Volume 3 – Parte 3
Capítulo 84: Humanidade

Após descansar nas ruínas por toda a noite, Norman despertou nas primícias do amanhecer.
Ao abrir os olhos, se deparou com os resquícios de estrelas estendidas pelo véu noturno.
Um leve alaranjado se esgueirava, timidamente, no horizonte à direita das adjacências da cadeia de morros.
Conforme recuperava os sentidos, pouco a pouco, encarou a Marcada de Deneb adormecida logo ao lado.
Deixou-a aproveitar mais algum tempo daquele sono e se levantou, esticando os braços para o alto.
Diversos estalos soaram das juntas, à medida que um singelo gemido de satisfação escapou entre os lábios.
— Bom dia.
A voz de Alice Crowley o alcançou, movendo sua atenção ao topo de um dos pilares remanescentes.
— Dia... — respondeu ao enxergá-la, sentada na extremidade superior do sustentáculo de pedra. — Acordou agora?
— Na verdade, faz um tempinho. Só não consigo superar aquele ali...
Virou o rosto na direção de Lúcifer, de pé no limite das ruínas, enquanto fitava a paisagem. O jovem seguiu essa orientação e aproximou-se através de passadas curtas.
O esguio sequer encarou quando ele parou em paralelo a sua posição, de olho no crepúsculo matutino mediante as vistas entrefechadas.
Sustentaram o silêncio por alguns segundos.
— Um dia — disse, de repente. — Estimo este intervalo até chegarmos a nosso objetivo. E então...
— A gente vai acessar a Singularidade e contatar Layla.
Ao complemento exprimido pelo garoto, ele assentiu com a cabeça.
— O primeiro herdeiro com certeza está chegando... — Exalou um tom soturno, os olhos se arriaram alguns centímetros. — No entanto, ainda podemos contar com alguma ajuda.
— Como assim? — Mirou-o de soslaio.
— Digamos que... — Tomou uns segundos de respiro, a fim de enfim se virar na direção do marcado. — Alguns dos remanescentes estão prestes a se alinhar.
Embora sem deixar claro, não esperou que o escolhido de Altair, àquela altura do cenário, fosse incapaz de compreender suas palavras.
Pelo menos, no que lhe concernia, isso foi confirmado ao notar o semblante pensativo projetado pelos lábios prostados dele.
“Aquele garoto... e as freiras...”, remeteu às figuras que sobreviveram ao fim da Seleção Estelar.
De fato, após tanto tempo de jornada na sequência de seu despertar, ponderou quanto àqueles detalhes fora do alcance diversas vezes.
Três anos se passaram desde a última despedida, para ambas as partes. Ficou curioso quanto ao trio também estar em movimento à vertente do escopo final.
E então, regressou às explicações de Lúcifer com relação ao despertar de outros seres naquele mundo.
Conforme as eventualidades caminhavam ao desfecho complicado, em vista da interferência do tal herdeiro, passou a cogitar a provável bagunça que aquilo se tornaria.
Afinal, sequer fazia ideia sobre como cada marcado estaria, vital e psicologicamente.
Restou o famoso esperar para ver. Ainda assim, estava ciente de que não poderia conter a ansiedade em rever um ou dois deles.
Em princípio, o garoto do poder luminoso que deixou viver no último instante da batalha final no vale do Sul...
— Esse pessoal deve ser bem bom, né? — Alice se intrometeu, recebendo olhares sobre os ombros de ambos. — Digo, pra estarem vivos depois dessa batalha louca que vocês conheceram...
— Sim, verdade — suspirou o cacheado. — Um deles é bem forte. Quase morri pra ele diversas vezes, sem ter chance alguma de revidar.
— Eita! — Ela arregalou as vistas, boquiaberta sem sequer notar.
— Já as outras duas... — Regressou às interações que teve com mãe e filha, antes e durante os eventos no Sul. — Bom, não sei se elas se dão bem ainda, depois de terem se encontrado. Mas seus poderes também são interessantes.
Alice suspirou instigada com os dizeres do garoto, delineando um sorriso vil na face pálida.
— De todo modo, aproveitemos para seguir em frente — enunciou o esguio. — Já estamos muito próximos. É questão de tempo até chegarmos no final deste novo dia.
À recomendação do líder, o Marcado de Altair assentiu e dirigiu-se à menina adormecida próxima a alguns pilares.
A balançou no ombro com cuidado, até que ela abrisse seus olhos esverdeados cheios de remela.
Levantou-se os esfregando e exalou um delongado bocejo. Ao ter a situação explicada pelo companheiro, repetiu o gesto positivo e deu seu melhor a fim de vencer o sono.
Com a mochila posicionada nas costas, tentou acompanhar as passadas do rapaz, na vertente do homem postado.
A Marcada de Spica uniu-se ao trio, que regressou à trilha florestal que oferecia acesso à passagem entre as colinas.
A distância para a verdade se preenchia cada vez mais. E em vista disso, o cacheado sentia dificuldades para aguentar os nervos.
Vira e mexe, sentia mãos ou até mesmo as vistas estremecerem um pouco.
O nervosismo descontrolado lhe apossava como raras vezes acontecia — inclusive, durante a primeira visita ao túmulo de pais e irmão, lembrou bem.
Os quatro prosseguiram até a completude do amanhecer, onde as estrelas no céu já haviam sido sobrepostas pela mais próxima daquele planeta.
Na metade daquele bonito dia, ensolarado e de parcas nuvens brancas a flutuarem pela extensão anil, chegaram ao primeiro ponto de interseção.
A passagem terrestre inclinava-se ascendente, já identificando o primeiro acesso a um dos morros da travessia.
De súbito, logo ao pisarem no primeiro pedaço de terra daquela subida, uma sensação estranha tomou conta do consciente de Bianca.
Seu braço direito irradiou o brilho do Áster contra sua vontade, à medida que vozes estranhas invadiram a mente.
Ao findar o avanço e levar uma das mãos à cabeça, as vistas esgazeadas em plena agonia, todos realizaram a mesma ação e corrupiaram-se na direção dela.
Logo notaram o poder desperto, que concernia à Telepatia. Algo importante tinha ocorrido.
— O que foi, Bianca!? — Norman foi o primeiro a questioná-la.
— E-eu... — Ela encontrou dificuldades para enunciar, até que o cintilar no braço desapareceu. — Meu Áster, ele de repente... ativou... Eu escutei algumas vozes... familiares...
Foi impossível de não interligar aquela resposta à conversa trocada mais cedo com Lúcifer. Portanto, encarou-o em prol de buscar alguma confirmação.
O noturno, mais uma vez, fitou o trajeto adiante sem prestar qualquer opinião durante um arrastado período de silêncio.
— Parece que chegamos no mesmo instante — mussitou, ainda desconfiado com a própria determinação. Porém, não houve outra escolha senão segui-la. — As coisas podem sair do controle, então devemos ter cautela. A partir de agora, qualquer mínimo erro pode pôr tudo a perder.
— Droga, diz logo o que ‘tá acontecendo — resmungou o Marcado de Altair.
Lúcifer deu de ombros à impaciência e gastou mais alguns milésimos pensando.
Ao decidir-se no limite da necessidade atual, revelou:
— Eles estão próximos. Separados em duas vertentes, que cruzam este caminho. — Apontou à orientação da trilha à frente, como se para deixar bem óbvio aos acompanhantes.
— Então conseguiram chegar antes de nós? — A de cabelo ondulado ficou um bocado surpreendida pela conquista dos outros grupos.
— Devem ter pegado caminhos mais rápidos. Ou então saíram antes de nós... — Encarou o misterioso em busca de novas respostas, mas nada veio. Contentou-se com o silêncio, que pendia bastante para a assertividade da questão. — Então, é melhor a gente se apressar, não?
— Não. Devemos pregar cautela... — bufou com certa malícia. — Afinal, ele também já está próximo.
Aquilo, de algum modo, trouxe uma dose extra de ansiedade à tríade de marcados em sua companhia.
Todos, afinal, já ficaram cientes sobre a identidade da última pessoa, mantida no sentido oculto da colocação.

— Já subimos boa parte das colinas!! — A criança de cabelo e olhos azul-ciano quase saltitava de euforia a cada avanço concluído em sua busca particular — Acho que no começo do fim do dia vamos conseguir chegar!!
Judith expressou um leve sorriso ao contemplar o pedaço de felicidade em movimento, mas não conseguia deixar a aflição de lado.
Agora que estavam bem próximos ao objetivo, que tinha como cerne a interrupção da morte térmica do universo, sentia um frio inexplicável lhe dominar a barriga.
Por outro lado, Beatrice parecia estar bem mais tranquila. Na realidade, a filha sequer fazia ideia sobre o que pensava durante toda a última semana, quando as acompanhou sem prestar quaisquer opiniões, positivas ou negativas.
Apenas seguiu o fluxo dos acontecimentos e mantinha a placidez que lhe era característica.
— Aliás, o que vamos encontrar lá? — indagou, em um timbre dúbio.
Pálida sustentou a taciturnidade durante segundos, o que já era de seu feitio e, por isso, sequer irritava a Marcada de Acrux como antes.
Buscou no fundo dos devaneios por uma resposta concreta, mas no fim, só foi capaz de dizer:
— Não faço ideia!
— Mas como assim estamos indo a um lugar que nem sabemos o que encontrar? — A cacheada esperneou, o que arrancou risadas encabuladas da pequena estrela.
— Eu só sei que a gente tem que chegar lá! — Inclinou o rosto para o lado, conforme caminhava de costas para o caminho. Bateu as mãos num pedido de desculpas. — Mas está tudo bem! Sei que vamos conseguir!
A jovem freira não sentiu reconforto ao escutar aquela determinação, mas já tinha ido longe demais para largar tudo a bel-prazer.
Restou a ela e sua mãe seguirem até o fim, em prol de resolverem o caso de urgência com as possibilidades oferecidas às mãos.
Não demorou muito até alcançarem o topo de um dos morros menores daquela cadeia alongada.
Contavam com a chegada ao local, o lado oposto das formações de relevo, nas primícias do anoitecer.
Em virtude disso, não hesitaram em executar paradas pontuais no meio do trajeto, a favor de recuperarem as energias.
E uma dessas paradas ocorreu ao alcançarem um altar a céu aberto...
— Ruínas? — Judith estreitou as vistas escuras ao enxergar os sustentáculos de pedra, resistentes por tanto tempo naquele cenário.
— Parece ter sido um tipo de monumento. — Beatrice enfim permitiu à voz dar o ar da graça.
As três adentraram a zona intermediária dos pilares antigos, onde puderam enxergar algumas escrituras em língua desconhecida e desenhos entalhados na superfície.
Muitos deles mostravam símbolos de pentagramas, a forma ilustrativa de como as pessoas concebiam as estrelas.
— Eu não conheço tanto assim, mas... — Pálida tomou as atenções para si ao proferir. — A muuuuito tempo atrás, os seres deste planeta buscavam venerar a nós. Sabe, eles acreditavam que suas vidas eram guiadas por nós.
Mãe e filha trocaram olhares e somente contemplaram os dizeres estranhos — que mais se assemelhavam a símbolos deformados — sem pronunciarem qualquer julgamento.
E, de certa forma, viam em Pálida um semblante que carregava certa melancolia durante o contato físico e ocular com a antiga construção.
Sua palma destra descansou sobre um dos desenhos na pedra suja, tão plácida que a qualquer momento poderia desmanchar ao solo.
— Acho... que eles não estavam errados, né? — Judith mussitou, em lembrança às conversas dos dias anteriores.
— A humanidade sempre foi guiada pela necessidade de respostas. — Beatrice também comentou. — Por isso louvamos a um Deus ou estabelecemos nossas crenças em outras divindades que nos confortem e nos deem alguma razão para existirmos.
Ela olhou para o alto, a abóbada azul a qual não podia alcançar dali. Mas ainda assim esticou uma das mãos, abrindo a palma sobre a faceta sossegada.
— Desde os primórdios, buscamos nossas origens... o motivo de termos nascido, se há outras vidas além da nossa pelo universo. — Voltou a relaxar o membro, encarando as meninas. — Essa é a vontade de descobrir um significado para nossa vida. Para saber se tudo isso tem alguma razão ou sentido especiais... e é o que nos move em frente.
Tanto a humana quanto a estrela sentiram-se tocadas pelas palavras da Marcada de Capella.
A primeira ainda tinha dificuldades em separar os assuntos, então terminou por desviar a atenção da sorridente genetriz.
A segunda, pelo contrário, reagiu boquiaberta e levantou as sobrancelhas.
Era incrível como podia aprender tantas coisas diante daqueles seres vivos, ainda que possuísse longevos anos de existência.
— Então, se eu lhe der esse significado que tanto busca, você abriria mão de sua vida? — A voz masculina trouxe calafrios intensos às três, que viraram o foco no mesmo instante.
Ele não se situava tão distante; sentado sobre um dos pilares, de costas para todas, deixava o cabelo negro esvoaçar à medida que a brisa fresca seguia por entre a construção antiga.
“O que é isso? Essa sensação...”, Judith experimentou um aperto incomum no peito, como se o coração fosse explodir em breve.
Tentou dizer algo, mas a respiração tornou-se sufocante. A garganta parecia atada por um forte nós e não permitiria que a voz escapasse.
De súbito, Pálida saltou e postou-se diante das marcadas, possuída por uma feição aterradora, denotada pelos dentes cerrados e as sobrancelhas contraídas contra as vistas afiadas.
— Afastem-se, rápido!! — gritou, enervada, criando uma lâmina luminosa sem pestanejar.
Nenhuma das duas pôde reagir nos conformes, congeladas naquela posição.
O clima mudou num piscar. Uma influência álgida percorreu a região e retumbou sobre seus corpos, estremecidos da cabeça aos pés.
Então, a figura enegrecida virou o rosto por cima do ombro; seus olhos azul-escuros pareciam adentrar suas almas, prestes a desmoronarem perante tamanha pressão.
A essência abissal só não funcionava contra a pequena estrela, que controlava as emoções e sustentava uma postura cravejada em desafio ao ser.
— E quem seria você? — A voz dele soou dominante, ao mesmo tempo que serena. — Vejo que é uma semelhante..., mas nunca ouvi falar de ti.
— Mas eu já ouvi falar e muito de você. — Pálida forçou um sorriso de escárnio nada habitual; era a prova de sua crescente ansiedade. — O herdeiro renegado... jamais imaginaria que também viria para esse lugar!
— Oh... Realmente, minha fama me condena... — Sem que qualquer um pudesse prever, o corpo da cerúlea foi perfurado na altura do abdômen. Só depois perceberam uma estaca negra, que atravessou por suas costas. — Então..., acho bom cumpri-la à risca e aniquilar todos vocês de uma vez.
Todos levaram segundos duradouros até assimilarem a situação, inclusive a própria estrela, que arregalou os olhos e tossiu ao sentir os pés serem erguidos da terra.
Demoraram um novo período para perceberem que a energia condensada vinha do renegado.
Mesmo de costas, utilizou um dos braços escondidos a fim de executar o golpe surpreendente, a ponto de rasgar parte da manta que lhe cobria o tronco.
Na delonga daquele período interminável, a Marcada de Acrux viu-se incapaz de regressar às duas imagens que mais lhe atormentavam.
Primeiro na ocasião da batalha contra o Marcado de Regulus, onde um disparo findou a vida de sua irmã caçula.
Por fim, e tão semelhante quanto a cena atual, o empalamento que arrancou sua outra companheira das mãos.
Tomada por uma torrente furiosa que subiu o peito, enfim entoou o esbravejo à plenos pulmões.
— Nãããããããããooooooo!!!
Diferente à posição anterior, todo o medo foi substituído por cólera, que a fez avançar dois passos sem hesitar.
Abriu a mão direita, a lateral do pescoço irradiou o brilho do Áster...
— Não... — Pálida tentou gritar de volta, mas sua voz soou tão afônica que a freira sequer escutou. — Não... venha!...
Através de um berro gutural, a jovem freira criou uma pistola com seu poder e não pestanejou em disparar diversas vezes contra o enegrecido.
Beatrice queria interrompê-la, mas agiu tardiamente.
A salva de tiros foi efetuada na direção do homem, que exalou um suspiro retraído e fez a estaca de matéria escura desaparecer, devolvendo Pálida ao solo.
Executou um salto veloz e desviou de todos os projéteis, à medida que conferia o estado da empalada.
Apesar da gravidade do ferimento, seu corpo não começou a se desfazer em partículas de fótons. Em vista disso, ele estreitou os cílios.
“Ela se moveu centímetros cruciais antes do meu ataque”, ponderou um tanto impressionado, pois aquele movimento, quase indecifrável à olho nu, lhe poupou do acerto de um ponto vital.
Resmungou entre os lábios pálidos.
— Tolice. — Regressou ao plano horizontal, dessa vez na mesma altura das três. — Não podem evitar o inevitável.
Uma lâmina de matéria escura foi originada sobre a palma canhota.
Essa se fechou na extremidade inferior e preparou-se para abater a pequena estrela, além das marcadas à sua frente.
Contudo, antes do golpe fatal, outra lâmina surgiu no caminho. Essa era constituída de luz branca, no formato de uma katana, e entrou em colisão com a sua num piscar.
O encontro de ambas as camadas energéticas criou um poderoso tremor, junto a uma onda de choque, por toda a região.
Na iminência do bloqueio providencial, o rapaz ainda precisou suportar o impacto singular causado pelo ato de ser impelido.
Teve que girar o corpo até encontrar o equilíbrio necessário, a fim de fincar os pés no regresso à terra.
Com o ímpeto despedaçado, restou ao renegado bufar um lamento e recobrar a postura erguida.
Enxergou o semblante contorcido a alguns metros, encarregado de lhe arrancar um tênue sorriso, recheado de contentamento.
— Então nos encontramos de novo... amaldiçoado.
Gabriel Russell também ergueu o talhe, decidido a enfrentar a estrela renegada e evitar o pior.
As duas marcadas não esboçaram quaisquer reações durante o inesperado reencontro.
Por outro lado, Pálida pôde respirar com alívio.

Opa, tudo bem? Muito obrigado por ler mais um capítulo de A Voz das Estrelas, espero que ainda esteja curtindo a leitura e a história!
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