Akai Sakura Brasileira

Autor(a): Matheus Mariano


Volume 1 – Arco 2

Capítulo 1: Bem-vindo a Sagesse

Após o teletransporte, Kamui e Tomoe chegaram à capital de Sagesse. Diferentemente de Blumendorf, a cidade não possuía muralhas. Do alto de um morro, era possível avistar o palácio de Jaune, com a Academia Sagesse logo ao lado. 

— Nossa, Sagesse é bem grande, e parece ser mais tecnológica que Blumendorf.  — comentou Kamui, com os olhos brilhando ao contemplar a paisagem urbana

— Sagesse é o maior centro de pesquisa do mundo. Por isso o país evoluiu muito.

— Hum… Faz sentido.

— Então, vamos para a academia.

Não foi difícil encontrar a  Academia Sagesse. Eles a avistaram de longe, e as placas da cidade indicavam o caminho com clareza. Os prédios da cidade exibiam uma arquitetura que lembrava a de Paris, e nas ruas circulavam diversos veículos movidos a vapor. Alguns minutos depois, eles chegaram à Academia Sagesse. O edifício seguia o estilo neoclássico, com uma fachada adornada por quatro colunas brancas realçadas por filetes de ouro. Abaixo das janelas ficava o jardim, com arbustos podados em formato de pararelepípedo.

Ao entrarem na academia, dirigiram-se à sala principal, que possuía um sofá com um estofado verde,  um grande lustre e um balcão de recepção. Havia também duas grandes escadas de madeira. 

Logo que  adentraram, a recepcionista os recebeu.  Ela usava uma boina e um vestido brancos, tinha cabelos curtos e pretos e olhos azuis. 

— Sejam bem-vindos à Academia Sagesse. Em que posso ajudá-los? 

— Prazer, meu nome é Kamui e o dela é Evelyn. Gostaríamos de falar com a Maya Mullet.

— Prazer, me chamo Camille. Acredito que ela esteja agora em seu escritório.

— Poderia me dizer onde  fica?

— Claro! Basta procurar pela sala da direção, no segundo piso.

— Obrigado!

Kamui e Tomoe foram procurar o escritório de Maya. Depois de algum tempo, eles encontraram o escritório. Kamui bateu na porta e, em seguida, Maya abriu. Ela utilizava óculos, possuía cabelos longos e castanhos, seus olhos  eram da mesma cor e ela vestia uma capa marrom com detalhes em dourado.

— Bom dia! — disse Maya, exibindo um sorriso agradável.

— Bom dia! Me chamo Kamui. 

— E você?

— Prazer. Meu nome é Evelyn.

Desde o comprimento, Maya lançava olhares discretos para a espada de Kamui.

— Interessante a sua espada. Sobre o que desejam falar comigo?

— Eu conversei com uma amiga minha lá de Blumendorf. Seu nome é Erika. Desejo aprimorar minhas técnicas com a espada. Esta espada é a Muramasa no Kitsune, a espada lendária do reino de Hokkai. 

—  Hum… então vocês são amigos da Erika.

— Sim, somos.

— Vamos, entrem!

O escritório possuía uma grande mesa de madeira e uma estante com alguns livros. A janela, coberta por uma cortina azul, oferecia uma vista  para a cidade e para o pequeno jardim da academia.

— Então, você é o novo portador da Muramasa no Kitsune.

—  Sim.

— Legal. Você me permite  ver a espada?

— Claro!

Kamui colocou sua katana sobre a mesa. Em seguida, Maya a pegou e  a examinou atentamente.

— Realmente é ela. 

— Eu encontrei uma insígnia do elemento elétrico em uma dungeon, mas ela está descarregada. A Erika disse que essa insígnia poderia ajudar  a aumentar o meu poder.

— Em tese, sim. Porém, não seria um grande aumento. As armas lendárias têm espíritos selados nelas. No caso da sua espada, há um espírito de kitsune selado nela. Para você desbloquear todo o poder dela, você precisa firmar um contrato com esse espírito.

— Entendo… Você sabe como posso fazer esse contrato?

— Sim, precisamos lançar uma magia para que você seja invocado no local onde ela está selada. Conheço uma maga que pode ajudar com isso. O nome dela é Alexia.

— Ela está aqui na academia?

— Não, ela saiu em uma missão. Acredito que ela deva chegar amanhã. 

— Hum…

— E a Liya, ela está aqui na academia?

— Creio que sim. Deve estar no laboratório.

— Você pode me dizer onde ele fica?

— Claro! É só você seguir até o final do corredor.

— Certo. Obrigado. Tchau!

— Tchau, até mais tarde.

Após se despedirem, Kamui e Tomoe foram até o final do corredor e encontraram o laboratório. Kamui bateu na porta. Pouco depois, ela se abriu revelando uma garota baixa, de pele clara e cabelos pretos e curtos, vestindo o uniforme da academia. No caso, o uniforme feminino de professores e pesquisadores era uma camisa branca com o brasão da Academia que é uma coruja. O uniforme também é acompanhado de uma saia e uma capa. 

— Oi…O que vocês desejam? — disse a garota, com a voz baixa e suave.

— Oi, prazer, eu sou o Kamui e esta é a Evelyn. Gostaríamos que você verificasse esta insígnia elemental.

No momento em que Kamui mostrou a Insígnia, a postura de Liya mudou completamente: a timidez desapareceu e sua expressão tornou-se séria.

— Hum… é uma insígnia do elemento elétrico. Está descarregada. Se quiser, eu posso recarregá-la para você.

— Então, se possível, faça isso, por favor.

— Certo, não vai demorar muito.

Eles entraram no laboratório. Havia várias mesas de madeira com diversos equipamentos, como béqueres e tubos de ensaio de tamanhos variados. Liya jogou a insígnia no caldeirão e adicionou um tubo de ensaio contendo um líquido roxo. Assim, a Insígnia ficou pronta.

— Pronto. A recarga custará  vinte moedas de ouro.

— Certo. Aqui está o dinheiro.

Liya agradeceu e colocou o saco com as moedas sobre uma mesa próxima à ela. 

— O nome de vocês me parece familiar. Vocês são os aventureiros que derrotaram o Ende em Blumendorf?

— Sim, somos nós.

— Eu lembro de ler no jornal. A batalha parece ter sido difícil.

— Foi mesmo. A Erika me ajudou muito a derrotá-lo. Aquela magia que ela preparou com os outros magos fez toda a diferença.  

— Ah! Vocês conhecem a Erika?

— Sim, nós somos amigos dela. — disse Kamui. 

— Hum… que bom. Prazer, eu me chamo Liya Durand. 

— Prazer, e muito obrigado por recarregar a insígnia.

— De nada!

 Após se despedirem de Liya, eles desceram para a recepção. Chegando lá, Kamui foi falar com Camille.

— Oi, Camille, sou eu de novo. Você sabe se têm algum local aqui em Sagesse onde eu possa vender esta insígnia?  

— Sei. Acho que você consegue vendê-la na loja Aventureux, já que eles trabalham com uma infinidade de itens para aventureiros.

— Ok, Obrigado. Ah, só mais uma coisa. Você também sabe de alguma pousada boa aqui em Sagesse?

— Conheço a pousada Alpes. Ela fica bem perto da academia e as diárias são baratas. 

—  Obrigado pelas informações.

— De nada!

Após saírem da Academia Sagesse, Kamui e Tomoe foram para a loja Aventureux. A loja ficava em um prédio de arquitetura neoclássica, cujos andares superiores eram residenciais. Na fachada, havia uma porta de madeira, acima dela havia uma placa que exibia o nome do estabelecimento, e duas janelas de vitral pelas quais  era possível observar o interior. Ao entrarem, o proprietário os cumprimentou. Ele tinha cabelos brancos, bigode, usava um monóculo e uma cartola. 

— Sejam bem-vindos. Meu nome é Pierre. Em quê posso ajudá-los? Tenho itens incríveis.

— Eu gostaria de vender essa Insígnia elemental. 

Kamui colocou a Insígnia sobre o balcão. Em seguida, Pierre pegou-a e analisou-a.

— Hum… Esta insígnia tem uma qualidade incrível. Deve ter sido sintetizada por um ótimo alquimista. Compro-a por quarenta moedas de Ouro. 

— Quarenta? Que tal cinquenta?.

— Fechamos por quarenta e cinco.

— Pode ser.

— Desejam comprar algo?

— Hoje não, talvez outro dia.

— Certo. Voltem sempre!

Do lado de fora, Kamui e Tomoe conversavam sobre a venda da insígnia.

— Conseguimos um bom dinheiro com esta insígnia.

— Sim. Agora temos que ir para a pousada. Estou morrendo de cansaço.

— Eu também. Estou muito cansado.

Depois de um tempo, eles chegaram à pousada Alpes. A pousada ficava num grande prédio de arquitetura neoclássica. O restaurante e o hall de entrada da pousada ficam no térreo, e os quartos, nos andares superiores. Kamui e Tomoe entram e logo foram fazer o check-in.

— Boa noite. Meu nome é Kamui. Gostaria de reservar um quarto. 

— Certo. Ela está com você? 

— Sim, ela está comigo.

— Então será um quarto para duas pessoas. Vocês preferem quarto de solteiro ou de casal?

— O que você acha, Evelyn?

— Pode ser de casal.

— Certo.

— Ah, sobre a diária, pode reservar por uma semana.

— Certo. O valor da reserva será de três moedas de ouro.

— Aqui está. 

— Obrigada. Aqui está a chave.

Após isso, Kamui e Tomoe foram para o quarto. No caminho, pegaram um elevador movido por um motor a vapor. 

— O quê? Tem um elevador aqui? — disse Kamui, surpreso.

— Sim. Os elevadores são bem comuns aqui em Sagesse. Eles funcionam através de um motor a vapor.

— Nossa, que legal. Na minha terra natal também tinha, só que os de lá funcionam por motores elétricos.

Algum tempo depois, eles chegaram ao quarto. Lá, encontraram uma cama do tamanho King, um guarda roupa, uma penteadeira, uma escrivaninha e um banheiro. Além disso, o quarto oferecia uma ótima vista da cidade.

— Estou ansioso para amanhã. Tomara que o contrato com a kitsune dê certo. 

— Depois disso, preciso treinar você. Afinal, agora você é um meio demônio e pode aprender algumas magias exclusivas da nossa raça.

— É mesmo?

Kamui se aproximou de Tomoe, beija-a e depois disse:

— Boa noite.

Com o rosto avermelhado, Tomoe disse:

— Boa… noite… Kamui.

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