Volume 8
Prólogo: Autoconsciência da Falha (1)
Parte 1
— Hoje é realmente o dia em que a paciência da Yaya acabou.
Yaya havia sussurrado como uma maldição, com olhos tão negros quanto as profundezas de uma caverna escura.
— Você continua trocando de parceira apesar de ter uma esposa como a Yaya...!
— Pare de fazer isso soar estranho! Estou apenas treinando!
Raishin negou as palavras de Yaya com pressa. O impulso de seu grito fez com que suas bonecas de madeira caíssem.
Eles estavam dentro da Academia Real de Walpurgis— nos campos de treinamento.
Algumas bonecas de madeira simples estavam espalhadas ao redor de Raishin.
— Você está nos trocando, não importa como você veja isso!
— Você está errada! Estou apenas trocando as bonecas quebradas por novas!
— Descartar a gente é obra de um bruto! Mesmo que a Yaya devesse ser a única boneca do Raishin!
— Você é muito burra. Se você pensar desse jeito, então é a mesma coisa de quando eu uso a Komurasaki e a Irori—
Não, ele estragou tudo!
Raishin se virou timidamente para examinar o rosto de Yaya.
No entanto, ela não parecia ter ficado irritada.
— A Nee-sama e a Komurasaki tudo bem. Eu estava preparada para isso desde o começo. O harém de irmãs já estava dentro das minhas expectativas...
— ...Você está ciente de que suas ações estão muito além das minhas expectativas?
— A Yaya simplesmente não vai perdoar nenhum tipo de megera desconhecida...!
*Resmunga*
— Essas bonecas de madeira não têm gênero!
— Contenham-se! Simplórios!
Uma enorme quantidade de sujeira se espalhou pelos arredores seguida de um som de trovão.
Ambos Raishin e Yaya foram mandados voando para longe. Depois de girarem no ar como gatos e caírem no chão, eles puderam ver uma mulher parada a sua frente.
Uma bela espadachim revestida com imensas quantidades de energia mágica, usando um vestido muito distinto.
A Wiseman Griselda. Agora uma professora da Academia e tutora de Raishin.
Sua expressão parecia contorcida quando ela apontou sua espada prateada para Raishin.
— Vocês dois realmente têm coragem... para ficar falando todas essas indecências no meio da minha aula...!
— Nada disso foi indecente! E eu também sou o único aluno aqui!
Raishin olhou ao redor. Ali estavam apenas ele, Yaya e Griselda.
— Eu realmente não posso acreditar que havia 50 alunos aqui até ontem...
— Realmente, os alunos hoje em dia são todos uns covardes. Eles podem muito bem morrer amanhã em um campo de batalha!
— Não mande os alunos para campos de batalha! Foi esse seu método espartano que causou tudo isso!
Griselda havia instruído Raishin a conduzir uma batalha simulada entre bonecas de madeira.
As bonecas de madeira não estavam equipadas com um Coração de Eva. Sendo assim, elas não tinham vontade própria. Mover uma boneca de madeira não era uma proeza simples, nem mesmo para os estudantes desta Academia— controlá-las no que era essencialmente uma batalha contra Griselda era algo que ia muito além do razoável.
Foi por isso que depois de apenas dois dias, os participantes foram reduzidos a apenas Raishin.
— Ouvi alguns prodígios dizendo isso. Que não havia como eles ganharem créditos dessa forma.
— É tudo um mal-entendido. Eu pretendia fazer com que todos os meus alunos tirassem um A, e estava planejando cuidar deles para que pudessem alcançar esse resultado.
— ...Você está falando sério?
— Eu apenas continuaria instruindo os estudantes que não conseguissem essa nota até que eles a obtivessem. Sem lhes dar tempo sequer para dormir também!
— Pare com isso! É por isso que todos os estudantes fugiram!
— Cale-se! Pare de perder seu tempo sem fazer nada!
Um novo golpe de espada fez com que o chão tremesse novamente, atirando Raishin e as bonecas de madeira pelo ar.
Raishin recuperou sua postura no ar e enviou sua energia mágica para uma das bonecas.
Griselda também respondeu na mesma moeda, usando sua energia mágica para interceptar o ataque com uma de suas próprias bonecas.
As duas bonecas de madeira colidiram uma contra a outra. No entanto, apesar de usarem bonecas iguais, suas forças estavam em níveis totalmente diferentes.
A boneca de Raishin foi jogada para o lado, despedaçando-se.
— Merda...! Mais uma vez!
— É claro. Venha!
A interminável batalha simulada continuou entre Griselda e Raishin, enquanto Yaya observava tudo de longe de mau humor.
Apesar de exausto, Raishin continuou com seu treinamento, pulando o almoço.
Parte 2
Enquanto Raishin estava suportando o árduo treinamento de Griselda
— O que há com ele!? Eu não posso acreditar! Que egoísta!
Com um brilhante cabelo dourado, a bela Charl entrou no refeitório principal.
O pequeno dragão em seu ombro começou a falar com sua voz grave.
— Acalme-se, Charl. Embora eu possa entender que você está se sentindo desapontada por não poder almoçar com o Raishin.
— Vo-você está enganado! Eu não estou desapontada... Não é como se eu estivesse sempre me encontrando com ele por todo esse tempo ou esperando por ele. O fato de sempre almoçarmos juntos aqui é apenas uma coincidência.
— Então por que você está ficando irritada com ele?
— E-eu só... bem, eu só quero que ele entenda o quão importantes as refeições são. Ele deve sempre regular o seu corpo para estar no auge de suas condições se ele espera poder se vingar algum dia.
— Bom, é realmente meio estranho.
Depois de algum tempo, Charl estava prestes a almoçar sozinha, uma vez que não havia nenhum sinal de que Raishin apareceria. Ela se sentiu inquieta por ter que comer sozinha naquele enorme refeitório.
Embora tenha sido sempre assim antes dela conhecer Raishin.
Charl havia se sentado depois de colocar um prato de macarrão e frango em sua bandeja.
Depois de suspirar, incapaz de sentir qualquer apetite, ela ouviu uma estranha a chamando.
— Per... perdoe-me!
Charl notou que havia uma garota asiática diante dela, após erguer a cabeça.
Por um segundo, Charl pensou que fosse Yaya. Elas tinham a mesma altura e cabelo preto. Ela também estava vestindo um quimono, tal qual Yaya, mas o dessa garota tinha uma cor glamurosa e estava parcialmente coberto por um hakama roxo.
A garota contraiu seu corpo como um animalzinho, e em seguida começou a apontar na direção de Charl lentamente.
— Es-este assento está vazio?
— Sim, vá em frente e sente-se.
Parecia que a garota estava olhando nervosamente ao redor, incapaz de encontrar algum lugar para se sentar. Ela parecia meio desajeitada.
— Você é um dos Rounds, a Princesa Negra Hinowa, certo?
— Ó, que honra que você me conheça. Hum, se minha memória não estiver errada, você deve ser a T-Rex— Ah! Eu sinto muito!
— T-Rex está bem. Meu nome é Charlotte Belew.
— Eu aprecio muito a sua gentileza. Ouvi muito a seu respeito.
— Tenho certeza de que ouviu muitos rumores ruins, certo?
— Ah, na-não... de forma alguma...
A jovem diante de Charl ficou sem palavras após ela ter adivinhado seus pensamentos. Sua reação inocente foi muito fofa.
— Estou feliz em conhecê-la, Charlotte-sama.
A garota moveu sua cadeira para ficar de pé e se curvar diante de Charl. Foi uma reverência extremamente profunda e educada.
As boas maneiras da garota lhe renderam uma impressão divina por parte de Charl.
— Pelo que vejo, essa é a primeira vez que você está usando o refeitório principal?
— Você está correta... Eu estive usando uma instalação diferente por todo este tempo...
A garota olhou para o chão, envergonhada. Por “instalação” ela estava se referindo a uma construção vizinha à residência usada pelo Diretor da Academia, na qual haviam prédios que eram usados por pessoas muito influentes como uma espécie de dormitório substituto. Era um ambiente muito requintado que tinha até mesmo seu próprio chef particular.
— No entanto, estarei me mudando para o dormitório feminino a partir deste período... E eu estive lutando para entender a forma como tudo funciona.
— Isso é um incômodo. Você ficará no dormitório feminino Grifo, certo? Se estiver tudo bem para você, avise-me se precisar de qualquer coisa.
— Céus! Que pessoa gentil!
Lágrimas começaram a descer pelos olhos da jovem, como se ela tivesse acabado de ver uma Deusa em meio as chamas do inferno. Suas reações eram muito exageradas.
— Hum! Nesse caso... se você não se importar... você se tornaria minha amiga?
A jovem olhou para Charl com uma expressão de súplica.
O coração de Charl foi perfurado em um instante.
O que há com essa garota? Ela é tão fofa! Os japoneses também têm garotas como ela?
Era exatamente o oposto daquela atitude insolente de Yaya— Embora isso fosse causado pelo fato de que Yaya via Charl como uma rival no amor.
Depois de sorrir profusamente, Charl pegou a mão da Yamato Nadeshiko.
— É claro! Vamos ser amigas!
Parte 3
O sol tinha começado a desaparecer no Oeste, atrás dos muros da Academia.
— ...Caramba! Não consegui fazer nada!
Raishin deitou no chão, pingando de suor.
— Eu ainda... estou tão ruim assim!?
— Não seja tão pessimista. O treino de hoje teve um bom propósito.
Griselda havia limpado seu suor enquanto se sentava apoiada em sua espada cravada no chão. A parte superior de seu vestido estava encharcada de suor e grudada em seu macio par de melões, permitindo ver o que havia por baixo.
Raishin desviou os olhos apressadamente, apenas para encontrar uma Yaya envolta por uma aura sinistra, fazendo com que ele acabasse voltando a olhar na direção de Griselda.
— Qual o propósito? Na verdade, em que esse treinamento deveria estar ajudando?
— Você saberá em breve. Além disso, tenha mais confiança em si mesmo. Você pode produzir mais energia mágica do que eu em um instante.
— ...Você está falando sério? Mesmo que eu continue perdendo em força quando nossas bonecas de madeira se chocam?
— Mas você também não estava usando sua técnica secreta— sua Kouyokujin, não é mesmo?
— Eu não posso usá-la continuamente. Eu ficaria sem energia mágica em apenas um instante.
— Foi o que imaginei. Nossas quantidades de energia mágica são diferentes. A energia dentro de um corpo pode crescer à medida em que se continua treinando. Os seus anos de estudo determinam tudo. Faz quanto tempo desde que você começou a aprender magia?
— Comecei a levar a sério há cerca de três anos.
— Eu estou nisso há dezesseis anos. Claro que você não vai me alcançar tão rápido. Minha Família Weston também tem sido uma família de magos por gerações. Eu não fico atrás de ninguém do meu clã em termos de talento inato.
Raishin começou a falar como se estivesse sussurrando para si mesmo após cerrar os punhos.
— Ele também é do meu clã... e estuda há dezessete anos.
Talvez em consideração ao deprimido Raishin, Griselda começou a falar de forma mais gentil.
— Por que você não usa uma espada?
— ...O que você está dizendo?
— Não se faça de bobo comigo. Você não pode me enganar... Você não lembra? Do que aconteceu no último verão? Você afastou facilmente a espada da Epsilon com um único golpe.
Embora com uma expressão dolorosa, Griselda continuou falando com calma.
— Quando você fugiu da minha espada também, você se certificou de olhar para minha técnica de esgrima e fazer uma leitura antes do meu movimento seguinte. Isso não é algo que um novato faria. Tenho certeza de que você tem alguma experiência com espadas. E não experiência com espadas grandes como uma espada larga ou uma claymore, mas sim um sabre para esgrima ou uma estoque.
— ...Eu sei como lidar com uma katana.
— Uma katana, aquela espada não convencional do Extremo Oriente, hein. Eu ouvi dizer que embora seja uma espada que pode ser usada com apenas uma mão, ela não perde em poder para espadas de duas mãos e é afiada o bastante para cortar através de uma armadura.
Raishin havia se refugiado em um dojo de espadachins quando fugiu de seu clã.
Ele também foi treinado na arte da esgrima por seu instrutor. Suas técnicas de combate mano a mano não eram nada além de um subproduto ensinado para que ele pudesse se defender em situações de sobrevivência em que ele perdesse sua katana.
— Nesse caso, estou certa de que você pode usar uma muito bem. Por que não usa uma?
— ...Eu não sou mais um espadachim. Eu sou um marionetista.
— Mas essas duas coisas podem coexistir. Especialmente em batalhas reais.
Um bom exemplo estava bem diante dele. Griselda também era uma espadachim de primeira categoria.
Entretanto, Raishin se recusou teimosamente a responder. Yaya estava olhando para Raishin com uma expressão dolorosa no rosto.
Griselda parecia ter mais pensamentos a esse respeito, mas decidiu não pressionar mais.
— ...De todo modo, terminamos por hoje. Vá se preparar para a Festa Noturna.
Griselda deixou o campo de treinamento depois de dizer isso. Em seu lugar, um assistente do Departamento de Ciências apareceu para recolher as bonecas de madeira. De pé, Raishin começou a falar com Yaya o mais alegremente possível.
— Estou realmente muito cansado. Vamos embora por enquanto.
— Sim. O Raishin sempre se esforça demais.
— Não, eu realmente preciso me esforçar mais.
— Ó? Você ainda está nisso? Que entusiasmo— estou impressionada!
Raishin de repente ouviu uma bela voz familiar.
Charl estava parada na entrada da floresta. Ela tinha um sorriso enorme no rosto.
Ela estava de ótimo humor. Um pouco perturbador...
— ...O que está rolando, Charl? Você parece estar de bom humor.
— Fufu♡ Eu pensei em te apresentar a minha nova amiga, então eu vim todo o caminho até aqui.
— Amiga?
— Isso mesmo! A Frey também disse que sou amiga dela, e eu posso até mesmo fazer novas amizades. Não vou mais deixar você me chamar de solitária!
— Ninguém está dizendo isso. Deixando isso de lado, você não foi enganada ou algo assim, certo?
— Por que você foi nessa direção!? É por isso que estou dizendo que você fica me fazendo de idiota!
Charlotte ficou irritada por um instante, mas logo retomou seu sorriso.
— Ela é muito fofa. Quem você acha que ela é?
— Quem, eu me pergunto...? Mesmo entre os estudantes, eu só conheço aqueles que estão melhores classificados, afinal de contas.
— Vou te dar uma dica, então. Ela é alguém do mesmo país que você.
— O mesmo que o meu?
Talvez porque ela estivesse muito feliz, as bochechas de Charl estavam totalmente coradas. Ao contrário, por outro lado, Raishin notoriamente começou a ficar pálido.
Não poderia ser...
— Ah— você é tão indeciso. Tudo bem, basta dar uma olhada e se surpreender!
Charl se virou para gesticular com as mãos para que alguém se aproximasse.
— Tada! Essa é a Hinowa!
Atendendo ao chamado de Charl, uma garota emergiu das sombras das árvores. A expressão tímida em seu rosto congelou assim que ela viu Raishin.
E foi o mesmo com ele. Os dois começaram a olhar um para o outro em silêncio, incapazes de desviarem o olhar.
— ...Hã? O que há com esse clima?
Charl se virou para olhar para Yaya. Ela balançou a cabeça como se dissesse “Eu não sei” em resposta.
——Isso mesmo, essas duas não sabiam.
Raishin sabia que um dia como este chegaria desde o momento em que foi registrado como um estudante. No entanto, ele tinha ouvido falar que ela havia retornado ao Japão. Quem poderia dizer que eles se encontrariam novamente assim...
— Ei... ei, Hinowa. Já faz algum tem—
A garota fugiu assim que ouviu a voz de Raishin, como se tivesse sido repelida por uma força invisível.
— Ah, espere! Hinowa! Estou te dizendo para esperar!
Raishin usou toda a força que restava em seu corpo cansado para persegui-la. No entanto, um braço muito grande apareceu em meio às árvores, atingindo Raishin no rosto e atirando-o ao chão.
Mesmo Raishin, que tinha reflexos animalescos, não foi capaz de escapar daquele golpe.
— ...Isso dói, caramba. Quem está aí!? O que você está fazendo!?
Apesar de seus protestos, sua voz morreu logo em seguida. Nenhuma palavra mais saía de sua boca.
Havia dois estudantes de pé diante dele.
Um deles tinha um corpo bem construído, dando a impressão de ser uma estátua hercúlea.
O outro, que era esbelto como uma garota, estava sorrindo como se estivesse preocupado com alguma coisa.
— Subaru... Mutsura!
— Já faz um tempo, Raishin-han.
O rapaz esbelto— Mutsura cumprimentou Raishin com um aceno de mão.
Por outro lado, o grandalhão— Subaru estava olhando para Raishin como alguém olhando para o assassino de seus pais.
— Subaru! Maldito! Por que você me bateu do nada!? O que você estava pensando!?
— Essa é minha fala, seu grande idiota! Você realmente não entende a razão pela qual em bati em você?
Raishin se afastou depois que ele gritou em resposta.
— Coloque a mão no peito e pense com muito cuidado sobre o que você fez com nossa senhora!
Subaru se virou na direção para onde Hinowa havia corrido depois de cuspir no chão.
— Vamos, Mutsura! Eu fico doente só de olhar para esse idiota!
O grandalhão começou a se afastar com passos largos. Mutsura se aproximou de Raishin para sussurrar algo em seu ouvido.
— Perdoe-nos, Raishin-han. O Subaru está com um pouco de ciúmes.
— O que você está dizendo, Mutsura!?
— Sim, sim, vamos nos encontrar novamente, Raishin-han. Até mais!
Yaya e Charl estavam ambas olhando estupefatas para os dois garotos que se afastavam.
— ...Qual é o significado disso? Quem eram eles?
— Aqueles dois são os acompanhantes da Hinowa.
— Acompanhantes, você disse? Então a razão pela qual um deles bateu em você— não me diga que você já tinha feito algum movimento com a minha Hinowa!?
— Você está errada! Por que você saltou direto para essa conclusão!?
— Você não precisa se desculpar. Acredito que eu te entendo muito bem. Tenho certeza que você falou docemente com ela, brincou com ela, e depois a descartou como lixo, não é mesmo!?
— Você realmente não me entende nem um pouco! Quando foi que eu fiz isso para alguém!?
— Ele fez isso com a Yaya! Uaaaah!
— Eu não fiz! Não invente um passado falso!
— Isso mesmo! Tenho certeza que você se livrou dela depois de destruí-la! Se não foi isso... aquela garota não teria feito uma cara tão triste...
Raishin de repente ficou sem palavras enquanto movia a palma da mão para a bochecha na qual fora atingido.
Certamente, Hinowa tinha uma expressão de choro no rosto. Assim como Charl havia dito, seu coração provavelmente estava em pedaços— era verdade que Raishin tentou se livrar de Hinowa.
A expressão do rosto de Charl desapareceu depois que ela tomou o silêncio de Raishin como uma resposta afirmativa às suas questões.
— Eu não vou perdoá-lo... inimigo das mulheres... Prepare-se, Sigmund...!
— Es-espere... Sigmund, por favor, pare.
— Charlotte-san, não faça nada estranho com o Raishin.
As palavras afiadas de Yaya— claramente não eram com o intuito de ajudá-lo.
— A Yaya vai se certificar de queimar a pele dele ♡.
Raishin começou a sofrer internamente.
Justo quando ele pensou que o conflito do noivado falso com Olga finalmente havia acabado—
Quem poderia pensar que seu verdadeiro [Conflito de Noivado] estava esperando por ele dobrando a esquina?