Volume 3
Capítulo 168: Fuga
Um pouco grogue, uma bela mulher oriental de mais ou menos 27 anos acorda num chão frio e sujo. Depois de finalmente acordar, suas últimas memórias despertam e ela se lembra de ter sido sequestrada em um beco na cidade depois de fugir daquelas pessoas.
“Eu realmente não tenho sorte.”
Pensou a menina lamentável enquanto suspirava. Depois de finalmente se acalmar, ela começou a olhar o ambiente em que estava.
Nesse momento, ela estava sentada no chão de uma jaula suja. Era como qualquer outra jaula, igual às de uma delegacia.
Ao lado dela havia várias mulheres diferentes, todas bonitas. Nesse momento, por algum motivo, todas estavam com os olhos fechados sem se mover.
Ela então olhou para o lado de fora da jaula, e viu que havia outra jaula de frente para a sua que também tinha um monte de mulheres sentadas, ou deitadas, sem se moverem.
Assim que ela olhou tudo em volta, de repente, ela percebeu que, na frente da jaula, havia um homem branco alto e forte deitado no chão sem se mover.
Vendo que todos a sua volta estavam desse jeito, ela se aproximou de uma das mulheres na jaula para ver se estavam vivas, e ao verificar, ela suspirou de alívio.
Ela então se aproximou das barras da jaula e olhou atentamente para o homem. Ele vestia roupas todas pretas, e sua camiseta preta tinha, nas suas costas, a palavra “Staff” escrito.
Assim que viu isso, os olhos da mulher brilharam, e ela começou a revistar as roupas do homem. Pelo fato do homem ter desmaiado tão próximo da jaula, ela conseguia tocá-lo facilmente.
Depois de revirar os bolsos da calça, ela com sorte achou um molho de chaves. Com um sorriso no rosto, ela abriu silenciosamente a jaula com o maior cuidado para não fazer barulho.
Depois de abrir a jaula, e ver que não tinha ninguém por perto, ela foi até as mulheres que estavam na jaula com ela e começou a tentar acordá-las.
Ela tentou de todos os jeitos possíveis. Fez barulho perto do ouvido, deu pequenos empurrões, deu tapas no rosto e até mesmo abriu os olhos…
Mas não importa o que ela fazia, nada dava certo.
Suspirando, a mulher só podia amaldiçoar a falta de sorte dessas mulheres.
‘Elas foram cair no sono logo num momento desses?’
Na verdade, ela sabia que não era tão simples assim. Pelo visto, tinham outras jaulas além dessa, sem falar que cada jaula tinha um homem diferente estatelado no chão ao lado.
Então, por algum motivo, todas as pessoas aqui simplesmente desmaiaram…
Bom, como não podia fazer nada, a mulher saiu com muito cuidado desse lugar cheio de jaulas.
Assim que saiu, um salão cheio de mesas de comida e mulheres usando poucas roupas apareceu na frente dos olhos dela.
Olhando em volta em dúvida, seus olhos saltaram quando viu um homem em cima de uma mulher, obviamente estavam tendo um bom momento quando de repente desmaiaram.
A mulher era tímida, já que nunca tinha visto algo assim antes, então ela desviou os olhos e começou a olhar em volta.
Depois de um tempo, ela encontrou muitos outros lugares diferentes. Tinha um resort de água, tinha uma sala de sinuca, tinha uma sala de xadrez… E esses lugares não eram a saída.
O que assustou essa mulher foi que, sem exceção, todas as pessoas nesse lugar estavam desmaiadas.
Onde quer que ia, em todas essas salas, todas as pessoas estavam desmaiadas, o que intrigou a mulher, que ficou curiosa, e ao mesmo tempo a encantou, porque isso ia garantir sua fuga.
Depois de olhar por um tempo, ela finalmente encontrou um grande salão que tinha muitos jogos de azar. Nesse salão, ela encontrou uma grande porta de ferro e saiu facilmente.
Do outro lado da porta, havia dois homens desmaiados no chão, mas ela não se importou, e começou a correr para fora dali.
Depois de atravessar o corredor, e subir as escadas, ela finalmente chegou do lado de fora. Assim que saiu, ela suspirou, e começou a olhar em volta cautelosamente.
Até agora foi muito fácil, mas ela não era burra, as coisas não iam ser tão fáceis assim não.
Sem falar que eles já devem estar perto nesse momento…
‘A prioridade agora é conseguir um carro.’
Foi o que ela pensou enquanto andava cautelosamente pelas calçadas dessa rua.
Nesse momento, uma mulher loira apareceu na sua frente. Assim que viu essa mulher loira, ela ficou cautelosa e deu alguns passos para trás.
Vendo isso, Mary tirou um distintivo e mostrou para mulher. Ao ver esse distintivo, ela suspirou de alívio e falou:
“Você é da polícia?”
Mary assentiu hesitantemente e falou:
“Interpol.”
Assentindo com a cabeça, a mulher falou:
“Escuta, tem muitas pessoas presas lá embaixo igual a mim.”
Mary já sabia. Ela tem investigado esse lugar nos últimos três dias. Esse lugar foi aberto recentemente, tem só uma semana, mas ela teve sorte de pegar uma pista uns dias atrás sobre esse lugar, que ficou muito conhecido entre os ricos e influentes.
Assim que pegou essa pista, ela rapidamente conseguiu chegar a esse lugar, e usou os últimos três dias para vigiá-lo, esperando uma brecha para derrubá-lo.
Honestamente, para Mary, é impossível destruir um lugar desses já que ela não tem poder para tal. Com seu poder, ela só pode mover uma dúzia de homens, e isso não é suficiente nem de longe para suprimir os muitos guardas lá dentro.
Ela também não pode pedir reforço da central, já que essa é uma missão independente. Mesmo que ela transformasse essa missão em algo maior, a chance de que a central não fizesse nada é grande.
Isso porque para um lugar desses se manter funcionando, precisa de pessoas em altos cargos públicos com muito poder de influência e dinheiro.
Obviamente, terão influência até na Interpol.
É claro, se ela conseguir suprimir esse lugar usando só a sua autoridade, embora seja difícil, talvez a central aceite isso…
Mas para fazer isso é praticamente impossível.
Sem falar que, mesmo que consiga, ainda tem chances relativamente altas de que os que estão por trás de tudo isso usem sua influência para proteger o lugar…
Portanto, em muitos pontos, esse lugar era difícil de destruir, mas como uma pessoa reta e justa, ao ver um lugar como esse, ela não podia simplesmente ignorar.
Assim que viu essa mulher saindo, Mary veio ver o que estava acontecendo. Essa mulher parecia uma civil, e na verdade parecia estar fugindo lá de baixo, ela estava curiosa.
“Como você fugiu?”
A mulher sorriu amargamente e respondeu:
“Eu também não sei. Quando acordei, todas as pessoas lá embaixo estavam desmaiadas.”
Ouvindo isso, os olhos de Mary se alargaram enquanto perguntava com a voz tremendo:
“D-Desmaiadas? Tem certeza?”
A mulher assentiu com a cabeça, e Mary então parecia animada enquanto puxava um celular e discava:
“Por que não atendem?”
Os reforços que estava chamando não atendem, então ela hesitou enquanto olhava para a entrada, antes de tomar uma decisão e falar para a mulher enquanto apontava para um prédio:
“Se esconde naquele prédio. Eu vou pedir reforços e já volto.”
Seus reforços estavam por perto, então ela decidiu ir lá chamá-los diretamente.
Ouvindo isso, a mulher hesitou, antes de apertar os dentes e decidir colocar a sua segurança nas mãos da Interpol. Pelo menos, é melhor do que ficar vagando por aí, ela pensou silenciosamente.
Mas ao se lembrar de suas circunstâncias, ela se lembrou que precisava ficar dentro de um carro.
Nesse momento, assim que Mary estava saindo, e a mulher estava procurando um carro para se esconder, passos suaves começaram a soar a partir da escadaria.
Mary colocou a mulher nas suas costas enquanto apontava com a arma em direção à escada, e assim que ela pensou que essa situação parecia familiar, um menino de quinze anos subiu as escadas e apareceu na entrada da escadaria.
O menino tinha cabelo curto, olhos brilhantes e profundos, uma disposição impressionante, um corpo alto e magro para a sua idade, com pernas e braços longos.
Assim que viu esse menino, Mary relaxou a arma, sabendo que era inútil usá-la contra esse menino.
Só que tinha algo que intrigou um pouco Mary.
O menino antes entrou no prédio sozinho. Ela viu com seus próprios olhos pela janela. Quando ele desapareceu, reapareceu de frente da entrada subterrânea, e entrou sozinho.
Mas nesse momento, esse menino subia as escadas levando uma pequena menina doce que devia ter mais ou menos dez anos.
Essa menina era extremamente bonita, com uma pele branca, cabelos brancos e olhos de rubi vermelhos.
Embora a aparência dessa menina assustasse Mary um pouco, ela recuperou a compostura e olhou vigilantemente para o menino:
“O que aconteceu lá embaixo?”
Baijian olhou para Mary e falou:
“É a sua vez, faça a limpeza.”
Ao se lembrar do relato da mulher nas suas costas de que todos estavam desmaiados, e ouvindo essas palavras do menino, ela entendeu mais ou menos o que aconteceu.
Suspirando, ela falou:
“Eu não sei se posso resolver isso.”
Ela entendeu o que o menino queria. Como ele derrubou todas as pessoas nesse lugar, se simplesmente fosse embora, todos acordariam e continuariam normalmente.
Por isso, ele precisa de alguém com os recursos dela, ou seja, os recursos da polícia internacional, para limpar a bagunça, prendendo todos os criminosos dentro e resolvendo as questões legais de forma limpa.
Em termos simples, ela é a faxineira.
Mas ela sabe os seus próprios limites, e por isso sabe que a chance é alta de que mesmo que o menino entregue todos lá dentro de bandeja, tudo dê errado.
Ela sabia disso, porque é uma mulher experiente, já passou alguns anos fazendo esse tipo de trabalho e já viu muita coisa.
Ela não ficou espantada sobre o poder de Baijian justamente por isso. Ela sabe até sobre a existência dos cultivadores.
Por isso, sabe que, com sua atual autoridade, fazer algo assim é bem difícil:
“Eu não tenho autoridade o suficiente para lidar com esse assunto. Mesmo que me entregue todos eles numa bandeja, tem uma chance muito alta de que os que estão por trás acabem manipulando tudo, e eu não consiga resolver nada.”
Ouvindo isso, os olhos de Baijian brilharam friamente por um segundo antes de desaparecer. Baijian odeia essas pessoas que fazem esse tipo coisas usando influência e poder para esconder tudo.
Assim que Ye Hong entrou no poder, e se instalou, a primeira coisa que ele perguntou foi:
“Eles têm alguma coisa suja?”
Isso porque, se a família Ye tivesse algo nesse nível escondido, Baijian sentiria desdém deles… Ele não gosta desse tipo de lugar.
O bom é que, de acordo com Ye Hong, antes de o seu avô assumir, na época do seu bisavô… Para ser mais preciso, um pouco antes disso, tinha vários lugares assim que eram gerenciados pela família Ye.
Na época do bisavô, ele destruiu vários lugares assim, mantendo só alguns, e foi então que o avô de Ye Hong finalmente acabou com todos.
Lugares assim rendem lucros exorbitantes. Por que em troca do esforço contínuo para mantê-lo funcionando, todos os frequentadores que são geralmente políticos e milionários, gastam uma fortuna por dia em tal lugar.
É extremamente lucrativo.
Para antiga família Ye, que colocava lucro acima de tudo na época de antes do bisavô de Ye Hong, esse tipo de lugar era obrigatório ter.
Mas quando o bisavô de Ye Hong assumiu o poder, na verdade, quando ele teve um filho, ou seja, seu avô, ele criou consciência e começou a destruir muitos deles, só deixando alguns para aumentar a receita da família.
O avô de Ye Hong foi ainda mais extremo, quando simplesmente destruiu tudo. Na época, ele foi muito criticado por seu pai e as pessoas dos outros ramos da família por cortar uma parte da fonte de renda.
Seu posto de líder foi até mesmo ameaçado.
Mas em troca de destruir essas coisas, o avô de Ye Hong foi a extremos, finalmente conseguindo acordos de comércio, reganhando a mesma renda de antes, e ainda mais.
Como tudo foi resolvido, o assunto foi deixado para trás.
Baijian olhou silenciosamente para o olhar impotente de Mary, antes de falar uma série de números e continuar:
“Ligue para esse número que acabei de falar e fale: Baijian me mandou ligar. A pessoa vai saber do que se trata. Peça para ele lhe ajudar nisso.”
Ouvindo isso, os olhos de Mary brilharam, e assim que ela ia falar alguma coisa, o menino levantou a bela menina de dez anos e desapareceu.