Volume Único
Capítulo 39: Coroação!?
“Eu pareço um pinguim nisso!” Isso não é certo! Eu estou prestes a lutar pela minha vida e eu pareço algum cantor italiano de ópera!
“Essa é a veste tradicional para coroação. Não tem como escapar disso.” Minha mãe explica.
“Maravilhoso. Pelo menos conseguiremos agradar a audiência.” Eu me alongo um pouco. “Isso vai rasgar durante a luta! Eu estarei pelado no trono.”
“Isso seria ruim. Eu vou pegar meu robe antigo! Deve lhe servir bem.” Nicosar oferece e sai porta a fora.
Eu deixo escapar um suspiro pesado. “Você é o rei do maldito mundo e não consegue arrumar um terno que sirva.”
“Você lembra as palavras certas para receber a coroa do sacerdote?” Ireth me interroga de novo. Ela já está perguntando pela quarta vez.
“Sim. Por meio desta eu tomo o trono e juro proteger o país e seu povo. Não é difícil de lembrar. Mais importante ainda, algo de novo sobre nossos irmãos?” Eu pergunto com um tom de desagrado.
“Não. Mas eu estou certo que eles virão. Apesar de eu não os ter convidado oficialmente.” Ireth sorri para mim.
A porta abre e Nicosar dispara por ela. “Aqui, prove isso. Eu vesti só uma vez, então deve estar bom.”
Eu me visto e surpreendentemente, cabe! “Hoh, nada mal, pelo menos isso prova que você é meu neto. Você tem a mesma constituição que eu quando eu subi ao trono.”
“Hmpf. É, eu suponho que vá servir.” Eu assinto enquanto me olho no espelho. Pelo menos esse terno não parece tanto com o estilo de ópera. “Estou indo então, eu volto em alguns minutos.”
“O quê? Não, a coroação é em meia hora!” Ireth quer me impedir, mas eu já teleportei.
O mundo ao meu redor se distorce e reforma de novo. Eu estou em uma instalação e na minha frente está o reator de fusão a frio, que fornece energia a cidade.
Três trabalhadores estão reparando algo. Eles estão muito concentrados e tem as costas viradas para mim. “Hrm. Hrm!” Eles se viram. “Príncipe! Você não deveria estar na coroação!?”
“Eu preciso de algo, e isso é a tampa de acesso para a linha de energia principal, estou certo?” Eu pergunto a eles.
“Sim?” Um deles responde com uma voz de incerteza.
“Recuem, eu só preciso de um segundo.” Todos os três recuam e eu dou uma olhada no nó dos cabos. Alguns deles estão um pouco queimados. O dispositivo de distribuição o qual estou olhando está sobre alto estresse e a manutenção tem que ser feita frequentemente.
Mas não há problema, os trabalhadores aqui estão apenas trocando as partes velhas. Tudo na minha instalação é redundante. Há pelo menos dois sistemas substitutos para tudo.
Eu estou apenas interessado na placa vermelha pesada atrás de todos os outros cabos. Ela dá acesso aos grandes cabos que transportam energia elétrica para a cidade. Eu agarro a placa que protege contra acidentes e a retiro.
“!! Isso é perigoso! Você precisa da proteção certa príncipe!”
“Eu sei.” Eu sinto a energia que está correndo pelos cabos e os agarro. Mesmo antes de tocá-los uma fagulha de energia alcança minha mão, mas eu apenas absorvo o poder e o converto para mana. Um pouco de fumaça se levanta dos meus dedos e eu corto meus nervos com telekinese. Faíscas de energia elétrica vagam pelo meu corpo sem me ferir. As luzes começam a piscar.
Humanos podem ser os melhores contêineres de poder mágico, mas é muito mais conveniente converter mana de outra fonte de poder como eu estou fazendo agora.
Eu esperei até o último momento para estar certo e chegar na luta com cada onça de poder que eu posso suportar. Infelizmente Markorn é um verdadeiro talento e terá muito mais mana a disposição.
Isso vai igualar as chances.
Após um minuto eu retiro minhas mãos, que estão um pouco torradas nas pontas dos dedos. É difícil controlar o processo de conversão. Um pequeno feitiço de cura conserta o problema.
As luzes voltam ao normal, parece que eu drenei um pouco mais do que os sistemas conseguem lidar. Eu me viro e olho aos três trabalhadores de rostos pálidos.
“Vo.. Você… está bem?” Parece que eles já tinham vistos as próprias cabeças sendo cortadas por deixar o príncipe cometer suicídio.
Sem problemas, eu só precisei de um pouco mais de energia do que o sistema podia suportar.” Eu olho agora aos eletrônicos completamente torrados. “Vocês vão precisar trabalhar um pouco mais do que anteciparam.”
“S.. Sem problemas, nós faremos hora extra.” Outro deles oferece. Eu sorrio a dou minhas despedidas enquanto teleporto de volta para meu quarto.
“Onde você esteve! Nós tivemos uma curta falta de luz aqui.” Nicosar pergunta.
“Eu só fiz uma visita rápida ao meu laboratório.” Eu caminho até a porta e saio para a sala do trono. Nicosar e Ireth me segue com determinação severa.
Quando eu chego na entrada eu vejo Celes com Katrine e Arthur. Eu aceno para eles e caminho para a sala do trono. Há apenas nobres de Tirna. Não é de se admirar, por que um nobre de Stricc viria a coroação do rei de Tirna.
Eu sigo meu caminho até o trono, onde um sacerdote da igreja está me esperando. Os olhos de todos estão em mim. O Salão está em completo silêncio.
Enquanto sigo o caminho eu identifico alguns rostos familiares. Eu identifico Sandra, Gabriel e os irmãos Cygnus na primeira fila de espectadores. Eu sorrio quando passo por eles.
Eu não consegui encontrar Markorn ou Seredorn. Apesar de conhecer Seredorn apenas de imagens mal feitas. É improvável que eu o reconhecesse.
Chegando ao sacerdote ao lado do trono eu aceno a cabeça para ele e ele começa a falar para a audiência.
“Nobres de Tirna! Nós estamos todos aqui hoje para…” Eu paro para ouvir o discurso entediante e examino as pessoas em busca de indivíduos problemáticos. Mas é difícil de achar alguém especial dentro dessa multidão. Minha mãe e avô estão em posição na primeira fila da audiência.
Alguns minutos depois o sacerdote chega na parte importante do discurso.” … e se houver alguém que acredite ser um rei melhor. Ele pode falar agora ou ficar em silêncio para sempre!”
O Sacerdote olha para a multidão e logo quando ele planejava voltar a falar. “Eu serei um rei melhor! Eu desafio Angrod de Tirna!”
Múrmuros começam a se espalhar dentro do grande salão e todo mundo tenta achar a pessoa rude que perturbou a coroação.
A multidão se abre e duas pessoas estão de pé lá. É Markorn e um cara que não poderia ser ninguém mais além de Seredorn. Seredorn parece fortemente com meu pai. Ele se mantém ereto caminhando com uma bengala e sua perna esquerda não existe do joelho para baixo.
O sacerdote está chocado. “E com que direito você está desafiando Angrod?”
Markorn avança. “Eu sou Markorn de Tirna, filho de Seredorn de Tirna. O irmão do antigo Rei!”
O sacerdote range os dentes. Obviamente ele não foi informado sobre essa quebra de protocolo. “Então o desafio é legal! Você é o desafiado, você tem a escolha de armas e local.” O sacerdote se vira para mim e me olha.
“Aqui e agora! Sem armas.” Isso vai acabar rápido. Pelo menos assim espero. Se isso se tornar uma luta longa pode acabar mal para mim.
As pessoas tentam se afastar de nós e eu me aproximo de Markorn. Seredorn manca para o lado com um sorriso astuto no rosto.
Alguns pés antes de Markorn e eu olho para o sacerdote. “Você dá o sinal.” O Sacerdote anui e eu me viro e olho para Markorn.
O idiota estúpido está sorrindo para mim como se já tivesse vencido. Ele não tem ideia das coisas que eu sou capaz. Eu não gosto de morrer. Dói. E você perde memórias. Eu não gosto de perder memórias.
“COMECEM!”
Markorn explode com mana e desaparece. Eu teleporto. Reaparecendo diretamente em frente a Seredorn, que está na primeira fileira de observadores com outros nobres. Seus olhos se alargam e ele me olha.
“Oi tio!” Focando minha mana na minha mão, eu a enfio diretamente no peito dele. Ele abre a boca com um olhar surpreso no rosto, mas nenhum grito sai.
Eu sinto um grande poder dentro de Seredorn. Obviamente ele passou pelo mesmo tratamento que Markorn. Decisão correta!
Retirando minha mão, eu me viro. Tudo levou menos de cinco segundos. Markorn está de pé no local onde eu estava antes. Ele me olha com a boca aberta, não entendendo realmente a situação.
Seredorn desaba atrás de mim e eu começo a caminhar em direção a Markorn.
A mana dentro dele oscila, girando e distorcendo, obviamente a alma dele está em grande desordem. Eu sorrio para ele e jogo o coração de seu pai, ainda batendo, diretamente em seu rosto.
Ele acerta diretamente em sua bochecha e cai ao chão. Ainda não percebendo a situação ele encara o coração batendo aos seus pés.
Eu avanço e acerto seu rosto. *Crack!* Um dente voa de sua boca e eu sinto sua aura de luta oscilar. Uma abertura!
Sentindo meu caminho, eu alcanço algum músculo no braço direito dele. Pegando o que posso, eu os corto com telekinese.
“AAAAAAAAAAAAAAHHHHH!”
De repente o corpo do Markorn borra e algo me atinge bem no peito! Arrancando o ar dos meus pulmões, eu sou jogado para cima e acerto o teto, o penetrando.
Impactando no teto do andar seguinte, eu caio de novo, junto com toneladas de entulho. Markorn já está esperando, e joga a mão em minha direção, mas eu me teleporto para trás dele.
Outra parte do teto Rachar. Parece que ele lançou algum tipo de onda de choque. Eu agarro seu ombro, mas me grudo a ele com toda minha força e nós rolamos no chão.
Lutar nessa luta de maneira normal seria meu fim. Eu fico tão perto quanto possível, enquanto ele agarra e quebra minha mão. Mas eu não sinto nada. Eu cortei meus nervos quando comecei isso.
Eu rasgo e corto A mana dele só com minha vontade. Emitindo energia para me curar, ao mesmo tempo que rasgo partes da aura dele e convertendo-a meu próprio mana.
Isso não é nenhum duelo estúpido com regras. Eu vou te mostrar bastardo, como é uma verdadeira luta com vida e morte em jogo. Sem nenhuma regra de luta agradável. Sem uso proibido de ataques letais.
Fagulhas de energia pura voam de um lado para o outro entre nós. Ele enfia uma mão entre minhas costelas e destrói algo importante.
Eu não me importo. Toda minha concentração está focada em me harmonizar com a energia dele. Com uma mão eu rasgo com meus dedos seu rosto e olhos. Com um grito animalesco ele rola para cima de mim e tenta quebrar meu pescoço com sua mão.
Ele quase conseguiu, mas eu reforço meu corpo ainda mais usando a mesma aura de luta que ele. É um método grosso, é por isso que eu odeio usá-lo. Não é de maneira nenhuma tão boa quanto a versão dele e está a mundos de distância da Celes. Eu apenas desperdiço mana, mas isso evita que ele me mate imediatamente.
De repente algo dentro dele afrouxa e eu passo pela defesa dele. Eu corto e rasgo! Jogando-o para o lado e rolando para cima dele.. Ele fica mole e as mãos dele caem ao chão.
Com um sorriso selvagem eu fico de joelhos e puxo algo dele. Kukuku! Você é meu agora! Eu prometi que eu não faria isso rápido.
De alguma maneira eu fico de pé. Eu estou uma bagunça sangrenta e eu não tenho uma onça de mana sobrando. Uma imagem verde fantasmagórica está se debatendo na minha mão. É uma cópia escarrada de Markorn. Só que seu corpo quebrado está caído aos meus pés.
Eu seguro o fantasma pela cabeça, enquanto ele está obviamente gritando em terrível dor. Mas nenhum som é ouvido em todo o salão. Tudo agora está em silêncio.
Mancando lentamente em direção ao sacerdote chocado, eu tomo a coroa das mãos dele e pressiono o cristal com o tamanho de um dedo, que está moldado nela, contra Markorn. Ele ainda está se debatendo, tentando se libertar enquanto é sugado para o cristal.
Terminando o trabalho, o cristal começa a emitir um brilho verde. Mwahaha! Eu vou levar um tempo com você. Eu tive dois meses para pensar em algumas coisas para você! Percebendo que eu provavelmente tenho uma expressão problemática no rosto de novo eu tento endireita-la.
Eu coloco a coroa. Mancando até o trono, eu me solto nele. Eu tusso sangue. Merda, eu não quero saber o quanto isso dói. Graças ao multiverso pela telekinese bem usada.
Deixando meu olhar passar pelo salão com os nobres, eu pergunto:
“Mais alguém que tenha reclamações?”
Todos os expectadores sacodem a cabeça em uníssono.
“En… Então eu declaro o príncipe Angrod de Tirna como o novo Rei de Tirna!” O Sacerdote gagueja.
“Por meio desta eu tomo o trono e juro proteger o país e seu povo.” Eu respondo as palavras ritualísticas.
“E já que estou me sentindo um pouco cansado, minha primeira ordem para esvaziar a sala do trono. Eu farei um discurso quando essa bagunça for resolvida!” Eu aponto para os corpos de Markorn e Seredorn.
Todos começam a voar para fora do salão. Minha mãe e meu avô correm para mim. Minha mãe está chorando e imediatamente se ajoelha para parar o sangue fluindo para fora da ferida na minha lateral.
“Está tudo bem… Não dói.” Eu gorgolejo e sangue sai da minha boca. Merda, parece que meu sangue está seriamente bagunçado.
Arthur, Katrine e Celes também vem até mim, Katrine se junta a Ireth em seus esforços de me curar. “Isso parece ruim.” Arthur me olha como seu eu já estivesse morto.
Celes aperta os punhos. “Eu te falei! Nós deveríamos ter lutado com ele juntos e surrado todos os bastardos depois.” Ela tem lágrimas nos olhos. Eu realmente pareço tão ruim assim?
“Eu já chamei os melhores curandeiros, eles estavam em espera aqui perto. Eles devem estar aqui a qualquer segundo.” Arthur nos informa.
Os guardas fecham as portas e nós estamos sozinhos. Com isso Celes se vira e corre até o corpo morto de Markorn. Ela agarra a cabeça dele e a levanta um pouco.
Procurando por algo no cabelo dele, ela de repente puxa uma presilha da cabeça dele e a solta.
*Thud*
Caminhando até nós, Arthur dá um olhar inquisitivo a ela.
“Sem provas, sem acusações, sem crimes!” Ela explica.
Eu sorrio enquanto tudo se apaga……………