Juiz Rúbeo
Capítulo 26: ESCOLHAS
Na aurora seguinte: a cidade estava mais calma e voltando as rotinas cortidianas.
Rubreos estava completamente recuperado.
Encontrava-se lendo na sala onde seu pai tratava dos trabalhos.
Novos livros que Sanis havia acabado de receber vindos do Clã dos Juízes. Para dar continuidade em seus estudos.
Quando ele ouviu alguém entrando pela casa, sendo trazido por sua mãe Niria.
Rubreos viu que era seu mestre.
Logo se levantou e cordialmente comprimentou seu mestre.
O jovem aprendiz não esperava ver o mestre naquele horário e estranhou ainda mais a expressão do seu rosto e foi perguntando:
— Aconteceu alguma coisa meu mestre.
Sanis olhou para a mãe dele e respondeu:
— Venho a trazer isso para você meu aprendiz.
Ele estendeu uma das mãos.
Rubreos viu e perguntou:
— O que é isso?
— Um pergaminho de convocação... para uma audiência com o regente que governa essas terras.
Pelo tipo de pergaminho Sanis, sabia que era uma convocação.
Rubreos ficou surpreso e falou:
— Por que querem falar comigo?
— Não sei meu aprendiz! Talvez seja para lhe premiar pelo seu ato de bravura. Abra e leia o conteúdo.
Rubreos pegou o documento de sua mão e abriu.
Foi lendo com calma e no fim disse:
— Tenho que comparecer daqui a duas auroras na Sede da cidade.
Sanis para tranquilizá-lo falou:
— Você não estará sozinho.
Rubreos olhou para ele.
— Também fui convocado. As duas convocações vieram para mim, pois como sou seu mestre e há um local especifico para suas aulas.
Explicou para Niria: pela convocação ter sido direcionada ao mestre do aprendiz e não a residência onde ele morava.
Sendo assim Rubreos sabia que não poderia recusar. Já que seu mestre também havia sido convocado para a mesma audiência.
Com esse fato passado para Rubreos e sua mãe, Sanis não ficou por muito tempo, pois precisaria realizar terminar algumas novas tarefas principalmento novas aulas práticas de Rubreos.
Dessa forma, se despediu de Rubreos e foi em direção da porta de entrada, onde estava acompanhado por Niria.
Despediu-se de forma cordial pelo mestre do seu filho.
Quando ela voltou: observou a seriedade da expressão do rosto de Rubreos.
Disse a ele:
— Fique calmo meu filho... deve ser como o seu mestre comentou! Deve ser para premia-los pelos seus feitos em salvar a cidade.
Ele olhou para ele e sorriu. Só que no fundo a preocupação batia.
Na chegada do crepúsculo: Pietros e os seus dois filhos se encontravam em casa.
Niria falou o fato que deixou Pietros também preocupado!
Em seus pensamentos:
“Será que Casares sabia dessa convocação? E porque não me falou de nada?”
Niria repetiu o que Sanis havia dito: que poderia ser uma premiação ao jovem aprendiz.
No fundo Pietros compartilhavam da mesma preocupação que Rubreos.
Havia algo mais naquela convocação.
Noite gelada por toda a cidade, faltava muito pouco para começar a nevar.
Chegou o momento: transpassou as duas auroras para a convocação.
Na Sede em um salão de espera: se encontrava Sanis e Rubreos, com trajes formais, mas na verdade eram suas Vestimentas Místicas.
Foi quando eles viram se aproximar: o prefeito da cidade, os principais líderes dos Clãs, os Altos Anciões e Grã Sacerdote do principal templo da cidade.
Ainda vinha: Casares chefe da Casa Hansa, seu pai Pietros, o comandante das tropas da cidade.
Vindo por último sendo escoltados por cavaleiros das terras de Iriarnes, fazendo a guarda do regente Elmers de Andoras.
As portas se abriram para um local onde seria a audiência.
Todos entraram e por último Sanis e Rubreos.
Ao passarem pelas portas, as mesmas se fecharam.
As mobílias ali foram preparadas especialmente para aquela audiência.
Todos se sentaram e no centro como autoridade hierarpica ficou o regente escolhido para governar aquelas terras.
Sem fazer muita cerimônia e formalidade o regente foi logo dizendo:
— Você deve ser o aprendiz prodígio que todos tem falado?
Rubreos se levantou saudou de forma cordial e respondeu:
— Senhor dessas terras... me perdoe, não sou tudo isso que dizem!!
Regente riu.
— Hummmm... o seu mestre tem ensinado bem a hulmidade. Sinto que suas palavras soam como verdadeiras.
— Eu agradeço pelas palavras senhor governante dessas terras.
— Você, seu mestre e muitos dessa sala devem estar se perguntando por que eu convoquei para uma audiência de poucas pessoas.
Rubreos olhou para seu mestre que continuava sério.
Voltou a olhar para o regente e disse:
— Sim senhor regente!
— Pois bem vou relatar a todos! Espero contar com a descrisão dos presentes nessa audiência!
Eles se olharam e mais ainda estavam preocupados.
— Devem saber que estamos sem comunicação com a cidadela Altymor e a Muralha de Elfenyr. Há quase um ciclo inteiro. As estradas entre as Montanhas Nebulosas, algumas obstruídas e outras inacessíveis por diversos motivos.
Todos se olharam surpresos e incrédulos.
— Um desses motivos. Que a estrada dessa cidade que passa pelo norte das Montanhas Nebulosas pode estar dominada por forças demoníacas.
Eles se assustaram, mas continuaram em silêncio.
— Foi ordenado pelo rei Darnets, junto com seu Conselho de Guerra, que um grande contigente de tropas iria liberar essa estrada ao norte dessa cidade. Principalmente depois do fato ocorrido das criaturas do Submundo terem atacado.
Todos ainda estavam com expressões apreensivas de preocupação.
Regente continou:
— As tropas que estão acampadas... estão aguardando outras tropas vindas de outras partes do reino, para se encontrarem em determinado ponto.
Nesse momento prefeito disse:
— Senhor governador! De quantos estamos falando.
Ele virou e disse:
— Mais de dez mil cavaleiros, seja em infantaria e cavalaria.
Todos começaram sussurrar:
“Dez mil ou mais, juntos com os que temos aqui... um número muito grande para passar pela estrada ao norte da Montanha nebulosa nessa época de inverno.”
O regente percebendo o murmurios deles foi dizendo.
— A calmassem todos... por favor. Sei muito bem das condições de inverno no local.
Casares levantou as mãos esperando ter a chance de falar.
Com um gesto de mãos o governador autorizou.
— Senhor regentes dessas terras, talvez devesse explicar melhor a situação naquela área. Nesse momento é quase impossível um contigente tão grande passar por aquela estrada. Não só pelo clima... como não sabemos que tipo de criaturas estaram ocultas nas neves e na escuridão do crepúsculo.
— Agora que entrar jovem herói aprendiz! Ele juntos com outros Beligerantes de nível elevado iram a frente com batedores.
Bruscamente Sanis levantou e disse:
— Eu protesto! Como mestre do meu aprendiz! Não recebi nenhum pedido formal do Clã dos Juizes da capital de Etedras. Para que um jovem aprendiz de juiz... fosse enviado a um campo de batalha desconhecido. Sem contar de enfrentar forças desconhecidas do Submundo... da mesma forma não temos conhecimento que tipo de criaturas encontrariamos em emboscadas.
— Calma... mestre! Vou explicar melhor. Junto com essas tropas que estão em marchar vindo para cá. Há vários grupos de altos níveis de Beligerantes os acompanhando. Inclusive há batedores de diversos Clãs. Onde são também de excelentes níveis.
Todos mudaram a postura.
Rubreos tomou a palavra e disse:
— Então por que eu deveria ir? Eu sou herói da cidade e posso ficar e proteger a cidade!
Todos sussurraram e concordaram com as palavras do jovem aprendiz.
Regente ficou pensativo e disse:
— Me diga jovem aprendiz? Qual foi a premiação que recebeu por ter salvado a cidade.
Ele rapidamente disse:
— Foram sinceros e amorosos agradecimentos do povo da cidade! Não fiz o que fiz por prêmio e sim por que precisava defender minha família, amigos e os moradores daqui!!
Novamente o regente ficou em silêncio e pensativo.
Ele disse novamente:
— Então me diga... o que você gostaria de ganhar que esteja ao meu alcance!
Rubreos olhou para seu mestre com gesto positivo de cabeça deu permissão de falar.
Então disse.
— Eu tenho algo sim! Mas não está em sua posse!
— Está na posse de quem?
Rubreos olhou para o prefeito.
— Vá diga ao prefeito o que seria esse prêmio. — falou o regente.
Rubreos deu alguns passos na direção onde estava o prefeito.
Encostou-se a seu ouvido e sussurou!
Prefeito se surpreendeu com as palavras do jovem aprendiz e com muito pesar respondeu:
— Infelizmente não poderei te presentear com o que me pede! Sinto muito mesmo... pelo que você fez pela cidade merecia, mas temos leis e regras para que fosse usado ou dado de presente.
Todos se indagavam por pensamentos, qual foi o prêmio que Rubreos gostaria de ganhar?
Com essa resposta Rubreos ficou desanimado, até seu pai percebeu, ficando triste com a recusa do seu pedido.
Ele voltou para seu lugar e disse:
— Minha resposta para acompanhar as tropas continua sendo não! Não houve pedido formal do Clã dos Juízes de Etedras. Sem essa formalização não posso acompanhar.
O regente vendo a relutância do jovem aprendiz e dos que os apoiavam!
Disse para encerrar a questão:
— Muito bem jovem aprendiz! Não vou ocupar mais o seu tempo e nem de seu mestre. Tem razão não posso pedir para ir sem o concentimentos do Clã dos Juízes. Sendo assim eu encerro a audiência com o mestre e seu aprendiz. Esperamos nos ver muito em breve em outras ocasiões.
Sanis se levantou e com um gesto de cordialidade cumprimentou o regente e os demais na audiência.
Da mesma forma Rubreos seguiu seu gesto,
Saíram daquela sala rapidamente, só ouviram as portas se fecharem por trás deles.
Rubreos percebeu que seu mestre estava acelarando os passos na direção da saída da Sede.
— Mestre o que foi... por que essa pressa?
— Temos que ir para minha casa rapidamente Rubreos!
— Por quê? — disse ele curioso.
— Você não conhece o regente dessas terras Rubreos. Ele vai te mandar de alguma forma para a linha de frente. Mesmo que seja para ser nas tropas auxiliares na retaguardar.
Rubreos ficou preocupado, pois realmente não conhecia o regente daquelas terras.
— Ele testemunhou o que você fez! E pode ser útil em um campo de batalha. Mas estar em um campo de batalha onde a morte é questão de piscar de olhos e muito diferente de um desafio entre aprendizes ou Beligerantes.
Eles continuavam a caminhar a passos largos.
Até chegarem ao fim na entrada da Sede e irem a onde estava a carruagem de Sanis.
Com tamanha pressa embarcaram na mesma e com um gesto.
Sanis pediu ao guia que o levasse rapidamente para casa.
Assim o guia acionou seus cavalos e partiu o quanto antes.
Rubreos perguntou:
— O que o meu mestre prentende fazer?
— Vou encaminhar uma mensagem para o Clã dos Juízes em Etedras e solicitar que me enviem orientações.
Rubreos entendeu as palavras de seu mestre.
Só que nos pensamentos de Sanis, havia algo que ele gostaria que fosse enviado urgentemente se acaso acontecesse de Rubreos precisasse partir.
Enfim chegaram à residência de Sanis.
Os portões abriram misticamente e ao passarem se fecharam rapidamente.
Mal a carruagem parou: Sanis já saltava da mesma.
Rubreos pela sua agilidade fez o mesmo.
De passos largos os dois entraram na casa e ambos foram para a sala onde seu mestre tratava dos assuntos de trabalho.
Sanis parou diante da porta virou e disse a Rubreos.
— Quero que você abra o Grimório que lhe dei! Estude o restante de todas as invocações e conjurações de Selos... Símbolos e dos Círculos Místicos. A cada cinco que você tenha compreendido e a similado. Treine-os até ter o domínio completo! Entendeu-me Rubreos.
— Sim meu mestre.
— Então vá para sua sala de estudos. Logo estarei com você.
Ele concordou com um gesto positivo e tomou rapidamente o caminho para estudar.
Sanis entrou para em sua sala e trancou a porta.
Com tudo feito Sanis estava entrando na sala onde Rubreos estava debruçado sobre o seu Grimório.
Estudava atentamente cada informação das invocações que ainda não conhecia.
Era quase o inicio do crepúsculo.
Rubreos chegava em casa, trazido pela carruagem de seu mestre.
Sua irmã abriu a porta e ele entrou rapidamente!
Sua mãe foi logo perguntando o que havia acontecido na audiência.
Rubreos só disse que não havia premiação nenhum e resumiu a conversa para sua mãe e irmãos.
Um pouco mais tarde Pietros chegou também em casa e pouco disse sobre o que havia sido conversado depois que Rubreos e Sanis foram embora.
Certas decisões seriam tomadas mais adiante e os anúncios feitos pelo prefeito da cidade.
Niria percebeu apreensão e preocupação do seu marido, mas não quis insistir.
Ele parecia cansado e iria deixá-los descansar.
Em uma residência destinada aos nobres como o regente.
O governador em seu quarto da janela apreciava a vista da cidade e em seus pensamentos maquinava idéias para envolver o jovem aprendiz de juiz...
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