A Última Ordem Brasileira

Autor(a): Hanamikaze


Volume 1 – Arco 4

Capítulo 32.2: Brilho da Morte

Parte 2

 

Passaram-se alguns minutos, e Milan ainda tentava fugir dos ataques de Hawk. Mesmo com o corpo ferido, o Duque ainda tinha sua magia da luz para revidar. Se teleportava de prédio em prédio, casa em casa, beco por beco. Mas mesmo assim, não conseguia fugir da espreita de uma águia caçadora. Hawk continuou o perseguindo onde quer que ele ia. Os edifícios eram danificados pelos fortes ataques de Hawk, e os aldeões de Nefer Ra choravam e suplicavam ao seu deus para que lhes salvasse de toda aquela destruição.

No meio da fuga, Milan alcançou o ponto central do reino. Ali jaziam quatro grandes torres de vigilância, que cercavam uma usina de energia. O Duque não hesitou em fugir para dentro dela, invadindo o local com seu teletransporte.

Hawk passou por cima das muralhas, e pôde adentrar a usina pelas janelas que ficavam no topo dela. Assim como todo o resto do reino, a usina também era dourada. Milan estava um pouco lento pelo braço que havia sido atingido pela energia atômica da luva do mascarado.

No centro da usina havia um reator que gerava energia solar. Era como uma grande bacia, com um buraco tão profundo que dava calafrios ao olhar. Adornada por vários fios que transportavam a energia solar, e no centro da bacia, havia o núcleo do próprio Sol. Uma esfera cor-de-lava que irradiava alta quantidade de luz.

Milan parou de caminhar, e olhou para o reator. Ele estava bem cansado, e sua respiração era bem pesada enquanto olhava para a bacia de ouro. Porém, parar para descansar foi seu pior erro. Hawk apareceu no alto, quebrando os vidros no teto da usina. Planou até o chão, e quando chegou bem próximo de Milan, empurrou-o para dentro do reator. Milan caiu bacia abaixo, e sua Alquimia de luz já havia se esgotado. O anel de ouro em seu dedo, que era seu catalisador, não tinha o mesmo brilho de antes. Estava apagado como uma lâmpada queimada.

Ele já estava condenado, e apenas esperava sua morte enquanto caía em direção ao núcleo do Sol. Hawk também planava um pouco acima, mirando no núcleo. Fez um movimento cruzado com as mãos, e dois rastros amaldiçoados, como sombras, se ergueram por debaixo de seu manto e flutuaram até o núcleo solar.

Os rastros sombrios alcançaram o núcleo, e o persuadiram por dentro. Foi lentamente perdendo o brilho, até que o núcleo inteiro se apagou, transformando-se em uma bola de maldição negra.

Milan ainda caía até o núcleo negro, mas foi salvo por alguém. Um braço trajado por uma armadura dourada o segurava pelo casaco. Este era Eterno, que apareceu ali em um piscar de olhos. De repente o corpo de Milan foi adornado por uma aura luminescente, e ele desapareceu com as faíscas de luz. Eterno o teleportou de volta para o castelo, e havia feito o mesmo com Yodha antes de chegar ali.

Hawk não perdeu tempo, e avançou com uma lâmina vermelha em mãos. Planou até Eterno em poucos segundos, e sua lâmina colidiu contra o avambraço da armadura de Eterno (Parte que cobre o antebraço).

— A harmonia desse movimento foi deselegante… Típico de um demônio.

Hawk ignorou a provocação, e usou o antebraço de Eterno como apoio para saltar até o topo da bacia novamente. Agarrou-se na beira, e então subiu na superfície da usina. Eterno já estava ali no topo quando o mascarado subiu. Havia uma diferença exobitante na velocidade em que os dois podiam se mover.

— Devo admitir… sua subida com um mergulho para cima foi realmente bela de se ver — comentou, já notando que Hawk se aproximava para atacá-lo. Desviou do primeiro corte da lâmina, e no segundo ele desapareceu na luz antes da lâmina o alcançar. Reapareceu ao lado de Hawk, e quando ele tentou mais um corte Eterno se teleportou de novo. Apareceu logo atrás de Hawk, que tentou lhe dar uma rasteira por baixo, mas o rei saltou para trás, subindo em cima de um tanque de gás.

— Seu estilo de luta é muito agressivo, excêntrico. Nada elegante, nobre oponente…

Eterno fez um movimento no ar, como se estivesse pegando alguma coisa. Em sua mão apareceu uma pequena orbe amarela luminescente. Ele a lançou no ar, e ela pairou para bem alto. Hawk observou, enquanto materializava uma segunda lâmina vermelha na outra mão. A pequena orbe parou de se mover no ar, e começou a atirar várias linhas de luz para todo lado. As linhas recocheteavam pelas paredes infinitas vezes, indo e voltando de todas as direções.

Uma das linhas atingiu o tecido do manto de Hawk, e queimou uma pequena parte do manto instantaneamente. Ele notou que aqueles tiros de luz eram perigosos, e concentrou-se em foco total. Se esquivou entre as linhas que iam e voltavam por toda parte como moscas brilhantes, saltou por cima de uma, passou por baixo de outra, rodopiou no ar para desviar de mais algumas, e então se apoiou na parede da usina e pulou mais alto, desviando de mais quatro que passaram com velocidade. Até aquele ponto, a usina já estava infestada como um enxame de vaga-lumes ultra velozes.

Hawk tentou avançar até Eterno para atacá-lo, mas era impossível. As linhas que quicavam por toda parte eram muitas. Ele desceu ao chão, fez um movimento de baixo para cima levantando a mão, e uma coluna de sombras se ergueu até a orbe de luz que pairava no topo do local. A energia sombria engoliu completamente a luz daquela pequena orbe, apagando-a para sempre.

— Muito bem, Kuro… — murmurou Hawk, com a voz abafada pela máscara.

— Kuro…? — perguntou Eterno, que já estava logo atrás de Hawk, olhando-o por cima. O mascarado não perdeu tempo, e já tentou lhe desferir mais um corte para trás.

Desta vez, Eterno não só desapareceu, como também deixou uma espécie de bomba de luz no local do teleporte. A pequena bomba explodiu em uma cortina de luz, que cegou e repeliu Hawk para as paredes da usina. A força foi tanta que ele atravessou a parede e a muralha. Apoiou-se fincando a lâmina na estrada dourada, evitando que fosse jogado para mais longe que ali.

Quando olhou para cima, Eterno estava o espreitando do topo da usina. O rei ergueu uma mão ao céu, e um arsenal de espadas douradas de luz apareceu pairando no ar. As espadas emitiam um som de vibração, e tremiam um pouco. Eterno baixou a mão logo em seguida.

— Seus poderes são realmente belos. Mas esse tom amaldiçoado diminui um pouco a estatura de seus ataques — disse, alisando o queixo antes de enviar o arsenal de luzes. —  Eu particularmente prefiro coisas mais iluminadas…

Após terminar, todas as espadas de luz avançaram ao mesmo tempo. Não demorou nem dois segundos para alcançarem o jovem mascarado, que desviou de um amontoado apenas saltando para trás. As espadas de luz que colidiram com o chão levantaram uma cortina de poeira, e mais uma horda de espadas saíram da poeira, com sede de sangue. Hawk girou no ar, desviando de mais algumas, pulou até um prédio e usou sua agilidade para subir pelas paredes do prédio, se esquivando de mais algumas espadas enquanto subia.

Eterno continuou dando avaliações sobre os movimentos de Hawk, e dando dicas para deixá-los mais refinados, dignos de um cavalheiro. Mas acabou se distraindo, e Hawk havia sumido em meio a tantas espadas luminescentes. Notando que o perdeu de vista, Eterno dissipou todas as espadas dali, e passou os olhos por toda a área, procurando pelo jovem.

Quando olhou para cima, uma chuva de estacas de gelo se aproximava, e um vulto negro se transportava entre elas com agilidade extrema. Eram incontáveis estacas de gelo, assim como eram incontáveis espadas de luz anteriormente.

— Gelo…? Está tentando copiar meu ataque? Que calúnia.

Eterno ficou um pouco irritado com o fato de Hawk estar basicamente usando o próprio ataque de Eterno contra ele mesmo. Canalizou uma espada de luz ao seu lado, e a enviou aos céus. Na velocidade da luz, a espada atravessou todas as estacas de gelo em milésimos. Apenas um rastro iluminado foi deixado para trás, enquanto o gelo se despedaçava em vários fragmentos cintilantes no céu.

— Seus atos não foram dignos de meu respeito. Esse combate não deve se estender por mais tempo. Se encerrará agora…

Eterno juntou as palmas das mãos, e um crepúsculo surgiu entre as nuvens. Uma fresta de iluminação que adornou o corpo de Hawk, fazendo-o levitar no ar. Ezekiel e o anjo de Throne, junto de mais outros anjos, Seraphims e Arcanjos, levantaram forças aos céus, iluminando todas as nuvens e o horizonte acima. O crepúsculo dourado que adornada Hawk o abduziu até as nuvens sem que ele pudesse resistir. Eterno também se teleportou até lá, e agora, Hawk estava sob o domínio luminescente de Eterno.

— Vamos decidir isso logo… Conheça meu domínio divino, nobre oponente.

Os céus eram tão iluminados, que era impossível enxergar qualquer coisa. Apenas uma luz tão forte que era como ficar de frente para uma lanterna acesa. Hawk desistiu de sua visão, e fechou os olhos, cessando o brilho vermelho por detrás da máscara. Se levantou lentamente, e se preparou para um confronto maior. Eterno admirou-se com a persistência do jovem, mesmo sabendo que ali a derrota já era iminente.

Dois arcanjos compostos por luz pura voaram pelos céus, carregando dois amuletos parecidos com medalhões. Miraram-os para baixo, e dispararam dois feixes de luz em direção ao Hawk. O garoto mesmo sem poder enxergar, pôde sentir as energias se aproximando, e desviou das duas com mais um salto. Pousou ao chão, e correu pelo domínio, como se pudesse enxergar tudo mesmo com os olhos tapados. Os arcanjos não foram capazes de atingi-lo com os medalhões energizados.

Mesmo sendo habilidoso, isto era inútil no domínio de Eterno. Ele se teleportou à frente do jovem, e o segurou pelo braço. Usando apenas força bruta o rei pôde jogá-lo para o alto, e uma espada luminescente o acompanhou, apunhalando-o no ar. A espada atravessou a barriga de Hawk, e ele ficou sem ação. Caiu rolando pelo chão de luz, e se apoiou nos joelhos.

Agora com a barriga perfurada, ele não teria mais como desviar de nada. Mas o mascarado não desistiu, abriu os braços e ergueu uma barreira de cristais negros que envolveram-o em um casulo rígido.

Eterno também persistiu, e mais um arsenal de diferentes armas afiadas e iluminadas se ergueu no ar, correndo até o casulo, tentando perfurá-lo de todas as direções. O escudo não durou muito tempo, e em segundos ele foi quebrado. As armas cortaram todo o corpo de Hawk, e sangue negro voou por todo o domínio. A máscara foi completamente despedaçada pelas armas, e os cacos caíram sobre o chão.

— Interessante… o famoso Garoto do Sangue Negro…

No castelo dourado, Arashi, Kyoko, Hifumi, San, Milan, Yodha e Athena esperavam no terraço do castelo. Todos estavam preocupados com os ferimentos dos dois discípulos, que eram realmente graves. Dali eles puderam ver as espadas de luz na usina, e as estacas de gelo que foram destruídas no céu. Aquele confronto estava tomando uma proporção enorme.

De repente, Eterno apareceu no topo do castelo com um flash de luz. Deu lentos passos até todos que estavam reunidos ali, e os saudou.

— Meu rei! — exclamou Athena, correndo até ele. — Como foi?

— Não foi tão elegante quanto eu imaginei. Aquele cavalheiro precisa aprender melhores modos em um embate.

— E quanto ao Hawk?! — começou Hifumi, empolgado. — Matou ele?

— Não achei necessário matá-lo. Mas garanto que está incapacitado de entrar em um embate por hora.

Do meio das nuvens douradas no céu, um pequeno ponto preto era visível caindo. Era Hawk, ao longe, despencando dos céus após ser derrotado no domínio do Rei dos Deuses. O corpo incapacitado do jovem se chocou agressivamente contra o chão, mas ele não sofreu muitos danos. Apoiou-se no chão com as mãos, seus longos cabelos negros cobriam sua face, que agora não era mais coberta pela máscara.

— Me promete que vai ficar bem…? — perguntou uma voz feminina, no subconsciente de Hawk.

— Prometo. Nós não temos mais tempo… — ele parou um pouco, para tossir mais sangue negro. — Para perder. Eu consegui desativar o reator… agora é a sua vez, Phoenix.

A voz de Hawk ecoou no subconsciente de Phoenix, que estava no topo de um Caminho de Anjo, observando toda a luta de cima. Ela tinha cabelos alaranjados bem longos e ondulados, acompanhados por olhos roxos. A garota flutuou de cima da torre, pairando sobre toda Nefer Ra. O reino estava com o verdadeiro caos instaurado, aldeões chorando e rezando por suas vidas, outros gritando nas ruas que aquele seria o fim de Nefer Ra. Era muito raro que uma catástrofe assim acontecesse no reino, pois era quase impossível uma ameaça sequer entrar ali.

Todos puderam observar aquela pessoa pairando sobre o reino. O colar de San começou a irradiar o brilho alaranjado, o brilho do fogo e da esperança. Os olhos do garoto repentinamente se encheram de lágrimas, mas ele não sabia o porquê. Ao observar aquela jovem ao alto, ele sentiu uma sensação familiar. Um sentimento feliz, e sentiu que deveria alcançá-la, custe o que custasse.

A garota, no céu de Nefer Ra, abriu seus braços para o reino. O fogo consumiu seu corpo, e a imagem de um pássaro flamejante começou a se formar. Longas asas com penas em chamas, a cabeça de um falcão, a cauda de uma águia. Era a imagem perfeita de uma fênix de fogo. 

A fênix pairou no ar, e o povo de Nefer Ra começou a gritar e correr por todo o reino. Se a profecia estivesse correta, o fim estaria próximo.

— Para a fênix emergir… — começou Phoenix, fechando seus olhos. — Nefer Ra tem que cair.

As asas da fênix começaram a balançar, liberando estrondosas ondas de calor. Eram tão fortes, que eram visíveis no ar. As ondas de calor começaram a derrubar e queimar os edifícios dourados em volta. O fogo puxava e carbonizava as almas inocentes de dentro para fora, deformava os prédios e distorcia a visão no ar. O ouro derretia rapidamente, os céus se abriram para a deusa do fogo, que lançava sua punição divina à toda Nefer Ra.

San não hesitou, e por puro impulso, saltou de cima do castelo. Pousou ao chão, e correu pelo caminho dourado em direção a fênix radiante no céu. Hifumi tentou ir atrás de San, mas Eterno o barrou com um braço.

— Deixe-o ir. Não há mais nada que possamos fazer… A profecia era real.

— Nem você pode fazer nada?! — exclamou Hifumi, em um tom de preocupação.

— São frutos do destino — explicou Eterno, desviando o olhar para San, que avançava até a fênix. — Mas ainda temos uma chama de esperança… Aquele capaz de alterar o destino. Devemos confiar na chama que nos resta.

San continuou avançando, as ruas ficavam cada vez mais desertas pelas pessoas se escondendo por toda parte. Em poucos segundos, a rua já estava completamente vazia, assim como em seu sonho. Uma fênix irradiando calor no céu, enquanto os edifícios dourados caíam à volta de San, conforme as asas da fênix batiam ao ar.

Cada passo do garoto fazia as chamas recuarem um pouco mais. O resplandecer do fogo se contraia contra duas determinações distintas, mas a determinação de San não era a de salvar o reino. Era algo mais profundo, algo que vinha do fundo de sua alma. Ele estendeu uma mão para a fênix, já estando quase abaixo dela. As ondas de fogo começaram a perder velocidade, e quando chegavam à palma da mão de San, elas faziam o caminho contrário, retornando até a fênix. San involuntariamente estava controlando toda aquela onda flamejante de uma vez só. Mas suas mãos estavam miradas em outra coisa, não era o fogo, não era a destruição. Era o semblante da jovem que jazia no interior da fênix.

“San… Por que você está chorando?” perguntou uma voz familiar em sua cabeça.

— Eu… eu não sei… — respondeu, ainda com as mãos erguidas, tentando alcançar alguma coisa. Talvez, tentando abraçar alguém. As ondas de calor da fênix começaram a mudar, de vermelhas para douradas. As ondas mágicas que voltaram até a fênix acabavam a consumindo, lentamente deixando a figura dourada com a magia de San.

“Eu não estou brava com você, San. Só não quero que perca o colar de novo, ok?”

— Eu não vou perder! — exclamou, com lágrimas escorrendo de seus olhos. — Eu juro… eu nunca mais vou perder nosso colar, Akane…

Falar essas palavras para si mesmo levantou uma determinação incomum no coração do garoto. Ele olhou para a fênix com vigor, e lhe recitou o feitiço.

Adeptio! 

A ave foi completamente corroída pela magia, se tornando uma fênix dourada. Ela não emitiu mais calor nenhum, e a figura lentamente começou a desaparecer com o estimulo de San. A jovem no centro da fênix caiu, pousando bem à frente do garoto.

Os olhos dele se arregalaram, sua boca ficou levemente aberta, deu um passo para trás, e seu corpo congelou. A garota à sua frente, vestindo roupas pretas e um casaco branco, cabelos alaranjados como fogo, olhos roxos predominantes, e uma expressão meiga. Era impossível de se confundir, aquela pessoa, era sua irmã.

— Akane…? — perguntou, sem nem piscar os olhos.

— Já faz um tempinho… Como você está, San?

— Como? Por quê…?

San estava completamente em choque. Frases não se formavam em sua mente, ele definitivamente não sabia o que dizer a ela.

— Ainda está usando o colar, hum? Fico feliz que não o tenha perdido de novo — disse ela, segurando o próprio colar que ela também estava usando. Um colar vermelho, que carregava a outra metade do pingente de coração.

As lágrimas escorriam no rosto de San como uma cachoeira.

— Mas por quê…?

— As pessoas têm seus objetivos, San… Eu também tenho os meus. Mas não é nada que você tenha que se preocupar, eu estou bem.

— Então, você…

— Sim! — interrompeu ela. — Eu sou a Saikai do fogo já faz um tempo. Não sei se você sabe o que isso significa…

— Eu… eu sei sim! Haha… como você conseguiu isso?

— Não há tempo para te contar agora San. Quando nos reencontrarmos… juro que te contarei tudo, ok? Agora eu tenho que fugir… você meio que arruinou as coisas aqui. Mas a culpa não é sua! Eu estou feliz em te ver… adeus, San.

— Espera! — ele correu até Akane, com uma mão estendida até ela, enquanto ela se virava e seguia seu caminho. Ele tentou ir atrás dela, mas foi impedido por alguém familiar. Usando o mesmo manto que Hawk, e segurando a espada de lâmina vermelha na direção de San. Cabelos pretos longos e ondulados nas pontas, olhos vermelhos e penetrantes, uma face idêntica ao Arashi. Aquele era Tsukasa Hayami, o verdadeiro Hawk.

San parou à frente dele, boquiaberto com essa descoberta também.

— Desculpe San, mas temos que ir agora. Não posso deixar você nos atrasar…

— Espera… Você é o Hawk?! Então Akane é da Nakamori também…?

Uhum! — respondeu Akane, ao fundo. — Você já deve ter descoberto meu codinome, né?

— Phoenix… É óbvio…

Akane lhe deu um último sorriso meigo em resposta.

— Só me responde mais uma coisa, antes de ir… Como você está viva?

— Hawk me salvou… seja grato a ele.

Tsukasa dissipou a lâmina vermelha, e então Akane entrou na forma da fênix novamente, voando até o horizonte de Nefer Ra, com a intenção de deixar o reino. Tsukasa materializou uma máscara idêntica a outra em seu rosto, e então virou-se para sair também.

— A gente se vê, San — disse, com a voz abafada pela máscara, e então deslizou por um caminho de gelo, que ele mesmo foi criando conforme se distanciava.

Hifumi e os outros chegaram correndo até San, e Hifumi colocou uma mão sobre o ombro do garoto, vendo o quanto ele estava decepcionado. Todos ali observaram a cena da fênix se distanciando no céu, indo embora para sempre. Não havia mais motivos para tentar um ataque a Nefer Ra, agora que já tinha gastado as energias, e provavelmente o reator já havia se reativado para proteger o reino.

Notas:

Aviso: Todas as ilustrações utilizadas na novel foram geradas por IA. Perdoe-nos se algo lhe causar desconforto visual.

Me siga nas Redes Sociais:

Twitter | Instagram | Discord

Confira outras Obras:

Outras Obras



Comentários