A Detetive já está Morta Japonesa

Tradução: xCrinitx

Revisão: Reis


Volume 1

Prólogo

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Há um detetive presente entre os clientes?”

Bem, acho que eu ouvi errado.

Provavelmente por estar uma aeronave a 10,000 metros acima do chão.

Eu devo ter ouvido e entendido mal… Isto deve ser o que chamam de “orelhas aéreas”.

Não é isso.”

Eu me retorqui, e me acalmei um pouco.

Assim que me acalmei e olhei em volta, a comissária de bordo se aproximou.

Há um detetive presente entre os clientes?”

Acho que eu não ouvi errado.

Sério, de novo?

Eu sempre encontrei essas questões problemáticas desde muito tempo atrás.

Acho que poderia ser descrito como uma afinidade natural para acabar se envolvendo.

Sempre que eu caminhava pela rua, me envolvia de repente em um flashmob. Em um beco, eu acidentalmente presenciava uma negociação envolvendo um pó branco. Às vezes eu acabava me encontrando em um local de assassinato, e virava suspeito pros policiais. Neste dia, eu terminei voando para além-mar com uma maleta de conteúdo desconhecido.

No segundo ano do ensino médio eu já era assim. Será que vou me tornar um espião ou um soldado no futuro?

Não, acho que um servidor público está bom. Eu queria voltar pra casa pontualmente e poupar minha energia.

Então.

Estão procurando um detetive?”

O que diabos aconteceu?

Em uma emergência, não deviam procurar por um médico ou uma enfermeira?

Nos mangás e nos livros, eu vejo as pessoas dizerem “Há um médico presente entre os passageiros?”, mas estavam procurando por um… Detetive, no ar.

Aaah, eu não entendi.

Que tipo de situação precisaria de um detetive a bordo? Não, não, não, não queria me envolver em mais confusão desnecessária.

Fechei meu olhos com força, ignorando a comissária que se aproximava.

Mas assim que fechei meus olhos…

Sim, eu sou uma detetive.”

Ouvi uma voz clara e involuntariamente abri os olhos. Sentada à minha direita, estava uma garota mais ou menos da minha idade, erguendo sua mão.

Ela tinha o cabelo curto, branco-prateado, e olhos azuis hipnotizantes. Vestia um vestido chique que, de alguma forma, lembrava um uniforme do exército, dava para ver sua pele, branca como a neve.

Sua beleza lembrava a de um anjo transformado. Se houvesse uma definição para a palavra “beleza”, certamente seu nome apareceria como sinônimo. Se fosse para procurar seu nome na internet, as imagens envolveriam fotos de flores, de pássaros e da lua.

Neste momento, a única coisa que prestei atenção foi seu nome.

Não ligava se ela era uma detetive. Eu só queria saber seu nome.

Seu nome é?”

Antes que me desse conta, lhe fiz esta questão.

Entretanto, para concluir, quatro anos se passaram e eu ainda não sei o nome verdadeiro dela.

O único codinome que ela me falou foi “Siesta”.

Ela era uma verdadeira “detetive” lutando contra o mundo.

Depois disso, eu me tornei assistente da Siesta, e embarquei em uma jornada com ela.

Escuta, eu devo acabar com o inimigo antes que você seja perfurado pela colmeia.”

Ei detetive, não planeje algo que se baseie na minha morte”.

Tudo bem, assumirei a responsabilidade e vou apagar seu histórico completamente.”

“…Espera, quê?! Você viu?! Você viu meu histórico de pesquisa?”

Na época, tivemos essa conversa boba, e começou uma aventura que durou por três anos…

Então, a morte nos separou.

Foi um ano depois que nos separamos, no total, seriam quatro anos depois.

Eu, Kimihiko Kimizuka, era um colegial de dezoito anos que deu um jeito de sobreviver, e estava completamente preso com o que chamam de “vida diária”.

Você perguntou se isso está bom?

Está, e não causaria nenhum problema.

Por que esse é o sentimento, né?

A detetive está morta. (La detective está muerta)



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