Volume 2
Capítulo 87: Ataque Vampírico
— Malditos... — Alaric invocou sua lança e, em um movimento ágil, a arremessou, perfurando cinco dos vampiros de uma só vez. — Eles vão pagar por isso... Vão pagar...
— Não se deixe dominar pelo ódio — advertiu Drácula, observando o ataque devastador do jovem. — E você ainda se considera fraco? Que modéstia…
— Acontece que hoje, estou me sentindo poderoso o suficiente…
Os vampiros avançavam sem piedade, as presas brilhando sedentas por sangue fresco, enquanto as pessoas corriam e gritavam em desespero. Mas as criaturas eram ágeis, superando em velocidade qualquer mortal comum, e alcançavam facilmente os moradores, derrubando-os com violência e cravando suas presas vorazes nos pescoços indefesos. O ar era cortado pelos berros agônicos, daqueles perdendo a vitalidade no solo, enquanto o cheiro metálico do sangue impregnava o ambiente, era um cenário de terror e desespero indescritível.
Uma criança corria desesperada na direção oposta à de Alaric, enquanto um vampiro a perseguia implacavelmente. Com suas pernas curtas, ela lutava para alcançar uma velocidade que pudesse salvá-la, mas era uma corrida contra o inevitável destino.
— Socorro!! Alguém!! — Seus gritos ecoavam pelo ar, mas quem iria ouvi-la em meio ao caos? Todos estavam ocupados demais tentando sobreviver, mergulhados em desespero, cada um por si. Enquanto observava a rua outrora tranquila e animada tornar-se um cenário de dor e desolação, a criança suspirou amargamente antes de tropeçar e cair de joelhos no chão. — Argh...
Mesmo em agonia, ela tentou se erguer, mas suas pernas cederam sob o peso do terror que a consumia. Com lágrimas inundando os olhos e o corpo tremendo de medo, ela virou-se para trás e viu o perseguidor se aproximando, um vampiro tão voraz quanto a própria morte, pronto para atacá-la e drenar até a última gota de sua breve existência.
Tudo o que a pobre criança conseguiu fazer foi erguer as mãos em desespero, cobrindo seu rosto contorcido de pavor, enquanto desviava o olhar para baixo, aguardando o inevitável desfecho.
Mas então, como um sussurro de esperança cortando o ar, ela ouviu um zumbido agudo. Com coragem para encarar o perigo iminente, abriu os olhos lentamente e voltou seu olhar para a fonte do som. Seu coração pulou ao testemunhar o vampiro sendo arremessado pelos céus, com uma lança cravada em seu corpo, como um raio de esperança em meio à escuridão avassaladora.
— Aqui, pegue. — Uma figura jovem de cabelos vermelhos, banhada pela luz da lua, estendia a mão para ela como se fosse uma aparição.
Ela levou as mãos aos olhos, enxugando as lágrimas, ainda tremendo de medo, e começou a estender a mão em direção ao jovem. Suas mãos vacilavam, hesitavam, mas aos poucos encontraram a segurança na dele. Agarrou a mão de Alaric e se ergueu com sua ajuda.
Vlad Drácula observava a cena a alguns metros de distância, parecendo incrédulo, os braços cruzados sobre o peito.
— Quando aquele jovem se distanciou de mim? — Sua forma se transformou em uma nuvem escura, uma névoa sinistra que voou até onde o jovem estava, se materializando ao seu lado.
— O que faremos? — Alaric perguntou, segurando a mão da garotinha que agora estava de pé ao seu lado. — Não sei se consigo lidar com todos eles...
— De fato, são muitos... — Vlad contemplou o cenário de morte e dor diante deles, sua expressão revelando apenas indiferença. — Bem, me diga onde fica esse tal local de negócios...
Com sua habitual elegância, ele se virou para partir, esperando pela resposta. No entanto, Alaric pareceu não concordar, seu rosto se contorcendo em raiva e indignação. Num impulso, agarrou o ombro de Vlad com força.
— Você vai simplesmente ir embora? Não notou o caos à nossa volta? As pessoas estão perdendo a vida, e você vai partir, sem oferecer ajuda?
— Parece que há uma confusão, meu caro Alaric. — Seu olhar desviou para a mão que segurava seu ombro. — Para ser franco, não me comovo com vidas mundanas. Imaginava que isso já estivesse claro...
— Eu pensei que... você conversou comigo de forma tão amigável... eu pensava que... — Alaric começou a desviar o olhar, deixando-o cair.
A garotinha tremia, escondendo-se atrás dele, ainda tomada pelo medo, e Vlad, ao ouvir suas palavras, esboçou um leve sorriso.
— Não se engane, Alaric. Você me intriga, e é isso que o mantém vivo, apesar de nossas diferenças. — Seu olhar se estreitou, carregando o ambiente com uma tensão palpável, até mesmo os vampiros descontrolados pareciam sentir a aura intimidadora de seu antigo senhor. — Mas deixe-me ser claro. Não sou um ser benevolente, disposto a ajudar tudo e todos. Tudo o que faço neste mundo é motivado pelo meu próprio interesse, pela minha própria diversão... apenas isso.
— Se é assim, por que eu diria onde fica o lugar? — Alaric manteve-se firme, apesar da tensão gerada pelo rei dos vampiros. — Me diga, senhor das trevas...
— Você é realmente intrigante, haha! — Uma risada escapou de Vlad. Ver aquele jovem, mesmo diante de tudo que poderia fazê-lo temer, permanecer tão firme o deixava em êxtase. — Bem, permita-me fazer uma proposta: se me indicar o local em questão, empreenderei uma rápida, porém meticulosa investigação. Caso consiga identificar a causa da perda de controle desses vampiros, comprometo-me a criar um método para reverter a situação e retornarei aqui.
— E qual garantia tenho de que irá voltar? — questionou Alaric.
— É simples. Como mencionei anteriormente, você me intriga, e espero cultivar uma relação saudável contigo. Se eu não cumprir minha palavra, nunca alcançarei esse objetivo. Além disso, um verdadeiro cavalheiro nunca mente nem quebra promessas. — respondeu o rei dos vampiros. — Então, aceita a proposta?
O jovem afrouxou a mão que agarrava o ombro de Vlad, soltando-o com um gesto de concordância. Com um aceno de cabeça, aceitou a proposta e compartilhou com o vampiro a localização do lugar em questão. Sem mais palavras, Vlad partiu, deixando o caos para trás.
— Vocês dois! Saiam daqui!
Alaric deu um salto ao ouvir aquela voz e virou-se para identificar o interlocutor. Um homem robusto, vestido inteiramente de preto, avançou na direção deles, segurando dois punhais ensanguentados. O jovem ficou paralisado, incapaz de articular uma resposta, como se estivesse em transe.
— Não ouviram? Saiam daqui! É perigoso! — disse o homem, aproximando-se de Alaric e tocando-lhe o ombro. — Deixem o resto com os profissionais...
À medida que os gritos ecoavam, não apenas grunhidos estranhos, mas também ordens e exclamações, Alaric observou os membros da Instituição Van Helsing em ação. Eram mais de dez, armados com uma variedade de armas, saltando, correndo, golpeando e apunhalando. A rua transformou-se em um verdadeiro campo de batalha, com a vitória pendendo cada vez mais para o lado dos caçadores.
Alaric pareceu despertar do transe e, sem proferir uma palavra, ergueu a garotinha nos braços e deixou a rua para trás. Ao adentrar a taverna de Chen, ele precisava de um lugar seguro para deixar a criança.
— Chen! Preciso que cuide dela! — exclamou Alaric, depositando-a no balcão sem aguardar resposta. — Vou procurar por algum parente dela.
— Está bem, eu cuidarei dela — respondeu Chen, começando a acariciar os cabelos ruivos da menina, tentando transmitir-lhe segurança com um sorriso. No entanto, o sorriso desvaneceu quando seus olhos se encontraram com os de Alaric. — Alaric, tenha cuidado...
— Sempre tomo… — murmurou Alaric, inclinando-se para ficar na altura do rosto da menina. — Agora, pequena, quem cuida de você?
Ela o encarou, os olhos ainda arregalados pelo medo, as lágrimas vertendo em profusão, como se cada gota carregasse o peso do horror que testemunhou. Seu olhar, outrora cheio de inocência de uma criança, agora refletia um abismo de angústia. Quem poderia julgá-la por isso? Ela encarou a morte de frente. No entanto, mesmo diante do caos, demonstrou uma força inabalável. Com os olhos franzidos, mas firmes, e palavras entrecortadas pelo choro, ela encontrou coragem para falar:
— Meu pai… Zhao Jun… Por favor, encontre meu pai! — As lágrimas teimavam em rolar, desafiando sua determinação. Mas quem poderia julgá-la por isso? — Por favor... O encontre...
Alaric estendeu a mão, tocando delicadamente os cabelos ruivos da menina, num gesto de ternura genuína. Seus lábios curvaram-se num sorriso gentil, mas Chen logo percebeu a falsidade por trás daquele gesto, um sorriso forçado, tingido de amargura. Suspirando profundamente, ele ergueu a garotinha nos braços.
— Vou levá-la para os fundos, é mais seguro — Ele começou a avançar para a porta que levava aos fundos, mas parou de repente, e olhou por cima dos ombros. — Alaric, me prometa que voltará… prometa que ficará vivo…
O jovem soltou um profundo suspiro, consciente de que estava prestes a fazer uma promessa difícil de cumprir, pois estava além de seu controle.
— Prometo — murmurou, embora suas palavras soassem vazias.
Alaric virou-se para sair, deixando Chen com a sensação de que a promessa carecia de sinceridade. No entanto, ele não tinha escolha senão confiar que o jovem cumpriria sua palavra.
Ao sair da taverna, Alaric sentiu-se como se tivesse sido lançado diretamente no inferno. O caos se desenrolava diante dele de forma implacável. Pessoas eram mortas indiscriminadamente, e o cheiro de sangue pairava cada vez mais forte no ar.
Avançando alguns passos, ele ouviu o esguicho de uma poça. Estranho, não choveu. Ao olhar para verificar, percebeu que a poça não era de lama, mas sim de sangue. O coração, anteriormente tranquilo, começou a bater descontroladamente, e ficava cada vez pior à medida que seguia o rastro deixado pelo líquido vermelho. Quando chegou ao seu destino, sua respiração ficou pesada.
Um cadáver não apenas marcado pelo estrangulamento, e marcas de presas em torno do pescoço, mas também pela barriga rasgada, como se uma besta a tivesse eviscerado. As entranhas se derramavam para fora, emitindo um odor pútrido que fez Alaric automaticamente levar a mão ao nariz. Mesmo assim, o fedor parecia impregnar suas narinas.
Seu estômago se retorceu e uma sensação de queimação subiu por sua garganta. Ele tentou conter o vômito, mas era em vão. Como uma torrente, tudo veio à tona, deixando-o sem forças nas pernas, fazendo-o cair de joelhos.
— Por quê... — Ele já tinha testemunhado a morte inúmeras vezes, visto inúmeros corpos desfigurados, então por quê?
“Lar...” Foi a palavra que ecoou do fundo de sua alma, respondendo à sua pergunta retórica. Presenciar a morte de estranhos sem importância, para alguém acostumado como ele, não significava nada. Mas tudo mudava quando os corpos desfigurados pertenciam àqueles a quem ele dera, mesmo que mínima, importância.
Buscando se controlar, ele respirou fundo e limpou a boca, recusando-se a sucumbir ao horror que testemunhara. Precisava se manter firme. Fechando os olhos por um instante, ergueu-se sem olhar para trás e começou a afastar-se, deixando para trás os corpos, não apenas um ou dois, mas centenas de corpos desfigurados.
— O que você está fazendo aqui!? Eu não ordenei que fugisse! — a voz do homem ecoou atrás dele, acompanhada pelo brilho de punhais ensanguentados.
Ignorando os avisos, Alaric continuou avançando, sua mão apertando a empunhadura da katana. Seu olhar estreitou-se, marcando cada vampiro em seu campo de visão, cada alvo, cada maldito sanguessuga.
Sem proferir uma palavra, começou a correr. Ao se aproximar do primeiro alvo, aproveitou o movimento curvo ao sacá-la e desferiu um golpe certeiro, decepando a cabeça com violência.
Avançando, atravessou uma área repleta de caçadores, seus pés afundavam no solo pegajoso e viscoso, mas isso não o impedia, não o distraía. À frente, notou uma aglomeração de vampiros.
Firmando os pés no chão e concentrando sua força, ele rachou o solo ao impulsionar-se para o céu, pairando sobre a multidão.
Com uma expressão impassível, abaixou a katana com uma precisão quase cirúrgica e lançou-se em direção ao solo com uma agilidade impressionante. Sua velocidade era tal que, num instante, um baque estrondoso ecoou pelo ambiente, seguido por uma enorme nuvem de poeira que obscureceu a visão de todos.
— Aquele garoto... — O caçador estava atônito diante do espetáculo que se desenrolava diante de seus olhos.
Todos os outros caçadores que não estavam envolvidos no combate pararam suas atividades para observar. Dentro da densa cortina de poeira, nenhum detalhe era visível, mas os sons eram nítidos: golpes secos, o som afiado de uma lâmina trespassando pele, carne, ossos e órgãos. A nuvem de poeira agitava-se violentamente, como se o próprio ar tremesse com a intensidade dos movimentos.
De repente, pequenos pontos começaram a se formar na nuvem, seguidos pelo lançamento de aparente objetos de seu interior. Eles caíram aos pés dos caçadores, que arregalaram os olhos ao observarem o que se revelava diante deles.
— Chefe! Olhe isso... — Um caçador de cabelos curtos abaixou-se para examinar mais de perto.
O chefe aproximou-se lentamente, o semblante ficou tenso ao ver o que estava à frente dele. Eram tantos corpos daquelas criaturas, todos sem cabeça, todos exibindo cortes precisos e brutais. Muitos estavam mutilados, alguns com os estômagos abertos, revelando uma carnificina de proporções aterradoras.
A névoa desceu lentamente, revelando aos poucos os detalhes da história silenciosa que se desenrolara. Um jovem, cujo os cabelos vermelhos dançava com uma elegância inesperada sob o céu noturno. Contudo, a suavidade de seus movimentos contrastava drasticamente com a brutalidade evidente nas vestes manchadas de sangue, e no brilho intenso no olhar de Alaric, que parecia arder como nunca antes.
— Jovem!
O líder dos caçadores gritou por ele, mas Alaric pareceu ignorar ou simplesmente não se importar, apenas saltou em um telhado, continuando a saltar de telhado em telhado com uma agilidade impressionante.
— Chefe, não podemos perder tempo com idiotas!
Realmente não podiam, pois embora Alaric tivesse temporariamente dizimado os vampiros da área, eles voltavam incessantemente como uma praga. Em pouco tempo, os caçadores estavam cercados outra vez.
Enquanto isso, Alaric corria distante, saltando pelos telhados com sua katana em mãos, testemunhava a cena de carnificina abaixo. Não havia uma rua sem corpos ressequidos e poças de sangue. Gritos agônicos ecoavam de todas as direções, mas quem quer que os ouvisse não poderia ajudar.
Alaric sentia o peso de sua impotência diante da tragédia, e talvez por egoísmo, escolheu focar em salvar apenas uma pessoa, quase esquecendo de procurar pelo pai da pobre criança.
Mas é claro que não seria tão simples alcançar seu objetivo. Logo à sua frente, um grupo de três vampiros sedentos por sangue bloqueou seu caminho. Alaric, mesmo distante e com o raciocínio limitado pela urgência, percebeu que esses vampiros não possuíam qualquer traço de inteligência. Incapazes de articular palavras simples, apenas emitiam grunhidos como animais. Se fossem como animais comuns, seria aceitável, mas eram grunhidos arrepiantes, que ecoariam na mente por muito tempo.
O jovem sacudiu a cabeça, recusando-se a perder o foco. Ao se aproximar, deu um vigoroso pisão no telhado, rachando algumas telhas, e empunhou sua katana com firmeza. Assim, desferiu um golpe pesado, carente de técnica refinada, mas como sempre, conseguiu fatiar um dos vampiros, fazendo-o tombar.
Os outros dois vampiros cercaram-no pelos flancos, mas o jovem não esperou o golpe ser completado. Em um movimento fluido, sem retomar a postura, aproveitou o ímpeto para girar, mirando os pescoços dos vampiros. A lâmina cortou o ar com velocidade, deixando uma pequena linha branca que seguia a trajetória do golpe. Ao final do ataque, a linha delineou um círculo perfeito, e as cabeças dos vampiros voaram pelo ar.
— Você só morre se for mutilado, né? — O vampiro, cujo o peito Alaric havia fatiado, agarrou sua perna em um ato tolo de uma criatura desprovida de raciocínio.
Como resultado, teve seu braço cortado ao meio pelo jovem. Em seguida, Alaric fincou a katana sem piedade na nuca da criatura, encerrando a existência miserável daquele ser.
Sem desviar o olhar para trás, Alaric avançou com destreza pelos intricados telhados da vila até alcançar seu destino determinado.
— Peng! — Seus olhos captaram a figura de Peng abaixo, ajoelhado diante de uma descoberta sinistra, enquanto sombras vampíricas se aproximavam rapidamente, prontas para atacá-lo. — Merda!
Sem perder um instante sequer, o jovem mergulhou audaciosamente dos telhados. Enquanto seu corpo cortava o ar noturno, banhado pela pálida luz da lua, convocou sua lança. Com um movimento fluido e preciso, a arremesou, aniquilando dois dos cinco vampiros que ameaçavam Peng.
Os outros vampiros, ao perceberem isso, irromperam em um coro de grunhidos malditos. Avançando logo em seguida, os passos eram desengonçadas, como os de um recém-nascido que acabara de aprender a andar. O jovem desembainhou a katana com destreza e assumiu uma postura defensiva, permitindo movimentos fluidos enquanto mantinha uma base sólida para resistir aos impactos.
Quando o primeiro dos três vampiros avançou, ele estendeu às mãos buscando dilacerar Alaric com às garras afiadas. No entanto, sua investida foi frustrada pela ágil esquiva lateral do jovem, deixando a criatura passar ao reto. Aproveitando a oportunidade, desferiu uma joelhada certeira no estômago do vampiro, fazendo-o perder contato com o solo.
No ar, sentiu outro impacto poderoso na região estamocal, era Alaric que em um chute de perna estendida, lançou-o de volta com uma força implacável. No trajeto, a criatura colidiu com um de seus companheiros, ambos foram arremessados contra uma parede distante.
Com apenas um adversário restante, Alaric firmou sua mão na empunhadura da katana e lançou-se em uma corrida determinada, curvando-se ligeiramente enquanto se preparava para o confronto iminente.
Ao se aproximarem, o jovem habilmente explorou a limitada inteligência do vampiro, engajando-o em um jogo de corpo onde simulou um movimento para um lado, apenas para desviar na direção oposta. Essa artimanha fez o vampiro errar seu ataque, deixando uma abertura fatal que Alaric não desperdiçou.
Mantendo uma postura altiva, ele executou um corte lateral preciso, abrindo o torso da criatura. Assim, o vampiro perdeu o equilíbrio e deixou os passos vacilarem, o que foi suficiente para o jovem, sem qualquer sinal de piedade, aplicar outro golpe letal. Só que dessa vez no pescoço da criatura, matando mais um dos vampiros.
— Ainda faltam dois…
Como se tivessem escutado, os dois vampiros surgiram diante do jovem, de repente, forçando-o a desviar habilmente dos ataques. Por milímetros ele escapou e avançou sem hesitação.
Um dos vampiros investiu por cima, forçando Alaric a erguer a lâmina acima de sua cabeça para bloquear o ataque, enquanto o outro parecia buscar uma oportunidade na abertura criada.
Num instante de perigo iminente, Alaric percebeu uma saída. Com um movimento rápido, ele abandonou a katana, lançando-se no ar enquanto ela caía lentamente.
Aproveitando o momento em que as criaturas tentavam processar o que havia acontecido, Alaric, ainda em pleno voo, convocou sua lança e a arremessou na direção do primeiro vampiro, acertando-o em cheio na testa.
Quando a katana estava prestes a tocar o solo começou a se desfazer. Sendo uma arma vinculada à sua alma, Alaric não precisava se preocupar em recuperá-la constantemente, então a deixou cair sem reservas. O último vampiro, incapaz de compreender a manobra, não percebeu a aproximação letal, e sua vida chegou a um fim abrupto com uma estocada direta no coração.
— Peng! O que houve… Droga…
No chão, diante de Peng, Xu Ying tremia visivelmente, com as mãos pressionadas contra a boca, quase em estado de choque. Parecia que nem uma única lágrima era capaz de escapar de seus olhos. Entre os dois, jazia o corpo de uma mulher que Alaric conhecia muito bem... Ying.