Volume 1

Capítulo 10: Minha Opinião Sobre Você É...

 

— Mio… O que é isso?

— Hahaha… É um cachorrinho que decidi adotar — disse a garota um tanto nervosa com a situação.

Um dia havia se passado desde a batalha de Zethnniyr contra os lobos. Como foi Kintarou quem deu as informações das criaturas para Mio e Zeth, ele decidiu visitá-la para ver se tudo estava bem — e, claro, saber todos os detalhes da luta. Mas o jovem adulto não esperava que haveria um visitante inesperado.

— Eu nunca vi um cachorro assim. Ele tem pelos azuis e alguns detalhes em branco. — Kintarou olhou para a criatura que estava deitada confortavelmente no colo de Kawano.

— Sabe, eu soube que alguém o pintou com tinta permanente e ele ficou assim. Coitadinho, né?

— Ah, entendo. Coitadinho mesmo. — O cômodo ficou em silêncio por praticamente um minuto inteiro, deixando a garota de maria-chiquinha apreensiva. Mas não demorou muito para Kintarou quebrar a quietude. — Você acha que eu vou cair nessa?

— Não… Quer dizer, sim?

— Você acha que eu sou idiota?

— Droga, não deu certo… — Suspirou, admitindo a sua derrota.

— Achou mesmo que ia dar certo?!

Kintarou bateu as mãos na pequena mesa de madeira, emitindo um som que irritou o pequeno lobo. O filhote se levantou e fez uma pose de batalha enquanto rosnava para Taniguchi. Mio levou suas mãos até o pequeno corpo da criatura e a pegou, colocando-o em seu colo novamente.

— Eu não resisti, poxa! Ele é tão fofinho, olha pra cara dele! — Mio esticou os braços em direção ao amigo, o que o fez recuar.

— Não foram esses lobos que estavam atacando a cidade? Como você pode estar com algo tão perigoso?

— Eu já disse, não foi ele quem estava atacando as pessoas. Zeth me disse que ele é muito fraco pra fazer qualquer mal a um humano. — Colocando o lobinho em seu colo, começou a fazer carinho nos pelos do animal. — Além disso, eu senti pena pelo o que aconteceu… Algo em meu peito me disse que eu poderia dar uma segunda chance. E ele gostou de mim!

— Mio, você…

A garota de maria-chiquinha deu um olhar determinado para seu melhor amigo, a fim de transmitir o quão séria ela estava a respeito da pequena criatura. Kintarou já presenciou esse olhar muitas vezes — quando foi com Zethnniyr, inclusive — e ele sabia que, quando Mio realmente decidia fazer algo, ela não mudava de ideia, apesar dela se arrepender mais tarde.

— Você só é fraca com animais mesmo.

— É-É mentira! Não foi por isso! — O rosto de Mio estava vermelho por conta da declaração. Em seguida, ela sussurrou: — Talvez seja verdade, mas…

— Sinceramente, acho incrível esse seu jeito. — Kintarou fechou os olhos por um momento enquanto coçava a cabeça, dando um suspiro na sequência. — Bom, não tem motivo para eu me preocupar muito também.

— É? Por quê?

Kintarou não respondeu de imediato, o que fez Mio mostrar uma expressão confusa. Ela tentava voltar no assunto, dizendo coisas como “por quê?” ou “vai me ignorar?”, mas o jovem adulto continuou quieto. Apenas três minutos depois, Zeth, que estava no banheiro, entrou na sala e avistou os dois com expressões bem distintas um do outro.

— Hm? O que aconteceu?

— Kintarou tá me evitando! Estávamos falando sobre o lobinho, e ele parou de falar de repente… 

— Ei, Zethnniyr, me responda uma coisa — interrompeu Mio antes que ela pudesse voltar a falar. Seu rosto se fechou, transmitindo seriedade.

— O que foi? Você quer brigar?

— Você protegeria Mio de qualquer um que tentasse a machucar? — questionou, ainda com um tom e expressão sérios.

— Isso não é óbvio? — Zeth se aproximou lentamente dos dois. De onde estavam, não dava para ver que tipo de rosto ele tinha. Mas assim que ficou perto o suficiente dos dois jovens, os olhos do demônio não tinham nenhum brilho. — Certamente eu os mataria.

— Tá aí a sua resposta para o que eu falei antes.

— Pera, quê?

Mio ainda estava confusa com toda aquela conversa, mas Kintarou não se importou com isso e levantou-se do chão. Arrumando as roupas e ajeitando os óculos pretos, ele voltou seu olhar para o demônio, que retribuiu o olhar de maneira curiosa.

— Eu disse que iria te levar para fazer os documentos necessários e te tornar um cidadão japonês, não foi? — Começou a falar, gesticulando um pouco as mãos. — Já que estou aqui, posso te levar até o local.

— Eu não sei para que serve essa coisa chamada “documento”, mas parece ser algo importante. — Zethnniyr coçou um pouco o queixo, ainda com a expressão curiosa.

— Documentos servem para registrar que você existe na sociedade. Sem eles, você não tem acesso a muitas coisas, como hospital ou até mesmo trabalhos. 

— Você seria um fantasma para todo mundo basicamente. — Mio complementou. Ela esperava que os dois homens achariam engraçado, mas a pobre garota falhou miseravelmente. Melhor na próxima.

— Resumidamente, é isso mesmo. Imagino que será uma dor de cabeça já que você veio de outro mundo, mas é melhor fazer isso o quanto antes.

— Então leve-me até lá, humano! 

— Meu nome é Kintarou, lembre disso.

Os três ficaram conversando enquanto ouviam as últimas notícias sobre o ataque dos monstros no Japão. Incrivelmente, as forças armadas já haviam abatido mais três monstros, totalizando nove criaturas desconhecidas mortas por humanos. No mesmo bloco do jornal, foi mencionado que oito monstros foram mortos de maneira desconhecida em um dos becos de Tokyo. Ao ouvir a reportagem, Zethnniyr não conseguiu se segurar e gargalhou.

Depois de alguns minutos, todos estavam prontos para saírem de casa. Mio estava com a sua mochila, a mesma que havia sido usada na batalha contra os lobos de Amarek. Dessa vez, Kawano escondia uma outra “surpresa” dentro dela, mas os dois rapazes não perceberam, para o alívio da garota.

E assim, os jovens saíram com outros objetivos.

As ruas do bairro aos poucos estavam voltando a sua normalidade, com alguns comércios abertos e pessoas circulando para lá e pra cá. Obviamente houve um reforço na segurança em todos os pontos da província, com as forças armadas fazendo patrulhamento em cada rua da cidade. As pessoas tinham medo, mas com a segurança reforçada e o abatimento dos monstros, elas decidiram confiar, com todo o cuidado, claro.

Não fazia muito tempo que o pequeno grupo estava andando pelas ruas, observando a situação ao redor e conversando sobre isso. Mio foi a primeira a mudar de conversa.

— Ah, eu vou deixar vocês por aqui. Tenho algumas coisas importantes para fazer — disse tudo rapidamente, acompanhado de movimentos exagerados. Fazendo menção de se distanciar dos amigos, ela deu uma última palavra: — Boa sorte! Vejo vocês depois, tchau!

— Epa, epa. Onde você pensa que está indo com tanta pressa? — Impedindo que Mio se distanciasse do grupo, Kintarou segurou a alça da mochila da amiga, fazendo-a se curvar um pouco.

Guh! Me deixe ir! É rápido, eu juro!

— Você parece estar planejando fazer alguma coisa suspeita, Mio. — Zeth entrou no campo de visão da garota de maria-chiquinha, aproximando seu rosto do dela.

— Olha quem fala! A pessoa mais suspeita desse mundo!

— O que você disse, serva?

— Muito perto! Muito perto! Muito perto! Você está com o rosto muito perto! — Mio sentia seu rosto arder com a situação, com as bochechas muito vermelhas.

— Espera, a sua mochila está mais pesada que o normal… E está se mexendo um pouco. O que é isso? — questionou Kintarou, curioso para ver o que a sua melhor amiga estava levando.

Kintarou não hesitou em levar as mãos até o zíper da mochila, ignorando o pedido da garota de maria-chiquinha completamente. Zethnniyr aproveitou e foi ver o que estava dentro da mochila, aproximando mais o rosto.

Abrindo a mochila lentamente, orelhas pontudas e felpudas sa[iram para fora e, quase imediatamente, um rosto emburrado se revelou para os dois homens.

— Mio! Por que você está levando essa criatura?

Shhh! Não fale alto, Kintarou! Esqueceu que a segurança tá de olho em tudo?

— Mas por que o trouxe aqui?

— Eu não queria deixá-lo sozinho em casa, vai que ele tenta fugir ou bagunça tudo… — disse Kawano, com a cabeça baixa e com os dedos entrelaçados, tremendo um pouco. — Fora que já que ele vai morar com a gente, então pensei em comprar algumas coisas no petshop!

— Você realmente vai tratá-lo como animal de estimação — Kintarou disse, dando um suspiro na sequência. — Eu fico preocupado com você saindo com ele…

— Vai dar tudo certo! Eu vou comprar as coisas rapidinho enquanto vocês vão fazer os documentos.

— Você realmente parece empolgada com isso. — Zethnniyr olhou curioso para Mio, logo voltou a falar: — Eu não entendo o que seria um “petshop”, mas parece ser algo interessante. Me leve até lá depois!

— Não temos tempo pra isso, precisamos ir logo. 

— Verdade, é melhor vocês irem. Boa sorte! 

Mio fechou a mochila novamente, mas dessa vez não deixou fechada por completo, o que fez o focinho do pequeno lobo ficar exposto. Kawano deu mais alguns passos antes de se virar e acenar para os dois amigos, gritando algo como”se comporta, Zeth!”, chamando a atenção de quem passava por ali.

E, assim, a garota de maria-chiquinha seguiu o seu próprio caminho, sumindo da vista dos dois homens. Kintarou acenou de volta, com um pequeno sorriso no rosto. Já Zethnniyr, fez uma cara emburrada e pensou: “Eu sou criança agora?”, enquanto cruzava os braços. Nesse meio tempo, Kintarou saiu andando na frente, deixando o demônio para trás.

— Ei, espere!

— Com o ataque dos monstros à cidade, muitos serviços estão fechando mais cedo. É melhor irmos — disse o jovem adulto de cabelos castanhos claros, ajeitando seus óculos.

— Compreendo. Espero que não ocupe muito o meu tempo. O tempo do Rei dos Demônios é importante, afinal.

— Você só está pensando em si…

O maou ficou lado a lado do Taniguchi, os dois caminhando no mesmo ritmo. Enquanto andavam, Zeth olhava para cada movimento de Kintarou vez ou outra, reparando em seus traços e jeitos. E claro, o jovem ficou levemente incomodado com a situação, mas fingiu não se importar.

“O que a Mio viu nesse cara? Ele é tão estranho para ser um maou. Na verdade, essa história toda de outro mundo e monstros invadindo a cidade são coisas inacreditáveis para mim”, pensou Kintarou. Em seu interior, ele ainda não entendia o por que de tudo aquilo estar acontecendo, muito menos o motivo de Mio — e consequentemente ele próprio — estar envolvida. Parecia um sonho, um sonho que Kintarou queria acordar o mais rápido possível.

Na primeira vez que se conheceram, Taniguchi pensou que poderia ser uma brincadeira da sua amiga e de Zethnniyr. Mas assim que monstros reais começaram a aparecer por toda a província, ele aceitou que tudo era real, querendo ou não.

“Eu me pergunto o que Zeth viu na Mio para a escolher como serva… Parece que nem ela mesma sabe o motivo, o que me faz pensar que ele ainda é um pouco suspeito”, divagou com uma expressão preocupada no rosto e um longo suspiro..

— Você está suspirando tanto, parece que tem alguma coisa a me dizer. — Zethnniyr deu um olhar afiado para Kintarou, para a surpresa do último.

— Ah, eu só estava pensando…

— Pensando? — Zeth estava um pouco impaciente pelo tom de sua voz.

— O que você realmente quer? — As palavras haviam saído, seus passos pararam e o rosto de Kintarou encarava o chão. — O que você quer de Mio? Por que a envolveu nisso tudo, dentre tantas pessoas?

— Isso de novo? 

— Me responda! — Ele não tinha percebido que sua voz havia saído mais alta que o normal, surpreendendo tanto o próprio quanto o maou. Assim que se recompôs, voltou a dizer: — Eu… ainda não entendo porque isso tudo está acontecendo.

— Entendi — respondeu com os olhos fechados, sem nenhuma reação. Colocando as mãos no bolso, Zethnniyr encarou o céu com poucas nuvens. — Foi pura coincidência eu ter parado na casa dela. Você pode pensar assim, se quiser. 

— E o que você pensa?

— Talvez exista algum motivo pelo qual não sei explicar — respondeu, ainda encarando o céu e olhando nenhuma vez para Kintarou. — Ela me rejeitou no primeiro dia, mas por algum motivo, sentia algo especial vindo de Mio. Mas decidi não pressioná-la tanto. Quando ela foi atacada e, eu vi a vontade dela de viver, não pude simplesmente ignorar o seu pedido. Ela aceitou fazer o contrato, afinal.

Kintarou ainda tinha muitas perguntas a respeito de toda a situação envolvendo Zeth, Mio e os monstros, porém a expressão do demônio parecia mais distante que o normal, então Taniguchi resolveu não perguntar sobre, respeitando a vontade de Zeth. Continuou a falar, pois Kintarou havia ficado em silêncio por um tempo:

— Ela é uma criatura interessante. Uma humana desajeitada e muito fraca. Não consegue andar por muito tempo que já fica cansada. — Zethnniyr demonstrava uma expressão divertida ao mencionar os defeitos da garota. — Mesmo assim, ela é tão idiota a ponto de usar sua própria vida para salvar alguém. Isso me intriga bastante.

— Numa coisa nós dois concordamos. 

— Mio é realmente uma idiota, como todos os outros humanos. Penso que até mais que a maioria, pois me confrontou muitas vezes. — Depois de um tempo encarando o céu, o maou finalmente voltou seu olhar para Kintarou. — Mas talvez seja essa natureza que me atraiu.

Kintarou ficou em silêncio, analisando as palavras e as expressões que Zethnniyr fez enquanto falava de sua melhor amiga. Não havia um pingo de mentira nas coisas que ele disse, o que fez o jovem ficar sem reação com a sinceridade vindo de um líder dos demônios. Se Mio era interessante para Zethnniyr, o maou era interessante para Kintarou.

— Você tem razão. — Sua expressão relaxou depois de toda a conversa que eles estavam tendo, e até mesmo uma risada sincera saiu da boca de Kintarou. — Mio realmente tem um charme único, mas poucos são capazes de entendê-la.

— O que você quer dizer com “poucos são capazes de entender”?

— Não é nada, apenas me lembrei de algumas memórias antigas. — Kintarou voltou a caminhar, deixando um maou confuso para trás. — Vamos. Já estamos perto.

Zethnniyr não entendeu bem a atitude repentina de Taniguchi, mas decidiu não perguntar e apenas ignorou por enquanto, logo atrás o seguindo. O demônio não conseguiu ver, mas Kintarou esboçava um pequeno sorriso singelo e, mais do que qualquer coisa, aliviado. Talvez Mio estivesse em boas mãos, era o que ele desejava no fundo de seu coração.

Antes que percebessem, já eram quase cinco horas da tarde e a essa altura, o céu aos poucos escurecia. O processo de documentação foi difícil, muito disso por conta da burocracia que o cartório japonês exigia. Kintarou teve que dar o seu jeito de contornar algumas perguntas pertinentes dos funcionários e até mesmo tentar silenciar Zethnniyr — ele fazia mais perguntas do que ajudava. 

Felizmente, tudo ocorreu bem no final e ambos estavam voltando para a casa de Mio, pois a última já havia mandado uma mensagem avisando que tinha voltado para o apartamento. A garota até mesmo enviou uma foto dela e do lobinho emburrado.

Enquanto andavam, logo à frente havia um pequeno número de pessoas olhando algumas telas de TV que estavam na vitrine. Todos que assistiam pareciam surpresos e curiosos, fazendo Kintarou despertar um desejo de ver o que estava acontecendo.

Aproximando-se das pessoas e chegando mais perto da vitrine, uma repórter já conhecida por Kintarou dava as últimas notícias. O título da reportagem era bem sugestivo e claro: “Cinco monstros encontrados mortos de maneira desconhecida”. Fazia sentido a reação das pessoas e Kintarou imaginava que muitos também ficaram assim quando os lobos de Amarek foram dizimados por Zethnniyr.

No entanto, o jovem adulto sabia quem foi o responsável por matar os lobos. Mio havia dito que Zeth ficou em casa a manhã toda, disse que ele estava “meditando” ou algo assim — Kawano até brincou e falou que só estava tirando um cochilo mesmo. Definitivamente não estava envolvido. Então, quem? Algum militar? Algum monstro?

— Ei, quatro-olhos, vamos logo. Eu tô com muita fome já. — Zeth interrompeu os pensamentos de Kintarou.

— Mesmo que eu tenha pagado comida pra você mais cedo? 

— Demônios comem bastante, muito mais do que outras raças. Temos muita voracidade!

— Entendo… — disse com um tom meio cansado, Zethnniyr era um pouco difícil de lidar mesmo. — Você não viu a notícia? Cinco monstros foram mortos de maneira desconhecida. Você sabe o que pode ter sido?

— Lamento, mas eu não sei quem foi. — Zeth colocou as mãos no bolso e encarou Kintarou com uma expressão indiferente no rosto. — Eu senti um leve rastro de energia mágica essa manhã, mas estava longe do meu alcance. Infelizmente, eu não estou nos meus 100%, se eu estivesse, teria rastreado na mesma hora.

— Então nenhuma pista. Isso deixa as coisas difíceis.

— Não importa para mim. Provavelmente foi algum monstro que entrou em conflito com outros, isso acontecia com frequência no meu mundo — disse, ainda com tom e expressão indiferente. — Isso me poupa trabalho, então é melhor eles se matarem mesmo.

— Você é tão egoísta assim?! E não se importa de falar isso sem contexto nenhum perto de outras pessoas?!

— Kwahahaha, ótima reação!

Zethnniyr deu uma gargalhada gostosa, deixando Kintarou confuso com a situação. O demônio começou a andar novamente, logo sendo acompanhado pelo Taniguchi. 

— Vamos logo, eu estou com fome. Além disso, não queremos deixar a Mio esperando.

— Tem razão. Ela não gosta de ficar sozinha por muito tempo.

E assim, ambos seguiram o caminho até o apartamento de Mio. Durante a caminhada, eles conversaram bastante, surpreendendo tanto Zeth quanto o próprio Kintarou. “Ele pode ser um pouco estranho, mas sinto que não é uma má pessoa. Talvez agora eu entenda o que Mio quis dizer naquela vez, mesmo que ela tenha dito de forma precipitada…”, pensou Kintarou em um misto de emoções.

A ida para casa foi tranquila e até mesmo divertida para Taniguchi. O jovem adulto se sentiu mais relaxado na presença do maou e, inconscientemente, sorriu diversas vezes nesses momentos com Zeth, deixando boa parte de sua preocupação para trás.

 



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