Sessão 6
Capítulo 138 — O Comportamento Incomum da Presidente
 — Perspectiva da Presidente Tachibana —
Acordei.
Não, nem sei quando adormeci. Fiquei acordada até o nascer do sol. Provavelmente dormi só uma ou duas horas.
Minha cabeça lateja de dor. Tento andar, mas meu corpo está pesado demais. Também sinto enjoo. Não devo estar com febre...
“Por quê?”
Eu sei o motivo. É essa sensação desesperadora de fracasso.
Não importa quantas vezes eu escreva, meu trabalho acaba sendo uma cópia dos romances do Eiji-kun.
“Como isso pôde acontecer? Eu não consigo mais escrever...”
Todo esse tempo, eu gostei de escrever romances. Tinha orgulho de ser admirada por todos, mas agora estou tomada por um medo sem fim.
No fundo, tenho medo de ter reconhecido o talento do Eiji-kun. Odeio a mim mesma por pensar que a história dele é uma obra-prima. Invejo o talento dele.
As obras-primas dos outros são veneno pra mim.
Sinto inveja e frustração. Acabo comparando o trabalho dele com o meu e perco toda a confiança.
E, além disso, é a obra de um garoto mais novo do que eu...
Nããão! Isso é assustador demais. Tenho medo de admitir que não tenho talento.
“Eu não quero ir pra escola.”
Esse era o final que eu esperava pro Eiji-kun.
Que o talento dele apodrecesse, que fosse traído pelas pessoas ao seu redor, que ficasse com medo de tudo e desperdiçasse a vida se isolando em seu próprio mundinho no canto do quarto.
Mas...
Não, se eu continuar assim, toda a minha malícia vai se voltar contra mim.
“Eu preciso me levantar.”
De algum modo, consegui me erguer. Saí da cama, andei um pouco, mas logo me desabei, vencida pelo peso do corpo.
“Ah, não!!!”
Como se meu corpo e minha mente estivessem separados, as lágrimas começaram a cair.
Percebo o quanto meu ódio pelo Eiji-kun era pesado. Como pude ser tão cruel com ele?
Antes que eu percebesse, ele já havia subido tão alto, tão rápido, sem se importar com a minha malícia. Tudo o que posso fazer agora é assistir. Por causa da bondade que tem por natureza, ele fica cada vez mais feliz, cercado por pessoas que o ajudam. Já eu...
Não! Ainda há esperança pra mim. Tenho certeza de que consegui encobrir o caso do Kondo-kun.
Eu não posso perder tudo.
Minha mãe abriu a porta. Deve ter ficado preocupada por eu não ter acordado, então veio me ver. Quando me viu caída no chão, correu até mim.
“Você está bem?”
“Estou sim. Só estou um pouco resfriada hoje. Posso faltar à escola?”
Disse isso, e ela assentiu. Logo em seguida, disse que faria um pouco de mingau pra mim.
Ofegante, voltei pra cama.
Um arrepio horrível percorreu minha espinha ao pensar que talvez eu nunca mais conseguisse voltar pra escola.
Seria por causa da minha saúde debilitada... ou do meu desespero? Eu não queria pensar nisso.
“Por que eu fui me meter nisso?...”
Lágrimas caíram sobre meu travesseiro…
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