Volume 1

Capítulo 48: Punição Divina

Nadine e Gideon adentravam a floresta, buscando afastar-se. Seguiam Aldebaram, que carregava Astrid, enquanto Fuxi liderava. Entre corpos arremessados e cadáveres descansando nas árvores e na neve, chegaram a um ponto elevado para observar o embate.

— Fiquemos aqui, será o mais seguro — disse Fuxi, virando-se para o grupo.

Nadine, chegando logo atrás com os braços cruzados e expressão séria, comentou: — Ainda não posso acreditar que abandonaram Alaric. Ele… ele…

Gideon, que vinha logo atrás, colocou a mão em seu ombro, o que a fez virar o rosto na direção dele. O jovem exibia um sorriso amigável.

— Calma, Nadine. Alaric vai ficar bem.

— Bem!? Ele está lutando contra uma deusa, e você me diz que ele vai ficar bem!? — Ela bateu na mão dele, afastando-a do seu ombro. — Que tipo de irmão você é!?

— Eu... eu... — Gideon baixou o olhar enquanto ouvia as repreensões, afastando-se a passos tantos lentos, quanto indecisos. 

— Ei, pessoal, calma — iniciou Aldebaram. — Alaric vai vencer, não se preocupem com ele.

Nadine ouviu e respondeu com um "humph", voltando seu olhar para o confronto abaixo. Gideon, ainda abalado pelas palavras anteriores, também direcionou sua atenção para a batalha. Enquanto isso, Aldebaram posicionou o corpo desmaiado de Astrid apoiado em uma árvore.

Neste momento, Alaric foi atingido pelo ataque explosivo por trás, sendo arremessado violentamente para frente e caindo imóvel no chão.

— Alaric!! — gritaram Gideon e Nadine em unissos.

— Aquele poder… — disse Aldebaram apertando as mãos, visivelmente preocupado.

— Que poder? — perguntou Fuxi, logo atrás, sem demonstrar receio por Alaric, talvez confiando nas capacidades do jovem.

— Do que importa!? — exclamou Nadine. — Ele está correndo perigo, vamos ajudar!

Gideon assentiu com a cabeça, e quando os dois estavam prestes a partir, sentiram uma força contrária os mantendo no lugar, junto a um peso incomum em seus ombros.

— Vocês não vão. — Aldebaram estava sério, muito diferente do seu habitual descontraído. Suas mãos sem muito esforço mantinham os dois imóveis.

— Me larga! Eu vou! Quem é você para me dizer o que fazer!? Você não é ninguém pra mim! — esbravejou Nadine, batendo na mão do guerreiro, mas parecia de nada adiantar.

— É! Solte a gente! Temos que ir ajudar meu irmão! — concordou Gideon, mas sem usar palavras ácidas.

— Você tem razão, garota — começou Aldebaram olhando para Nadine, seu olhar era como uma faca, e parecia perfurar a jovem. — Eu não sou um familiar seu, na realidade, sou tão importante para você como o ar é para o peixe. Ainda assim, não posso permitir sua saída daqui.

Nadine escutou e fechou ainda mais a cara, tentando forçar sua saída, mas nada acontecia; as mãos do guerreiro permaneciam imóveis.

— Me solta! Você… você o abandonou, e acha que tem algum direito de se achar o dono da verdade!? O protetor!? Você deixou alguém para a morte certa! Você não é protetor de ninguém aqui!

— Vocês dois! — vociferou o lobo, uma aura intensa emanava dele. — Não vão sair daqui. Confiem no Alaric.

Fuxi ponderou, "Confie em meu amigo... Se vocês forem, só vão atrapalhar ele." O lobo sabia que estavam cansados demais, exaustos; seus poderes e habilidades estavam esgotados. Nada podiam fazer.

Com Aldebaram bloqueando seus avanços e a aura ameaçadora de Fuxi pairando sobre os dois, aquietaram-se. Nadine cruzou os braços e virou a cara, enquanto Gideon, perdido em um mar de confusão, não sabia o que fazer ou pensar.

— Que bom que entenderam, seus estressadinhos, hahaha! — Aldebaram afrouxou as mãos, e os dois se afastaram.

Nadine escalou uma árvore para observar melhor, ainda enfurecida com as atitudes do lobo e do guerreiro. Gideon sentou ao lado de Astrid, ainda inconsciente.

“Eu sou fraco, não tenho jeito… Alaric, vença”, pensava Gideon, observando Astrid, que parecia não acordar tão cedo.

“O temperamento dessa garota... Me lembra o Alaric”, pensava Aldebaram, sorrindo ao imaginar o trabalho e a dor de cabeça que seria ter duas pessoas de personalidade forte no grupo. No fundo, achava que seria divertido. As palavras que a jovem havia dirigido a ele pouco importavam; ele compreendia que foram ditas no calor do momento da raiva.

Voltando à batalha, a deusa se recuperava do atordoamento causado pela mana divina. Enquanto Alaric que estava afastado, pensava no que fazer, ciente de que sua mana estava se esgotando de maneira rápida, o que significaria sua derrota iminente e, a muito provável, sua morte.

— Apolo, me diz que há uma magia mais forte…?

"Existem outras, mas quanto mais poderosa, mais mana será consumida. E lembre-se, é preciso prática para lançar certos tipos de magia, anos de estudo para dominá-las e..."

— Quanto blá-blá-blá, precisa de mais o que? Duas mortes e três fins do mundo? — Alaric, impaciente, interrompeu. Ele queria uma solução rápida e prática. 

"Ahh, se o preço fosse cortar sua língua... Eu agradeceria tanto... Enfim, não posso usar meu poder, e no momento, você também não poderá."

— O que sugere então? Meio que precisa ser agora...

Mani balançou a cabeça e a firmou, lançando um olhar penetrante ao jovem. Girou suas espadas em suas mãos, e elas estavam prestes a se chocarem. Então, com urgência, Apolo exclamou:

Salte! Agora!” O jovem, sem questionar, seguiu as instruções; as lâminas colidiram, e atrás de onde ele estava, uma explosão invisível ocorreu. O jovem pousou mais à frente, deslizando. Surpreendendo até Mani que não imaginava um mortal reagindo a tempo. Isso se dava, por Alaric ainda estar sobre os efeitos da mana divina em cada parte do seu corpo.

— Você conhece esse poder dela? — perguntou o jovem, invocando uma espada de luz, a quantidade máxima que conseguia sem ficar esgotado.

Minha memória está um pouco bagunçada... mas sim, lembro dela usando isso... Precisamos fugir, ou suportar até a lua sumir do céu.”

Ao escutar, Alaric percebeu que não havia outra alternativa, iniciando um avanço em direção à deusa. Seus passos estavam mais acelerados que o habitual, possivelmente devido ao fortalecimento da mana em seu corpo.

— Não há outra opção... Terei que manter o combate próximo, corpo a corpo. Para impedir que ela use aquele poder... O único problema...

Seus olhos estavam fixos na deusa à sua frente, com o olhar dela também preso nele. A lua já estava na linha do corpo dela, indicando que estava baixando. O jovem planejava um combate próximo, mas havia um problema, e esse problema se manifestou quando ela desapareceu.

— Humano... — E reapareceu atrás de Alaric. — Desista!

— Jamais! — Alaric já antecipava isso, girando rapidamente, bloqueando o golpe e, com um tempo mínimo gerado, acertou um solado em seu estômago, arremessando-a para trás.

Você é realmente astuto, garoto, e tem reflexos afiados…” comentou Apolo, impressionado com os movimentos de Alaric.

Mani voou alguns metros, não esperando tamanha força no chute. Seu corpo, como uma boneca sem forças, caiu no solo, deslizando em direção à floresta. Sons de árvores despencando ecoaram enquanto os pinheiros no caminho se transformavam em um amontoado de madeira quebrada, as folhas subiam pelos ares. O local ficou imerso em poeira e neve pairando no ar.

— Precisei deixá-los afiados. Tive um grande mestre também, ele me ensinou tudo que pôde sobre batalha… — Alaric até portava um sorriso no rosto, que desapareceu no mesmo segundo em que mencionou "mestre", continuando em um tom sério: — No fim, provavelmente você o matou.

Sobre isso-” Apolo não conseguiu completar, pois de entre as árvores caídas, folhas ao vento e poeira no ar, uma deusa visivelmente cansada emergiu, em um estado de ódio. Avançando em direção a ele, sua velocidade era impressionante.

Prepare-se, posso sentir o ódio dela!”

— Que o foi, “deusa”? — falou em tom de deboche. — Tanto estresse não faz bem para a beleza, sabe...

Ele adotou posição de combate. "Você sabe como irritar alguém...", disse Apolo, impressionado com a atitude desafiadora do jovem. Mani não respondeu, apenas desapareceu da frente dele.

— Já está ficando cansativo. — Ela reapareceu ao lado de Alaric, tentando surpreendê-lo, mas foi ela quem se surpreendeu. Pois, o jovem já havia previsto, e em um preciso golpe ascendente, acertou seu peito.

Argh! — Ao sentir a lâmina quente tocar sua pele, saltou para trás, passando a mão em seu peito e observou o sangue. — De novo!? Como!? Como, humano!?

Ah, não sei — Alaric adotou uma postura de combate, pronto para enfrentar aquela deusa arrogante. — Talvez eu tenha jeito para ferir deuses…

— Ora, eu vou-

— Não vai... Olhe para lá — Ele apontou na direção da última ponta da lua. — Acabou. Sem a lua, seus poderes são reduzidos.

A deusa arregalou os olhos, constatando que o jovem estava correto. Com a barreira impedindo que todo o seu poder fosse liberado, a lua era a única maneira de ter um mínimo de poder dos seus dias de glória. Mani já sentia sua força se esvaindo, mesmo com as almas consumidas. Ela compreendia que enfrentar aquele garoto que se aproximava com um olhar julgador e até arrogante seria impossível sem seus poderes.

Mate-a, será uma preocupação a menos”, afirmou Apolo, demonstrando não se importar em eliminar uma deusa.

— Pensei que você seria contra matar, sendo um deus — murmurou Alaric, enquanto continuava a avançar.

A morte sempre será a punição para aqueles que se acham no direito de tirar a vida de outros, sem motivos, igual ela.” Os passos de Alaric eram lentos, mas isso os tornava ainda mais ameaçadores; cada pisada no solo estremecia o coração divino de Mani. Seu olhar se arregalou ao vislumbrar a presença monstruosa daquele jovem. Sua aura era carregada de dor, ódio e uma vontade assassina que a deusa só presenciou em uma pessoa ou divindade: "Luna" imaginou ela. Aquele destinado a encerrar sua vida, tinha a mesma aura da divindade assassina de deuses, Luna.

— Não, não! Se afaste! — Ela colocava as mãos à frente do corpo, era deplorável ver aquilo, ainda mais para uma divindade. Ela recuava devagar, até que tropeçou e caiu no chão.

O olhar de Alaric era de desdém, com sua sobrancelha pouco levantada e uma expressão neutra, apática. 

— Pare de se humilhar, você é uma divindade... — Seus passos eram denotados por uma presença marcante para Mani. — Está me causando repulsa.

Pois aqueles passos abalavam o mundo da divindade, que só se viu nessa situação uma vez. A mesma postura, o mesmo caminhar e o mesmo olhar de desdém e pena, acompanhado de um nojo profundo. 

— Não me olhe assim! Eu sou uma deusa!

Ah, é? Quando uma divindade ultrapassa limites, todos ficam impotentes. Você brada "Eu sou uma deusa! Faço o que quiser!", mas saiba, isso foi antes da minha existência. Sim, você é uma deusa, e eu sou seu carrasco, enviado para executar a punição divina.

Mani ficou trêmula, seus dentes batiam um contra o outro, seus olhos cada vez mais arregalados quase saltando para fora. A deusa parou de ver a luz que agora vinha do sol, ao olhar, viu apenas Alaric, de pé diante dela, o único brilho emanava de sua espada de luz. O rosto do jovem estava obscurecido, marcado apenas por seu olhar brilhante.

— E a punição divina para deidades que se elevam além do merecido — Ele ergueu a espada. — É a morte.

— Não... — Seus olhos viraram uma cascata, as lágrimas caíam em profusão.

— Diga que é uma deusa ao demônio, imbecil — A espada desceu, pesada e implacável.

Próximo a decapitar a deidade Mani, Alaric percebeu algo se aproximando com enorme velocidade. Ao examinar ao redor, avistou um brilho amarelo reluzindo entre as árvores. Antes mesmo de conseguir formar um pensamento, uma lança, veloz, se dirigia em sua direção. Chegou até ele em enorme rapidez, qualquer pessoa teria sucumbido, mas o jovem habilmente virou o corpo, e a lança passou rente ao seu peito.

— O que... — Ao redirecionar seu olhar para Mani, notou duas presenças que não estavam no campo de batalha. O primeiro saltou em sua direção, brandindo uma espada. Alaric teve tempo apenas para bloquear, iniciando um impasse. — Ora, ora, os bravos cavaleiros chegaram. Mas poderiam me dizer, quem diabo são vocês!?

Parecem ser fracos, não sinto grandes reservas de mana neles,” comentou Apolo, que permanecera em silêncio durante todo esse tempo. Como um deus, ele tinha a plena capacidade de detectar a mana em outros seres. Erne e Dorni, no entanto, estavam sem ela, já que a haviam esgotado na luta contra Aldebaram e depois Gideon.

— Rápido, Dorni! Pegue a Mani! — ordenou Erne, que, mesmo esgotado de mana, ainda possuía muita força física para manter uma disputa com Alaric.

— Sim, mestre! — Dorni se aproximou de Mani, que estava apavorada demais para andar e a pegou no colo.

— Vocês dois… — Alaric retirou uma mão do cabo da espada e a apontou para o estômago de Erne, que olhou sem entender nada. — Globus Vis.

Uma rajada de mana em forma esférica saiu da mão de Alaric e acertou em cheio o estômago de Erne, arremessando-o alguns metros para trás, chegando até Dorni, que estava correndo.

— Mestre! — Ele virou-se e viu Alaric avançando em sua direção.

— Fuja! Leve-a! — gritou Erne, tentando se levantar, mas sua dificuldade era extrema.

Dorni encarava Erne e depois voltava o olhar para Alaric, que continuava determinado, acelerando a cada passo. O desespero no jovem Dorni começava a se manifestar, mas sua vontade não era de fugir, e sim de proteger seu mestre. Ele colocou a mão no colar Brisingamen em seu peito e logo sentiu seu coração acelerar, sua respiração aumentar.

— Não vou sem você! — ao dizer isso, o colar brilhou, e ao olhar para Alaric, este parecia estar desacelerando. — Vamos!

Dorni estendeu a mão para Erne, que se levantou, e os dois correram.

Será que eu estava errado em meu julgamento? Ele pareceu nem sentir os efeitos da mana divina... Então, vai parar de segui-los?

Alaric sentou-se no chão, já exausto. O "Globus Vis" foi o último resquício de mana que ele poderia utilizar; ir além disso resultaria em sua própria morte. Estranhamente, sentiu sua força se esvair ainda mais após o brilho do colar. Seu corpo implorava por descanso, a mana que envolvia seus músculos se dissipou, desencadeando dores intensas.

— Deixe eles… não consigo mais lutar, meu corpo não aguenta mais...

Acho até impressionante você ter suportado até agora.”

— O que quer dizer? Achou que eu era fraco? — falou em tom sarcasmo.

Não... desde que tomei seu corpo dentro do domínio do Lycaion, senti que sua força... já era elevada, e parece ter se desenvolvido mais.”

Alaric jogou suas costas no chão, deitado sobre a neve, enquanto o sol acariciava seu rosto. Ele podia ouvir algumas vozes ao fundo, provavelmente seus amigos vindo socorrê-lo. Mas ele não queria mais saber de nada. Na verdade, havia algo que ele tinha curiosidade, na realidade, precisava entender.

— Naquela vez, durante meu treinamento... Foi a primeira vez que senti um poder imenso... e perdi o controle... — Alaric cerrava as sobrancelhas. — Foi você?

Um silêncio de alguns segundos pairou no ar antes de vir a resposta: “Sim, fui eu. Foi a primeira vez que despertei, ou sei lá, até agora não entendo o que sou... se sou você ou outra entidade no mesmo corpo”.

— Entendo... E por que... — Seu olhar cerrado baixou em melancolia e suas mãos cerraram. — Por que você matou Galdric...?

Novamente, mais alguns segundos de silêncio se passaram até que Apolo finalmente decidiu falar: “Ahh... Eu despertei sem entender o que estava ocorrendo à minha volta, mas eu estava caído com uma dor em meu corpo. Ao me levantar, vi aquele homem parado em posição de combate à minha frente... Ele emitia uma aura... Não, não era aura, era a própria alma...”

— O que quer dizer!? Responda, Apolo!

"A alma dele era inegavelmente demoníaca, eu não tinha dúvidas, nem tenho até hoje. Ele era um demônio. E diante disso, não restou outra alternativa para mim senão eliminá-lo."

Alaric franziu as sobrancelhas; seu olhar atento e ligeiramente incrédulo revelava a dificuldade em acreditar ou compreender.

"Compreendo que possa ser difícil de entender... Mas ele era. Eu sou uma divindade, não saio ceifando a vida de mortais inocentes.”

— ...Então, por qual motivo... exatamente, por que Luna afirmou tê-lo levado ao paraíso!? Demônios não deveriam ir para o paraíso! — exclamou Alaric, expressando uma indagação legítima. A ideia mais evidente em sua mente era que seres dessa natureza deveriam ser destinados a algum tipo de inferno, um local de castigo e aprisionamento.

“Isso eu não sei. Luna não é confiável, você já deve saber sobre sua fama de assassina. Eu também tenho questões com ela.”

— Eu acredito muito mais nela do que em você…

"Acredite em quem quiser, mas eu defendo minha verdade. E Luna? Garante a dela?"

O jovem permaneceu em silêncio, incapaz de responder. Teria que esperar para questioná-la novamente, sem saber quando isso aconteceria. Ao fundo, ouvia os gritos de "Alaric, Alaric". Ele havia alcançado alguns objetivos, mas novas questões surgiam: perguntas à deusa, a exploração de seus próprios poderes e a busca por Antáres, mencionada por Vlad.

"Demônio ou não, continuarei a realizar seus desejos, Galdric", pensava Alaric. No final, perseguiria os anseios de seu mestre: desvendar seu passado, sua família e os segredos ligados a Apolo. Além disso, os seus antigo objetivos ainda estavam em sua mente: reconquistar Reven, apesar das complicações decorrentes da queda de Windefel.

— Tenho muito trabalho… Ahh, só queria descansar… — reclamava Alaric, a si mesmo. Girando na neve. 

Do que quer dizer… Ah, não precisa falar, acabei de ver…

— Ei! Você pode ler minha mente? 

Posso

— Pode parar de vasculhar minhas memórias! — Os gritos por seu nome ficavam mais próximos, era hora de reencontrá-lo de verdade, então ele levantou animado e disse: — É, este é apenas o começo. Este mundo ecoará com minha presença, deixarei uma marca indelével na mente de todos que já caminharam por aqui e daqueles que ainda o farão. Preparem-se para testemunhar a grandiosidade que está por vir. 



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