Volume 2
Capítulo 41: Aura Cinza
GRIS
Sempre esteve aqui, ao meu redor, e eu não conseguia perceber. É perturbadora a ideia de que sempre houve um mundo ao meu redor que eu não podia notar, não até agora.
Com meus pés submersos nas águas frias do Rio Reluzente, sentado nas suas margens e com os olhos voltados às montanhas vermelhas, agora posso ver uma fina fumaça negra que cerca a cordilheira: É o fluxo negativo.
Acima das montanhas, há pontos avermelhados e brilhantes, os quais se tratam de alguns demônios que ali vivem. Ao focar em um deles, minha visão se aproxima para ver melhor. Trata-se de um híbrido entre uma salamandra e um morcego-vampiro. Alienor disse que são wyverns de fogo, e que eles são bem perigosos.
Pelo que ela me informou, os wyverns não atacam as pessoas de Galantur e esses demônios respondem ao chamado da sua família. Parecem formar uma defesa natural ao redor de Galantur, parecida com a Floresta de Prata em torno de Ticandar.
— Gostou deles? — pergunta a raposa.
— Eles são incríveis — respondo.
— Se quiser, eu posso chamar um deles aqui.
— Não precisa, está tudo bem. Eu já consigo ver daqui, obrigado.
Essa Srta. Raposa só pode estar de brincadeira comigo. Chamar um demônio aqui?
Ao redor da raposa, vejo uma aura rosa: É a mistura da aura vermelha de destruição, com a aura branca de vida. Seu alinhamento é a mistura desses dois.
— Tá olhando o quê, bobalhão? — diz a raposa e pula na água do rio.
Volto minha atenção para trás e percebo uma fina fumaça branca que cerca cada uma das árvores gigantes da Floresta de Prata: é o fluxo positivo.
A aura do alinhamento de vida é branca, assim como é o fluxo em sua essência positiva, mas ele fica esverdeado quando utilizado em uma magia de criação. Também é esverdeada a aura das pessoas com alinhamento de criação.
Essas foram as primeiras lições que aprendi com o professor, ao aprender o primeiro dom do impetus, o aprimoramento dos sentidos: Visão.
Ao concentrar o fluxo de meu corpo em meus olhos, posso me ajustar para ver a movimentação dessa energia no ambiente, identificar o alinhamento das pessoas, bem como enxergar muito mais longe. Agora entendo como o professor podia ver coisas no horizonte com tanta facilidade.
Os usuários de magia também conseguem ver o fluxo, depois de treinarem um pouco. É natural para eles, pois nascem propensos a manipulá-lo fora do próprio corpo. Todavia, eles não conseguem identificar o alinhamento de alguém, pois não são bons em manipular o fluxo em seu interior. Esse é o motivo das pessoas usarem uma rosa dos ventos para determinar o alinhamento.
Até mesmo usuários de criação têm dificuldades em alterar características do próprio corpo e, normalmente, se especializam em uma ou duas habilidades desse tipo. Faz sentido o professor dizer que Alienor é talentosa, já que ela consegue se transformar em raposa mesmo sem o alinhamento de criação.
— Não vai entrar? Entra aí, Gris, que a água tá boa — diz a Srta. Raposa.
Ela faz jus ao seu autodenominado título de Raposa de Fogo Aquática.
— Agora não posso, Alienor. Tenho que treinar o dom que o professor me ensinou.
Estamos no primeiro mês de treinamento, e já dominei a primeira etapa do impetus.
Nós descobrimos que a Alienor possui um limite de tempo em que pode ficar dentro da floresta sem fazer barulho, mas fica um tanto inquieta se passar desse limite. É por isso que uma vez por semana nós vimos aqui.
— Ah! Quer ver algo legal agora? — ela diz, na medida em que sai do rio e se chacoalha para se livrar da água.
— O quê?
— Use sua visão e olhe para aquele tronco de árvore ali — ela aponta com seu focinho em direção a um tronco seco.
Perto dele, posso ver uma movimentação, uma espécie de vórtice carmesim se formar e ficar maior, até o ponto que fragmentos de chamas surgem. É quando um fluxo branco aparece no meio dele, se expande e colapsa.
Bum! É uma das explosões da Srta. Raposa. Igual a daquele dia em que lutamos contra os soldados de vermelho. Então é assim que ela conjura suas explosões.
— Caramba, que legal!
— Acho que você entende agora, não é? Elas são lindas, não são? Hahaha.
— Sim, e bem fortes. Sem falar que você pode conjurá-las bem de longe e rápido. Chega a ser injusto.
— Elas têm suas limitações. Cinquenta metros de distância é meu máximo. Além disso, só consigo dar forma ao fluxo em locais que consigo ver. Não conseguiria explodir atrás de uma parede, ou um escudo, nem na completa escuridão, por exemplo.
— Ah! Foi assim que você conseguiu explodir o trinco daquela janela?
— Não sei do que você está falando. Lalala... lalá! — ela responde, vira as costas e, cantarolando, pula na água novamente.
Será que existem mais coisas que estão a minha volta, mas nunca consegui notá-las? Pensar nisso me traz aflição.
Olho para as minhas mãos, e a aura que emana delas é cinza, igual que a cor dos meus cabelos. É uma cor que não parece se encaixar.
A parede de vinhas conseguiu amortecer parte da explosão, mas ainda assim o impacto foi grande. O lumen transformado em javali jaz fora dos limites do campo e está desclassificado. Eu, por outro lado, saí praticamente ileso à explosão. Salvo alguns rasgos na minha camisa.
Receio que a resistência proporcionada pela vontade do guerreiro tenha me deixado mal-acostumado. Habitualmente, eu teria desviado do impacto ao invés de resistir a ele.
Porém isso não é importante agora, mas se ele está vivo ou morto.
— Gris, você se machucou? — Alienor me revista e examina para ver se possuo algum ferimento. — Desculpe. Eu não sei o que aconteceu, a magia saiu mais forte do que eu esperava.
— Não se preocupe, eu estou bem.
— Não achei que... Ai! Carambolas, será que ele está vivo?
Dois lumens surgem para atender o lutador caído, parecem médicos. Um deles olha para Vi Kari e faz um sinal de afirmação. É quando, finalmente, a líder lumen se manifesta: — Vencedores: Gris e Alienor de Vermilion!
Escuto modestos aplausos, o ânimo do público não é nada bom. Creio que por muito pouco escapamos de uma enrascada. Afinal seríamos presos caso o garoto viesse a óbito.
— Está tudo bem, Alienor. Eu reconheci a magia e sei que não foi de propósito. Vamos voltar para a Srta. Kali e o Karakhan.
Na medida em que passo pelo rapaz atendido, verifico que ele segue inconsciente e estirado pelo chão da arena, porém ainda respira.
— Ele está bem? — pergunto a um dos médicos que o atende.
O médico possui um jaleco branco, parecido com aquele utilizado por Miril em seu consultório.
— Está fora de perigo, sim — responde o médico. — Mas não poderá assumir a forma da besta tão cedo.
— Sentimos muito, Sr. lumen. Espero que melhore rápido — digo ao rapaz caído. Porém sei que ele não pode me ouvir.
— Vamos, Gris. Quero ver as próximas lutas lá de cima — diz Alienor, ao passo que aponta para as arquibancadas e me puxa pela camisa.
Eu a sigo, entretanto, ao passarmos pela porta do nosso camarim, quatro soldados armadurados nos cercam, e um deles diz: — Vocês estão detidos. Entreguem as armas e me acompanhem.
Droga.
— Eu posso pegar meu colar antes? — Necessito da promítia, caso contrário será perigoso, mas não creio que consiga explicar isso para eles.
— Não! Nossas ordens são para levá-los diretamente para a detenção. — Os soldados levam suas mãos às empunhaduras de suas armas.
Pretendia argumentar, porém creio que é melhor somente obedecer. Apenas entrego minha espada ao soldado. Creio que eu consiga manter a magia sob controle por um bom tempo, já que não gastei muito fluxo durante a luta.
— Por que isso?! — questiona Alienor.
— Indícios de uso desproporcional da força durante as lutas. Vossa Excelência, Vi Kari, julgará seus atos ao final do torneio. Até lá, vocês estarão detidos.
— Está tudo bem, Alienor. Vamos com eles.
— Tá bom... Droga! Queria ver as outras lutas. Não consegui nem esticar as pernas aqui... — ela resmunga várias outras palavras que não consigo ouvir, enquanto caminhamos até a cela.
Sempre preso. Não importa aonde eu vá, eventualmente eu termino preso em algum lugar. Uma cabana, magia de uma raposa, quarto de estalagem, tronco de uma árvore, um elevador ou uma cela com grades de promítia.
Apesar que a promítia desta cela me garante não perder o controle, mas não é como se eu ficasse confortável aqui dentro.
Dois dos guardas permanecem do lado de fora e nos observam a todo instante.
— O que foi aquilo, Alienor? — eu pergunto. — Conheço aquele conjuro, mas a explosão foi muito mais forte que o comum.
— Ahm... Eu também não entendi. Não sei o que pode ter dado de errado. — Ela observa suas mãos em uma tentativa falha de buscar respostas ali.
— Pois é. Eu tenho certeza que seu controle de fluxo é muito bom. Aquele dia você explodiu o rosto de Fineas do meu lado e não me machucou.
— Se me permitem dizer... — interrompe um homem da cela ao lado. — Eu não vi o que aconteceu, mas me parece que a mocinha aí teve um aumento da sua potência mágica e não percebeu. Quando isso ocorre, é necessário um pouco de treino para ajustar a força da magia.
Aquele que acaba de comentar é um homem de pele negra, barba longa e vestido com uma túnica bege, roupas parecidas com as do casal que vimos se inscrever para o torneio antes. O professor me falou de pessoas com estas características, e eles vêm do deserto de Adarik, ao leste das montanhas vermelhas.
Na mesma cela, há duas outras pessoas, uma delas é um anão loiro jovem, de barba longa, já a outra é uma humana loira, bem bonita e de cabelos encaracolados.
— Não seja intrometido, Filemon — diz a loira —, pois eles nem te perguntaram nada. Perdão, garotos, o que falta de civilizado em meu amigo, ele completa com indiscrição.
— Não se preocupe. Ele só quer ajudar, não é mesmo, Alienor?
— Sim, faz sentido. Até porque eu fiquei um tempão como raposa. Nem tive tempo de testar minhas magias... Aliás, o seu professor foi quem não me deixou testar, Gris. Aposto que ele planejou tudo isso. Sim, é algo que ele faria... — A ruiva cruza os braços e bate com o dedo indicador em seu queixo.
— Hey! — exclama o anão. — Você que é o Gris? Pessoal, é ele, o garoto de cabelos cinzas.
— É verdade! — aduz a loira. — Hey! Garoto, já não nos conhecemos de algum lugar?
— Eu acho que não. Creio que me lembraria.
— Que cantada ruim, Gris — diz a ruiva, enquanto me dá um peteleco.
Como assim, cantada? Com certeza, eu lembraria de um trio tão peculiar.
— É ele mesmo que vocês procuram — complementa Alienor. — Este garoto é procurado em metade de Aelum por matar soldados, espancar o filho dos outros e assediar mulheres.
— Alienor!
— Tá bom! É brincadeira. Hahaha!
— Você é o Gris, amigo da Cintia e da Laura, lá da estalagem de Lumínia, não é? — afirma a loira.
— Vocês conhecem a Srta. Cintia e a Laura? — pergunto.
— Sim! Passamos alguns dias lá, antes de atravessarmos a Floresta de Prata. A comida era muito boa. Só de lembrar me dá água na boca. Precisamos voltar lá depois — comenta o anão, enquanto fecha os olhos, balança a cabeça em afirmação e bate na própria barriga.
— Prazer, meu nome é Verônica. Este anão arruaceiro e alcoólatra é o Barathun, já o intrometido ali é o Filemon — diz a loira, na medida em que estende sua mão pela grade.
Em resposta, eu a cumprimento e digo: — Prazer, meu nome é Gris, e essa aqui é a Alienor.
— E vocês, por que foram presos? — questiona a ruiva.
— Isso! Digam a eles por que fomos presos! — exclama Verônica aos seus companheiros.
— Bem... Nós meio que fomos a um bar lá na Alameda Cerúlio para socializarmos, e meio que nós começamos uma partida amistosa de carteado. Mas meio que tive uma onda de azar e nos envolvemos em uma... disputa acalorada. Foi mais ou menos algo assim — explica o anão, enquanto gesticula sem parar de forma frenética e desengonçada.
Ele não foi nada convincente!
— Disputa acalorada? Estava mais para vias de fato, eu diria — completa Filemon.
— Um empasse corporal, no máximo — corrige o anão.
Barathun e Filemon se entreolham e soltam uma gargalhada: — Hahahahaha.
— Traduzindo! — interrompe Verônica. — Eles beberam até não saber mais onde estavam, apostaram um dinheiro que não tinham e começaram uma briga no bar. Então eu tentei apartá-los e, quando os soldados chegaram, todos fomos presos. Sim, vocês entenderam certo, eu também fui presa sem fazer nada de errado.
— É uma bela versão da história. Hahaha! — caçoa Filemon.
Eles são engraçados, mas me seguro para não rir. Afinal eles parecem enrascados.
De repente, noto algo estranho, o chão começa a tremer, mas é tão pouco que mais ninguém nota. Escuto alguns sons vindos da plateia. Eu gostaria de poder aprimorar minha audição com impetus, mas as grades de promítia me impedem.
Aproximo-me o máximo possível das grades e me concentro nas palavras que eles gritam: Gigas... Eles repetem diversas vezes isso, mas não compreendo o significado.
Entretanto, o anão tira minha concentração ao perguntar: — Mas e vocês dois aí. Qual a história para chegarem aqui?
— Bom... — diz Alienor. — Meio que eu fui manipulada por um demônio maligno e seu aprendiz. Eles não me deixaram treinar minha magia, e eu acabei por me envolver em um... evento de força maior. Mas o outro rapaz passa bem e tal. Uhum! Uhum!
Ela foi bem menos convincente que o anão!
Os guardas ficam tensos, já os demais presos se silenciam. Da porta de entrada, eu vejo passar uma mulher de cabelos brancos e lisos, com olhos prateados e vestes brancas, com detalhes verdes. É Vi Kari, a árbitra.
Sua aparência é de uma mulher muito jovem e bonita, mas, se é uma das anciãs, estou seguro que ela deve ter quase mil anos de idade. Os três presos ao lado cochicham entre si e parecem comentar algo a respeito dela.
A Sra. Vi Kari caminha até nós, para na frente de nossa cela, nos observa com cautela e diz:
— Alienor de Vermilion, filha de Alexander e Heloísa de Vermilion. Eu não deixei de notar que a Srta. herdou a força de sua mãe e a falta de sutileza de seu pai. Uma combinação problemática, diga-se de passagem.
— Eles ficariam orgulhosos, vai dizer... — responde Alienor. Dou uma cutucada em sua costela. — Aink!
— Tenho certeza que sim — diz Vi Kari. Depois, ela volta sua atenção para mim. — E você deve ser o impuro de que ouvi falar. No seu lugar, eu tentaria encontrar amigos mais discretos. Chamar muita atenção só adiantará sua inevitável morte.
Tenho a impressão de que suas falas mais se aproximam de uma ameaça velada.
— O garoto está bem? — eu pergunto a ela.
— Para vossa sorte, sim. Para vocês estrangeiros, talvez não esteja claro ainda, mas Ticandar valoriza a vida. As competições do nosso festival são amistosas e têm por foco a participação e não a vitória. Aqui vocês serão avaliados pela capacidade de cumprir um objetivo, com o mínimo de danos colaterais.
Ela faz um sinal para o guarda se aproximar. Então continua:
— Além disso, eu sou a responsável pelo cumprimento das leis neste país e, portanto, não tolerarei qualquer outra violação. Vocês entenderam?
Alienor e eu nos entreolhamos. Então a ruiva responde: — Entendido. Sem mais violações! — Ela balança a cabeça para confirmar: Uma clara mentira.
— Vamos nos comportar, Sra. Vi Kari — respondo.
— Ao saírem daqui, sigam até o campo de combate. Alguém vos espera por lá — diz a lumen, ao passo que olha para o soldado e prossegue: — Guarda, pode abrir a cela.
Acho que ela não gostou muito de mim. Sinto que já a vi antes, mas não consigo lembrar de onde.
— Hey! Gris — exclama Verônica —, a Laura, filha da Cintia, pediu para você voltar a Lumínia e visitá-la. Hehe. — Ela dá uma piscadinha.
— Como assim, filha da Cintia?
— Acho que é filha adotiva, na verdade.
Cintia adotou a Laura? Isso quer dizer que os pais dela não voltaram?
— Muito obrigado, Srta. Verônica. Eu passarei por lá para vê-la. Espero que consigam sair daqui também.
— Tchau, pessoal. Foi um prazer! — Acena Alienor, toda animada.
— Sra. Vi Kari, certo? Nós precisamos conversar. É a respeito do seu filho... — Escuto o anão dizer algumas palavras, na medida em que nos dirigimos à arena.
— Acho que nós perdemos as lutas — afirma Alienor, cabisbaixa.
— Sim, ficamos muito tempo lá, mas foi legal conhecer a Srta. Verônica e os demais.
— Hey! Por falar nisso. Percebi você de gracinha com a loira, seu chave de cadeia!
Conforme conversamos, passamos pela porta de entrada. Estamos no campo de batalha. Agora já começa a anoitecer, mas não é como se fizesse muita diferença, pois os milhões de vaga-lumes nas paredes, árvores e os que pairam pela cidade dão a impressão de que ainda é um entardecer.
Vejo duas figuras que reconheço. A primeiro é um rapaz alto com uma máscara de coiote. A segunda é uma garota de cabelos brancos, enfadada.
— Bela explosão, Srta. Alienor — diz o mascarado, enquanto aplaude. — Mas acho que precisamos fazer alguns ajustes, ou meu trabalho e o da Srta. Guia acabará mais cedo do que o esperado.
— Sinto muito, se causamos problemas, Sr. Karakhan — respondo.
— Ahm?! Isso quer dizer que eu posso explodir as coisas por aqui hoje?
— Claro, eu movi alguns pauzinhos, cobrei uns favores e consegui que deixassem vocês treinar agora de noite.
Venha comigo, Alienor — diz Kali —, que eu vou te ajudar a treinar para vocês saírem desta enrascada que o Gris te colocou. Creio que você tenha ficado mais forte e precisa... — A lumen pega Alienor pelo pulso e a leva para o meio do campo de batalha.
— Quanto a nós. A próxima luta ocorrerá depois de amanhã. Precisamos conversar sobre as estratégias da próxima etapa.
— Estratégias?
— Sim, vocês não viram as demais lutas, enquanto todos os outros participantes assistiram parte das suas técnicas. Precisamos corrigir essa desvantagem. A propósito, seus próximos oponentes serão dois bailarinos das espadas.
Peço que deixem suas impressões (👍|😝|😍|😮|😢) e comentem o que acharam deste capítulo,
esse é o melhor presente que um escritor pode receber.
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