Volume 2
Capítulo 61: Estrelas brilhantes
Naquele momento, Ye Wanwan não fazia ideia das especulações que a Velha Madame e Mo Xuan faziam, apenas que a doença de Si Yehan não parecia tão séria agora como ficaria em sete anos.
Enquanto estava dormindo, o homem parecia inofensivo, e a aura pesada que o cercava tinha sumido. Essa calmaria permitiu que ela, finalmente, relaxasse. Sem poder sair, a jovem decidiu passar o tempo lendo algumas notícias e fofocas do mundo do entretenimento, no telefone.
As figuras mais populares na boca do público mudavam a cada instante, e as pessoas em destaque eram substituídas em alguns meses. Daqui a sete anos, as mudanças com certeza seriam drásticas.
Sem contar pessoas ruins como Xie Zhezhi, que ganharam popularidade desde o início da carreira, a maioria dos grandes nomes do futuro não eram famosos no presente, e alguns desses não tinham nem entrado na indústria ainda.
Atualmente, a Corporação Ye controlava metade dos estados do país nessa área de atuação, sendo que a maioria dos seus artistas estavam sob a tutela da Huang Tian Entretenimento. E grande parte dos imperadores e imperatrizes que fariam fama daqui a alguns anos tinham seus contratos assinados pela empresa.
“Se… eu conseguir roubar essas estrelas em ascensão antes delas se juntarem a Huang Tian ou as firmas de corretores, irei fazer metade do trabalho, com o dobro de efeito*!"
Ao pensar nisso, os seus olhos brilharam, enchendo-se de ganância. A sua mente estava tentando se lembrar de todos os detalhes relacionados à mídia, procurando as pessoas que poderia levar para o seu lado.
Na sua vida passada, durante os dias de aprisionamento, passava horas e horas consumindo notícias do entretenimento por puro tédio. Ye Wanwan assistiu Ye Yiyi tomar a casa Ye, o seu noivo, e esbanjar tudo que lhe pertencia.
Mas agora, todas aquelas fofocas e informações inúteis sobre celebridades tinham se tornado seus bens mais preciosos.
Primeiro, descartou aqueles artistas que vinham de famílias poderosas ou tinham patrocinadores formidáveis, afinal, eles naturalmente escolheriam cooperar com as plataformas mais fortes. Com uma estrada para o sucesso bem estabelecida, seria muito difícil para ela conseguir mudá-los.
Entretanto, aqueles sem conexões ou um bom histórico, que começaram em companhia pequenas e cresceram usando as suas próprias forças e talentos, eram o tipo de pessoa que a mulher buscava.
“Preciso pegá-los pra mim antes que fiquem populares!”
Para que isso seja possível, antes de qualquer coisa, ela teria que criar a sua própria agência. Porém, para começar a investir nos seus planos, Ye Wanwan precisava de duas coisas: a confiança completa de Si Yehan e real liberdade.
Agora que tinha estabelecido as suas prioridades, iria agarrar toda e qualquer oportunidade de aprender conteúdos profissionais relevantes para a sua futura carreira; relembrar e integrar toda a informação dos próximos sete anos, e então, encontrar uma forma de arrecadar fundos para o seu negócio.
Com o objetivo em mente, a jovem estava cheia de zelo e entusiasmo. Era como se uma grande parede que se estendia no seu caminho, impedindo que desse um passo à frente e tomasse decisões, tivesse sumido.
Si Yehan, lentamente, abriu seus olhos ao acordar do breve sono, sendo recebido por uma face pequena em formato de lua e olhos escuros que eram como galáxias, com inúmeras estrelas brilhantes — tão bela a ponto de tirar o fôlego.
Inconscientemente, ele ergueu os seus dedos para tocar aqueles pontos luminosos acima da sua cabeça…
Enquanto estava perdida em pensamentos, de repente, a garota sentiu a sua pálpebra formigar. O homem estava desperto, mas ela nem notou, porque estava muito distraída.
— Você acordou! — Ergueu a cabeça, exclamando.
— O que está fazendo? — Porque tinha acabado de acordar, a voz dele estava um pouco mais rouca.
— Não queria perturbar o seu sono, então fiquei mexendo no celular. Ainda tá com sono? Por que não vai pra cama dormir? Se ficar dormindo aqui, vai acabar ficando gripado.
Ao ouvir aquelas palavras de preocupação vindo dela, Si Yehan ficou chocado. Ainda com o lençol cobrindo seus braços, ele a puxou para o seu colo e apoiou a cabeça na curva do seu pescoço, como um grande gato manhoso.
— Você vai para a cama comigo?