Fios do Destino Brasileira

Autor(a): PMB


Volume 2

Capítulo 37: A angústia de uma maldição

O deslocamento da arena à enfermaria da ala norte da Academia de Palas foi um borrão para Togami. Afundado em sua decepção, lembrava-se vagamente de conversar com a enfermeira — uma Guardiã de uma ninfa, como sua mãe —, da reprimenda dela aos seus colegas que vieram visitá-lo pelo barulho e de quando a mulher saiu, deixando-o a sós com seus pensamentos naquele quarto agora iluminado pela lua.

Nada em seu corpo estava diferente, segundo constavam as análises médicas, então deveria ser liberado ainda naquela noite. Não mais tinha qualquer dor física proveniente do combate com Zuko, este que, como ele, foi acamado por um esgotamento total de mana. Ouviu de Tatsuyu e Shuyu que Reiko já havia despertado.

Se esse era o caso, qual a justificativa para a ausência da princesa, mesmo horas depois? O comportamento comum dela era preocupar-se com seus amigos, quanto mais aquele que havia acabado de lutar ao seu lado. Não fazia sentido, não com a personalidade habitual de Reiko, ela sequer ter ido dar um “Oi” para ele ou pedir que dessem um recado. Era fora de sua atitude comum.

Uma parte de si ansiava profundamente pela vinda da garota de cabelos castanhos. Embora tentasse silenciar aquela emoção incômoda em seu coração, era em vão. Repetidas vezes, se pegou encarando a porta, crente de que a qualquer instante ela seria aberta (ou derrubada, a depender da sua definição) pelo entusiasmo genuíno de sua amiga, afastando o marasmo que o circundava. Minutos se tornaram horas; sua esperança inicial sumiu tal qual uma labareda ao relento. Ela não viria.

Em algum momento, seus ouvidos sensíveis escutaram o suave som de solados contra o piso ladrilhado, cada vez mais alto e próximo. Sua mana ainda estava uma bagunça, então seu cérebro processava as leituras da aura estranha de maneira errática e um tanto desconexa — não conseguia distinguir onde começava e onde terminava cada emissão. Restou-lhe apenas a expectativa, a ansiedade de saber se seu desejo seria concedido ou se seu coração seria esmagado pela segunda vez em menos de vinte e quatro horas.

Houve um clique suave e a porta de correr se destravou. Uma cabeça dourada reluziu ao brilho lunar, uma larga trança balançando ao movimento silencioso de conferir se não havia mais ninguém por ali. Pelo movimento curioso do cabelo do vulto, reconheceu as serpentes esverdeadas desfazendo-se em fios novamente.

— Haruhi? — chamou, confuso.

— Shhhh! Calma aí, jardineiro de bonsai! — silenciou-o, colocando o indicador sobre os lábios. Confirmado que estavam só os dois, se virou para ele com um sorriso no rosto. — Barra limpa, beleza.

— Por que você tá tratando como se a gente tivesse fazendo algo ilegal…? — murmurou em resposta. — Tá, não importa. O que veio fazer aqui de novo?

— Te visitar, dã? 

Haruhi sentou-se no banco de metal ao lado da cama, os olhos esmeraldinos encarando os dele com um misto de fascínio e timidez contraditório à confiança de seus movimentos. Por estar em sua forma “normal”, não tinha como ele ler suas emoções a partir das serpentes em seus cabelos, restando ao garoto escutar o que ela tinha a dizer. Enquanto esperava por isto, se pôs a observar as roupas da Guardiã da Medusa. 

Não as tinha notado quando a garota veio mais cedo, junto dos demais. As pernas dela estavam pontualmente expostas pela jeans rasgada, que formava um ótimo conjunto à regata preta lisa. O comentário de Heishi sobre os braços “muito bem esculpidos pra uma garota” veio à sua mente quando ela tirou a jaqueta azul-clara de mangas curtas e expôs os bíceps por consequência.

Estava diante de uma moça forte e muito bonita, sem a menor dúvida.

— Precisava falar com você, Togami… — O uso do nome, sem apelidos ou piadas, o fez erguer uma sobrancelha. — sobre o que aconteceu hoje.

— Vai fundo, porque eu não faço a menor ideia do que você quer dizer.

— Não quero tomar muito do seu tempo — constatou a garota. — O que aconteceu pra você ativar aquele seu poder na luta de hoje?

Pelo olhar curioso da garota, teve plena noção de que sua face se desfez da habitual seriedade para dar lugar a algo estranho. Sua mente foi mais rápida do que sua língua, projetando em seu subconsciente a imagem vívida dos olhos safira de Reiko — uma a uma, mais memórias dos mais diversos momentos com a princesa ateniense repetiram-se em um mísero instante, nas quais Chiwa sempre estava envolta em uma espécie de brilho eterno. O rubor tomou de leve as bochechas achocolatadas de Togami, incapaz de dizer a verdade para sua colega.

— Não sei. Acho que a R-Rei me inspirou a continuar lutando e senti que aquilo era o certo — omitiu, com os dedos entrelaçados no colo. — Mas não entendo como isso tem alguma relação com você.

— Eu… digo, elas sentiram a mudança estranha na sua aura. — Os cabelos dela transformaram-se diante dele em cobras. — Shuyu e Akashi sentiram também, pelo que percebi. Sentimentos intensos, né…

O rosto franzido de Haru se aproximou do dele, ao ponto que conseguia sentir a respiração quente dela, pegando-o de surpresa. Cada detalhe do rosto de Togami foi estudado com atenção, buscando algum indício que estaria mentindo para a garota. Alguns segundos de tensão e logo Seishin suspirou, o que ele interpretou como um sinal de encerramento da avaliação.

— Você até que é bonitinho, sabia? — provocou ela, com a palma sobre a lateral do rosto. — Esses olhos são curiosos, mas os do Tatsu são mais…

— Você gosta dele? 

— A-ah…

Os papéis se inverteram: Haruhi quem tinha o rosto tomado por uma extrema vermelhidão, advinda de seu comentário inconsciente acerca de seu amigo de infância e colega de quarto de Togami. Estava confuso se ela tinha admitido aquilo de propósito ou se o calor do momento a fez admitir sem querer seu segredo. Certas coisas ele acreditava serem possíveis apenas quando partiam dele, e esta era uma delas.

“Eu deveria me preocupar em saber disso?”, refletiu com seus botões, ao inspecionar as reações genuínas da Guardiã da Medusa. Conhecia muito pouco do gênio forte de Haruhi, mas era suficiente para saber que a mínima possibilidade de mexer com os ânimos dela seria suficiente para mandá-lo pelos ares se necessário. Quanto mais um segredo tão importante para uma garota.

Tudo isso era conversado dentro de sua cabeça, no aguardo da próxima jogada.

— V-Você sabe demais! — gritou ela, com o dedo e as cobras apontados para ele. “Lá vem bomba”. — P-Por isso, agora deve me ajudar a conseguir o que eu quero!

— Quê? — respondeu de imediato. — Qual a lógica disso, você quem me contou!

— Não i-importa! A missão de con-conquistar o Tatsu agora é sua também!

— Tá, eu ajudo! Só não faz as cobras ficarem com essas presas na minha direção, já tô traumatizado com elas lá da primeira vez. Doeu que só o diabo.

A loira inspirou profundamente com a palma sobre o peito, na busca de se acalmar das emoções turbulentas. Talvez, apenas talvez, tivesse passado do ponto com alguém o qual não era tão próxima assim. Embora, na sua concepção um pouco distorcida, a culpa fosse dele, só uma opção dentre as muitas era condizente com a educação dada a ela por seu pai.

— Desculpa, exagerei. — Sua voz estava bem mais embargada do que o normal. — Só… não sei o que fazer. Eu conheço o Tatsu há tanto tempo, e ele foi a única pessoa que nunca julgou essa maldita marca, nem minha aparência.

Na aflição dos olhos dela, Togami viu seu eu do passado ali representado. Lembrava-se da reação dos habitantes de Hiekaja ao cabelo descolorido, à súbita heterocromia e à aura descontrolada — medo era a única sensação sentida por sua sensibilidade infantil naqueles olhares gélidos, sem um pingo de empatia pela criança em luto pela figura que um dia tanto a inspirou. Os cochichos sempre foram mais doloridos do que os gritos.

Haruhi era como ele, acorrentada e punida por um destino que não escolheu. E, tal qual o garoto de cabelos em degradê, havia encontrado no brilho simpático de alguém o conforto nunca antes sentido para ser ela mesma, sem reprimendas ou segundas intenções. Um lugar longe da angústia de portar uma maldição, fosse ela real ou metafórica.

Sua mão, por instinto e compaixão, afagou os cachos loiros de Haruhi. Gostaria de conhecer o passado dela, os motivos para estar ali e poder ajudá-la a se unir com a pessoa por ela desejada. Aquela explosão considerável de empatia e conexão não lhe era comum; duvidou por um segundo se era fruto do cansaço, da frustração ou se era algo normal quando se interagia com alguém na intenção de firmar uma amizade. Não que importasse muito naquele instante, porém.

— Não precisa se preocupar. Vamos botar aquele magrelo na sua mão, Haru! — riu o garoto.

Passos foram ouvidos mais uma vez no corredor. Pelo horário, tinham a certeza de que só poderia ser a enfermeira — Seishin tinha que correr ou tomaria mais uma bronca por estar fora de seu quarto após o toque de recolher. Antes de se levantar, porém, depositou um beijo amigável na bochecha dele, sem aviso prévio.

— A gente se fala depois. — Ela se afastou, acenando. — Este vai ser nosso segredo, beleza? Conto com você!

Ainda atordoado, viu Haruhi apressar-se para fora do cômodo, procurando a fonte do som anterior. Estranhamente, não havia ninguém por perto, mas ela considerou aquilo como sua deixa para escapar sem ser punida. Tinha que correr de volta ou Keiko não a deixaria em paz por, no mínimo, uma semana.

Uma nova amizade ali havia surgido. Não sabiam que uma jovem princesa cheia de si também havia visto e escutado a promessa entre eles estabelecida, segurando seus cabelos castanhos com uma pitada de inveja amargando sua boca.

 

 

16 de Fevereiro de 4818 - Continente de Origoras, Cidade-Estado de Palas, 3° andar de Olympia 

 

— Bom… quem quer começar falando nessa primeira reunião letiva do ano? — A voz firme da mulher soou pela sala de descanso. — Porque eu realmente não estou com saco depois de ter aula com os novatos da 1-1.

— Já de mau-humor, Shouko? As aulas começaram não tem nem três semanas!

O terceiro andar da Torre de Olympia, um salão de descanso reservado ao corpo docente da Academia de Palas, estava bem cheio para o entardecer de terça-feira. O motivo, claro, foi a reunião de “emergência”, convocada por um dos professores, cujo responsável pelo convite era justamente o único faltando naquele instante. Ainda que a grande maioria não tivesse pressa ou compromissos, Shouko Saihara tinha muitos motivos para estar frustrada daquela forma.

Na mente da mulher de belíssimos olhos puxados verde-primavera, cada segundo presa naquela sala seria um minuto a mais perdido em sua própria jornada de treinamento constante. Como sempre, tinha inúmeras ideias para desafiar seus próprios limites, e todos dependiam dela não estar acorrentada aos seus deveres como professora da instituição. Sentia sua mana pulsar, na ânsia de liberar a raiva em seu interior com ainda mais vontade após o estresse por ela presenciada mais cedo.

— É porque não foi você, Kaito — vociferou a professora de Combate Corporal, o dedo em riste para o homem do outro lado da sala — quem teve que lidar com os idiotas do Reiketsu e da Tengoku brigando durante sua aula inteira!

— São dois alunos com potencial espetacular e uma rivalidade notável, de fato. — A agressividade de Shouko foi muito bem ignorada pelo homem de cabelos e pele morena. — Já tivemos casos assim antes. Tenha paciência com jovens.

— Tá me chamando de velha, dondoca?

— Às vezes me pergunto se você ou eu é a pessoa que nasceu em berço de ouro. Que vocabulário difícil, hein.

O homem, Kaito Reisho, ajeitou os óculos meia-lua sobre suas íris, vermelhas como sangue. Não tinha motivos para dar ouvidos às reclamações incessantes de sua colega de trabalho, uma vez que aquela situação havia se repetido desde que assumiu como professor de História da Magia, 4 anos atrás. “Nada de novo nesse ano letivo, huh?”, divagou, dando mais um gole no seu cappuccino e ajeitando o corpo para frente. 

Como todos ali, estava trajado no uniforme negro padrão da Longinus, o mesmo usado pelos milhares de alunos, com o único detalhe separando-os sendo o lenço vermelho que compartilhavam sobre o pescoço. A posição de “major” lhes dava respeito dentro e fora da Academia, bem como a obrigação de responderem ao chamado sem hesitação caso solicitados pelos Generais. 

Por dividirem o cargo, sabia que Shouko não obedeceria ordens de um semelhante para se acalmar, mesmo que este estivesse dez posições acima no ranking. Apenas uma pessoa era capaz de calar Shouko quando começava com seus surtos de raiva constantes. 

Alguém que, naquele exato momento, havia acabado de cruzar a porta com um olhar extremamente afiado.

— Saihara. — Como mágica, a mulher se calou sob a pressão das íris lavanda. — Obrigada. Desculpem a demora.

— Sem problemas, Hakua!

Foi a vez de outro homem, este de altura muito mais considerável que Kaito, acenar de seu assento à janela, onde o brilho do sol poente mesclava-se ao laranja de sua aura. Diferente dos demais, a entrada da imponente professora de Combate Mágico, Hakua Kitani, não lhe intimidava de forma alguma — mantinha no rosto um sorriso travesso e simpático para a recém-chegada.

— Se está aqui, bem que poderia acalmar os ânimos durante minha ausência, Koga.

— Gosto de ver o circo pegar fogo.

— Claro… — suspirou Hakua, alisando os fios bagunçados com um movimento rápido. — Bem, convoquei esta reunião de última hora porque preciso compartilhar algumas visões acerca do que vi nos últimos dias.

“Temos muito mais Amaldiçoados do que o normal este ano. O aumento estava sendo gradual e os níveis das Maldições não eram tão perigosos… Koushi antes era minha única preocupação, mas agora temos pelo menos mais quatro tão ou até mais perigosos que ele.

“Minha preocupação me levou a conversar com todos eles, em busca de compreender suas origens e situações, por isso me EMatrasei.”

— Acha que pode ser algo que está ocorrendo na Torre dos Mil Lutos, Hakua? 

O tom de voz denunciava a inquietação oculta sob as íris escuras de Kotomi Jougai, a professora de Controle de Mana. Como membro do Conselho de Palas, tinha plena noção do aumento das Maldições reportadas — era responsável por monitorar seus Guardiões e as reações dos Símbolos do Pecado sobre eles aplicados. Esteve presente nas últimas deliberações, inclusive sobre o que fariam com aquela garota recém descoberta em Bliz. 

Ainda tinha pesadelos com sua última missão de selamento, pouco antes do início dos exames. Fora enviada por Taeka em pessoa, a pedido do General Shiro, para ajudá-lo a lidar com o que seria o caso mais sangrento por ela presenciado até então.

Por entre os cumes do reino de gelo, a missão investigativa da Brigada das Chamas estava há dias de distância da cidade mais próxima. O cair da noite trazia consigo o brilho da lua, única fonte de iluminação em meio à eterna neve. Kotomi, a nova convidada desta expedição, se perguntava quando chegariam ao destino que Shiro havia definido antes de partirem.

Seria mais uma noite normal, se não fosse o grito visceral de um dos soldados afastados do grupo. Com armas em riste, o acampamento foi abandonado e eles partiram em direção à floresta, receosos do que poderia ter acontecido com o colega. 

Não demorou muito para que ele encontrasse com o grupo, anunciando sua descoberta — havia encontrado uma garota, pálida feito um espírito, em plena nevasca. Seu rosto e roupas estavam banhados em sangue fresco, que marcava suas pegadas, e ela murmurava palavras desconexas sobre “o senhor” que a dominaria novamente se caísse inconsciente. Dizia ele que havia um degradê do azul ao vermelho preenchendo as íris, repletas de terror e confusão, da “assombração”.

Kotomi rapidamente tomou a dianteira do caso, notando as oscilações em uma aura embrenhada entre as árvores. Aquelas eram instabilidades características de alguém saído há pouco tempo do estado de possessão divina. Medo se apossou da Guardião da Kitsune de Nove Caudas, mas não por si mesma.

Precisava ser rápida.

Como o esperado, encontrou a silhueta pequena e assustada a vagar sem rumo logo à frente. Num sinal de misericórdia, ela usou seus poderes para selar os da menina, levando-a a um desmaio. Sua aparência era exatamente como o soldado havia descrito.

O restante dos membros da expedição passaram direto por ela, rumo ao destino final do grupo; Shiro foi o único que a acompanhou, em um misto de cavalheirismo e preocupação com a missão. Mais rastros de sangue marcaram a direção da qual a garotinha veio, pistas do que estava por vir. Cada passo dado naquela trilha macabra os conduzia mais para dentro de uma pequena tribo do qual Kotomi nunca ouvira falar.

Poderia compará-la a um abatedouro humano, tamanha era a quantidade de corpos despedaçados por lá espalhados. A ânsia de vômito a atingiu com força, mas ela manteve firme em seus braços o corpo incosciente daquela criança.  Era difícil admitir que, muito provavelmente, o massacre foi uma obra daquela menina de cabelos negros. 

“Não, não dela”, pensou a professora, ouvindo algo murmurar em sua cabeça. Palavras em uma língua antiga, cuja semântica não entendia e ainda era capaz de senti-las permear os cantos mais obscuros de sua mente.

A voz se calou quando aninhou a menina ao seu peito. Seja lá o que tinham descoberto, era muito pior do que qualquer coisa esperada.

— Não vejo outra explicação que não uma falha grave de segurança mágica, professora Jougai — confirmou a morena. — Comunicarei à mestra Haruki sobre a situação e pedirei um agendamento para um de nós ter uma reunião com Sua Majestade Hakugen. Peço a gentileza que consiga a autorização do Conselho para adentrarmos a Torre.

— Farei o que for preciso, Kitani.

— Ótimo. 

A outra mulher sentou-se, exausta. Toda aquela tensão pedia por um consolo que, para sua tristeza, não teria naquela noite. “Bem que a Saiya poderia ter vindo pra cá depois do exame”, reclamou em silêncio.

— Bom… — Foi a vez de Ruri interromper o momento pesado com sua voz melodiosa. — Como ainda temos que conhecer os novatos mais a fundo e mapearmos o recrutamento, acho que não podemos fazer nada pelos próximos meses. Resta esperar, né?

— Está certa, Youju — concordou a líder dos professores, massageando a testa. — Nos estressarmos com isto agora de nada adiantará. Por isso…

Com um gesto rápido, a Guardiã de Merlin conjurou algumas bebidas variadas sobre a mesa de centro, junto de um sorriso malicioso.

— Vamos lá. Eu começo: eu detesto dar aula pro Reiketsu!

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