Volume 1
Capítulo 26: Te amo muito, bjs~
No dormitório.
[Nono mestre, Nono mestre! Por que não respondeu nada ainda? Eu escrevi com tanto carinho~ Me elogie, por favor! bjs~]
Ye Wanwan enviou outra mensagem depois de ter passado um tempo sem receber qualquer resposta. Queria se certificar de que estava tudo bem. Mais precisamente, o seu coração estava um pouco ansioso, pois não tinha certeza de como ele iria reagir àquilo. Afinal, aquele poema era o tipo de coisa que um homem escreveria para sua amada.
“Aquele pervertido não vai ficar zangado por receber uma confissão tão melosa, né?”
Na sua vida passada, para trazê-la de volta pra casa, Si Yehan mandou os seus homens até a escola no meio da noite. Por conta disso, o colégio inteiro entrou em caos, e vários rumores se espalharam sobre o evento.
Algumas das pessoas disseram que ela era amante de algum mercador rico e que,quando tentou fugir, foi capturada. Outros disseram que a família dela tinha pego muito dinheiro emprestado e, por causa disso, os agiotas queriam vendê-la àquele tipo de lugar para recuperar o dinheiro.
Embora tudo fosse mentira, era sabido que o clamor público era capaz de derreter metal, e a difamação ao seu acumular podia derreter até ossos.
Ao lembrar daquelas memórias, Ye Wanwan foi tomada por uma camada de frieza.
Naquele momento, o seu celular vibrou na sua mão. Tremendo ligeiramente, a garota abriu devagar a nova mensagem. O sujeito tinha respondido com um único adjetivo simples, além de adicionar um emoji no fim. Olhando para o “beijo”, a jovem ficou sem palavras. Dá pra imaginar um demônio grande e rude enviando um beijinho?
Todas aquelas emoções negativas que estavam sendo acumuladas no seu corpo foram varridas para longe diante do choque e o seu rosto esboçou uma expressão indescritível.
“Si Yehan… parece diferente do que eu me lembrava…”
Tinha feito uma descoberta! Enquanto pensava, apoiou os dedos no queixo, batendo de forma leve na bochecha. Não demorou muito para que outro SMS fosse enviado.
[Te amo muito, bjs~ E, a propósito, tenho uma prova na próxima semana, então vou me focar nos estudos esses dias. Talvez não consiga te mandar outras mensagem por enquanto, mas não esqueça de pensar em mim todos os dias~]
Segundos depois dela ter enviado aquilo, uma resposta chegou, dizendo: [Ok].
Diante daquele [Ok] seco e abrupto, seus olhos piscaram com nova surpresa.
“Isso… ele aceitou? Acabei de dizer que não vou poder falar por dias, mas ele não ficou bravo nem nada?!”
Mesmo que estivesse à beira da morte, não imaginaria que algo assim ia dar certo — uma mensagem fofa era toda arma que precisava. A sua mente parou com aquela ideia.
Depois de bater com a cabeça na mesa, queria se bater até a morte. Afinal, se soubesse que ele seria tão fácil de agradar, não teria sofrido tanto no passado!
“Bem, é legal ter uma arma secreta contra o grande demônio.”
Aquele assunto havia sido resolvido, era hora de voltar a focar no teste. Enterrando a cara nos livros, seu corpo e mente voltaram a se dedicar 100% na revisão.
Em um piscar de olhos, sete dias se passaram.
Durante esse tempo, conseguiu dormir no máximo 3~4 horas por dia, mas, finalmente, foi capaz de colocar em dia todo o conteúdo do primeiro ao terceiro ano. Estava morta fisicamente, mas, quando tudo aquilo passasse, iria ter uma muito longa noite de sono.
O primeiro dia de prova seria baseado em Artes Liberais Compreensivas e Linguagem.
Ye Wanwan se sentia uma alma errante ao adentrar a sala. No momento em que os seus pés pisaram dentro da classe, todos ficaram em silêncio.
Não estava usando a peruca verde, porque estava lentamente preparando as águas para sua transição de aparência. Até mesmo a maquiagem não estava tão forte quanto nos outros dias. O problema era que, dadas as suas poucas oportunidades de dormir, grandes circulos negros haviam sido formados debaixo dos seus olhos, fazendo-a parecer um panda emo; e o cabelo bagunçado que chegava até a cintura estava tão horrivel quanto a peruca, senão pior…
Como de costume, o seu companheiro de carteira estava dormindo e só abriu as pálpebras de forma relutante quando ouviu o barulho de alguém se sentando ao lado. A visão que o atingiu era tão assustadora que ele pulou do assento, fazendo a cadeira virar e atingir o chão, produzindo um som estridente e penetrante nas orelhas de todos.
Olhando para a “Sadako”, começou a suar frio. Sua expressão ficou cinza enquanto abaixou a cabeça e começou a xingar:
— MAS QUE MERDA!!!