Soul Eye Brasileira

Autor(a): ReaderBecameWriter

Revisão: Blame


Volume 1

Capítulo 36: Agora que aprendi, vamos para o plano

Baijian lentamente se aproximou do cadáver e olhou profundamente para o primeiro homem que matou. Ele foi até a espada do homem que estava caída no chão e tentou pegá-la.

Ao encostar na espada, ele sentiu um pequeno choque elétrico e rapidamente tirou a mão.

“Eu duvido que esse seja um mecanismo da espada… Parece que seja lá o que devo fazer aqui, tenho que usar apenas o arco como arma.”

Baijian olhou em volta para ver se encontrava alguma coisa.

Nesse momento, muitos barulhos vieram do céu. Os barulhos não eram altos, mas eram em grande quantidade. Ao olhar para o céu, Baijian avistou um bando de águias.

Cada águia devia ter cerca de um metro de comprimento. Ele contou rapidamente. Haviam exatas cento e sessenta e cinco águias que pareciam estar vindo na sua direção.

Baijian esperou um pouco, mas parecia que as águias não iam parar. Então ele pegou o arco novamente e começou a disparar flechas.

Ele se acostumou a disparar flechas durante a última luta e agora conseguia fazê-lo rapidamente.

Baijian disparou dez flechas em alguns segundos, acertando nove águias, errando apenas uma flecha.

Depois de ver que havia matado nove águias, correu para a floresta.

O número de águias era enorme e ele estava no meio de uma colina, sem cobertura nenhuma.

Seu plano inicial era usar as árvores como cobertura.

E parece que seu plano foi a melhor escolha, as aves começaram a circular em volta da floresta à sua procura.

Baijian rapidamente subiu em uma árvore e, através das folhas, ficou olhando para as águias no céu.

Ele ficou assim por dois minutos até que uma das águias fez um enorme barulho e começou a vir em sua direção.

“Parece que me descobriram… Águias tem mesmo ótima visão.”

Baijian rapidamente desceu da árvore e se escondeu nos arbustos.

Mesmo que tivesse sido descoberto, as árvores eram muitas e não tinha espaço para essas águias voarem, então uma ou duas desceram para ir atrás de Baijian.

Quando uma águia veio, Baijian disparou uma flecha.

Após a flecha acertar, ele começou a correr enquanto prestava atenção atrás. Quando outra águia veio, ele disparou novamente.

Ao afastar-se o suficiente, começou a andar lentamente pela floresta em busca de um esconderijo.

Mas as águias não pareciam desistir. Elas se separaram e começaram a pentear a floresta em busca de Baijian.

Depois disso, as águias encontraram Baijian várias vezes. Baijian sempre usava o mesmo plano, e por isso sempre conseguia fugir.

Essa situação durou 10 horas.

Nesse ponto, Baijian não estava exatamente cansado, mas certamente estava entediado.

Tornou-se repetitivo: As águias não conseguiam fazer nada e Baijian sempre adotava a mesma estratégia já que sempre funcionava.

Lentamente, o número de águias diminuiu.

De vez em quando apareciam mais águias de outro lugar, se juntando na busca. Mas depois de 10 horas, o número de águias procurando no céu era vinte.

Quando viu o número reduzido, Baijian rapidamente começou a se mover e foi até a colina onde tinha aparecido pela primeira vez.

Ao chegar à colina, as águias o avistaram e voaram na sua direção. Vendo isso, Baijian começou a lançar uma série de flechas.

Ele só errou duas, pois as águias se esquivaram. Mas no final, todas as restantes vinte águias morreram para as flechas de Baijian.

Depois de matar todas as águias, Baijian começou a andar lentamente em direção ao castelo, a coisa mais chamativa em todo esse lugar.

Quando chegou perto dos portões, dois guardas que estavam em cima da muralha o viram, pegaram seus arcos e dispararam contra Baijian, que rapidamente se esquivou e correu para trás de uma árvore.

Esse impasse continuou por alguns segundos, quando entãoo Baijian correu para fora do esconderijo com o arco na mão, preparado para atirar.

Assim que saiu, ele atirou uma flecha que acertou um dos guardas na cabeça.

O outro guarda também estava com uma flecha preparada e a disparou, mas errou já que Baijian era rápido demais e, depois que se esquivou, atirou outra flecha.

O guarda queria se desviar, mas descobriu incrivelmente que a flecha que estava vindo em sua direção estava indo para o lugar que ele estava se esquivando.

“Ele previu para onde eu esquivaria…”

Era tarde demais e uma flecha penetrou na sua cabeça.

Depois que os dois guardas morreram, vários soldados começaram a aparecer em cima da muralha, só para ver uma criança de três anos segurando um arco curto na mão.

Ao ver isso, os soldados ficaram enfurecidos. Os portões se abriram, e sete soldados saíram, correndo com fúria em direção ao garoto.

Eles carregavam espadas, usavam armaduras de malha e tinham corpos robustos.

Baijian rapidamente correu fundo na floresta. De vez em quando ele atirava uma flecha para trás, mas a flecha errava.

Depois de alguns minutos de corrida, os sete soldados perderam Baijian. Eles rapidamente começaram a se separar para procurar.

Não levou muito tempo. Com estratégias de se esconder, atirar e matar, em alguns minutos, todos morreram.

Baijian surgiu da floresta e apareceu novamente em frente ao portão, só para ser encarado por vários soldados que estavam em cima da muralha.

Todos eles estavam confusos sobre porque o garoto voltou. Baijian olhou para eles profundamente e então foi embora.

Ele agora tinha um objetivo: Se infiltrar no castelo.

De acordo com o tamanho do castelo, Baijian julgava que havia entre trezentos a quinhentos soldados…

É irrealista matar todos, até porque eles não são que nem aves sem cérebro.

Sem falar que todos são fortes.

Embora Baijian tenha pensado num plano louco para dizimar todos esses soldados, ele rapidamente desistiu já que daria muito trabalho.

Todos os soldados que Baijian encontrou até agora tinham almas imundas, então ele não teve dó em matá-los.

Com um objetivo em mente, Baijian se escondeu profundamente na floresta.

Dois dias se passaram.

Baijian comia frutas das árvores, bebia água dos rios e dormia em cima das árvores. Isso porque ele descobriu que de noite existiam muitos lobos que andavam pela floresta em busca de alimento. Em cima das árvores os lobos não conseguiam alcançá-lo.

Durante os dois dias, Baijian vigiava atentamente o castelo, circundando-o, avaliando-o e procurando uma forma de se infiltrar.

Depois de procurar por um tempo, ele encontrou uma pequena falha na troca de guardas. Numa noite, ele colocou o plano de infiltração em prática.

Foi um sucesso, e ele conseguiu facilmente entrar no castelo sem que ninguém o percebesse. Ele começou lentamente a explorar o castelo.

O castelo de verdade ficava no centro. Em volta do castelo tinham muitas casas. As casas eram precárias: muitas vezes de madeira velha.

Ele andou secretamente para que ninguém conseguisse encontrá-lo, e quanto mais andava pela cidade, mais chocado ficava.

As pessoas na cidade eram muitas vezes esqueléticas ou doentes.

Homens, mulheres, jovens, crianças, velhos…

Todos os tipos de pessoas, com rostos doentes e corpos desnutridos.

De vez em quando, soldados patrulhavam as ruas e as pessoas saíam da frente, com visível medo em seus rostos.

As vezes, alguns desses soldados se irritava com algo banal e batia nas pessoas.

A maioria das pessoas estava dentro de suas casas, totalmente encolhidas.

“Eu não sei qual a situação dessa cidade, mas as pessoas aqui são miseráveis… Esses soldados as oprimem completamente. As pessoas estão doentes ou desnutridas e os soldados estão bem…”

Quanto mais Baijian via, mais raiva sentia. Tudo isso era muito revoltante. Baijian rapidamente começou a andar pela cidade para ver tudo que estava acontecendo.

Depois de um tempo, ele começou a andar em direção ao castelo. Quanto mais perto chegava do castelo, mais casas luxuosas ele via.

Quando ele olhava para dentro das casas, só via homens robustos.

“Parece que as melhores casas são dos soldados… Seja lá quem governa aqui, cuida muito bem desses soldados imundos e oprime totalmente aquelas pobres pessoas…”

Tem uma coisa na verdade que ele não entendia: não conseguia ver as almas dessas pessoas pobres, mesmo tentando várias vezes.

Baijian pensou silenciosamente: “Porque será isso?”.

Nesse momento, Baijian estava muito chateado e chocado com o quão doente o ser humano pode ser.

Ele já lera sobre situações assim na internet. Antigamente a crueldade das pessoas era assim. Especialmente na China antiga, que conta histórias de milhares de anos de crueldade.

Depois de um tempo, embora com raiva, Baijian se sentiu entorpecido e murmurou suavemente:

“Da mesma forma que os seres humanos são intrinsecamente bons, eles também são intrinsecamente maus, que paradoxo.”.

Para Baijian, que conseguia ver a alma das pessoas, ele sabe que as pessoas podem ser intrinsecamente boas, como também ser intrinsecamente más. É, de fato, um paradoxo.

Ele continuou andando em direção ao castelo.

De vez em quando escutava sons de dentro das casas dos soldados e descobria que eles estavam estuprando mulheres.

Baijian já tinha visto sobre isso antes na internet, porém ver ao vivo o deixou um pouco envergonhado.

Mas ao ver as mulheres, ficou novamente furioso. Essas mulheres obviamente não queriam o que estava acontecendo com elas, e tinham rostos cheios de ódio e desgosto, mas ainda deixavam esses monstros as tocarem.

Baijian não ficou vendo essas coisas por muito tempo e seguiu para o castelo no centro.

Quando chegou perto do castelo, descobriu incrivelmente que a segurança não era tão pesada.

A segurança nas muralhas era muito pesada, precisando de dois dias de cuidadosa investigação para alguém com a inteligência de Baijian descobrir uma forma de se infiltrar.

Isso ilustra o quão apertada a segurança era.

Mas nesse castelo, a segurança parece ser bem menor.

No entanto, pouca segurança não quer dizer nenhuma. Depois de vigiar por um tempo, ele infiltrou-se no castelo.

Antes de entrar no castelo, Baijian já criara um plano. Ele não sabia o que devia fazer nesse lugar, mas o objetivo dele por enquanto era matar o governante.

Mas depois de ver todas essas pessoas, totalmente oprimidas, ele criou um novo plano. Ele rapidamente investigou o castelo.

Depois de um tempo se escondendo em muitas situações para não ser encontrado, ele chegou até um enorme salão.

No final do salão havia um trono dourado.

“Parece que aqui é o lugar que o governante usa para passar ordens.”

Baijian rapidamente procurou pelo salão e encontrou uma porta que atravessou lentamente, só para encontrar um longo corredor, no final do qual haviam escadas em espiral que levavam profundamente para baixo.

“Escadas? Logo aqui? Se descer mais do que aqui, será o subterrâneo…”

Ele desceu lentamente.

No final das escadas, havia uma enorme porta dupla dourada, adornada com diversas gravuras de animais ferozes.

A partir do quarto, da para se ouvir sons.

Baijian rapidamente abriu um espaço entre as duas portas para espiar para dentro, só para ver um homem gordo em cima de duas mulheres.

Baijian, sabendo que o homem ficaria por um tempo com essas mulheres, se escondeu em um canto e esperou.

Depois de uma hora, as duas mulheres saíram pela porta com semblantes agradáveis.

Assim que fecharam a porta, seus rostos mudaram totalmente, e se tornaram extremamente desagradáveis.

“Parece que elas também estão fazendo isso contra a sua vontade… Fazem de tudo para viver.”

Baijian refletia sobre essas coisas.

Depois que as mulheres se afastaram, Baijian foi lentamente até a porta e abriu um pouco para olhar para dentro.

O homem gordo estava sentado na cama com um enorme sorriso. Baijian entrou lentamente no quarto e fechou a porta.

O homem gordo, ao escutar a porta fechando, olhou naquela direção e viu um garoto que não devia ter mais de três anos parado na porta segurando um arco olhando-o de maneira totalmente inexpressiva.

O homem se assustou com o olhar do garoto, e ao ver o arco na mão do rapaz, ficou chocado.

Ele se forçou a acalmar-se e começou a falar alguma coisa. Mas Baijian não entendia nada que o gordo estava falando.

Baijian andou lentamente até um canto do quarto que tinha uma estante. Pegando um livro, começou a folheá-lo.

Depois de um tempo, vendo que não conseguia entender nada, virou-se lentamente em direção ao homem e puxou a corda do arco.

O homem gordo, em desespero, se ajoelhou.

Baijian soltou a flecha e acertou poucos centímetros ao lado do homem gordo.

O homem gordo se levantou com horror no rosto, e ao ver o rosto sem emoção do rapaz, entendeu que ele errara de propósito.

Então ficou ajoelhado no chão sem se mover.

Depois disso, Baijian se aproximou lentamente com o arco ainda apontado.

Depois de se aproximar, pegou o homem gordo pelo pescoço e o levantou.

O homem gordo tentou usar a força para mover a mão de Baijian para longe, mas não conseguiu.

Por algum motivo a criança tinha uma força enorme.

Baijian arrastou o homem gordo até a estante de livros. Com um livro na mão, o colocou na frente do rosto do homem.

Ele fez um gesto para o homem gordo começar a ler.

O homem gordo leu lentamente o livro. Depois de 10 minutos, Baijian pediu para parar.

Ele começou a fazer uma série de gestos, como se quisesse tentar passar algo.

O homem gordo, depois de muito esforço, entendeu que o rapaz não sabe ler nem falar a sua língua, e queria um livro para aprender.

O homem gordo ficou chocado com essa revelação e começou a bolar um plano para fugir.

O homem gordo fez gestos para avisar que vai chamar alguém para trazer.

Quando o homem gordo ia gritar por alguém…

Outra flecha apareceu bem ao lado do seu pé.

Ao olhar de onde veio à flecha, o rapaz estava com um rosto completamente sem emoção, o olhando como se fosse um cadáver.

O homem gordo se sentiu horrorizado.

Ele ia gritar por ajuda, mas ao ver a flecha, entendeu que era um aviso do rapaz.

Depois de perceber o quão inteligente era esse garoto de três anos, o homem não ousou fazer nada, se não, ele sabia que se aparecerem soldados na porta, o primeiro a morrer seria ele.

Ele rapidamente chamou por alguém e pediu por livros que ensinassem as palavras.

Depois de um tempo, um servo apareceu com seis livros.

Baijian pegou os livros da mão do gordo e começou a folhear.

Depois de folhear todos esses livros, foi até a prateleira do quarto, pegou um livro e começou a folhear.

Depois de ler tudo, entregou o livro para o homem e o mandou ler.

Depois que o homem gordo leu várias palavras, Baijian falou na mesma língua:

“Agora que aprendi, vamos para o plano.”



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