Volume Único
Capítulo 61: Enviando uma Mensagem?
Está completo! “MWAHAHAHAHA!” Hrm! Sorte que ninguém ouviu isso. Eu soei igual a Margerie.
Quando a Seria explicou a natureza do vazio para mim, eu tive uma epifania. Ela percebeu que o vazio não é um espaço sem nenhum caminho.
Um caminho é uma corrente de energia e mata através do multiverso. Mortais frequentemente as chamam de Linhas de Ley, mas eles são apenas capazes de senti-las de uma maneira muito rudimentar. Um deus pode saltar em uma dessas correntes e viajar com elas. Eles são capazes de fazer isso porque eles podem senti a corrente de rápido movimento.
Ser capaz de fazer isso é a maior característica para ser um deus. Não pode ser feito sem ajuda por uma alma que não ascendeu.
Ao usar esse método, você pode ir a qualquer lugar que você quer em velocidade instantânea. É por isso que alguns mortais pensam em deuses como seres onipresentes. O que não somos.
Essas correntes fluem extremamente devagar dentro de zonas vazias. Então um indivíduo destreinado não pode senti-las. Isso dá a impressão de um espaço vazio.
Após a Seria me dar essa dica, eu corri de volta para o meu laboratório. Me levou duas noites sem sono para completar as preparações e instruir o palácio para que crescesse o equipamento necessário.
No terceiro dia eu caí no sono e quando acordei, o palácio havia terminado sua tarefa. Agora eu tinha um pequeno cristal em minha mão.
É similar ao anel e brincos que eu dei a Celes. Ao conectar diretamente a mente dos usuários, ele pode me mostrar toda uma nova visão do mundo.
Ao usar o cristal-de-mana como um sensor, o usuário é agora capaz de sentir até o menor pedacinho de energia.
Hora de um pequeno teste!
Eu fecho meus olhos e me concentro. Ao me misturar com meus arredores, eu lentamente me torno ciente dos caminhos. Eles são fracos e lentos, mas é o bastante.
Um passo me leva para fora do vazio para outro mundo. Aparecendo no céu acima de uma grande cidade, eu olho ao redor. Eu conheço esse mundo de uma vida passada.
Mas eu não estou aqui para mergulhar em minhas memórias, eu quero deixar uma mensagem para o Conselho. Para este propósito eu preciso falar com um deus. Preferivelmente não com um membro Conselho, e não em seus territórios.
Eu preciso de um mensageiro. Alguém completamente sem relação. O que é melhor do que ultrapassar no território de um deus aleatório e dar a ele a mensagem? Tudo que eu preciso fazer é criar uma pequena comoção e esperar que um dos cuidadores deste mundo percebam.
Usando outro caminho, eu apareço dentro de uma cidade em uma grande área aberta em frente a uma universidade. Tem tantos estudantes aqui. Hah, isso é nostálgico. Há muito tempo atrás eu era um professor aqui.
Mas então os gritos de medo e terror aparecem.
“KYAA!” “DEMÔNIO!” “CORRAM POR SUAS VIDAS!” “AAAAAA!”
Alguns segundos atrás a área estava lotada de pessoas. Agora não tem ninguém sobrando. Todos eles fugiram de pernas pro ar quando eles me viram e largaram tudo que tinham no chão.
Livros e papeis por todo lugar. Eu dou alguns passos para frente e agarro um livro aleatório para ler o título.
“Sobre o mundo, seus habitantes e os deuses. –Por Lerem Gerwais”
Eu viro as páginas e rio das ideias estúpidas dentro. Já faz muito tempo desde que eu estive aqui. Eles já começaram a ensinar essa merda exotérica de novo!
De repente alguém está gritando por trás de mim.
“Parado Demônio! Em nome de nosso protetor sagrado Fendulf! Deixe este mundo e volte para o abismo que lhe pariu!”
Eu me viro e vejo um cavalheiro de aparência brilhante em armadura de corpo inteiro, uma maga, uma sacerdotisa e um arqueiro. Eles não são deuses, só mortais. Meh… Eu me viro de novo e continuo a virar as páginas.
“Pela luz! Espada Sagrada! Destrua esta criatura de maldade!”
Eu sinto algo me cutucando entre as omoplatas e suspiro. É… o que eu deveria esperar? Este plano foi estúpido. Por que um deus deveria aparecer se eu não devastar um continente ou dois?
“O que é esta diabrura!? A espada sagrada, dada por sua santidade em pessoa nem mesmo o arranhou!?”
Eu me viro e agarro a espada do cavalheiro. *Snap* Eu quebro a coisa estúpida pelo cabo.
[NT: Você está agindo totalmente como um Chefe final, Angrod!]
“Adultos não deveriam brincar com brinquedos! Sua mãe não te ensinou nada?” Eu estapeio ele com o livro.
Ele cai no chão como uma árvore derrubada e não se move mais. Uma rachadura em seu elmo prova a força com a qual o livro o acertou. “Aw! Viu! Por causa de você eu destruí o prendedor do livro!”
“Kyaaa! Herói!” A maga começa uma tirada¹ enquanto a sacerdotisa cai de joelhos e começa a rezar. O Arqueiro só fica lá com um olhar estupefato em sua face.
Oh bem. Isso não parece que vai levar a nada. Eu franzo pelo livro destruído quando um lampejo de luz de repente flutua lá!
“QUEM ABATEU MEU CAMPEÃO!?”
Sorte! Isso é um deus. “Desça aqui, eu tenho que falar com você.”
“VIL CRIATURA DEMONÍACA, DESAPAREÇA!” Outro lampejo de luz e o chão ao meu redor é queimado e se torna negro pelo calo. Se eu não tivesse contra-atacado o feitiço emitindo minha mana a força através da minha aura, eu teria sido torrado!
O deus não teve problema nenhum com minha aura o pressionando. Mas o arqueiro está espasmando no chão e tem espuma em sua boca. A maguinha e sacerdotisa também estão ofegando no chão como se a gravidade fosse demais para elas. Como usuárias de magia, elas estão aguentando melhor.
Pobres mortais. “Desce logo aqui deus estúpido! Eu tenho que falar com você! Ou eu terei que destruir esse mundo só pra te dizer algumas palavras? E desligue o estúpido show de luzes! Isso está obsoleto!”
Eu agito um soco em direção ao idiota.
A figura de luz desce ao chão e enfraquece o brilho para níveis razoáveis. Parece que ele percebeu que eu sou um deus também. Levou tempo demais.
“O que um deus companheiro está fazendo aqui? Este é meu mundo. Por que você está causando problema?” O cara rígido pergunta.
“Eu preciso que você dê uma mensagem ao Conselho. Fendulf, eu assumo?” –Eu
Fendulf assente. “Porque você não dá essa mensagem ao conselho sozinho?”
“Porque eu não quero caminhar em território inimigo. E a respeito da mensagem, diga a eles que mandamos saudações do vazio. Nós iremos em breve visita-los em sua cidade celestial. E então nós teremos uma boa conversa com eles.” Eu sorrio a Fendulf.
Ele me olha com interrogações acima de sua cabeça.
“Ah. E você também poderia espalhar a mensagem para todos que não queiram se envolver em assuntos do Conselho! Eles devem manter suas cabeças abaixadas.” –Eu
“Você não está planejando nada estúpido como uma rebelião, está?” –Fendulf
“Pode apostar sua bunda nisso! Os dias finais do Conselho estão próximos e está nas mãos deles decidirem se isso será feio ou não.” Eu aceno para Fendulf e então para os mortais, que estão me olhando como o trazedor do fim.
Para eles esta conversa deve ter soado como se o inferno houvesse acabado de declarar guerra ao céu.
Eu me viro e piso em um caminho que me leva para casa de novo.
De volta em casa eu começo a organizar meu equipamento. É importante ter um laboratório ordenado. Ordem e limpeza são as coisas mais importantes em um local de trabalho.
Hmm.. Eu acho que esqueci algo. A Celes não me disse para…..
AH!
Eu esqueci de buscar a Seria e o Aengus! Eles ainda estão na mansão da Margerie! Eu sou terrível como um pai! Esquecendo minhas crianças na casa de amigos!
Teleportando, eu reapareço dentro da casa da Margerie. Após alguns segundos, eu acho um empregado que me leva para a sala de estar.
Dentro estão Seria e Aengus, Junto com as crianças da Sandra. Eles estão em cima da Tanja, que parece um animal abatido enquanto está caído no chão.
“Eu nunca terei crianças…. isso é o inferno…..” Tanja reclama com olhos mortos, enquanto olha para o teto.
Sven está agachado em um canto e murmura algo incompreensível para si mesmo. Margerie está deitada em um sofá. Ela parece ter desmaiado ali.
Sandra pula de uma cadeira quando ela me vê. “Nosso salvador! Eu estou tão feliz que você está de volta!” Ela corre para mim e me abraça.
“O quê está acontecendo?” Eu pergunto com uma voz confusa enquanto dou tapinhas em seus ombros.
“Eles não dormem! Primeiro nós perdemos a Margerie, então o Sven teve uma conversa com a Seria e desde então ele está encolhido no canto. Eu não sei o que ela disse para ele. Depois eles se juntaram e derrubaram a Tanja!” Sandra tem lágrimas em seus olhos.
“Parece que seus filhos e os meus são uma combinação explosiva?” Eu caminho até as crianças.
“Papai! Nós nos divertimos tanto! Podemos vir brincar aqui todo dia?” Seria pula em cima da Tanja enquanto ela sorri para mim.
“Não use meu oficial de inteligência como um trampolim! E porque você não foi dormir como eles te disseram?” Eu pergunto com uma voz estrita.
Antes deles terem sido deixados aqui por nós, nós instruímos eles para se comportarem. O que eles obviamente não fizeram!
“Mas nós nunca tivemos tantas pessoas para brincar! Como você pode pedir pra gente dormir em um momento assim?!” Aengus cutuca Tanja, que nem se mexe.
Eu suspiro e agarro a Seria e o Aengus para para leva-los para casa.
Notas:
1. frase longa que é o desenvolvimento ininterrupto de uma ideia.⤴
-p.ext. trecho, discurso ou fala de grande extensão.