Super Gene Chinesa

Tradução: Pumpkin

Revisão: Pumpkin


Volume 6

Capítulo 557: Anormal Vale das Cobras.

No início, pensaram que Han Sen possuía asas e que planejava voar sobre o vale para atrair a rainha cobra para fora, visto que era quase impossível alguém descer andando até lá. A profundidade da neve era capaz de enterrar qualquer humano, sem falar que cair lá era o mesmo que cair em uma cova de neve ocupada por cobras hostis, o que seria a morte certa.

Voar podia ajudar, mas nem tanto também, porque as cobras de gelo também possuíam a capacidade de voar, e assim uma batalha desequilibrada aconteceria rapidamente. Elas até não podiam voar muito alto, mas ainda era impossível escapar da perseguição delas, enquanto estivesse no vale de gelo.

Foi por isso que pensaram que a decisão do Han Sen de entrar sozinho era um ato suicida.

Mas lá estava ele, percorrendo o vale e sem asas.

A verdade era que Han Sen havia aprendido a Pele de Jade, então não ficou com medo de ser congelado. No entanto, não significava que queria ser mordido pelas cobras.

Quando entrou Vale de Gelo, Han Sen saltou correndo. Enquanto corria, seus passos eram tão leves que deixavam apenas uma pegada rasa na neve, que só era possível notar prestando muita atenção.

Passo Celestial, além de pegar emprestado a força do próprio ar, também permitia que o usuário ficasse tão leve quanto uma nuvem. Com o domínio dela, era totalmente possível atravessar campos nevados sem deixar nenhum rastro.

Imóveis, os Evoluídos que ficaram para trás observaram Han Sen indo e ficaram estarrecidos, não conseguindo acreditar que Han Sen era só um “Evoluído”.

Todavia, mesmo o corpo dele ficando tão leve, ainda atraiu a atenção das cobras de gelo. Ele notou duas saltando de suas criptas brancas e nevadas.

Essas criaturas com escamas brancas brilharam de um jeito ofuscante sob o Sol daquele dia. Elas esticaram os corpos e abriram as asas como cigarras gigantes. Depois afundaram na direção dele, mas acabaram passando direto por ele, então giraram no ar e tentaram de novo.

Han Sen havia lido os perfis das cobras antes e sabia que elas possuíam asas. Podiam até não voar alto, mas eram incrivelmente habilidosas no voo. Por causa disso, sabia que não podia correr o risco de desacelerar, de modo que avançou desviando dos ataques delas.

Ele não matou as duas cobras de gelo porque só queria atrair a rainha cobra para fora. Sem falar que o cheiro de sangue podia atrair todas as outras cobras do vale, e isso só o deixaria em apuros.

Portanto, ignorou a perseguição das duas e continuou avançando. Ocasionalmente, mais algumas cobras se juntaram, mas não representavam uma grande ameaça para Han Sen, que percorreu a neve e continuou se esquivando de cada ataque, enquanto avançava para o desfiladeiro.

Os Evoluídos esperando se entreolharam, todos estarrecidos. Era extremamente raro testemunhar um Evoluído tão habilidoso.

— Vocês acham que ele consegue atrair a rainha? — um Evoluído perguntou com um olhar estranho, enquanto observava a sombra fugaz e humanoide se esquivando de ataques no vale.

— Não sei bem. É tenso quando estamos falando dele — um evoluído respondeu.

— O chefe quer que a gente colete o máximo possível de informações sobre ele, mas será que vai acreditar se contarmos tudo o que estamos vendo?

— Espero de verdade que o chefe não nos obrigue a ir contra ele. Esse cara é assustador demais. Se ele fosse meu inimigo, eu nem conseguiria dormir direito. Mesmo tendo muita proteção, ainda ficaria com medo de ser decapitado. O nível da habilidade dele é assustador.

— Eu quem diga. E até que seguir ele não é uma má ideia, até porque não é tão cruel e orgulhoso como o Deus Negro. Dá até para argumentar com Han Sen.

Em pouco tempo, Han Sen desapareceu da vista deles. A Montanha Nevada tinha mais de 50 quilômetros de extensão, e tudo o que ele sabia era que a rainha cobra estava em algum tipo de caverna de gelo no meio do vale, então decidiu ir nessa direção.

Quando passou da marca de 5 quilômetros, já estava sendo perseguido por umas 300 cobras de gelo, o que surpreendentemente era um bom resultado. Se tivesse matado apenas uma cobra de gelo, mais de dez mil estariam mordendo seus calcanhares.

— Que estranho. A caverna de gelo não deveria estar na marca dos 15 quilômetros?  Já corri quase 20 quilômetros. Por que não achei ainda? — Han Sen ficou intrigado. Nesse momento, já havia 1.000 cobras atrás dele, mas teve sorte de ser habilidoso o suficiente para ultrapassar e desviar de todos os ataques.

Contudo, com o passar do tempo, chegou a um golfo estreito de encostas íngremes e de gelo, onde só possuía caminho adiante. No entanto, ainda não conseguia ver nenhuma caverna de gelo.

Os arquivos diziam que o corpo da Rainha Cobra de Gelo com Olhos Prateados era enormíssimo, com pelo menos 100 metros de comprimento. Dessa forma, necessitava-se uma caverna com 200 metros de largura para ela caber, então seria difícil não notar a entrada para tal covil subterrâneo.

Han Sen correu por mais 5-10 quilômetros, mas ainda não viu sinal da caverna de gelo ou do suposto covil, de modo que começou a se perguntar se foi enganado, ‘será que a equipe de inteligência errou? Foi coincidência? Ou foi de propósito?’.

Só que percebeu que isso não era possível após pensar melhor. A informação era bastante datada, e eles não tinham ideia de que Han Sen estava planejando matar a rainha cobra; portanto, seria impossível fazer algo assim em tão pouco tempo.

Hmm, achou que vou me aprofundar mais. — Han Sen continuou avançando, quando algo estranho chamou sua atenção.

O bando de cobras de gelo em sua perseguição era agora significativamente menor. Quanto mais avançava, cada vez mais cobras desistiam de perseguir; assim, alguns quilômetros depois, não havia mais nenhuma.

Han Sen sentiu um calafrio e falou: — Será que este é o território da rainha cobra? E elas não ousam se aproximar mais? Mas esse também não parece ser o caso, porque as cobras de gelo devem proteger a rainha cobra, não fugir.

Han Sen pensou que tinha algo errado no Vale de Gelo, pois alguma coisa devia ter acontecido para estar diferente. Ele olhou ao redor, mas não conseguiu ver o que havia de errado com a região. Por causa da neve ao redor, não conseguiu detectar a presença de mais cobras de gelo; além disso, um silêncio ensurdecedor agora permeava a atmosfera do vale.

O sol, originalmente visível no céu, tornou-se encoberto por nuvens carregadas. Neve caía e, embora não fosse densa, transpassava uma sensação indescritível de desolamento. Não havia vento para carregar a neve, então caiu verticalmente se fundindo com a neve que já cobria o vale. Era uma sensação de deixar o coração palpitando mais rápido.

— Já cheguei até aqui, não posso voltar atrás agora. — Han Sen não queria desistir ainda, então cerrou os dentes e seguiu em frente.

De qualquer jeito, possuía uma Asa de Linhagem Sagrada de Variante Furiosa, então podia voar para longe a qualquer momento. Por causa disso, as cobras não conseguiriam capturar Han Sen, caso decidissem voltar. Destarte, não havia nada para temer.

Han Sen percorreu mais 10 quilômetros sem encontrar uma única cobra. Após essa árdua jornada, ele chegou a uma parede de gelo na frente, mas o problema era que ficou encurralado na direita e na esquerda por geleiras letais; havia chegado ao final do desfiladeiro.

De repente, Han Sen conseguiu identificar a presença de uma caverna na parede de gelo à sua frente, só que não era o que esperava, visto que possuía três metros de altura e só um de largura. Parecia estranho por ter essa altura e finura.

Ele não conseguiu ver nada só pela entrada, então invocou a armadura dourada e o glifo e depois se adentrou.


📝 Capítulo semanal: 2/4.

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