Akai Sakura Brasileira

Autor(a): Matheus Mariano


Volume 1 – Arco 1

Capítulo 7: A festa da colheita

No dia seguinte, Kamui, ainda um pouco sonolento ao acordar, disse:

— É, chegou o grande dia. Estou muito ansioso para o festival!

— Você vai adorar. Ah! Eu vou me arrumar primeiro. Depois, desço para tomar café.

— Tá bom!

Assim que Kamui desceu as escadas, Egon o cumprimentou. A taberna estava bem movimentada para uma manhã. 

— Bom dia, Kamui!

— Bom dia, Egon. A taberna está bem movimentada hoje!

— Sim! Quando é a festa da colheita, Blumendorf fica lotada. Vem gente de todos os cantos. 

— Legal.

— A Evelyn ainda está dormindo?

— Ela está se arrumando para a festa.

— Ah, entendo.

— Eu vou querer uma xícara de chá e, pode arrumar uma xícara de café para ela.

— Certo! Vou preparar o seu pedido.

Alguns minutos depois, Tomoe desceu as escadas, vestida com a roupa de Blume. Kamui ficou tão impressionado com a sua beleza, ao ponto de não notar nada ao redor, exceto ela.

— Nossa! Você está muito linda!

— Obrigada. — Tomoe sorriu discretamente, cobrindo a boca com a mão.

— Realmente você ficou muito linda neste vestido. E aí, gostou do meu presente? 

— Sim, adorei. Muito obrigada.

— De nada!

Após tomarem café da manhã, Kamui e Tomoe se despediram de Egon e saíram da taberna.

— Então, o que vamos fazer? 

— Vamos para a praça central. Normalmente, é lá que as barracas ficam.

Eles foram para a praça central. Ao chegarem, encontraram diversas barracas que vendiam de tudo: algumas ofereciam comidas e bebidas, flores, algumas, obras de arte, ferramentas e armas. E  ainda havia barracas com jogos. 

— Aqui está bem movimentado!

— Sim! É a maior festa de Blumendorf. A cidade fica lotada de turistas.

Enquanto caminhavam pelas barracas, uma chamou a atenção de Tomoe. Era uma barraca de bebidas, na qual, ao fundo, havia dois barris de cerveja e uma adega com vinhos. 

— Ei, Kamui! O que acha de irmos naquela barraca?

— Ah, você já quer beber? 

— Se você não beber, você não curte a festa. Esse é um dos lemas da festa da colheita.

— Tudo bem, vamos lá.

Ao chegarem na barraca, foram atendidos por uma garota de aparência jovem, com pele branca. Seus cabelos eram loiros e curtos, e seus olhos eram azuis. Ela estava vestindo um vestido branco.

— Sejam bem-vindos! Em que posso ajudá-los?

— Quais bebidas vocês tem?

— Nós temos diversas cervejas de várias regiões de Blumendorf e também temos vinhos vindos de Sagesse. 

— Hum, legal. Então, eu vou querer uma cerveja de Gerstendorf e um vinho. Nunca provei um vinho de Sagesse. Estou curiosa para saber o sabor.

— Certo vou prepará-las para você.

Primeiro, a garota pegou uma caneca de madeira e a encheu com a cerveja de Gerstendorf. Depois, pegou uma taça de vidro, abriu uma garrafa de vinho e despejou na taça. Por fim, colocou as bebidas sobre o balcão. Ambas pareciam igualmente apetitosas. O vinho tinha uma cor avermelhada, lembrando a de um rubi. A cerveja era semelhante à do Moinho, sendo escura e apresentando uma fina camada de espuma. 

Tomoe pagou pelas bebidas e, primeiramente, bebeu um pouco da cerveja.

— Nossa, é muito boa! Acho que essa cerveja não é a do Moinho.

— Sim, ela não é. Ela é da taberna Goldene Blume.

— Legal! Da próxima vez que for à Gerstendorf, não deixarei de ir lá.

Tomoe pegou a taça com vinho e bebeu. O sabor era incrível, tinha um toque doce e ardente.

— Que delícia! Sempre ouvi falar sobre os vinhos de Sagesse, mas não sabia que eles eram tão deliciosos.

— Que bom que a senhorita gostou.

— Ah! queria provar essas bebidas…

— Calma, não vai demorar muito para você chegar à maioridade.

— Tomara!

— Também temos suco de uva, que vem do mesmo local onde é produzido o vinho.

— Hum… estou curioso, arrume uma para mim.

— Certo!

A vendedora pegou uma garrafa e encheu uma taça com o suco de uva. A cor do suco era um roxo bem escuro. Ela colocou a taça sobre o balcão. Depois, Kamui pagou e bebeu o suco.

— Delicioso! Foi o melhor suco que já tomei!

— Fico feliz que tenha gostado.

— Você vende as garrafas de vinho também?

— Sim, nós vendemos.

— Então, eu vou querer uma daquele vinho de Sagesse.

— Certo, são três moedas de ouro.

— Aqui está.

Depois disso, eles se despediram da vendedora e se sentaram em um dos bancos da praça.

— E agora o que vamos fazer? 

— Acho que, daqui a alguns minutos, o desfile deve começar.

— Legal, estou curioso para ver!

— Eu adoro essa parte da festa.

Eles foram para o local do desfile. Lá, havia uma grande multidão e também era possível escutar música de instrumentos de corda e de sopro. Ao se aproximarem da multidão, conseguiram ver o desfile, formado por várias carruagens, todas elas bem decoradas com flores, barris de cerveja e panos com as cores da bandeira de Blumendorf.

— O desfile já começou. Essas carruagens são incríveis!

— Sim, olha, aquela pessoa em cima daquela carruagem não é a princesa Suyane?

— Nossa! É ela mesmo!

Suyane estava ao lado do rei e da rainha de Blumendorf. Depois do fim do desfile, Kamui e Tomoe foram para o restaurante Widschweinjäger. O restaurante estava bem movimentado e haviam poucas mesas disponíveis. Tomoe sentou-se em uma delas, enquanto Kamui foi ao balcão para fazer o pedido. A fila era relativamente grande, com treze pessoas nela. Além de Katharina, uma outra garota ajudava a atender os clientes. Após um tempo na fila, Kamui foi atendido por Katharina.

— Boa tarde, Kamui! Está curtindo a festa?

— Sim! Estou gostando muito. Hum… vocês tem alguns pratos especiais hoje.

— Sim! Estamos fazendo alguns pratos especiais.

— Hum… então eu vou querer esse Flammkuchen, uma cerveja e um suco de uva.

— Anotado!

O Flammkuchen é semelhante a uma pizza. Ele é feito com uma massa fina de farinha, coberta com creme de leite, cebola e carne de porco. Kamui pagou pelo pedido e retornou para a mesa.

— O que você pediu?

— Eu pedi um Flammkuchen e, de bebida, uma cerveja e um suco.

— Ótima escolha! O Flammkuchen é delicioso. Faz muito tempo desde a última vez que comi. 

— Estou ansioso para experimentar.

Após algum tempo, Katharina chegou trazendo os pedidos. Ela os colocou sobre a mesa e disse:

— Bom apetite!

Eles agradeceram a Katharina, e ela retornou para o balcão. O Flammkuchen parecia incrivelmente delicioso. O creme ainda borbulhava sobre a tábua de pedra, e o cheiro era maravilhoso. Tomoe partiu uma fatia e a colocou no prato de Kamui e, em seguida, no seu próprio. Kamui pegou os talheres, cortou o seu pedaço e levou-o à boca. O gosto era incrível, uma verdadeira explosão de sabores. 

— Hum!!! Isso é muito bom! 

— Sim! É incrível.

— Realmente, esse dia está sendo o melhor de todos.

— Eu disse que você ia adorar a festa da colheita.

Eles apreciaram a refeição. Após terminarem de comer, eles retornaram  para a taberna Bergorse. O local estava lotado de pessoas, com conversas, gargalhadas e a música executada por um bardo. No balcão, uma figura conhecida estava sentada: era Suyane. Ela vestia uma roupa de blume. O xadrez da peça era roxo e a barra do vestido, também roxa, exibia listras brancas. Seu cabelo loiro e longo brilhava como os raios do sol. 

— Princesa Suyane! Que surpresa encontrar você aqui.

— Ah, Kamui! E aí está curtindo a festa?

— Sim, bastante!

— Que ótimo! Ah, Evelyn, essa roupa de Blume ficou ótima em você.

— Obrigada! O seu vestido está lindo também.

Egon chegou no balcão e disse:

— Ah! Vocês voltaram! E aí, Kamui, gostou da festa?

— Sim, eu adorei.

— Vão querer o de sempre, né?

— Sim!

— Ah! Egon, eu tenho um presente para você.

— O que é?

Tomoe tirou a garrafa de vinho de sua bolsa e a entregou para Egon.

— Hum… Esse vinho é dos bons. Obrigado.

Após isso, Suyane disse:

— Egon, vou querer mais uma cerveja.

— E pra já, princesa.

Logo após Egon sair, Kamui disse:

— Ah! Nós te vimos no desfile.

— Vocês me viram lá? Eu odeio essa parte desde que era criança. Acho muito tedioso ficar naquela carruagem junto com meus pais.

— Sério? Eu gostei do desfile.

— Sim, o desfile em si é divertido, mas ficar parada acenando para todos é um pouco cansativo.

— Verdade, pensando por esse lado, faz sentido.

Egon chegou com as bebidas e as colocou sobre o balcão. Tomoe e Suyane brindaram com suas canecas e, em seguida, deram um grande gole.

— Ahh! Essa cerveja é deliciosa.

— Poucas vezes que tenho chance de beber aqui. Pelo menos, o Egon me entrega alguns barris no palácio. Mas o sabor de beber aqui é totalmente diferente.

— Sim, o ambiente da taberna é bom demais. — disse Tomoe, enquanto saboreava sua cerveja.

Eles curtiram a noite, saboreando suas bebidas, ouvindo a música e conversando. Tomoe foi bebendo e empilhando as canecas sobre o balcão.

— Tá tudo girando, hehe!

— Ah! Ela sempre faz isso. Desculpe, princesa, mas nós temos que ir.

— Tudo bem! Boa noite!

Kamui pegou Tomoe nas costas e a levou até o quarto. Pelo caminho, ela já havia caído no sono. No quarto, ele a colocou na cama e, depois, deitou-se em sua própria cama. 

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