A Lenda do Destruidor Brasileira

Autor(a): Pedro Tibulo Carvalho


Volume 1 – Arco 1

Capítulo 15: Antecipação! O prelúdio da batalha.

Alvaro caminhava pela varanda do castelo enquanto olhava para as estrelas no céu. Refletia sobre o que fazer. Tinha medo, visto que à cada segundo que passava, mais e mais perdia o que seus ancestrais conquistaram.

Soltou um suspiro depressivo. Havia uma forma de conseguir uma vitória rápido o suficiente, mas fazer isso era ir contra o que seus predecessores lutaram, além de acabar com o orgulho de Lockust.

Ainda assim, talvez fosse melhor do que deixar os habitantes de Lockust morrerem. O orgulho da Vila dos Ladrões não valia o suficiente para comprar a vida de milhares de cidadãos que viviam pelas ruas.

Precisava decidir-se. Uma tradição ancestral, ou o bem-estar de seu povo… mas não conseguiria tomar essa decisão só. Virou-se para trás e sorriu. Em contraste com o brilho que tinha quando mais novo, agora o sorriso era cansado e desmotivado.

— Que bom que veio, Maximillian. — O servo mais leal, o braço direito, ajoelhou-se perante o rei. — Preciso de… O que houve contigo? — Só então notou os vários ferimentos e sangue que adornavam o corpo e se sentiu horrorizado.

Ficou alguns segundos em silêncio. — Sinto muito, meu senhor… tentei o meu melhor, mas Ethan foi capturado pelo inimigo. — A frustração fora o bastante para convencer o rei, que mordeu os lábios, irritado. — Não sei o porquê, mas Jack não o matou quando podia.

— Isso não importa. Se Ethan caiu nas mãos do inimigo, sem dúvidas eles vão ter dinheiro o suficiente para comprar minha cabeça até amanhã… — Sim, o tempo de hesitação chegara ao fim… a calma que sentiu o surpreendeu. Não pôde deixar de sentir um peso tirado das costas. — Agradeço o tanto que me serviu nos últimos anos… sei bem que, por conta do passado entre nossas famílias, deve ter sido duro para você.

Ficou quieto por alguns segundos, e então se levantou. Foi até o lado do rei para observar as estrelas, o rosto impassivo não traia nenhuma das emoções complicadas que sentia. — Meu rei… Alvaro… não carregue toda a culpa pelo que está acontecendo. Por mais conveniente que pareça, se não fosse pela rebelião de meu Avô, essa guerra jamais começaria.

Alvaro sorriu com as palavras. Sim, era conveniente culpar toda essa revolta em algo que ocorreu anos antes dele nascer, assim como aliviava a dor nos ombros. No entanto, o fato era simples.

Pessoas deram suas vidas por uma causa. Pela sua causa. Nada mudaria o fato de que suas mãos estavam banhadas por sangue de aliados. Por mais triste que fosse, tinha que aceitar que a culpa e responsabilidade por aquelas vidas era, por parte, sua.

E saber que precisaria recorrer a ajuda do Rei de Gália, que teria que abandonar o orgulho e o legado da família, que mancharia o esforço dos que lutaram por ele… só deixava um gosto horrível em sua boca.

— Minha mãe me disse, antes de morrer, que meu avô e Lorde Rajah se davam bem, até que algo aconteceu. Nunca me disse o que era, apenas que a amizade dos dois foi destruída e que alguns anos depois, a rebelião começou a tomar forma.

Conhecia essa história. De fato, não sabia também o porquê dessa briga, mas tinha certeza de que os anciãos, homens e mulheres daquele tempo, foram convencidos por Maclian Fauxster a se unir.

A diferença entre ele e Rajah ficava clara ali. Enquanto o avô sufocou a rebelião ao matar o líder… Alvaro fora um fraco que a deixou crescer. Não tinha a vontade ou força necessária para executar alguém que podia não ser culpado de nada.

— É, e mesmo assim… você, que tinha todos os motivos para me odiar, não o fez. — Virou-se para seu servo e pôs as mãos sobre um dos ferimentos. Não tocou, mas a proximidade causou um arrepio na espinha de Maximillian, prova que sentia a dor. Murmurou algumas palavras, uma luz dourada saiu de sua mão e começou a curar o machucado.

Era um pó que caia e que remendava a pele, num calor brando e quieto, confortável o suficiente para que o ladino esquecesse de suas preocupações e que considerasse, por alguns segundos, deixar seu ódio para trás.

— Agradeço por tudo que já fez por mim, Maximillian. Tem sido de grande ajuda. — O sorriso sincero transbordava de alegria, algo que deixara o assassino desconfortável. Olhou para o lado, mas prestou atenção nele, notou que ainda não havia acabado. — Quero que envie uma carta para a Cidade Capital de Gália… é hora de acabarmos com essa revolução.

 

Jack Colt olhava para o quarto de hotel que recebera da associação. Não vestia armadura, invés disso estava apenas com uma calça fina. O físico perfeito estava coberto por bandagens e cicatrizes, o que mostrava as poucas e boas que passou para alcançar aquele nível.

Não se importava. Não mais. Sempre que olhara no espelho, só via troféus e provas dos feitos e do esforço hercúleo que fez. Essa noite, como tantas outras, estava deitado na cama enquanto refletia os dias anteriores.

Queria pagar logo a dívida que tinha com Estevan, só assim seria livre e poderia desfrutar de uma vida feliz. Estava quase lá, só faltavam 20 moedas de ouro. Esse trabalho lhe daria mais 2 moedas de prata. Se considerar que isso equivale a 1/5 de uma moeda de ouro, logo mais conseguiria comprar sua liberdade.

Um barulho atraiu sua atenção. O piar de uma águia, que batia o bico na janela. — Já vou, já vou! — Abriu a janela e deixou a ave entrar. — Então Doug, como foi a viagem? — A resposta que obteve foi um piado, e então notou que havia uma folha de pergaminho amarrado na perna do animal. — O que temos aqui…

Tirou o laço e pegou a carta. Foi até um prato com tiras de carne e pegou duas, uma para si e outra para Doug — que agradeceu com um piado ao receber o pedaço —, abriu-a e leu o conteúdo. Um olhar incrédulo passou por seu rosto, teve que ler a carta de novo e de novo, quando finalmente notou que não era uma ilusão, riu em alegria.

Parece que o destino finalmente começara a sorrir para ele.

 

No esconderijo da facção Aristocrática, caminhava. Mesmo com os sinos em seu uniforme, não dava para ouvir um único som vindo de Sigma, o que seria motivo de orgulho para muitos. Era diferente, pois desde seu nascimento, fora criado para ser o ápice de todo assassino.

Era perfeito, e não aceitaria nada menos que isso. Os sinos eram um método de se manter em constante evolução, de forma que a destreza nunca baixasse. Não tinha orgulho, pois era o mínimo daquele que herdou da vontade dos Fauxsters.

Chegou em frente a uma porta e a abriu. Fez um gesto com as mãos e sussurrou o nome do líder dos Anciões. As runas brilharam por alguns segundos, que viraram minutos, até que o velho atendeu. Parecia irritado com a interrupção, coisa que não lhe importava.

— Sigma… o que quer?

— Nossos planos sofrerão uma alteração a partir de agora. — Nisso, contou para o ancião sobre o Plano de Alvaro. Conforme ouvia, contorcia-se em uma máscara de fúria. Cada palavra que fora dita só mostrava o quão Lorde Maclian estava certo.

— Aquele pirralho! Não só se recusa a sair do trono o qual nunca teve direito, não só traz vergonha para seu avô com sua fraqueza… não, agora ele insiste em envergonhar a guilda inteira! Pedir ajuda para o Rei de Gália? Que disparate!

Ficou alguns segundos quieto, pensava no que fazer. Não podia deixar isso passar em branco, mas a ideia em si era efetiva. Caso conseguisse ajuda de Gália, teriam toda Nevra contra os Aristocratas. A ideia de enfrentar Gália não era boa, mas os monstros que se encontram em Uranus e Rhéia destruiriam tudo pelo que trabalhara.

Acalmou-se. Não poderia ficar nervoso agora, não com essa ameaça no horizonte. Teriam que agir rápido. De certa forma, foi um sacrifício brilhante. Sem a honra, garantiria a vitória… mas ainda não concordava.

Afinal, mesmo que fossem ladrões e assassinos, ainda existia um código de honra, e quebrar esse código era quebrar várias juras que os membros da Guilda faziam, e que o Rei não estava isento.

Alisou sua barba, um semblante sério e irritado se fez presente. Tinha uma forma de acabar com isso de uma vez… de impedir que Alvaro ganhasse. Sim, graças aos esforços de Jack, tinham mais números. Só precisavam atacar de uma única vez.

— Faremos um cerco… — Após se decidir, mandou que um mensageiro passasse a mensagem para os bandidos que contrataram e os poucos ladinos que restavam no lado deles. Olhou com severidade para Sigma, que não pareceu registrar a raiva de seu mestre. — Sigma, você liderará o ataque de dentro para fora… é hora de tomarmos o poder à força!

 

Ethan olhava para as estrelas com uma expressão complicada. Por estarem avançando com o máximo de cautela, tiveram que dormir na rua, num beco escuro e que tinha apenas o céu como iluminação.

Pensara outra vez em como chegou até aqui, em tudo que ocorreu e em tudo que perdeu. Desde que começara essa jornada, viu tantas coisas. Sejam boas ou ruins, não podia julgar direito. Só sabia que, por alguma razão que escapava de si, estava grato por tudo.

Não fazia sentido e o sentimento o confundia, mas era a verdade. Talvez seja por ter encontrado Ittai e, também, Hector; talvez porque era finalmente livre, sem ter amarras para o segurar, fora o desejo por vingança. Apenas estava satisfeito com o que era, com o caminho que tomou.

Sorriu e escorou as costas na parede, ajeitou-se para ficar mais confortável enquanto o outro dormia. Estavam em território inimigo e teriam que revesar a vigília, teriam de fazer isso até chegarem no castelo.

Foi com esse pensamento que, ao pegar sua espada, voltou a atenção para a entrada do beco enquanto pensava nos ensinamentos do velho mestre. O caminho do Bushido não era apenas uma arte marcial, mas sim uma filosofia de vida.

A última virtude que Ittai fez questão de pôr em sua mente era a de Lealdade. Deveria ser leal aqueles que lhe eram importantes, por isso, teria certeza de proteger Hector enquanto estivesse acordado. Nisso, duas horas passaram, acordou-o e dormiu um pouco.

Os pesadelos se aquietaram.

 

Hector olhou para a lua, uma expressão pensativa denotava o quão perdido estava. Sempre teve um objetivo, isso não mudou. A questão era que não tinha mais um caminho óbvio para seguir. Queria alcançar um posto elevado na Guilda.

Se tivesse um contato com o Rei dos Ladrões, poderia saber onde sua irmã estava. Era esse seu objetivo, mas acabou por criar laços com os membros do esquadrão… pessoas que deviam ser ferramentas se tornaram amigos e, até mesmo, irmãos.

Por isso, doeu tanto perdê-los.

Não apenas a dor, mas com o estado instável que a Guilda estava, podia acabar por perder essa guerra. Se isso ocorresse, tudo pelo que lutou seria em vão, Alvaro morreria, e ele seria preso e executado.

Fugir disso também não era uma opção, pois queria ficar mais forte do que antes. Não queria perder os que lhe eram importantes, queria reunir-se com Helena, mas ainda era humano. Conforme avançava, fez laços, viu pessoas boas e ruins morrem… várias delas caíram por suas adagas.

Já não aguentava mais, e quando estava prestes a desistir… — Honestamente, aquele velho desgraçado tinha razão. — Olhou para Ethan, que dormia tranquilamente. — Se não fosse por você, se não me mostrasse tamanho desejo em seguir em frente…

Um Escolhido do Destino cativa aqueles a sua volta, de forma a inspirá-los a serem melhores do que são. Seja por curiosidade ou algo diferente, o carisma que possuem sempre faz com que as coisas se movam.

Dirigiu os olhos para a entrada do beco, enquanto bufava. “Sim, o que esse idiota tem de carismático é sua vontade… ele não desiste nunca. É revoltante, mas…” Soltou um suspiro enquanto lembrava da determinação que mostrou na gaiola. “Mas não consigo deixar de me inspirar nele.”

Nisso, continuou a vigília, pensamentos que nunca teve outrora, nublavam sua mente.

 

Após dar a notícia do plano de Alvaro, Sigma foi encarregado de reunir o máximo de bandidos possível e montar um cerco ao redor do castelo do Rei dos Ladrões. Conseguiu o que pôde em 4 horas e voltou para a alcunha de Maximillian.

No castelo, foi apenas uma questão de esperar a marcha começar, enquanto apertava as mãos com ansiedade. Havia preparado tudo com a perfeição esperada dele, tinha segurança que conseguiria matar aquele que tanto odiava.

Contudo, sentiu-se nervoso ao receber a notícia de que Ethan e Hector escaparam. Sabia que não devia ter medo, visto que estavam a um passo de acabar com esse conflito. “Além do mais, o que dois novatos poderiam mudar na guerra?”

Com isso em mente, não entendia o porquê de ainda sentir os nervos a flor da pele, a última vez que sentiu isso foi quando era um iniciante, uma criança que nunca matou ninguém… mas esse tempo a muito passou.

Jamais voltaria a fraquejar em seu caminho.

Com um suspiro, cheio de pesar e preocupação, caminhou pelos corredores, a expressão quieta não traia a empolgação que aflorava no peito. Ao enfim chegar em frente a porta do rei, abriu-a e viu o trono, que devia ser seu, desocupado.

Caminhou até lá, acariciou o mármore sob o qual foi feito, um olhar de desejo e nostalgia se encontravam no rosto. Limpou sua face de emoções ao sentir a presença de outro se aproximando. Ocultou-se nas sombras e aguardou. Logo Alvaro saberia o que estava planejando, junto a quem era de verdade, visto que não havia contado nada aos outros.

Uma comoção foi ouvida enquanto Alvaro dava as ordens, agitado com o cerco que se formava. Um círculo arcano se formou na mão direita, com a mesma cor dos que estavam desenhados no mármore, esperaria até a oportunidade certa aparecer.

Alguns segundos depois, quando o rei entrou e se sentou sobre o trono, as Runas se ativaram, e uma explosão abalou por completo o castelo. Ao lado de fora, milhares de bandidos, junto a alguns assassinos da Facção Aristocrática, viram o sinal e começaram a bombardear o castelo com flechas, bombas e magias.

 

Alguns minutos antes, Ethan e Hector estavam próximos do castelo, quando viram a estranha movimentação de milhares de cidadãos, todos prontos para uma guerra. Achou estranho e decidiu se aproximar para perguntar, mas o ladino de cabelos azuis segurou seu braço.

— Não faça nada idiota!

Não entendeu porquê sussurrava, e nem queria entender. — Não vou fazer nada idiota, só vou perguntar o que está acontecendo. — Recebeu um olhar incrédulo e irritado, achou estranha a atitude do colega.

— Você é burro?

— Por que está sussurrando?

— Ei, o que estão fazendo aí? — Um dos bandidos viu os dois, coçava a cabeça sem entender o porquê de estarem agindo tão furtivamente. — Querem entrar em posição? O ataque vai começar agora.

— Mas é claro, o ataque… — Hector lançou um olhar furtivo para o espadachim, um que foi prontamente ignorado. — Vamos começar o ataque então, não é?

— Que ataque? Achei que… Ah, mas é claro! O ataque…

— Vocês… vocês sabem qual ataque estamos falando, não é? — Estreitou os olhos, desconfiado dos dois. Só então percebeu a roupa do assassino, uma que pertencia a liga dos assassinos, e se não sabia do ataque, só havia uma conclusão possível. — Merda! Todo mundo, estão nos cercando!

Antes que pudesse fazer mais alarde, Hector cortou a garganta dele com um rápido movimento da adaga, mas o estrago já havia sido feito. Olhou com raiva para o rapaz atrás de si, que só entendeu o que estava acontecendo tarde demais. — Ahh…

Antes que tivesse chance de falar algo, Ethan se jogou para frente, passou por si e cortou o peito de um ladrão que se aproximava. — Bem, não temos tempo de chorar pelo leite derramado, não acha?

— Eu te odeio, sabia disso? — Cortou outro e mais um, enquanto o espadachim fazia o mesmo. Como alguém podia ser tão irresponsável sendo um escolhido do destino estava além dele, mas isso já não importava.

Só tinha que sobreviver no meio ao mar de bandidos a sua volta.

 

De volta ao presente, a explosão criou grande confusão no castelo. Pessoas corriam de um lado para o outro, procuravam o culpado, que olhava para a cena na sala do rei com grande impassividade.

Abaixo de onde estava, a fumaça continuava a subir. Naquele momento, procurava alguma pista do corpo do rei, porém, como era esperado, havia sobrevivido. Sentiu a intenção assassina de Alvaro, que preenchia o lugar inteiro e fazia o ar pesar, quase como um lago de sangue.

É sério… sútil como um elefante.” Nisso, a mão de Sigma, ou melhor, de Maximillian agarrou o rosto de Alvaro e o lançou para fora das paredes do castelo, os corpos de ambos atravessaram a pedra, um chute afastou o assassino do rei, ambos desviaram dos projéteis que eram atirados, em pleno ar.

Inclinou o corpo para frente e deixou que o inimigo visse quem era, causou um arregalar nos olhos calmos, e um sentimento de raiva transpareceu no rosto do homem. “Lento demais.” O punho impactou contra o nariz, a força da inércia com a gravidade fez com que disparasse contra o chão.

Recuperou-se num instante. Girou o corpo e se permitiu cair, tudo enquanto proferia algumas palavras em voz baixa. — Ó encarnação do trovão, faça-os perecer… — Apenas quando estava próximo do chão que atacou os bandidos ao redor. As pernas abriram numa espargata, a força do golpe fora tamanha que o crânio dos dois, um atrás e outro afrente, foram arrancados do pescoço. — Enlouqueça e tome forma! Sphericus Tonitrus!

Uma imensa esfera de eletricidade pura se formou, desintegrando todo bandido e ladrão que fora tocado. O Assassino admirou o show por alguns segundos, até que girou o ângulo do corpo, sua queda desacelerou. — Apareça e inunde tudo, tu que és filha de Netuno, tome forma e seja meu escudo! Aqua Obice.

A barreira de água e a esfera de raios se chocaram, criaram uma imensa explosão de luz, junto a um estrondo que tremeu o bloco em que estavam. Uma cortina de fumaça escondia os dois, resultado dos destroços, que despencavam.

Num instante, a nuvem desapareceu. A Katana e a Espada de Luz ambas lutavam por dominância, pressionadas uma contra a outra, buscavam cortar o pescoço e dilacerar o peito do oponente. — Por quê? Eu confiei em você!

— E essa será sua ruína! — A força foi o suficiente para quebrar o ataque de Alvaro, que se afastou em um instante, mas o assassino já esperava isso. Foi instantâneo, e começou antes de dar o passo para trás. — Mire em meus inimigos e Acerte-os! Magicae Sagitta!

Assim que ouviu o encanto, Alvaro tomou mais distância enquanto começava o seu próprio. — Apareça e seja meu escudo! Obice! — As flechas mágicas impactaram contra o escudo, que se manteve firme. A confusão e incerteza do porquê aquilo ocorria alimentavam a chama do ódio dentro do peito.

Avançou com um grito assim que o escudo se desfez. A espada foi em direção ao pescoço de Maximillian, que a defletiu. Ambos ferro e luz criavam faíscas numa dança complexa de difícil de acompanhar.

O rei não deu espaço para que pudesse conjurar mais, e tinha que se afastar continuamente para não perder a cabeça. Com isso, a luta de vida ou morte durou alguns minutos, dolorosos e exaustivos para Sigma.

Demorou um pouco, mas enfim havia sentido a energia interna o avisar que havia chegado. Afastou-se enquanto Alvaro preparava um corte e, ao juntar as duas mãos, ativou o esquema rúnico ao redor do rei.

Naquele momento, Alvaro arregalou os olhos em clara surpresa e medo.


 

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