Volume 1
Capítulo 13: Encrenqueiros
Na Montanha Ancestral de Jade, Xiao Ning decidiu ir por um caminho diferente para explorar o lugar e descobrir o que de interessante poderia encontrar. Sem pressa, vagou por uma planície aberta, que terminava de frente para uma ladeira, montanha acima.
Na planície não havia nada de muito atrativo, apenas capim. E nem era Capim Malaqui, era desses comuns, sem muita serventia. Entretanto, quando começou a subida pela ladeira de longe avistou uma planta, inutilmente camuflada no meio do mato, cujo caule era preto e as folhas verdes com bolinhas amarelas.
Qualquer um que tivesse um Sentido Espiritual aguçado perceberia que aquela não era uma planta normal, pois a Energia emitida por ela era vibrante e espalhafatosa.
― oh, uma Engana Defunto! ― exclamou Xiao Ning, surpreso, por ver uma erva venenosa tão rara.
A Engana Defunto, apesar de não ser uma das mais mortais, possuía um veneno extremamente poderoso, capaz de matar qualquer um abaixo do Reino Espirituoso em poucas horas. Pessoas desavisadas, atraídas por sua Energia peculiar, seriam envenenadas no momento em que tocasse nas bolinhas amarelas, a região na qual era guardada sua toxina.
Xiao Ning parou por um momento para admirá-la. Afinal, ele tinha como passatempo o herbalismo e após uma breve contemplação, tornou a caminhar. Ele queria colhê-la, para tentar vendê-la, mas devido ao veneno, não tinha como guardá-la. Se colocasse a Engana Defunto no pote de vidro, não poderia guardar mais nada dentro.
No entanto, chegando logo ali, escondido atrás de uma moita, uma flor dotada de três pétalas, do tamanho de um dedo e que exibia um violeta vibrante, saltou-lhe os olhos. Xiao Ning deitou de peito no chão e chegou com o rosto bem perto. Examinou-a sob um olhar atento. Deu uma fungada. Não tinha erro!
― Esta é uma Dama Clemente! ― exaltou-se, empolgado pelo achado.
Sem demoras, mas com delicadeza, arrancou a flor do chão, tomando extremo cuidado para não ferir suas pétalas e nem quebrar sua haste, enquanto desprendia suas raízes da terra. Após feita a colheita, admirou uma última vez, antes de colocá-la dentro do recipiente de vidro. No começo, ele tinha trazido o pote para preservar os órgãos dos monstros que matasse, mas não havia o que ser feito, não podia apenas deixar uma Erva feito aquela para trás.
A Dama Clemente é um importante ingrediente usado em uma das Composições Alquímicas, a Cocção, e é o ingrediente base para preparar uma boa poção de cura.
Depois de colher a Dama Clemente, ele continuou a andar calmamente, percorrendo encostas e subindo ladeiras. No caminho, encontrou outras Ervas, as quais, algumas colheu e outras apenas apreciou. No entanto, após algumas horas, nenhum monstro tinha aparecido.
Entretanto, isso não era estranho, afinal, a quantidade de Bestas Demoníacas na Montanha Ancestral de Jade era pequena. Dessa forma, Xiao Ning saiu do lugar em que estava e foi procurar numa área ainda mais distante.
Porém, mesmo depois de caminhar e procurar por um longo tempo, não encontrou nada. Como um Alquimista que adorava pegar os próprios ingredientes, ele conhecia bem o comportamento de alguns monstros, por exemplo, os lugares em que gostavam de se esconder e seus hábitos mais mundanos. Mas mesmo isso não o ajudou. Devido à falta de sorte, estava cogitando subir um pouco mais a montanha para explorar as partes mais elevadas. Foi quando um barulho isolado entrou em seus ouvidos: um grito distante e acuado.
Guiado pelo barulho, Xiao Ning apertou a lança e rumou em direção a uma grande pedra ciclópica, escorada em uma inclinação íngreme, sustentando a encosta acima, que podia ser vista de longe.
― Me devolva, por favor! ― gritou a voz.
E em resposta a seu pedido, alguém zombou:
― HaHaHa! ― gargalhou uma risa perversa. ― Se você quer, por que não tenta pegar?
― Ahahaha! ― Em seguida, um conjunto de vozes diferentes acompanhou a risada, como um bando de hienas assistindo um teatro de marionetes.
Ao se aproximar da pedra, Xiao Ning avistou parado em sua base um grupo de garotos. Haviam seis ao todo e um deles estava ajoelhado com a testa pregada no chão.
O garoto ajoelhado estava trajado com vestes simples, coberta de sujeira e alguns remendos antigos. Ele batia a cabeça no chão e continuava implorando.
― Por favor, me devolva! Foi muito difícil encontrá-las. Eu já estou aqui há uma semana! Por favor!
Mas para o seu pedido, o grupo em pé ria e ria mais um pouco.
Um garoto segurando uma cesta de bambu se aproximou e debochou:
― Uma semana para pegar só essa porcaria? ― sacudiu a cesta. ― Que tipo de lixo leva tanto tempo? ― E em seguida, com malícia, pisou na mão do jovem ajoelhado.
― Eu sei que não é muito, mas, por favor, Xiao Chu, eu imploro! É tudo que eu tenho!
― Eu já disse. Se você quer, venha pegar. ― provocou Xiao Chu. ― Se bem que um lixo feito você não conseguiria nem em mil anos. ― Terminando de dizer isso, Xiao Chu chutou a cabeça do garoto ajoelhado, fazendo-o rolar para trás.
Vendo essa cena, os outros que estavam parados mais atrás sorriram, enquanto batiam palmas alegremente. Regozijaram-se assistindo o amigo humilhando o pobre indefeso.
Mas nem por isso, o de vestes simples desistiu. Ele se prostrou novamente e continuou implorando, batendo a cabeça, já sangrando, contra o solo.
― Xiao De, não importa o quanto implore, não vou lhe devolver nada. Se você quer isso de volta, venha e pegue com as próprias mãos. Essa é a lei do mais forte! Do contrário, esse será o presente do Jovem Nobre Bai. ― grunhiu Xiao Chu, incentivando Xiao De a lutar.
Contudo, Xiao De continuou prostrado, pedindo suas coisas de volta, implorando com uma voz piedosa.
Enquanto via toda aquela cena, Xiao Ning vagarosamente caminhou em direção aos jovens baderneiros. Enquanto andava, ele suspirava e balançava a cabeça. Em toda a sua vida sempre existiu esse tipo de idiota, que tenta levar vantagem sobre os mais fracos. Com passos calmos se aproximou dos seis. Não parecia irritado ou coisa do tipo.
Conforme chegava mais perto, Xiao Ning, que a todo momento usava seu Sentido Espiritual, examinou os garotos e descobriu que o assim chamado Xiao De se encontrava na 4ª Camada do Reino Mundano e os outros variavam da 5ª para a 6ª Camada.
O que segurava a cesta de bambu, Xiao Chu, era um dos dois que havia alcançado a 6ª camada do Reino Mundano.
― hm... Quem é você? O que está olhando? ― Quando viu Xiao Ning se aproximar, um dos garotos, de olhar mal-intencionado, foi logo dizendo.
Mas Xiao Ning não respondeu, apenas lançou um olhar breve para os outros em volta e depois para a cesta de bambu.
― Ei! Eu te fiz uma pergunta. Para onde você pensa que está olhando? ― O garoto, que se dispôs a tomar a iniciativa, chegou bem perto de Xiao Ning. E com uma voz ameaçadora, repetiu a pergunta.
― Eu olho para onde eu quiser. ― respondeu Xiao Ning, dando de ombros. ― Além do mais, esta cesta aí na sua mão não é sua, não é mesmo? ― Indicou a cesta de bambu, com um aceno de cabeça.
― E se não for, o que você tem a ver com isso? ― questionou Xiao Chu, dando um passo à frente.
― Nada demais. ― balançou os ombros casualmente. ― Eu só acho que vocês deveriam ter vergonha de roubar algo de um membro da própria Família.
― Membro da própria Família? Ahaha! ― Xiao Chu gargalhou alto e os outros seguiram seu exemplo, fazendo um coro harmonioso.
― Qual é a graça? ― disse Xiao Ning, arqueando as sobrancelhas. Não entendia o que tinha falado de errado. Escutara os outros chamar o que estava ajoelhado de Xiao De. Havia entendido mal?
― Esse lixo pode sim carregar o sobrenome Xiao, mas não passa de um membro inferior, de uma Família Secundária. ― debochou Xiao Chu, olhando com desprezo para Xiao De, que continuava ajoelhado.
― Ah, então esse é o caso. ― Xiao Ning balançou a cabeça, como se concordasse com tais palavras e continuou. ― Vocês são de fato mais idiotas do que eu pensei. Se possui o sobrenome Xiao, que diferença faz se veio de um ramo secundário ou não? Ele ainda é da Família.
Ao ouvir suas palavras, Xiao De levantou a cabeça e olhou para ele, esboçando um olhar surpreso. Por outro lado, os outros cinco garotos tinham expressões medonhas em seus rostos, algo que misturava um asco profundo e um desprezo intrínseco.
― Hunf! Você é um destes vermes! Igual aquele falso Patriarca! ― bufou Xiao Chu, parecendo irritado, cuspindo a palavra “Patriarca” com imenso desgosto.
Xiao Ning não ligou para a ofensa. Ficou mais curioso em saber o que o Patriarca tinha a ver com o que acabara de falar. Contudo, antes de fazer qualquer pergunta, foi interrompido por um dos jovens parados ao lado de Xiao Chu.
― ei, Irmão mais velho Chu, será que tem algo de interessante dentro daquele saco? ― disse, cutucando o companheiro com uma mão e apontando para a bolsa nas costa de Xiao Ning.
― oh, boa pergunta! ― exclamou Xiao Chu, demonstrando interesse para com a ideia sugerida. ― ei, Você! Passe isso para cá, agora mesmo! ― ordenou, acenando com a mão.
Xiao Ning lançou um olhar breve para a bolsa que estava segurando e depois para Xiao Chu. E arqueando as sobrancelhas, grunhiu:
― Eu não!
― Garoto, se você sabe o que é bom para sua saúde, obedeça o irmão Chu e nos entregue essa bolsa. ― ameaçou um dos baderneiros, com uma voz ameaçadora.
― Se querem tanto assim agradar aquele tal de “Jovem Nobre Bai”, por que não vão e procurem algo valioso por vocês mesmo. Se bem que, com essas caras de imbecis, eu duvido que saibam diferenciar um Capim Malaqui de uma grama normal. ― desdenhou Xiao Ning, balançando a cabeça e dando um sorriso debochado, como se o que acabara de falar fosse muito inteligente.
― Seu lixo! Como ousa denegrir o bom nome do Jovem Nobre! ― Sem qualquer aviso, um dos garotos que estava mais perto de Xiao Ning, soltou um rugido e saltou com os punhos fechados.
Pego de surpresa com a ação repentina, Xiao Ning se abaixou no último segundo. Mas, assim que fez isso, o pé de outro alguém lhe acertou o peito. A lança em uma mão e o saco de pano na outra, rolou para trás e caiu de braços abertos.
No momento em que se estatelou no chão, Xiao Ning rapidamente olhou para o lado, preocupado com o pote de vidro acomodado dentro do saco. No entanto, antes que pudesse verificar se estava ou não quebrado, uma sola, manchada de barro, desceu na direção de seu peito.
Ele rolou para o lado, desviando da sola e com um pulo se levantou. Mas no instante em que fez isso, um garoto voou com os dois pés na direção de seu peito. Sabendo que não conseguiria desviar a tempo, Xiao Ning reuniu um pouco de Energia Espiritual em seus antebraços e se protegeu.
“Buf!”
O som do impacto ecoou e Xiao Ning deu alguns passos para trás, enquanto o agressor que o atingiu, caiu de costas no chão, mas no mesmo segundo se levantou e correu de volta para os companheiros. Sentindo os antebraços doloridos, um tanto adormecidos, Ning sacudiu as mãos, fazendo o sangue fluir através das veias. Embora esperasse receber algum dano, devido a diferença entre os níveis de cultivo, o ataque havia sido mais forte do que deduzira de início. Aqueles garotos pareciam ter pés de aço.
Enquanto Xiao Ning se encontrava na 4ª Camada do Reino Mundano, dois dos cinco baderneiros estavam na 6ª Camada, enquanto os outros três na 5ª. Então, já era de se esperar uma disparidade em suas forças. Mas seus ataques eram inesperadamente sólidos e precisos.
Contudo, não havia como negar, Xiao Ning estava impressionado, até, até mesmo, admirado! Esses jovens encrenqueiros eram muito bem coordenados. Afinal, em qual lugar eles haviam aprendido a lutar daquela forma?
Era de se esperar que um cultivador soubesse batalhar, mas o que aqueles cinco garotos, de dezesseis à dezessete anos, mostraram estava além. Eles exibiram um sincronismo perfeito um com o outro e isso exigia experiência e familiaridade entre os envolvidos. Mesmo em seus cinco mil anos, ele podia contar nos dedos o número de grupos que demonstraram tal sintonia durante uma luta, era como se estivessem lendo as intenções uns dos outros e atacando de comum acordo.
Cultivadores eram egoístas e tendiam a agir sozinhos. Por esse motivo, o que foi mostrado por aqueles jovens estava além do espantoso. Se eles fossem um grupo de velhos, com alguma experiência em campo de batalha, então isso não seria assim tão surpreendente. Mas Xiao Ning duvidava que eles sequer já tivessem deixado a Cidade da Fronteira do Caos na vida.
Assim sendo, onde diabos eles haviam aprendido a se mover de maneira tão coordenada?
Bem, seja como for, se Xiao Ning não prestasse atenção, acabaria levando uma surra.
Antes de continuar a batalha, Xiao Chu deu um passo à frente e com um tom glorioso, falou:
― Até que para um verme, você sabe rastejar. ― zombou, dando um sorriso satisfeito. E em seguida, os colegas, feito um coro de hienas querendo agradar o chefe, gargalharam alto. ― Te darei uma última chance. Entregue esse saco em sua mão. Do contrário... ― Terminando de dizer isso, ele apontou o dedo indicador para Xiao Ning e da ponta surgiu uma luz vermelha.
Xiao Ning olhou para o ponto vermelho com a mesma expressão tranquila de sempre. Apesar da exibição impressionante de coreografia, ele não estava com medo. Afinal, faltavam-lhes experiência. Dessa forma, mantendo a calma, colocou o saco de pano no chão e girou a lança entre os dedos.
― Eu já falei! Se quiser agradar seu “Jovem Nobre”, vá você mesmo procurar preciosidades. ― disse, enfatizando o “Jovem Nobre”, como se fosse uma forma de zombaria.
Ouvindo-o debochar pela segunda vez de seu herói, os baderneiros ficaram irados. Eles se prepararam para atacar de novo. Queriam quebrar seus ossos, até o último. Mas, de repente, uma linha vermelha cruzou na direção de Xiao Ning em uma velocidade assustadora. Era fina, da grossura de um polegar. Porém, parecia estar carregando um poder considerável.
Como se já não bastasse a pouca distância entre os dois, a velocidade exibida pelo raio vermelho era alarmante. Parecia que Xiao Ning não conseguiria desviar a tempo, pois ficou parado no mesmo lugar, sem arredar um passo sequer. Mas então, da ponta da lança feita de Sequoia Cinzenta, um fogo emitindo um brilho intenso surgiu. E demonstrando incrível reflexo e velocidade, Xiao Ning cortou em frente, como se fosse uma espada, na diagonal.
Uma labareda ardente foi projetada da ponta de Aço Rochoso e se chocou contra a luz vermelha.
Por um instante, pareceu que as duas forças se destruiriam, pois a luz continuou tentando perfurar em frente e a lança a bloqueou, empurrando-a para trás. Contudo, após um lampejo intenso, o raio vermelho se fragmentou em diversas centelhas. E a labareda, sem obstáculos em seu caminho, dançou de encontro aos garotos.
Os cinco jovens saltaram para trás e desviaram facilmente do fogo, que não era assim tão rápido. Entretanto, não deixaram de ficar abismados com o poder demonstrado pela labareda. Em especial, Xiao Chu, que ficou boquiaberto.
― Como isso é possível? Como ele destruiu o meu Dedo Escarlate? ― murmurou, parecendo chocado. ― Essa é uma Técnica Mundana, dada a mim pelo Jovem Nobre Bai. Como isso é possível?
Enquanto Xiao Chu parecia incapaz de aceitar a realidade, Xiao Ning soltou um suspiro de alívio. Se ele não tivesse conseguido usar a Técnica do Bafo do Dragão: Língua de Fogo, junto à lança, estaria com grandes problemas.
No entanto, agora não era hora de comemorar. Xiao Ning queria acabar o quanto antes com isso e ir caçar monstros. Assim sendo, girou a lança entre os dedos, e bradou:
― Bafo do Dragão: Língua de Fogo!
Uma labareda foi lançada bem no meio do grupo, obrigando-os a se separarem. Entretanto, ninguém foi atingido.
Mas isso não importava, pois no instante seguinte, Xiao Ning correu de encontro aos dois que pularam para o lado direito. E, demonstrando sua maestria em batalha, faíscas azuis cheias de vida dançaram pela madeira do cabo da lança, quando essa foi estocada para frente.
― Palma Elétrica! ― disse Xiao Ning, com tranquilidade, no momento em que acertou um dos garotos, usando a parte de trás da lança.
E no mesmo instante, o jovem em questão caiu no chão conforme seu corpo tremia, convulsionando, e seus membros se tornaram mais rígidos.
Vendo isso, o outro garoto deu um salto para trás e gritou:
– Técnica do...
Porém, antes que pudesse terminar de falar, seu rosto foi atingido em cheio pela lateral da lança, fazendo-o dar uma cambalhota no ar, girando inutilmente de lado. Antes mesmo de cair no chão, ele já estava desmaiado. Xiao Ning sequer precisou usar uma Técnica de Combate.
Logo após, dois garotos saltaram em direção a Ning, enquanto gritavam a plenos pulmões:
― Lágrimas de Jade! ― bradou o da direita. E vários flocos verdes começaram a se reunir em sua volta.
― Projeção Espiritual! ― rugiu o da esquerda. E uma névoa roxa surgiu em torno de sua mão.
Xiao Ning, também invocou o Bafo do Dragão: Língua de Fogo e as três técnicas se chocaram. Um estampido depois, as Lágrimas de Jade e a Projeção Espiritual dos baderneiros foram destruídas. Os dois ficaram estupefatos. Contudo, para Xiao Ning, esse era o resultado esperado, afinal a técnica do Bafo do Dragão era do Reino do Despertar, sem falar que ela havia sido fundida com as Chamas da Essência, tornando-a ainda mais poderosa.
Fracassando em seu ataque, os dois tentaram recuar. Mas, Xiao Ning, com um movimento horizontal, varreu ambos com sua lança. E quando a Palma Elétrica foi ativada, eles não puderam fazer nada a não ser tentar soltar um grito estridente, que ficou preso na garganta.
Agora só restava Xiao Chu, o qual se encontrava parado a uma distância segura, longe do alcance do Bafo do Dragão, com seu dedo apontado para Xiao Ning. Os dois se encararam por um tempo, até que Ning se moveu e sugeriu:
― Eu já derrubei quatro dos seus amigos. O único que sobrou foi você, mas sua técnica Dedo Escarlate é mais fraca que o meu Bafo do Dragão. Então, que tal, você deixa o cesto e leva seus amigos? ― Xiao Ning era uma pessoa preguiçosa quando não se tratava de Alquimia. Ele sabia que em breve os que foram derrubados com a Palma Elétrica iriam se levantar, pois essa não era uma técnica muito poderosa e, ainda mais, eles estavam em um nível maior. Assim sendo, se pudesse acabar com isso dessa forma, seria perfeito.
Xiao Chu ficou em silêncio por um instante, ponderando sobre a proposta, quando por fim baixou o dedo e colocou o cesto no chão. Em seguida, caminhou até os amigos caídos e como Xiao Ning havia previsto, aquele que tinha sido atingido primeiro pela Palma Elétrica se levantou ainda meio grogue e com a ajuda dele, o líder dos encrenqueiros carregou o restante.
Porém, quando começou a se afastar, Xiao Chu olhou para trás e disse:
― Eu não sei quem é você, mas terei a certeza de informar ao Jovem Nobre sobre o ocorrido de hoje. ― ameaçou, com olhos vibrantes.
― Por mim tudo bem. ― respondeu Xiao Ning, dando um sorriso descontraído e acenando em despedida.
Então, sentindo-se frustrados, Xiao Chu e os outros se viraram e partiram.
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