Sessão 5
Capítulo 125 — O Vereador Kondo Sob Interrogatório
— Perspectiva do Conselheiro Kondo —
A mesa foi golpeada com força, produzindo um estrondo. Como um interrogatório desses podia continuar? Eu sou um vereador eleito pelo povo! E ele? Nem eleito é, apenas um funcionário público…
“Ouça, Kondo-san. Há várias transações financeiras irregulares em seu nome. Só diga se admite os fatos ou não!”
O policial pressionava com firmeza.
“Permanecerei em silêncio. Quero um advogado.”
Ignorei todas as perguntas.
Por enquanto, o melhor é manter essa postura e tentar encontrar uma forma de reverter a situação. É a única saída. Não há luz à vista. Mas não me resta alternativa a não ser resistir.
“Ei, há tantas provas… ainda acha que pode escapar? Você é um conselheiro. Não tem responsabilidade com os cidadãos?”
“Permaneço em silêncio.”
Ao ouvir isso, o policial soltou um suspiro pesado.
“E quanto às ameaças contra o professor e a família da vítima no caso de bullying do seu filho? Temos o áudio também, então dessa você não escapa. Deveria apenas admitir.”
Por dentro, eu suava frio, suportando a humilhação com todas as forças.
Se eu admitisse tudo, minha empresa estaria acabada. E também perderia o cargo de conselheiro.
“…”
Continuei calado, fitando o policial.
“Haah… Acha que ficar em silêncio vai mudar o resultado? Bem, é um direito seu, então não posso fazer nada. Mas sabe de uma coisa? Ninguém vai te ajudar agora. Talvez ache que pode pressionar políticos para encerrar a investigação, mas isso é impossível. Esse tipo de pressão descarada só existe na TV e nos romances. Recebemos ordens diretas de cima para investigar tudo a fundo, pois é um grande caso. Logo descobriremos o fluxo de dinheiro ilegal que você movimentou.”
O policial à minha frente foi bloqueando friamente todas as rotas de fuga, uma a uma.
Não faça isso. Não me obrigue a encarar a realidade.
De repente, meus olhos cederam, e lágrimas grossas caíram sobre a mesa.
O policial se surpreendeu por um instante e suspirou.
“Eu trabalhei tanto pelos cidadãos… por tanto tempo.”
Mas nem mesmo as lágrimas significavam algo para o experiente policial diante de mim.
“Trabalhar duro? Para criar um caixa dois com o dinheiro dos cidadãos? Para falsificar documentos? Além disso, as famílias dos alunos que você ameaçou também são cidadãos. Assim como os professores. O que o senhor fez foi apenas por sua própria carreira e autopreservação.”
“O que diabos… seu mero funcionário público…”
Descontrolado, acabei levantando a voz. Mas ele apenas riu e respondeu:
“Ah, é? Pode até ter um status alto como vereador ou presidente de empresa, mas e daí? Está aqui porque fez algo que não devia. Só não percebeu isso ainda. Você não é mais especial.”
As palavras frias caíam sobre mim uma após a outra, como chuva gelada.
“O que vai acontecer comigo agora?”
Perguntei, já sem forças.
“Isso cabe ao tribunal decidir. Mas… é um caso bem grave. Provavelmente vai parar na prisão.”
Prisão? …
Aquelas palavras cortaram fundo. Eu… um criminoso? Preso? Minha empresa falida? E sendo motivo de chacota na internet? Não, não, não, não! Se eu subornar alguém… Eu preciso resistir, de qualquer jeito.
“Ah, é. Fiquei sabendo que, de acordo com as leis municipais, se um vereador for preso, sua remuneração é suspensa. Só pra você saber.”
Toda esperança desmoronou com aquelas palavras, como se ele tivesse lido minha mente.
A tática dele era clara: falar sobre prisão, semeando incerteza sobre o futuro até me derrubar completamente. Eu sabia que era uma estratégia — mas o desespero crescia dentro de mim, incontrolável.
“Me tirem daqui. Me tirem daqui…”
A noite do desespero trouxe uma escuridão tão profunda quanto o mar.
Um desespero sem fim à vista.
Toda a minha vida estava agora coberta pelas sombras.
— Perspectiva de Eiji —
Logo cheguei ao apartamento da Ichijou-san. Tentei andar o mais devagar possível…
Eu queria poder ficar um pouco mais com ela.
O egoísmo no meu coração parecia chegar até ela.
“Ei, Senpai. Vou preparar uma xícara de chá pra te agradecer por me acompanhar até em casa. Que tal conversarmos mais um pouco?... No meu quarto…”
— Almeranto: Que momento para acabar essa sessão... mas por que não brincar com a ansiedade de vocês? Hehe. Vejo vocês na sessão 6! Abraços!
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