Volume 1

Prólogo: O Mundo Completo

No início, o todo era Um, e Um é perfeito. Mas então surgiu a promessa, e com ela os céus e as terras. Que eram olhos atentos. Ansiando ver o que lhes foi dito desde início. Que a promessa apontaria para Um. E todos desfrutariam. E assim a promessa era o motivo, e o motivo veio a ser, e o ser estava vivo. Vivo para apontar. Céus e terras para esperar. Esse era o início. Essa era a promessa. Assim é contada a história do mundo de Aio. Local de morada da humanidade. Que reinava soberana sobre todas as regiões desse mundo. Contudo os primeiros passos de civilização foram maldosos. E o egoísmo e a rebeldia rapidamente chegaram em seu auge. Morte, medo e luxúria já se faziam parte com a pedra, o aço e a carne. E os homens se deleitavam com suas maldades e seus desejos, que governavam acima de qualquer razão. Para quem se vai de cima, tudo parecia perdido e desolado. Para os céus e as terras, aqueles seres só apontavam para uma direção. O caos absoluto. E dessa forma chega o fim de uma era. O fim da era Anelar. O tempo de observar acabou.

Assim o tempo atual se faz presente. A era das Égides tem seu início. E junto com ela a esperança de um tempo de ordem e civilidade.

Presente, bênçãos e poderes são cedidos para os poucos que ainda detinham uma liderança racional neste mundo. Porém a impiedade nos corações da terra se mantinha muito forte. Se moldando ao formato das leis estabelecidas nas gigantescas moradias criadas para esses tempos. Então mesmo organizado, caos ainda era caos. Já que, em um mundo sem verdade, a mentira se folga em seus vários aspectos de enganação.

Mas a promessa não dependia de nada além de um pedido. Um pedido simples que reunia as principais virtudes para apontar. 

Amor, humildade, obediência e justiça em uma única frase. Capaz de se fazer grande por ser pequena. 

Algo tão único e impensável de tão simples, que nenhum ser ainda havia feito na história da existência. Até agora.



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