O Anjo da Porta ao Lado Me Mima Demais Japonesa

Tradução: DelValle

Revisão: Mon, Kurayami


Volume 11

Capítulo 4: Jovens Preocupados com seus Presentes de Retorno

   Agora que o Dia dos Namorados havia passado, o próximo desafio no horizonte eram as provas de fim de ano, no final do mês.

   O clima descontraído de poucos dias antes dera lugar a uma atmosfera mais sufocante, enquanto os alunos se preparavam para o ápice de seus esforços de um ano inteiro.

   O relacionamento de Amane com Konishi permanecia inalterado. Ele se esforçava conscientemente para tratá-la como sempre, e, quer ela notasse ou não, ela agia como se nada tivesse acontecido. Graças a isso, ninguém ao redor parecia suspeitar de nada.

   A maneira como ela o olhava também havia mudado. Não havia mais nenhum traço de dor em seus olhos — apenas calma. Pelo menos para Amane, parecia que ela estava lentamente seguindo em frente. E ele também. Aos poucos, ele estava aprendendo a analisar a culpa, deixando-a se acomodar suavemente no passado, onde pertencia.

 

 

✧ ₊ ✦ ₊ ✧

 

 

“Fujimiya, tem um segundo?”

“Hm?”

   Como Amane estava de folga do trabalho por causa das provas, ele havia planejado passar na livraria depois da aula para comprar alguns livros de referência e alguns cadernos extras. Por isso, ele e Mahiru seguiram caminhos separados naquela tarde.

   Mas, quando ele estava prestes a sair da sala de aula, um colega de repente o chamou.

   Era o tipo de coisa que o antigo Amane jamais esperaria. Mas, desde que começara a namorar Mahiru, passara a conversar cada vez mais com os colegas.

   Ainda assim, ele não era especialmente próximo desse em particular. Eles trocavam algumas palavras de vez em quando quando o momento exigia, mas nenhum deles jamais se esforçava para ir além disso. Esse era o limite do relacionamento deles.

   Então, se o cara estava se esforçando para falar com ele agora, devia ter um motivo.

     Ele precisa de alguma coisa?

   Amane se sentiu um pouco confuso, mas o que realmente chamou sua atenção foi o olhar desesperado nos olhos do colega. Era como se estivesse se agarrando a ele em busca de ajuda.

“Tachikawa, precisa de alguma coisa?”

“Bem, uh... você poderia me deixar copiar suas anotações da aula da semana passada?”

   De todas as coisas que Amane poderia esperar, o pedido acabou sendo perfeitamente comum.

   Ele sempre mantinha suas anotações limpas e bem organizadas — não apenas para seu próprio uso, mas de uma forma que fosse fácil para outros lerem caso precisassem pegá-las emprestadas. Portanto, não havia motivo real para recusar.

[Moon: Por mais Amanes no mundo! Minha anotações são todas emboladas, é triste até para mim. | Kura: Concordo com a Moon! Mas, por que ele chamou o Amane?]

   Ainda assim, Amane sempre considerou Tachikawa um aluno relativamente aplicado, então foi uma surpresa que ele mesmo não tivesse feito anotações.

   Percebendo a pergunta silenciosa nos olhos de Amane, Tachikawa deu um sorriso tímido.

“É só aquela aula. Eu estava gripado, lembra? Perguntei para algumas outras pessoas, mas nenhuma delas tinha anotações decentes.”

[Kura: Letras kakakaka.]

“Ah, certo. Você estava ausente naquele dia,” disse Amane, assentindo. “Eu não me importo, mas... por que pedir para mim?”

“Bem, você é o mais fácil de se perguntar entre as pessoas aqui agora, e eu imaginei que você realmente toma notas direito. Além disso, você é bem inteligente.”

   Olhando ao redor, Amane notou que a sala de aula estava praticamente vazia — apenas ele, Itsuki, algumas garotas e o grupo habitual de Tachikawa. Mahiru estava estudando individualmente com Chitose, e por isso eles seguiram caminhos separados depois da aula.

   Dadas as circunstâncias, fazia sentido que Tachikawa recorresse a outro rapaz em vez de abordar uma das garotas. Ele não era o tipo de pessoa que puxava conversa casualmente com elas, então suas opções eram essencialmente Amane ou Itsuki.

   O fator decisivo provavelmente eram os estudos. Se fosse apenas uma questão de ser acessível, Itsuki teria sido a escolha óbvia. Mas quando se tratava de anotações confiáveis ​​e dignas de prova, Amane era a aposta mais segura. Ele conseguia entender por que Tachikawa o procurara.

“Agradeço o elogio, mas tem certeza de que quer minhas anotações?”

“Você é a melhor opção, Fujimiya. Você está sempre ajudando a Shirakawa, e imaginei que você realmente anotasse as coisas que cairiam na prova. Mesmo se a Shiina-san estivesse aqui, eu não perguntaria a ela... seria estranho, sabe? E eu também não gostaria de te colocar em uma situação constrangedora...”

   Amane não era do tipo que ficava com ciúmes por algo assim. Se Mahiru concordava, ele também concordava. Mas, como ela não estava por perto, não havia necessidade de trazê-la para a conversa. Se Tachikawa realmente preferisse suas anotações, Amane não tinha motivo para recusar.

“Eu te compenso, então, por favor!”

“Você não precisa fazer nada em troca... mas vá em frente.”

   O desespero de Tachikawa era compreensível, considerando as provas que se aproximavam e o pouco tempo restante para se preparar.

   Não querendo fazê-lo esperar, Amane tirou a pasta da bolsa e a entregou como estava.

   O rosto de Tachikawa imediatamente se iluminou de alívio. “Te devo uma! Vou fazer uma cópia agora mesmo!”

“Aproveite.”

   Sem perder tempo, Tachikawa agarrou a pasta e saiu correndo da sala de aula a toda velocidade.

   Amane não conseguiu conter o riso diante do entusiasmo dele.

   Nesse momento, Itsuki — agora com as malas prontas para ir — aproximou-se casualmente.

“O que houve?”

“Tachikawa pediu para copiar minhas anotações, então eu as emprestei a ele. Ele provavelmente está indo à secretaria; voltará em breve.”

“Ah, faz sentido. Eu entendo por que ele escolheu você. Você é surpreendentemente meticuloso com coisas assim.”

“Você faz parecer que sou desleixado com todo o resto.”

“Bem, seu quarto era uma zona de guerra antes de você ficar próximo da Shiina-san.”

“...Isso é outra história.”

“Claro, claro.”

   Agora, era algo que ele não podia e nem queria imaginar, mas quando conheceu Mahiru, o apartamento de Amane era uma bagunça completa. Ele tinha o bom senso de jogar fora restos de comida, então não estava imundo a ponto de atrair insetos. Mas... a bagunça era tão grande que era preciso ter cuidado para passar por ela.

[Moon: “Isso é lamentável demais para ser visto.” O anjo, salvador de Amane, lhe deu uma avaliação franca de suas condições de vida. e “Mas antes de aprender a cozinhar, você deve limpar seu quarto, Fujimiya.” - Volume 1, Capítulo 2 (sim eu dei uma de Del agora). | Del: Tenho orgulho de você Mon. | Kura: Ela aprendeu certinho com você Del :)]

   Na verdade, Itsuki provavelmente tinha visto toda a extensão do desastre mais do que Mahiru. Se ele estava falando sobre a bagunça, não havia nada que Amane pudesse dizer em sua defesa. Ele costumava esconder as coisas sem muita convicção sempre que Itsuki aparecia, mas mesmo esse esforço não tinha ajudado muito a esconder o caos. O fato de Itsuki ainda chamar aquilo de “zona de guerra”, apesar disso, deixava Amane sem margem para argumentar.

     ...Mas eu mantenho tudo limpo e organizado agora.

   Desde que Mahiru o havia ensinado a ser organizado, a casa de Amane se manteve organizada. Ele tinha o hábito de limpar a bagunça depois de fazê-la, e Mahiru não precisava mais lembrá-lo do básico.

[Kura: Também, depois de ouvir muito, ele aprendeu kk.]

“Bem, suas anotações são bem organizadas, e você resume as coisas de forma eficiente, sem enrolação. As pessoas sabem que são fáceis de ler.”

“Agradeço o elogio, mas... por que as pessoas sabem disso?”

“Eles viram você mostrando suas anotações para a Chi várias vezes. E a Shiina-san também as elogia, né? Então as pessoas meio que presumem que elas são boas.”

“...Acho que está tudo bem. Falando na Chitose, como estão os estudos dela? As provas de fim de ano estão chegando rápido. O escopo é enorme — cobre o ano inteiro.”

“Ela está agonizando sem parar sobre isso.”

“É, imaginei.”

   Depois do incidente com a fuga de Itsuki no Ano Novo, tanto ele quanto Chitose passaram por uma pequena mudança de mentalidade. Ultimamente, eles estavam levando os estudos mais a sério. Ainda assim, a compreensão do material anterior não era exatamente forte. Fazia sentido — tentar aprender corretamente coisas que eles praticamente ignoraram até agora não era uma tarefa fácil. Com tanto terreno para cobrir, não seria simples.

   Se decidir estudar fosse tudo o que precisava para se lembrar magicamente de tudo, ninguém jamais teria dificuldades. Dito isso, Itsuki sempre foi bom em calcular o mínimo de esforço necessário para sobreviver, então não estava passando por momentos tão difíceis quanto Chitose.

“Bem, hoje ela está tendo uma sessão de estudo individual intensa com a Shiina-san.”

“É, ela mencionou isso. Por isso que vamos para casa separadamente hoje... A Mahiru é ainda mais rigorosa quando não há mais ninguém por perto, então espero que isso ajude a Chitose a se concentrar.”

“Hmm, tenho a sensação de que vou receber algumas mensagens choronas em breve.”

   Chitose não era do tipo que tentava escapar, mas definitivamente não se importava em reclamar. Normalmente, ela recorreria a Mahiru em busca de compaixão — mas, sendo Mahiru quem a estava torturando dessa vez, seu namorado provavelmente seria a melhor opção.

[Kura: Chega o momento em que o Amane vai devolver o mal…]

“Você não tem trabalho hoje, né, Amane?”

“Eu não estaria aqui se tivesse. Ia passar na livraria no caminho para casa.”

   Nos dias em que não estava trabalhando, Amane geralmente ia para casa com Mahiru, para estudar ou cuidar de tarefas pendentes. Mas isso não significava que estivessem sempre grudados. Ambos tinham seus próprios amigos e tarefas pessoais, e faziam questão de não restringir o tempo um do outro.

   Como Mahiru estava ocupada com Chitose hoje, Amane imaginou que seria a oportunidade perfeita para resolver algumas coisas que ele queria resolver.

“Então deixe-me ir junto. Preciso pegar alguns livros para o material do ano que vem de qualquer maneira.”

“Claro, por que não... Vejo que você está falando sério agora, né?”

“Acho que sim. Não posso ficar fugindo disso para sempre. Já me decidi.”

“Que bom ouvir isso.”

   Desde o Ano Novo, a determinação de Itsuki era algo admirável. Seu foco renovado nos estudos até começou a inspirar seus colegas de classe e, em parte, graças a isso, sua turma já diligente ganhou uma reputação ainda melhor entre os professores. Era a prova de que a vida pode dar voltas surpreendentes de maneiras inesperadas.

“Yo, Fujimiya! Você me salvou!”

   Antes que percebessem, Tachikawa havia retornado, tendo terminado de copiar as anotações na velocidade da luz. Com um sorriso radiante, ele devolveu o fichário para Amane.

“E, uh... desculpe!”

“...Por que você está se desculpando?”

“Bem, acabei copiando mais páginas do que eu disse que faria... então, uh, foi mal.”

“Ah, só isso? Não se preocupe.”

   Como Tachikawa pagou pelas cópias pessoalmente, não era como se Amane tivesse perdido alguma coisa. Uma rápida olhada na pasta mostrou que tudo estava intacto — sem danos, sem páginas faltando.

   Na verdade, Amane achou sua honestidade meio cativante. Ele poderia facilmente ter ficado quieto e Amane não teria percebido, mas, em vez disso, se esforçou para admitir e se desculpar. Isso dizia muito sobre seu caráter.

“Sério, muito obrigado. Com certeza vou pagar essa dívida...!”

“Não, não se preocupe. Não é como se eu tivesse me esforçado nem nada.”

“Ainda assim, sinto que deveria...”

“Está tudo bem, sério. Ah, a propósito, as coisas que escrevi em vermelho nas margens são o que o professor disse que cairia na prova. Você deveria se concentrar nelas na revisão. Aparentemente, elas também apareceram nas provas dos últimos dois anos.”

“Salva-vidas!”

“Espere, deixe-me ver também!” Itsuki perguntou.

“Você já presta atenção na aula.”

“Quero comparar com minhas próprias anotações!”

“...Tudo bem, tudo bem. Aqui.”

“Por que você é tão rigoroso comigo, mas tão gentil com o Tachikawa!? Isso é injusto!”

“Eu não vou recusar alguém que faltou à aula por um motivo legítimo e pediu educadamente.”

   Naturalmente, havia uma diferença entre alguém que faltou à aula por motivos inevitáveis ​​e alguém que perguntou apenas por curiosidade.

   Itsuki fingiu chorar dramaticamente, enquanto Tachikawa caiu na gargalhada da cena. Observando os dois se divertindo, Amane não pôde deixar de sorrir também.

 

 

✧ ₊ ✦ ₊ ✧

 

 

“…As pessoas se movem rápido, né? O Dia dos Namorados acabou de acabar e agora já têm coisas do White Day.”

   Depois de se despedir de Tachikawa, Amane foi ao shopping com Itsuki, onde ficava a livraria. Desde sua última visita, a decoração havia mudado completamente. Embora o clima geral permanecesse o mesmo, as placas promocionais haviam sido todas trocadas para o White Day.

   O espaço para eventos ainda estava com suas vitrines montadas, mas as opções focadas em chocolates haviam sido substituídas por uma variedade maior de doces. Comparada à transformação dramática do Natal para o Ano Novo, essa mudança pareceu mais uma remodelação casual do que uma reformulação completa das marcas.

   Depois de escolher e comprar seus livros, Amane e Itsuki passearam um pouco pelo shopping. Muitas das lojas de alimentos já haviam começado a anunciar o White Day.

“Eles poderiam ter reconhecido o Hinamatsuri, pelo menos...”

[Kura: Hinamatsuri é o Festival das Meninas, onde cada família monta um altar de bonecas.]

“Hoje em dia, o capitalismo tem prioridade sobre os eventos tradicionais.”

“As empresas lucram mais quando há dinheiro circulando. Acho que deveríamos ser gratos de certa forma — podemos desfrutar de boa comida por causa disso.”

“...Diz um cara que ganhou chocolates.”

“Ei, algumas pessoas compram para si mesmas, sabe...”

[Del: O Festival de Dia Das Meninas (雛祭り, Hinamatsuri), ou “Dia das Meninas” é uma festa típica japonesa, que ocorre no dia 3 de março - terceiro dia do terceiro mês. Plataformas com panos (緋毛氈, hi-mōsen) vermelhos em degraus são dispostas para expor bonecas (雛人形, hina-ningyō), que representam o Imperador, a Imperatriz, serviçais, músicos com as vestimentas tradicionais do período Heian. - Wikipedia. | Moon: É… A Delciclopédia está em outro nível mesmo… ⁠(⁠;⁠ꏿ⁠_⁠ꏿ⁠;⁠) | Kura: Rapaz, nem tinha visto a sua super explicação… Mas vou deixar a minha simples lá em cima, me recuso a tirar kakakakaka.]

   Ser provocado por isso deixou Amane em uma situação constrangedora. Hoje em dia, o Dia dos Namorados não era só sobre romance — havia evoluído para um festival de chocolate completo, com marcas de luxo montando estandes em espaços para eventos.

   Mais e mais pessoas esperavam ansiosamente por ele a cada ano.

   A maioria sabia que era tudo parte de uma estratégia de marketing, mas isso não os impedia de aproveitar. Amane também não tinha motivos para reclamar, especialmente porque ele próprio havia se beneficiado da tendência. Aliás, as promoções do White Day do ano passado o ajudaram muito. Só isso já era motivo suficiente para ficar quieto.

White Day, hein...”

   Era o dia em que os rapazes retribuíam o favor — para demonstrar apreço pelos presentes recebidos no Dia dos Namorados.

“Este é o inferno na terra para o Yuuta.”

“Aposto que faz um rombo no bolso dele.”

“Ah, com certeza. Mas você tem que admitir. Ele ainda faz questão de devolver todos os presentes.”

[Moon: ELE FAZ?! | Del: Também fiquei surpreso, é o cara. | Kura: Sério que ele devolve tudo? São muitos.]

   Muitos colegas invejavam a popularidade de Yuuta, mas Amane não conseguia entender o apelo.

   Claro, visto de fora, ser popular podia parecer um sonho. Mas, na realidade, não passava de problemas. Cedo ou tarde, haveria ciúmes, drama ou mal-entendidos. E se ele lidasse mal com a situação, as consequências recairiam sobre ele. Um único passo em falso poderia levá-lo ao ostracismo.

   Depois de ouvir as histórias de Yuuta em primeira mão, Amane se convenceu de que aquela não era uma situação na qual ele queria estar.

   Com a enorme quantidade de chocolates que Yuuta havia recebido, até mesmo carregá-los para casa já era um desafio — quanto mais comê-los. Amane testemunhou o caos em primeira mão, e até Itsuki se ofereceu para ajudar.

[Kura: Você deve doar Yuuta. Ou vender mesmo, e comprar um presente para todas… Se bem que são sentimentos.]

   E isso foi só o começo. Yuuta ainda tinha que comer todos. Conhecendo sua personalidade, jogar fora qualquer um não era uma opção. Se quisesse comê-los, precisaria controlar sua ingestão calórica e nutricional com precisão cuidadosa. Além disso, precisava se lembrar de quem lhe deu o quê é preparar um presente de retribuição adequado para cada pessoa.

   Considerando tudo isso, Amane podia dizer com absoluta confiança que nunca quis estar no lugar de Yuuta.

“Ele está super dedicado a devolver todos os presentes. É realmente espantoso.” disse Amane, genuinamente impressionado.

“Ele é assim desde o ensino fundamental,” respondeu Itsuki. “Quando se trata de coisas assim, ele nunca economiza.”

“...Pensando bem, e as regras da escola? Tentavam impedir?”

“Eles faziam vista grossa para o Dia dos Namorados e o White Day,” disse Itsuki. “A pressão dos alunos era surreal. Ouvi dizer que tentaram reprimir uma vez, mas causou um grande alvoroço. O tiro saiu pela culatra.”

“É o que acontece quando as pessoas se unem.”

“O poder feminino não é brincadeira. E você, Amane? Tem algum plano para o White Day?”

“Isso... essa é a questão. Escolher um presente para o White Day é difícil. É basicamente um teste de gosto e de atenção.”

   E Amane não era exceção. Ao contrário de Yuuta, a maioria dos chocolates que ele recebeu foi claramente por cortesia, o que tornou as devoluções relativamente fáceis.

   Mas o verdadeiro desafio era Mahiru.

   No ano passado, depois de uma longa conversa com uma balconista, ele escolheu uma pulseira e um conjunto de três cupons “Faço tudo o que você disser”. Mas as coisas eram diferentes naquela época — eles ainda não tinham começado a namorar e ele nem sequer havia se conformado totalmente com seus sentimentos por ela.

[Del: Ih rapaiz, isso me lembra que ainda tem 1 cupom sobrando hein. | Kura: A pedra de amolar moço, esse será seu trunfo. | Moon: Prevejo o Amane sofrendo, coitado…]

   Este ano era diferente. Desta vez, o presente era para a namorada. Ele tinha algumas ideias, claro, mas decidir qual seria a certa estava se mostrando muito mais difícil do que o esperado.

“Bem, tem o da Shiina-san, sim,” disse Itsuki, “mas você tem muito mais presentes para devolver este ano.”

“Todos, exceto o da Mahiru, é mais ou menos chocolate por obrigação.”

Mais ou menos por obrigação, é?”

“...Sem comentários.”

“Bem, não vou me intrometer na sua vida amorosa. Você só vai ficar bravo comigo se eu fizer isso.”

   Itsuki tinha um olfato aguçado para as coisas sobre as quais Amane realmente não queria falar e para saber quando recuar. Isso era algo que Amane realmente apreciava nele. Claro, isso também significava que, quando o assunto não era delicado, Itsuki não tinha problema em se intrometer com o entusiasmo de alguém sapateando e se intrometendo na vida alheia.

“Se você sabe disso, então talvez tente aplicar essa lógica o tempo todo.”

“Nyah ha ha.”

“Não pense que pode rir disso.”

“Oh, não, de qualquer forma—”

“Ei, não foge de assunto!”

   Por respeito aos sentimentos de Konishi, Amane não contou a Itsuki sobre sua confissão. Mas, conhecendo-o, o mais assustador era que ele provavelmente tinha uma boa ideia de qualquer maneira.

“Bem, acho que a aposta mais segura é ir com alguns doces bem embalados e um pouco extravagantes. Imagino que você tenha recebido principalmente chocolates de obrigação, então algo comestível é a melhor opção. Ganhei alguns das meninas da nossa turma também, então vou retribuir o favor com algo que não grude.”

“Sim, algo consumível com uma validade decente é provavelmente o caminho mais seguro. Na pior das hipóteses, elas podem simplesmente jogar fora se precisarem... Aliás, tem algo que a Chitose queira especificamente? Para o bem ou para o mal, ela se esforçou ao máximo, então quero ter certeza de retribuir o favor adequadamente.”

“Sim, ela definitivamente se esforçou muito. Só que não dá forma normal...”

“Por que ela só se esforça para me irritar...?”

   Amane honestamente queria dizer que ela se esforçava nos lugares errados, mas sabia que a Chitose tinha seus motivos. Considerando o fiasco do ano passado, qualquer coisa fora de supostas escolhas de “prêmio” dela provavelmente tinha um gosto genuinamente bom, o que poderia ser o motivo pelo qual Mahiru a aprovou.

   Esse tipo de travessura exigia mais reflexão e preparação do que um chocolate caseiro comum. Então, no mínimo, Amane pretendia retribuir o favor com algo que reconhecesse o esforço que ela havia feito.

“Uhh, acho que é uma mistura de achar suas reações hilárias, aliviar o estresse dos estudos e... seu hobby pessoal. A Chi realmente gosta de comer essas coisas.”

“Quer dizer, eu sei que a maioria é boa. A maioria. É que ela sempre coloca uns pedaços impostores que lançam um ataque de grande escala às minhas papilas gustativas. Mas é... eu como todos.”

“Bem, pelo menos a Shiina-san vai ajudar a limpar seu paladar depois.”

“Cala-se. Então, tem alguma coisa que a Chitose realmente queira?”

“Motivação para estudar?”

“Ela pode encontrar isso sozinha.”

   Mesmo que Chitose estivesse estudando diligentemente desde o início do ano, era natural que sua motivação vacilasse de vez em quando. Mas o fato de ela ter continuado insistindo apesar disso era, sem dúvida, algo admirável.

“Se ela não quiser nada específico, eu vou só com um conjunto de assados ​​da confeitaria favorita dela. Ela vai precisar do açúcar para estudar de qualquer jeito.”

“Se a Chi ouvisse isso, provavelmente começaria a chorar.”

“Porque ela não quer pensar em estudar, né?”

“Ha ha ha. É. Pelo menos ela está se esforçando ao máximo.”

“Eu sei... dá para ver que ela está se esforçando bastante. Você também, por sinal.”

“Bem, praticamente todo mundo está se esforçando nessa época do ano.”

“Mesmo assim, você está se esforçando, e isso é motivo de orgulho.”

   Uma vez que Itsuki se comprometia com algo, ele sempre cumpria. Não importava o que sentisse em relação ao pai, ele estava determinado a provar seu valor — a chegar a um ponto em que pudessem falar em pé de igualdade. Ao vê-lo trabalhar tão duro, Amane não pôde deixar de sentir sua própria determinação se fortalecer.

“Nossa, por que esse elogio repentino? Você está me fazendo corar.” Itsuki deu um sorriso irônico e, em seguida, mudou suavemente de assunto. “Então, e a Shiina-san? Qual é o seu plano para o presente dela no White Day?”

“Ah... é, sobre isso.” Amane soltou um suspiro suave. “Você provavelmente já percebeu pelos aniversários e pelo Natal, mas a Mahiru nunca diz o que quer.”

“Ela não parece ser do tipo que quer muito,” concordou Itsuki.

   E ele estava certo. Não era que Mahiru não tivesse nenhum desejo — ela simplesmente não se sentia particularmente atraída por coisas materiais.

[Kura: Pedra, pedra, pedra. | Moon: akakakakakaa eu me acabo com os comentários do Kura.]

   Para Mahiru, as coisas que ela queria e as coisas que ela precisava eram completamente distintas. Se algo fosse necessário, ela compraria sem hesitar. Mas quando se tratava de coisas que ela poderia querer, mas não precisava, seus desejos materiais eram tão tênues que até ela tinha dificuldade em identificar o que realmente queria.

   O que, para o namorado, tornava a escolha de um presente muito mais complicada do que o normal.

“Mahiru encontra mais alegria em saber que pensei no que poderia fazê-la feliz do que no presente em si. Quer dizer, ela ainda aprecia o presente, mas... o tempo e o esforço investidos na escolha são o que mais importa para ela.”

“Entendo o que você quer dizer. Mas, honestamente, não é exatamente assim que você fica quando ela te dá algo? Você também não é exatamente materialista.”

“...Cala a boca.”

“Como duas ervilhas em uma vagem.”

[Del: Que expressão fofa.]

   Amane dava mais valor a coisas como boa comida, uma casa limpa e momentos de paz e silêncio do que a bens materiais. Ele queria preservar o conforto cotidiano que aprendera a valorizar.

   Mahiru provavelmente sentia o mesmo, então Amane não podia negar exatamente a observação de Itsuki. Ainda assim, ouvir aquilo dito em um tom tão presunçoso fez sua testa se contrair, e ele lançou a Itsuki um olhar penetrante.

   Como esperado, não teve efeito algum.

   Com um suspiro exagerado, Amane deu-lhe uma leve cotovelada.

“E então? Alguma ideia?” perguntou Itsuki.

“Bem... não tanto uma ideia, mas algo que eu sei que a deixaria feliz.”

“Entendo, entendo. Vamos lá...”

“Acho que ela adoraria se eu a convidasse para o café onde trabalho.”

   A única coisa que lhe veio à mente imediatamente foi mostrar a Mahiru seu emprego de meio período.

   Ela estava se segurando porque Amane vinha falando “ainda não,” mas era óbvio que estava ansiosa para ir. Ela queria tanto ver que até pediu que ele lhe mostrasse uma foto sua em seu uniforme de trabalho.

   ‘É realmente tão interessante?’ ele se perguntou a princípio. Mas então pensou que se se as posições deles fossem invertidas e Mahiru fosse quem estivesse trabalhando em algum lugar, ele não gostaria de vê-la em ação?

   Então, embora sua empolgação parecesse um pouco exagerada, ele não conseguia ignorá-la.

     Ela ainda está ansiosa demais por isso...

   Mahiru sempre demonstrava suas emoções e afeição tão abertamente que Amane não conseguia deixar de se sentir um pouco pressionado. Será que ele realmente corresponderia às expectativas dela no trabalho?

   Essa incerteza era parte do motivo pelo qual ele havia pedido que ela esperasse até se sentir mais confiante. Mas, a essa altura, ela já estava esperando há tanto tempo que provavelmente estava começando a se sentir decepcionada. Talvez finalmente tivesse chegado a hora.

“Sinceramente, estou mais surpreso que você tenha demorado tanto,” disse Itsuki, erguendo uma sobrancelha.

“E-eu estava ocupado! E eu ainda não estava acostumado com o trabalho!” defendeu-se Amane. “...Além disso, é simplesmente constrangedor. Quer dizer, me ver de uniforme ou me ver lidando com clientes não é ainda mais constrangedor do que ela ver meu rosto adormecido ou fazendo uma cara estranha?”

“Então ela vê o seu rosto adormecido o tempo todo?”

“Ah, silêncio.”

“Você não está negando, né?”

“…Passar a noite não é grande coisa. Pelo menos não do jeito que você está imaginando.”

   Conforme o sorriso de Itsuki se tornava ainda mais irritante, Amane cutucou-o com o cotovelo novamente, abaixando a voz em advertência. Eles passavam a noite juntos de vez em quando — mas algo parecido com o que Itsuki insinuava jamais acontecera. Ele e Mahiru tinham um entendimento em comum. Mais do que isso, tinham feito uma promessa. Se Itsuki realmente acreditava nele ou não era outra questão.

     Esse cara provavelmente me vê como um fracote covarde que ama a Mahiru demais para se aproximar…

[Kura: Olha… Você só é do seu jeito.]

   Mas não era isso. Nem perto disso.

   Se ele fosse realmente covarde, nem teria tocado em Mahiru. Não teria se tornado tão íntimo dela quanto poderia, mantendo-se dentro dos limites da promessa. Ainda assim, não havia como ele dizer isso a Itsuki. Em vez disso, Amane apenas lhe lançou um olhar frio e impassível.

“É, é, entendi já. Você é tão tímido,” provocou Itsuki. “Então, isso significa que você finalmente está confortável o suficiente para deixá-la te ver trabalhar?”

“Bem, já faz quatro meses. Não estou perfeito, mas melhorei o suficiente para não me importar de ser observado... E, bem, a Mahiru provavelmente já está cansada de esperar.”

“Claro. Se for sobre você, a Shiina-san sempre morde. Você é um homem amado.”

“Eu sei. E sou grato por isso.”

   Se alguém entendia o quão profundamente Mahiru o amava, era o próprio Amane. Não era apenas em suas palavras — era na maneira como ela o olhava, em seus gestos silenciosos, em cada pequeno detalhe de como o tratava. Seu carinho por ele transparecia em tudo o que ela fazia.

   E porque o amava, sempre respeitava seu ritmo. Nunca pressionava, nunca forçava nada além do que ele estava pronto para fazer. Aquela paciência, aquele respeito — era algo que Amane jamais tomaria como garantido. Mahiru se contivera por consideração aos sentimentos dele, e ele queria retribuir a mesma gentileza.

   Se isso a deixasse feliz, não importava o quão constrangedor ou estranho fosse, ele queria manter a cabeça erguida e deixá-la vê-lo em ação — trabalhando duro, dando tudo de si.

   Dizer que era “pela Mahiru” era como se colocar em um pedestal alto demais. Mas se fosse pelo sorriso dela, então Amane realmente sentia que podia fazer qualquer coisa.

“Você finalmente aprendeu a aceitar as coisas honestamente. Essa é a maior mudança em você, Amane.”

“Bem, algumas pessoas ficavam me repreendendo por não ter confiança.”

   Diziam-lhe repetidamente que ele era muito pessimista. Até seus próprios pais já haviam apontado isso algumas vezes. Mas aqueles que realmente o incentivaram a mudar foram as duas pessoas mais importantes em sua vida.

   Seu melhor amigo — e a pessoa que ele mais amava.

   Eles o chutaram para frente quando ele hesitou e o incentivaram para frente quando ele estagnou.

   Mesmo agora, Amane não podia dizer que havia se livrado completamente do hábito de se menosprezar. Mas, aos poucos, com esforço constante, ele ganhava confiança. Agora conseguia se manter ereto, olhar para a frente e enxergar valor em si mesmo. Pensando bem, seu antigo eu era pouco mais do que um solitário sombrio e autodepreciativo. O fato de conseguir reconhecer isso e ver o quão longe havia chegado era a prova da mudança.

“Posso me lembrar de pelo menos três pessoas que te deram uma bronca por isso.”

“...Agradeço a ajuda.”

“Ah, não precisa me agradecer.”

   Houve alguns empurrões muito fortes ao longo do caminho, mas graças a eles, Amane havia se tornado quem era agora. Por isso, ele era simplesmente grato.

   Dito isso, ele já havia levado literalmente um chute no traseiro antes, então jurou silenciosamente que, se Itsuki algum dia se atolasse, seria ele quem daria o chute na próxima vez.

   Talvez eu devesse ter aproveitado a chance no Ano Novo... pensou. Mas, por outro lado, algo lhe dizia que aquela oportunidade não voltaria tão facilmente.

“Mas é... De tudo que eu tive, essa ideia é a que a deixaria mais feliz. Mas não tenho certeza se realmente conta como um presente de retribuição.”

“Acho que funciona. Se é isso que você quer fazer, tenho quase certeza de que a Shiina-san consideraria a melhor escolha.”

“...Espero que sim.”

“Por que você está inseguro de repente? Você estava tão confiante um segundo atrás.”

“Estou perfeitamente bem cuidando do trabalho em si. Eu... só sinto que a Mahiru tem expectativas muito altas sobre como vou ficar com meu uniforme. Estou te dizendo, não é nada especial.”

   Amane estava pronto para deixá-la vê-lo trabalhando, mas não conseguia deixar de se sentir um pouco sobrecarregado com a ansiedade dela.

   No trabalho, ele usava um uniforme básico de garçom: uma camisa social branca impecável, um colete preto, calças combinando e um avental estilo mordomo. Não havia nada de extraordinário nele. Não era um traje chique de mordomo como o que ele usara no festival cultural. E como Mahiru já tinha visto uma foto dele com aquele uniforme, não era como se houvesse surpresas.

     Será que isso será suficiente para satisfazê-la...?

“Sei lá, cara. Se for a Shiina-san, acho que ela vai ficar bem empolgada.”

“Empolgada? Sério?”

“Você sabe como ela age toda composta na escola, mas quando está perto só de pessoas próximas, ela para de fingir. E com você? Ela fica completamente tonta às vezes. Então eu não ficaria surpreso se ela ver você com seu uniforme de trabalho fosse, tipo, o ápice da animação para ela. Além disso... há uma chance real da Shiina-san ter uma queda por uniformes.”

[Moon: E, de certa forma, crossdressing, mas isso aí você só vai entender no nosso servidor! | Del: Heh… é uma pena que muitos não entram ou deixam de aproveitar os conteúdos extras que disponibilizo. | Kura: Segue a roda kkk.]

“A Mahiru já tem gostos questionáveis ​​o suficiente — não fique adicionando novos.”

“Gostos questionáveis...?”

“Para o bem da dignidade dela, estou mantendo isso em segredo.”

   Ultimamente, graças a uma certa garota obcecada por músculos (cujo nome não será mencionado), Mahiru vinha se interessando cada vez mais pelo físico de Amane.

   Se aquela garota merecia crédito ou culpa, Amane ainda não tinha decidido.

   Mahiru tocava e admirava os músculos de Amane com total inocência, parecendo completamente encantada. Como não havia nada de impróprio nisso, Amane não conseguiu se forçar a repreendê-la. Ele simplesmente a deixou fazer o que quisesse. Mas se ela também descobrisse que tinha uma queda por uniformes... as coisas poderiam começar a ficar complicadas.

   Para sua própria sanidade, ele escolheu acreditar que ela estava apenas olhando porque o amava e não conseguia evitar o interesse.

“Então não toque no assunto, cara... Além disso, não pode ser que ela tenha um fetiche por você? É realmente tão importante assim?”

“S-Sigamos em frente! Terminamos com essa conversa!”

   Falar sobre Mahiru daquele jeito parecia errado, especialmente quando ela não estava por perto. Amane rapidamente acenou com a mão para mudar de assunto antes que Itsuki pudesse insistir.

“De qualquer forma, decidi que esse seria meu presente de White Day, então não mencione isso para a Mahiru ainda. Eu mesmo quero contar a ela.”

“Qual é, quem você acha que eu sou? Não sou burro o suficiente para fazer algo que te faria guardar rancor de mim para o resto da vida, principalmente depois que você me pediu diretamente para não fazer... A menos que eu dissesse que era outra coisa, só de brincadeira.”

“Então você contaria a ela.”

“Não seria brincadeira por outro lado, né? Ah, e cara, quando você vai me convidar para te ver no trabalho?”

“Você não será convidado.”

“Nossa, que grosseria!”

“Você literalmente não me deixa visitar o seu trabalho também... Mesma coisa.”

   Itsuki fez beicinho com a rejeição imediata de Amane, mas a verdade era que ele não estava mais ansioso para que Amane o visse trabalhando. Mesmo que Amane não zombasse dele, a ideia de ser observado enquanto trabalhava era simplesmente constrangedora. A única vez que Amane pisou no trabalho de Itsuki foi no aniversário de Mahiru, e essa foi uma exceção rara e especial.

“Sim, deixei, para o aniversário da Shiina-san! É totalmente injusto se eu nunca puder te ver trabalhando!”

   Itsuki tinha razão. Mesmo que fosse só naquela vez, Amane tinha ido vê-lo em ação. Seria injusto ignorá-lo também. Amane não queria ser o tipo de pessoa que faz exigências egoístas e hipócritas.

   Relutantemente, ele murmurou: “Tudo bem. Mas só depois da Mahiru.”

   Com isso, Itsuki sorriu radiante e ergueu a mão em triunfo. “Kaaay!”

“Esse sorriso presunçoso me irrita.”

“Ei, eu sempre quis ver seu sorriso de atendimento ao cliente pelo menos uma vez.”

“Você já sorriu no festival cultural...”

“É, mas você ficou totalmente sem graça quando te vi. Estou atrás do Amane-kun profissional de verdade.”

“Você é insuportável.”

“Ho ho ho.”

   Todo o comportamento de Itsuki gritava: ‘Eu ganhei esta rodada!’ e nenhum olhar furioso de Amane o perturbou. Percebendo que não havia sentido em continuar discutindo, Amane simplesmente apertou os lábios em uma linha fina e desistiu.

 

[Moon: Resultado da batalha de hoje: Vitória do Akazawa-san (alguém entendeu a referência?) | Del: Óbvio. | Kura: Essa amizade é insana kkk.]

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