Apenas um Sonho Brasileira

Autor(a): Hanamikaze


Volume 1

Capítulo 14: A Urna Holográfica

A noite chegou na Betrayal Lines, e os dormitórios estavam prestes a serem trancados. Alguns jogadores já estavam deixando o colégio, enquanto outros se preparavam para dormir no próprio dormitório. Os corredores naquele horário estavam lotados, pessoas conversando e se despedindo, e outras indo embora ou voltando para os quartos.

Em meio a toda a baderna e pessoas falando em volta, Christopher Santiego, irmão mais novo de Joey, caminhava sozinho até a saída, meio deprimido. Alguém o segurou pelo ombro, e então o garoto se virou para trás.

— Ei, Christopher.

Era o garoto de cabelos roxos e óculos de lente pequena. Ele era a dupla de Christopher na primeira prova; Fome. Mas desde que a prova se encerrou, os dois não se comunicaram mais. O garoto simplesmente abandonou Christopher.

— Derrick? — perguntou Christopher. Aquele garoto era Derrick Evans, um jovem de cabelos lisos, cheios e arroxeados. Sempre foi um tanto misterioso, e nunca participava dos mesmos grupos sociais, e nem convivia com as mesmas pessoas. — O que aconteceu, Derrick?

— É sobre seu irmão… Joey. Precisa dar uma olhada nas coisas que ele anda aprontando no galpão.

— Joey se metendo em problemas? Isso não é novidade para mim…

— Mas dessa vez, está chantageando as pessoas ao seu favor. Pessoas bem específicas… Não acho que isso vai levar a alguma coisa, mas é melhor você dar uma olhada nisso.

Christopher achou aquela conversa um tanto suspeita. Derrick estava sendo direto demais, e não se preocupou em dar detalhes sobre o assunto, apenas jogou em aberto.

— E o que você quer que eu veja então?

— No galpão… Ele está lá agora, chantageando Ryan Garcia.

— O Ryan?! — exclamou Christopher, preocupado com seu novo parceiro. — O que ele está dizendo para ele?

— Veja com seus próprios olhos. Venha, eu sei como chegar até o galpão…

Christopher não hesitou em acompanhar Derrick para os fundos do colégio. Os dois se camuflaram perfeitamente em meio ao mutirão de concorrentes que estavam deixando a Betrayal Lines naquele momento. Secretamente chegaram até um um pequeno beco no pátio, que estava entre a grade e a parede. Os dois passaram por aquele estreito beco, e no topo da parede havia uma passagem de ventilação. Era um sistema de tubulações, envolvido por metal.

— Quer que a gente entre aqui? — sussurrou Christopher, enquanto o ambiente escurecia cada vez mais com a calada da noite. — Certeza que não é furada?

— É o jeito. Ou você prefere entrar pelo modo tradicional e dar de cara com seu irmão?

Christopher resmungou e voltou um passo para trás. Apenas pensar em Joey fazia seu corpo arrepiar um pouco, e definitivamente não gostaria de um encontro direto com seu irmão, principalmente naquelas circunstâncias.

Arh… Tudo bem, vamos lá.

Derrick segurou uma caixa que estava junto a uma pequena pilha no final do beco, e a arrastou para baixo da entrada da tubulação. Após verificar se a caixa estava alinhada com a passagem, ele subiu em cima dela e então pulou para a ventilação. Se agarrou primeiro com as duas mãos lá dentro, e engatinhou com o resto do corpo.

— Tudo certo aí, Derrick…? — perguntou Christopher, hesitante e com uma cara de preocupação.

— Vem logo.

O garoto engoliu seco, e então se esforçou para escalar também. Quando já estava quase dentro da ventilação, seu pé escorregou e um grande baque de metal ecoou na entrada. Derrick deu um breve sermão em Christopher, e o garoto voltou a se apoiar e então entrou para dentro da ventilação. Os dois seguiram se arrastando pelos tubos cuidadosamente para não fazer muito barulho e alarmar os funcionários da Betrayal.

O lugar era como um labirinto; Derrick virava de um lado para o outro como se estivesse perdido, mas ao mesmo tempo ele dizia ao Christopher que sabia exatamente para onde estava indo. O pequeno Santiego não fazia a menor ideia de como retornar a partir daquele ponto, então não havia mais nada que pudesse fazer a não ser acompanhar. Porém, progredindo mais um pouco, finalmente pôde ver que Derrick estava saindo da ventilação, apoiando cuidadosamente as mãos nas paredes e descendo até o chão.

Christopher fez o mesmo depois que Derrick desceu, e os dois agora estavam no topo de uma plataforma em uma das paredes do galpão. Ali haviam várias portas cinzas pelo corredor da plataforma, e o local inteiro era bem escuro. Os dois deram alguns passos para frente, e Christopher se apoiou no corrimão para poder ter visão do que acontecia abaixo deles.

No centro do galpão, estavam Joey Santiego e Kevin Jhonson, enquanto Ryan Garcia os observava com os braços cruzados no outro lado do galpão, em frente a uma grande passagem com um corredor escuro adiante, que aparentemente era uma das entradas. Christopher cerrou os olhos para poder enxergar melhor naquele breu.

— E aí, vai topar a proposta? — perguntou Joey, que estava usando uma regata branca, e um moletom vermelho amarrado em sua cintura. Seu corpo atlético era bem mais exposto dessa forma.

— Não posso simplesmente cooperar em um esquema para prejudicar outro participante, Joey — explicou Ryan, com um sorriso provocante no rosto. — Vamos lá, não seja idiota. Se alguém vai se ferrar nessa história, você vai se ferrar sozinho.

— Sei que você também tem um certo desprezo pelo Ethan. Se cooperarmos… podemos fazer…

— Não — Joey foi interrompido por Ryan. — Não tenho nada contra o pequeno Kim. Você é o único aparentemente lunático por alguém aqui, Santiego… E sinceramente, às vezes as pessoas fazem coisas tão insolentes por suas ambições… que acabam incomodando as vespas achando que seus ferrões não ardem. — Após a provocação, Ryan abriu um lado da jaqueta, mostrando uma pequena escuta que estava presa às suas vestes esse tempo inteiro. — E pode ter certeza, que essa ferroada… Não vai sair da sua mente tão cedo.

A expressão de Joey ficou instantaneamente mais séria naquele momento. Ele olhou para o chão, pensou, e então tornou o olhar ao Ryan.

— Então é assim que você quer jogar?

Kevin imediatamente ergueu um bastão que carregava consigo. Estava apoiado nele à conversa inteira. Aquilo serviu de ameaça clara ao Ryan.

— Não são só os ferrões que fazem estrago, pivete. E acredite em mim, essa coisinha é bem mais dolorosa que uma metáfora.

— Entendo… — respondeu Ryan, desviando o olhar para baixo. — Mas será que sua arma é capaz de ferir até mesmo sua companheira? — retrucou, e logo após, Hina Takahashi apareceu do corredor atrás de Ryan. Caminhava lentamente, com um sorriso e expressão serenos no rosto. Joey deu um passo para trás, e então engoliu seco. Kevin também recuou um pouco, enquanto Hina dava uma risadinha meiga ao lado de Ryan.

— Então, Joey. Que tal um trato? Você não mete ninguém nos seus conflitos com o Ethan, que eu não meto esse áudio na mesa da Isabel…

Argh… — resmungou Joey. — Vamos voltar, Kevin. Até porque… Tem um terceiro desgraçado bisbilhotando também.

Logo após dizer, Joey olhou para Christopher que estava no topo da plataforma. O pequeno garoto deu um salto para trás ao olhar de Joey alcançá-lo, e então Joey saiu andando para o outro lado. Ryan e Hina olharam para Christopher também. Hina com um sorriso meigo, e Ryan com um sorriso de provocação. Os dois também voltaram para trás.

— Eles me viram, Derrick! O que a gente faz agora?! O que a gente…

Quando Christopher olhou para o lado, Derrick não estava mais ali. Provavelmente já tinha deixado o local a um tempo, e só havia restado ele, assustado, bisbilhotando, e agora, completamente perdido.

Maior parte dos participantes que não iriam passar a noite no colégio já haviam saído, e agora os corredores estavam vazios. As luzes foram lentamente se apagando, até que a escuridão consumisse o local, com apenas as luzes dos scanners das portas, e outros hologramas azuis espalhados por alguns lugares.

Ethan caminhava sorrateiramente pelos corredores, um pouco antes de os dormitórios serem completamente trancados. Chegou até a escadaria que levava ao primeiro andar, e uma barreira holográfica bloqueava o caminho. Provavelmente tocaria algum tipo de alarme, ou alguma tecnologia ligada aos superiores os alertaria se um bracelete fosse detectado passando por aquela barreira. Ethan resmungou quando a viu, e então ouviu a voz de alguém inesperado.

— Têm algo importante que você queira fazer no andar de baixo, Kim?

Era Isabel Rodriguez, que estava prestes a trancar os dormitórios, mas antes estava dando uma olhada pelos corredores. Ethan demorou um pouco para respondê-la, enquanto olhava para a barreira.

— Não, eu só queria ir no banheiro. Boa noite, Isabel.

Assim, Ethan passou por ela e continuou até o banheiro masculino do segundo andar. Isabel o observou para verificar se ele entraria no banheiro mesmo, e quando ele entrou, ela deu um suspiro e saiu andando.

Ethan abriu uma das cabines do banheiro, e tirou uma pequena maleta por detrás da privada. Os banheiros da Betrayal Lines eram brilhantes e limpos, e a mala branca ficou bem camuflada no azulejo impecável. Ele logo abriu a maleta e começou a mexer dentro dela, prestes a pegar alguma coisa, até que foi surpreendido por um enxerido logo atrás dele.

— Senhor Kim!

Arh! — exclamou Ethan, olhando para trás. — O que você quer Cohen?

— Eu falei que ia te impedir de fazer isso! E não vou deixar você…

— Vai para o inferno — respondeu Ethan, cortando a fala de David. — Agora já é tarde. Isabel já está trancando os dormitórios a essa altura, nós dois estamos presos aqui fora. Seu imbecíl.

Ethan retirou o que queria da maleta e então a guardou atrás da privada novamente. Fechou a porta da cabine, e guardou o item no bolso.

— Que é isso aí?

— Nada. Você vai ter que ficar aqui até amanhecer, ou então procure a Isabel e fale que ficou para fora.

— Se eu fizer isso você vai ficar sozinho aqui e vai fazer merda! — exclamou, batendo um pé no chão. — Nós vamos falar com a Isabel… agora!

— Você escolheu me seguir, Cohen. Agora se vire para voltar — disse, olhando de um lado ao outro por uma fresta na porta do banheiro, checando os corredores. — E vê se não enche o meu saco.

Ethan saiu do banheiro e deixou David sozinho. Avançou pelos corredores com maior cuidado que podia, sempre andando nos cantos mais escuros. Evitava passar perto das portas, pois todas tinham um scanner ou algo holográfico que brilhava, iluminando um pouco. O objetivo de Ethan era alcançar o primeiro andar, pois era lá que os movimentos administrativos aconteciam. O segundo andar era apenas para os dormitórios.

Chegou até a escadaria novamente, e observou um pouco a barreira holográfica. Havia uma espécie de fechadura digital na parede ao lado da barreira, e aquele provavelmente era o sistema daquele holograma. Ethan tirou um pendrive amarelo que havia pego na maleta branca, e o encaixou em uma entrada USB da fechadura digital. A leitura do pendrive começou, e então uma pequena luz verde começou a piscar nele.

Enquanto Ethan analisava o pendrive de perto, David chegou se esgueirando pelas paredes, e então cutucou o braço de Ethan.

— Que foi agora? — sussurrou para o garoto.

— Se não tem mais volta, eu não quero ter que ficar no banheiro a noite toda…

Arh… está bem. Não faça nada sem eu mandar, Cohen.

Ethan tocou novamente no pendrive, sem desconectá-lo da fechadura. Seu bracelete piscou várias vezes em uma luz verde, e então parou. Aparentemente agora ele tinha o acesso para atravessar o holograma. David tocou no pendrive também, e seu bracelete teve a mesma reação.

— E agora…?

— Você atravessa a barreira.

— Eu?! — sussurrou, em um tom de indignação.

— Anda logo…

David hesitou um pouco, mas logo aceitou seu destino. Aproximou-se da barreira holográfica, e então a atravessou. Superficialmente nada havia acontecido, nenhum alarme disparou e não houve nenhuma reação na barreira e nem no bracelete de David.

Logo, Ethan pegou o pendrive e atravessou também. Os dois desceram a escadaria meio apressados, para que ninguém os pegasse na subida.

Chegando ao corredor principal do primeiro andar, Ethan já puxou David para trás de uma grande planta no caminho, que mesclada com a escuridão local, acabou ocultando os dois. Alguns passos estavam se aproximando, enquanto uma conversa seguia em movimento.

— Acho que não temos estoque o suficiente para isso… Anthony deve estar ficando maluco — disse uma voz masculina familiar, que provavelmente era de Francesco.

— Às vezes você tem que ser mais otimista, Francesco — respondeu uma voz feminina que Ethan não reconhecia. — Só temos que manter o ritmo até a sexta prova.

Arh… Se ao menos o Kim pudesse nos informar sobre o transporte da Nova-Dose...

— O Sr.Anthony deve ter seus motivos… Enfim, teremos mais informações na reunião de hoje.

A conversa foi se distanciando, até que o som dos passos ecoando pelo corredor cessaram.

Aria em seu dormitório continuava acordada pela madrugada. Estava deitada na cama de baixo da beliche, olhando para a madeira do esqueleto da cama de cima. Por algum motivo, mesmo com muito sono, ela não conseguia dormir. Levantou-se da cama, e caminhou pelo dormitório impaciente.

— Sem sono, Harper? — perguntou Mia, que estava mexendo em seu celular na cama de cima.

— Sim… Não consigo dormir de jeito nenhum! Odeio quando isso acontece.

— Então isso não é algo raro?

— Não… Às vezes eu simplesmente não consigo dormir! Eu não entendo o meu corpo…

— Boa sorte então — finalizou Mia, cobrindo-se e então fingindo dormir.

Aria a observou de baixo, e cruzou os braços encarando-a.

— Você é um saco…

— Eu sei que sou.

Mia repentinamente jogou uma bolinha de borracha na cara de Aria. A garota segurou a bolinha no ar antes de ela cair no chão, e então olhou para Mia novamente.

— Você não tem o que fazer não? — perguntou Aria.

— Acho que é você quem não tem…

Ethan e David já estavam perambulando por aí fazia um tempo, e nada demais havia acontecido até então. David já estava com bastante sono, bocejando a cada cinco minutos. Seus passos estavam lentos e seu corpo estava mais pesado. Parecia que ia cair no chão e dormir a qualquer segundo.

— Se você dormir aqui, eu não vou te carregar até o banheiro.

— Eu já sei… — respondeu, soltando mais um bocejo.

Os dois chegaram até uma sala vazia, com apenas uma mesa no centro e algumas cadeiras em volta. A porta já estava aberta por uma fresta, e a sala estava bloqueada pela mesma barreira holográfica de antes. Ethan inseriu o pendrive novamente, e os dois tiveram acesso à sala.

— O que você está procurando aqui…?

Ethan não respondeu, passou pela mesa e então subiu dois pequenos degraus, alcançando uma espécie de altar holográfico. De início, não exibia nada, era apenas o formato de uma urna holográfica.

Ethan pegou seu pendrive, e estava prestes a inseri-lo na urna também. Até que David o alertou de várias pessoas que estavam se aproximando daquela sala, e os dois rapidamente se esconderam embaixo da grande mesa no centro. Eles puderam ver as pernas de várias pessoas por debaixo da mesa, e todas estavam se sentando em uma cadeira em volta da mesa. O sono de David sumiu completamente, e o garoto estava começando a ficar desesperado. Quando estava prestes a soltar um grito, Ethan o segurou pela boca, mantendo o garoto em silêncio.

— Primeiramente gostaria de lhes agradecer a todos por comparecerem à reunião. Temo que precisamos esclarecer alguns assuntos a todos vocês… Principalmente o Sr.Kim, diretor da equipe de supervisores. Então, antes de iniciarmos… Receio que todos estejam animados para ver os resultados dos nossos queridos participantes no momento, então já lhes informarei os três dominantes da tabela de classificação. Estes são; Ethan Kim, Aria Harper, e Aaliyah Abioye. Alguém tem alguma objeção?

— Bom, se me permite a pergunta… Como é que o senhor e a senhora Kim e Harper estão no topo da lista, mesmo não estando presentes no último jogo: Floresta.

— O desempenho destes dois foi surpreendente, Sr.Nick. Na verdade, eles estão tendo total destaque desde a primeira prova. Isso é apenas fruto de seus pontos acumulados desde o início.

— Compreendo… — suspirou Nick. — Suponho que o Sr.Kim esteja orgulhoso. Seu filho realmente se sobressai dentre os outros, Anthony…

— Chega de distrações, por favor. Vamos ao que interessa Smith — bravejou o Sr.Anthony.

Ethan ficou em choque ao ouvir a voz de seu pai. Começou a suar frio, e seus braços tremiam levemente. Ainda tinha que segurar a boca de David para que ele não tivesse uma crise de pânico ali mesmo.

— Certo… Bom. Ultimamente estamos tendo um pequeno atraso na entrega da Nova-Dose. Isso deriva de um desvio de transporte dos navios de carga da China… que estão tendo que percorrer outra rota para sair do radar dos países vizinhos. Sabe como seu pedido é complicado, não é, Sr.Kim? Com todo respeito, eu acho que você deveria cancelar esta…

— Eu decido o que eu vou fazer, Smith — disse Anthony, calmamente. — Não preciso de sua opnião, e o conceito que estabeleci aqui já está bem claro para todos vocês. Ou pelo menos, deveria estar… Não está, Smith?

— E-está sim, meu senhor! Perdoe-me se de alguma forma eu lhe insultei. Ahm… enfim, a Nova-Dose deve chegar ao mesmo tempo que a sexta prova acontecer. Então fiquem despreocupados… Nós, hum… Está tudo sobre controle.

— Ótimo. Agradeço as informações, Smith.

A reunião seguiu por alguns minutos, e então se encerrou. Todos foram deixando a sala um a um, e então a porta se fechou. Ethan soltou a boca de David, que estava tão ofegante quanto cachorro pós-corrida. Os dois se rastejaram para fora da mesa, e Ethan se apoiou na parede, ainda suando frio.

— Está tudo bem, Senhor Kim? — perguntou David, ainda ofegante.

— Estou… Estou bem. Vamos continuar.

Ethan se recompôs, e subiu novamente os degraus até a urna. Colocou o pendrive sobre ela, que logo começou a ser analisado pela máquina.

— Olha… eu tenho que ir ao banheiro! — exclamou David, com os joelhos juntos. — Eu volto logo!

O garoto correu para fora da sala, e seguiu corredor adiante. Ethan estava vidrado na urna holográfica, e várias informações começaram a aparecer ali. Nova-Dose, cargueiros da China, próximas provas, tabelas de pontos, sistemas, hierarquias, planejamentos, tudo.

— Cara ou Coroa… — disse, lendo o nome do próximo jogo. Ethan colocou as mãos no pendrive novamente, e recebeu em seu bracelete, todas as informações sobre o jogo Cara ou Coroa.

Logo, Ethan removeu o pendrive da urna e correu para a porta da sala. Estava prestes a deixar o local, quando deu de cara com quem menos queria ver em todo o planeta bem na porta da sala. Anthony Kim, seu pai em pessoa, parado bem à frente dele.

Notas:

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