrigado.
Maxmilliam se aproxima da torre, ele é alvejado por vários projéteis mágicos e por magias estranhas que tentam neutralizá-lo e ferí-lo, com o cajado ele aumenta as habilidades de Primus deixando-o mais veloz e forte, a cada investida, patada ou mordida Primus abate um inimigo, Maxmilliam usa magias elementais para atingir a torre e abalar a sua estrutura, ele se aproxima mais da torre e diz aflito:
– Eu sei que tem algo para defender, onde você está guardião?
Em um dos avanços Primus e Maxmilliam são jogados contra algumas casas, Primus se levanta rápido, mas Maxmilliam demostra ter sofrido alguns ferimentos.
– Sorte que usei magia antes do golpe, se não, eu poderia ter morrido.
Primus corre e ajuda Maxmilliam que volta a montá-lo, Primus tem um pressentimento e logo se afasta de algo que destrói o lugar onde eles estavam. Maxmilliam vê a destruição e questiona já imaginando o que é seu novo inimigo:
– O que foi isso?
Primus demostra raiva por algo que está invisível, Maxmilliam olha atentamente para onde Primus encara e pergunta:
– Tem algo ali garoto? Vamos ver então.
Maxmilliam usa magia e revela seu oponente, um Guerreiro Caos de dez metros de altura, com dez chifres e empunhando uma espada grande, o guerreiro urra chamando mais demônios para atacá-los, Primus se esquiva de alguns projéteis e rodeia o Guerreiro que tenta acertá-lo com a espada e com socos, Maxmilliam usa magias poderosas, conseguindo afastar o Guerreiro, mas não o fere significativamente.
– Era isso o que eu temia... Garoto você consegue virar qualquer animal?
Maxmilliam usa seus poderes para entender a mente de Primus.
– Isso é um talento muito bom, você pode tentar virar algo que não existe?
Maxmilliam coloca a ponta do cajado na cabeça de Primus e passa para ele informações d união de especiais que ele quer que Primus faça. O Guerreiro Caos pega energia da torre negra e encanta Primus e Maxmilliam envolvendo-os em uma esfera negra, Maxmilliam a destrói, mas outra se forma levando os dois para longe e para o alto.
– Ele quer nos afastar.
Na segunda vez que Maxmilliam destrói a esfera negra, Primus completa sua transformação, ele misturou espécies de répteis, com características de aves e alguns outros animais, a armadura que o revestia vira energia dando mais facilidade para ele atingir sua transformação. Primus atinge o auge de suas transformações e se transforma no monstro que Maxmilliam o mostrou em sua mente. Maxmilliam se surpreende:
– Drakon! Vamos destruir a torre negra e seu guardião.
Com a transformação Primus adquire escamas muito resistentes que cobrem a maior parte de seu corpo imenso e quadrúpede, ele tem presas grandes e poderosas em sua boca comprida parecendo de um lobo, bigodes finos e compridos melhorando sua sensibilidade ao redor, na cabeça surgem chifres curvados para trás com as pontas viradas para as laterais, quarto chifres de tamanho médio e mais quatro maiores atrás como se formassem uma coroa natural. Primus também ganhou um rabo pontudo, longo e afiado, garras negras nas patas dianteiras e traseiras, grandes asas semelhantes às asas de morcegos, só que com penas, Primus muda de forma, mas mantém suas características comuns, escamas grossas e acinzentadas cobertas por uma gosma fina e incolor, penas pretas e grandes, e com seus belos e grandes olhos, um olho verde e outro azul.
Com o poder de Maxmilliam, Primus se estabiliza fácil no ar, voando como se dominasse os ventos, em um rasante Primus afasta o Guerreiro Caos, mas leva um pequeno corte, Maxmilliam usa magia em Primus para que ele se recupere do dano e ataque magia pela boca e pelas narinas.
Com baforadas de propriedades elementais Primus domina sua batalha, com fogo ele mata os demônios em terra criando trincheiras e paredes de fogo, com gelo ele diminui e neutraliza os movimentos do Guerreiro Caos, com eletricidade ele danifica o Guerreiro e a torre negra, lançando grandes descargas elétricas que afetam os demônios e os Hostium que não param de sair da torre negra.
E ele também lança um gás corrosivo que toma uma boa parte da área e causa danos em todos os inimigos, Hostium, demônios, Guerreiro Caos e na torre, que aos poucos perde sua proteção e deixa o Guerreio Caos mais vulnerável.
Outros Guerreiros Caos de dez chifres e de tamanho menor surgem pelo reino de Libryans diminuindo a defesa e o moral das forças aliadas, reis e líderes chegam a conter seus novos inimigos, mas acabam renunciando a uma parte do perímetro dominado, tendo perdas importantes em pouco tempo. Um dos Guerreiro Caos segue por fora do reino e ataca Leafar que está incapacitado, Jajesado aparece e luta contra o Guerreiro em seu lugar.
– O que faz aqui lutador?
– Protegendo um dos governantes.
– Pare e siga com o plano.
– Você é tão importante quanto àqueles que você quer proteger.
– Como chegou tão longe?
– O senhor não é o único com segredos e técnicas ocultas.