Um Alquimista Preguiçoso Brasileira

Autor(a): Guilherme F. C.

Revisão: Dante


Volume 1

Capítulo 77: Consumidor descontrolado

A disputa envolvendo os vinte e cinco jovens ocorreria ao anoitecer. Seria um dos últimos eventos do dia, antecedendo apenas a premiação dos três primeiros colocados e a cerimônia de encerramento. No entanto, o Festival teria início bem antes disso.

Logo pela manhã, já era possível notar uma crescente movimentação no centro da cidade. O som de tambores sendo rufados despertou aqueles que insistiam em permanecer deitados um pouco mais, ecoando pelos quatro cantos, fazendo o ar vibrar e elevando o espírito jocoso das pessoas.

Após ficar tanto tempo enclausurado, mantido sob vigília vinte e quatro horas por dia, sabendo que logo ali, acontecia uma festa animada, repleta de boa comida e bebida, Xiao Ning se mostrou inesperadamente empolgado para sair de casa. A despeito da aparência reclusa e da preguiça de fazer tarefas enfadonhas, ele era o tipo de pessoa que adorava uma boa festa. Conhecendo o inevitável fim, festejava sempre quando era possível.

E muito embora acreditasse que uma cidade pequena e isolada não fosse capaz de proporcionar o tipo de diversão que buscava, ficando assim, desmotivado a participar, precisa admitir, depois de ver Xiao Shui sair com as amigas e o recém-chegado irmão, e sempre voltar para casa marcada por um largo sorriso e uma expressão descontraída ― algo um tanto diferente do seu “eu” habitual, focada no treino e rígida na maneira de agir ― ficou tentado a ver com os próprio olhos os prazeres disponibilizados por esse festival que parecia nunca acabar.

Quando a tarde chegou, Xiao Ning desceu para a cidade acompanhado por Xiao Shui e o irmão, bem como o tio Chang. Convidou Camila para ir junto, mas ela falou que iria mais tarde, apenas para ver as lutas da nova geração.

No instante em que cruzou o portão que separava o território dos Xiaos, o bando se deparou com uma faustosa decoração de lanternas, presas em varais de cordas que iam de uma casa a outra, cobrindo toda a região e formando um teto exuberante, que embora permanecesse apagado e pouco atrativo no atual momento, ao cair da noite, exibiria suas cores, trazendo um clima único e deslumbrante para os habitantes da distante província.

Na cidade, as ruas estavam movimentadas de uma forma que Ning nunca tinha visto antes. Enquanto por um lado as áreas periféricas e residenciais se encontravam desertas, não existindo nem mesmo um único ser vivo passando pelas alamedas, de forma que até as crianças pareciam ter desaparecido, as vias principais estavam lotadas, tornando difícil transitar de um local para o outro. Quanto mais avançavam rumo ao centro, menos espaço existia para se mover, obrigando o grupo, muitas vezes, a abrir caminho à força.

Por um momento, Xiao Ning se surpreendeu ao encarar a multidão. Não pensava existir tantas pessoas dentro da Cidade da Fronteira do Caos. Mas logo percebeu que ali havia muitos cultivadores, alguns usando capas e vestes com emblemas diversos, estampados em lugares visíveis. Dessa forma, chegou à conclusão de que boa parte daquela gente eram membros das quatro Famílias, que tinham saído de seus territórios e se juntado às festividades. Também se notava uma generosa parcela de forasteiros, cujos cultivos se revelavam em níveis assombrosos, chegando, e até mesmo ultrapassando, o Reino Espirituoso, pois apenas dessa forma poderiam trafegar com alguma segurança pela região perigosa na qual se encontravam sem o auxílio de uma poderosa escolta.

Isso é algo que ele só foi descobrir depois de perguntar a Xiao Shui, mas ao que parece, muitas Seitas enviam representantes ― olheiros, se preferir deixar assim ― em busca de novos talentos.

Nas ruas, não se via mascastes estendendo lonas no chão e vendendo produtos variados. Mesmo as barracas de Frutas, Ervas Espirituais e outros itens, pareciam ter desaparecido, dando lugar a tendas improvisadas e quiosques, nos quais eram vendidos todos os tipos de comidas de rua e bebidas.

Quando experimentou o agradável aroma de comida barata, sendo preparada na hora, adentrar pelas narinas e atiçar suas papilas gustativas, fazendo sua boca se encher d’água, Xiao Ning sentiu o estômago revirar. Tinha se privado do almoço apenas para poder se banquetear durante o festival. Depois de Xiao Shui trazer um pouco daquela deliciosa comida para ele e Camila enquanto praticava Alquimia há alguns dias, ficou se perguntando: quantas outras delícias existem escondidas nesse evento local? Veio de barriga vazia somente para descobrir tal resposta.

Porém, antes de poder se entregar a gulodice, o tio Chang desejava saber se o Patriarca já havia descido. E como Xiao Ning deveria permanecer ao seu lado, para o caso de alguma eventualidade ocorrer, arrastou todos consigo, em busca do líder da Família, rumo à parte central da cidade, onde as principais avenidas se convergiam, sendo também o local escolhido para montar o grande palco de batalha.

O caminho até o palco foi tortuoso, obrigando o grupo a se apertar entre a multidão para abrir caminho. Era algo que se notava sem muito esforço, mas a Cidade da Fronteira do Caos não possuía a capacidade de suportar tantas pessoas. Por sorte, boa parte desses indivíduos vinham de terras diversas ou residiam nos territórios das quatro Famílias. De outro modo, ver-se-iam casas amontoadas umas nas outras, com as paredes se espremendo para suportar tantas pessoas.

Por outro lado, esse cenário caótico e tumultuado, também servia para mostrar o porquê da cidade se manter tão próspera, mesmo estando em uma área de tão difícil acesso e cercada por perigos inomináveis.

Depois do que pareceu ser uma caminhada de centenas de metros, quando na verdade não passava de dezenas, Xiao Ning e os outros se viram de frente para uma grande plataforma circular, situada bem no centro, onde algumas das principais avenidas se encontravam. Muito embora não possuísse as proporções adequadas para receber tantas pessoas, aquele era o local mais amplo de toda a cidade e o único apto a comportar uma construção de tamanho considerável, como era o caso do tablado. Do contrário, seria necessário sediar o evento fora da muralha e isso não era algo seguro de se fazer, mesmo havendo tantos cultivadores poderosos reunidos.

Uma multidão feito aquela, apenas despertaria a atenção de Bestas Demoníacas, podendo atrair inclusive monstros acima do Reino Espirituoso. E se isso acontecesse, as pessoas comuns não teriam a menor chance de escapar. Porém, estando protegidos dentro das muralhas, eles teriam como reagir de acordo, caso algo do tipo viesse a acontecer.

O palco circular montado no centro da cidade, encontrava-se erguido a meros um metro e meio de distância do chão. Construído por meio de vigas e tábuas de madeira, percebia-se tratar de uma estrutura erguida unicamente para aquele dia em específico. Mesmo parecendo ter sido algo feito às pressas, com seus vinte metros de diâmetro, tornava-se evidente que possuía espaço o bastante para as batalhas se desenvolverem.

A princípio, quando encarado por um olhar desatento, a plataforma aparentava ser frágil, incapaz de resistir a um embate entre cultivadores, mesmo aqueles do Reino Mundano. Contudo, olhando mais de perto, era possível notar um único símbolo estranho cravado em diferentes hastes de sustentação e ao longo do piso. A marca era composta por dois traços verticais retos e uma terceira linha sinuosa horizontal, ligando os traços, e emitia vestígios enfraquecidos de Energia Espiritual.

Apesar de não possuir um vasto conhecimento naquela área em específica, Xiao Ning foi capaz de supor que aquele símbolo era na verdade uma Runa Mágica rudimentar, cujo papel, ao que parece, era o de fortalecer a estrutura. Dessa forma, transformando o frágil tablado de madeira em um lugar viável para batalhas de praticantes.

Logo depois do palco, encontrava-se um palanque com aproximados cinco metros de altura, no qual a parte superior dispunha de uma ampla área em cuja capacidade abarcava trinta, talvez quarenta pessoas.

Nesse momento, viam-se apenas quatro entidades sobre o palanque, ocupando a área, com um deles sendo o atual Patriarca da Família, Xiao Enlai. Ao seu redor, cercando-o no que parecia ser uma conversa intensa, estavam dois homens e uma mulher.

Parado ao lado direito de Enlai, um sujeito alto e de barba feita, cuja presença Xiao Ning podia sentir mesmo à distância, classificando-o como um exímio cultivador na 2ª Camada do Reino Soberano do Despertar, mexia os lábios em um gesto vigoroso, obrigando o Patriarca dos Xiaos a lançar olhares de esquivas para os lados. A mulher, de cabelos grisalhos e feições severas, vez ou outra falava alguma coisa, encurralando ainda mais Enlai. Enquanto o terceiro, dono da Energia Espiritual mais fraca entre os quatro, ouvia tudo com extrema atenção, sem deixar escapar nada.

Ao ver o Patriarca cercado por aquelas três figuras, o tio Chang exprimiu uma careta e anunciou:

― Parece que ele está tendo uma conversa com os líderes das outras Famílias. É melhor não irmos até lá agora. Eles podem estar falando de você. ― disse, olhando para o afilhado.

― E por que estariam falando de mim? ― perguntou Xiao Ning, coçando a cabeça.

― Tenho certeza que depois do pronunciamento do Patriarca, todas as outras Famílias ficaram sabendo que nos aliamos a um Alquimista. ― explicou o tio Chang. ― Eles provavelmente podem estar usando essa oportunidade para descobrir se a notícia é verdadeira e quem é o Alquimista com o qual nos aliamos.

Xiao Ning entendeu bem quais eram as intenções do tio Chang ao querer mantê-lo afastado daquelas pessoas. O 9º Ancião não queria correr o risco de expô-lo a três diferentes líderes e acabar revelando seu segredo. Isso poderia ser algo complicado de várias formas.

E apesar de não se importar nem um pouco em ter seu segredo revelado, Ning não insistiu em ir ver o Patriarca. Afinal, sequer queria estar ali, preferia dar início a uma vasta degustação através das barracas de comida.

E o tio Chang pareceu enfim concordar, pois falou:

― Vamos comer algo. Depois nos juntamos ao Patriarca.

Dando meia volta, o grupo aos poucos se afastou do palco. Porém, não foram muito longe. Existiam diversas tendas rodeando a área próxima ao palanque, onde se encontrava a maior concentração de pessoas. Comidas de todos os tipos eram vistas sendo servidas, indo desde uma básica sopa de tofu ao apetitoso Baozi ― um tipo de pão recheado cozido no vapor. Até mesmo carnes de Bestas Demoníacas podiam ser encontradas em alguns lugares.

Em meio ao fuzuê, próximo dos quiosques, o barulho de espátulas se chocando contra o metal, de chapas quentes estalando e das massas cozinhando, fazia-se dominante, conforme um aroma saboroso perfumava o ar ao redor.

E ainda assim, muito embora a maioria dos comerciantes tivesse o foco em servir comidas e bebidas típicas, alguns buscaram diversificar, vendendo lembrancinhas locais e outros suvenires. E até mesmo pequenas esculturas esculpidas à mão eram vistas, muitas delas, pintadas com uma maestria impecável.

Xiao Ning não teve pressa ao visitar cada uma das barraquinhas, incluindo aquelas que não serviam comida, obrigando Shui e os outros a acompanharem seus passos lentos. Em cada uma de suas paradas, experimentava uma iguaria diferente, sempre fazendo questão de pedir uma generosa porção.

Contudo, não foi apenas da boa culinária que ele se aproveitou. Em diversos momentos se viu atraído por alguma estatueta ou um item em particular. Comprou dois origamis de cisnes, do tamanho da mão de um sujeito grande, cada um, construídos a partir de papel verde, apenas porque achou bonito. Adquiriu também, uma escultura de Long, cuja barriga se via pintada por tinta azul e as escamas de dourada.

E isso não foi tudo. Apesar desses dois trabalhos citados acima não serem de grande utilidade para um cultivador, ainda poderiam ser admirados e contemplados. Contudo, Xiao Ning também obteve diversas outras coisas desnecessárias e sem sentido. Comprou um par de hashi comum, cuja única atratividade era a figura de um pequeno pássaro preso na ponta superior por meio de um fio laranja. Outra aquisição foi uma caixinha feita de papel para guardar suvenires. Isso mesmo! Uma caixinha de papel para guardar lembrancinhas. Estragaria no primeiro dia chuvoso.

Ele não parou por aí, provando ser um consumidor descontrolado. Entre as coisas mais desnecessárias que comprou, estava uma mini lanterna, que uma vez queimada não serviria para mais nada, nem mesmo de enfeite. E como se já não fosse o bastante, sua última aquisição foi um estonteante leque vermelho, cuja parte inferior se via decorada por uma fita de amarelo intenso; e bem no centro, estendendo-se de uma ponta a outra, acompanhando o formato arqueado do item, como se fosse o movimento de seu corpo, notava-se o desenho de uma fénix da mesma cor da fita, estampada no tecido, com sua longa cauda esvoaçante.

Embora não fosse grande coisa comprar um leque, aquele adquirido por ele havia sido feito exclusivamente para mulheres. Tanto é que, quando comprou, a vendedora perguntou:

― É um presente para a sua namorada? ― disse olhando para Xiao Shui e dando um sorriso simpático.

Ao que Xiao Ning respondeu de imediato:

― Essa pirralha não é minha namorada. Se ela quiser um, que compre o dela.

Quando foi confundida com a namorada dele, Xiao Shui afundou o cenho e lançou um olhar severo em direção a vendedora. Mas ao ser chamada de pirralha, perdeu a paciência e deu um beliscão no braço de Ning, repreendendo-o pela grosseria.

Depois de vê-lo comprar tantas coisas inúteis, Shui não resistiu em perguntar por qual motivo ele desejava todas aquelas bugigangas. Se fossem acessórios para Alquimia, até entenderia, mas um leque feminino, uma lanterna de uso único e origamis, não fazia o menor sentido.

― Eu achei bonito e barato, então comprei. ― respondeu Xiao Ning, simplificando seus pensamentos e dando de ombros, como se a resposta fosse óbvia.

Era como Camila havia dito, o estilo de vida de um Mortal parecia ser bem mais barato. Enquanto mesmo as Ervas Espirituais mais comuns custavam algumas moedas de bronze, podendo chegar a dezenas, todos os tipos de comida e lembrancinhas sem nenhum apelo de Energia Espiritual ficavam no valor de uma à três moedas de bronze, com as refeições preparadas usando carne de Besta Demoníacas sendo as mais expansivas, valendo duas moedas. A coisa mais cara adquirida até então tinha sido a escultura do Long, que custou meras três moedas.

E falando nas refeições preparadas a partir da carne de Bestas Demoníacas, nenhuma delas tinha a capacidade de fornecer Energia Espiritual. Mas eram bastante saborosas.

Xiao Ning estava pagando tudo com o seu dinheiro e guardando as regalias na Bolsa de Armazenamento, a qual sempre carregava consigo. Desde que ganhou as moedas de ouro e a Bolsa no Evento de Seleção, não teve qualquer gasto significativo, pois todos os materiais necessários para Alquimia estavam sendo fornecidos pela 2ª Anciã, que a despeito da crise financeira da Família, parecia ter uma reserva considerável. A única despesa dele até o momento foi a moeda de ouro dada a Camila; um adiantamento por seu trabalho.

Enquanto ele passava de barraquinha em barraquinha, enchendo a barriga sem medir as consequências, Xiao Shui não provou muita coisa. Apenas comeu um pedaço de tofu. Queria estar na melhor forma possível para as batalhas e comer até não sobrar espaço no estômago não era o caminho mais adequado para isso.

Por outro lado, o irmão, juntou-se a Xiao Ning em seu caminho de degustação. Os dois não conversaram muito desde sua chegada. Afinal, Ning havia se trancado na câmara para praticar Alquimia e estudar as Iscas-de-bobo, aparecendo apenas em raras ocasiões para treinar o uso de sua nova lança. E Xiao Chan, para ser bem sincero, no começo, ficou um tanto intimidado com o fato da outra parte ser um Alquimista.

Porém, agora, dividindo o interesse de se empanturrarem tanto quanto poderiam, os dois começaram a se dar bem e passaram a andar juntos. Em determinado momento, chegaram a fazer um acordo de que cada hora um escolheria qual iguaria iriam experimentar. Conforme conversavam, eles perceberam ter muitas coisas em comuns: Xiao Chan adorava viajar e interagir com o povo local, enquanto Xiao Ning gostava de explorar lugares novos, ou melhor dizendo, antigos, ruínas na maior parte; tanto que, para ele, arqueologia era um de seus muitos passatempos.

Outro interesse que dividiam era o de se aventurar em novas culinárias, por mais peculiares que parecessem. Xiao Chan fazia questão de provar todos os pratos locais, já Ning, em sua vida passada, adorava dar grandes banquetes preparados por suas próprias mãos.

Enquanto iam degustando, os dois foram descobrindo algumas semelhanças entre si e consequentemente acabaram se tornando mais próximos. Xiao Ning percebia nele um garoto divertido e fácil de conversar, diferente do grande ídolo pintado pela irmã.

A medida que o tempo passava e a noite ia se aproximando, a multidão começou a se agitar. Não demoraria muito para o evento principal começar e isso ficava evidente pela maneira em que os transeuntes mudaram seu comportamento e passaram a se concentrar cada vez mais próximos do centro da cidade, buscando, logo cedo, um local privilegiado para testemunhar as batalhas.

Apesar dos perigos relacionados à exposição do único Alquimista dos Xiaos à uma multidão de desconhecidos, um sujeito cuja vida já esteve em risco após uma emboscada na floresta de bambus, para a felicidade e alívio do 9º Ancião, o dia seguiu tranquilo, sem grandes acontecimentos, e a impressão inicial era a de que continuaria assim até a hora marcada para o grande evento começar. Mas então, algo aconteceu. Enquanto o grupo gozava de um saboroso espeto de carne, escolhido pelo irmão de Shui, uma deslumbrante figura se aproximou, vinda de trás, chamando pouca atenção para si.

Conforme vagueavam pela cidade, muitas pessoas vieram cumprimentar o tio Chang ― afinal, ele era o 9º Ancião dos Xiaos ― e parabenizar Xiao Shui pelo incrível feito de ter entrado no Festival da Geração do Caos. E isso tornou toda a expedição em busca de iguarias ainda mais vagarosa.

Com a pessoa que apareceu de repente, saindo do meio da multidão, surgindo pelas costas do grupo e fazendo uma abordagem sorrateira, não foi diferente.

― Que sorte a minha encontrar o 9º Ancião Chang por aqui. ― disse a mulher, anunciando sua presença e fazendo o tio Chang se virar. ― E vejo que está com a família. Soube que o pequeno Chan havia retornado e, ao que parece, os boatos eram verdadeiros, mas não imaginei que ele tivesse se tornado um homem tão grande e magnífico. ― Enunciando cada palavra através de um sedoso tom charmoso, ela passou os olhos por Shui e o irmão, lançando um sorriso simpático em direção a eles.

Foi quando chegou no quarto indivíduo, um garoto de cabelo desgrenhado e roupas largadas, com a boca entupida de carne e o rosto sujo de molho, que seu semblante mudou, ficando sem reação por um segundo. Mas demonstrando um impecável charme, logo se recompôs e brincou, exprimindo um sorriso cheio de significados:

Ora, que garoto lambão! ― comentou, olhando para o jovem que ainda não havia reparado em sua presença.

 


Niveis do Cultivo: Mundano; Despertar; Virtuoso; Espirituoso; Soberano do Despertar; Monarca Místico; Santo Místico; Sábio Místico; Erudito Místico.

 


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