Sinfonias Galáticas Brasileira

Autor(a): Yago.H.P


Volume 1

Capítulo 6: Arsenal

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Elizabeth: Arsenal dos Oficiais 

A missão estava prestes a começar, e estávamos nos preparando cuidadosamente para lidar com possíveis imprevistos. Após a experiência da última batalha em que nos encontramos praticamente desarmados, dei ordens para que todos os envolvidos se equipassem adequadamente.

A sala em que estávamos, era situada no segundo andar da nave, era um ambiente todo branco, iluminado de maneira eficiente para realçar a variedade de armas cuidadosamente organizadas. Na parede que ficava de frente para a porta, diferentes suportes exibiam uma ampla gama de armamentos, desde fuzis e escopetas até pistolas, submetralhadoras e armas mais avançadas, como pistolas de prótons e lasers.

À esquerda, um suporte exibia uma coleção especializada de trajes e armaduras, abrangendo desde os trajes astronáuticos projetados para resistir ao vácuo do espaço, até a sofisticada armadura tática avançada, passando pelo furtivo traje stealth espacial e culminando na prática roupa de exploração planetária. Sendo honesto, pouco usávamos eles, graças aos nanobots que substituiam muitas das funções desses trajes.

À direita, o ponto focal crucial estava em um rack estrategicamente equipado com um painel integrado. Este local abrigava todas as armas essenciais que nossa equipe utilizava, cada uma meticulosamente escolhida com base nas habilidades distintas dos meus oficiais e seus gostos às vezes estranhos.

— Venha para o papai, mademoiselle — Poul pegou uma arma. — Que saudades eu estava dela.

A arma em questão era uma Pistola Pirocinética Neural (PPN), ela estabelecia uma conexão direta com o sistema neural de Poul, garantindo uma comunicação instantânea e respostas ágeis aos comandos dele. Utilizando munições convencionais, cada projétil da PPN incorporava a capacidade pirocinética do MPI de Poul. Que ao impactar o alvo, as munições desencadeavam o poder pirocinético explosivo, ardendo em chamas, concedendo a Poul o domínio total sobre a intensidade e o comportamento do fogo.

— Poul, vai vestido assim mesmo? 

— O que foi Ezekiel? Algo errado? 

Poul, aos 25 anos, exibia uma juventude atlética com 1,80m de altura e olhos acinzentados. Seu corte de cabelo era popular entre os jovens, no estilo "disfarçado" de cores cinzentas. Sem um único pelo facial, seu rosto permanecia limpinho.

Com o braço direito protético integrado e várias modificações avançadas, Poul se destacava como um dos oficiais mais modificados. Globos oculares implantados, pernas e ouvidos com tecnologias avançadas o tornavam notavelmente aprimorado.

Ele vestia roupas estilosas, mas chamativas, como uma calça militar preta, camisa branca e tênis em uma estilo bem antigo "Jordan" brancos com detalhes em laranja. Sua escolha mais destoante, uma jaqueta tática preta com detalhes em laranja neon, que contradizia o conceito de passar despercebido.

Ademais, ele complementava seu visual com alguns acessórios, incluindo brincos de cruz, anéis nos dedos e uma corrente de prata adornada com um pingente de espada.

— Nada, Poul. — De nada adiantaria reclamar, ele era cabeça dura e raramente me escutaria. 

— Entendi foi nada. — Ao esticar suas mãos, pegou duas adagas que estavam no painel. — Corpo a corpo, né.

— Minha vez. — Suzuhara começou a coletar suas shurikens e seus dois sais. 

Suzuhara se destoava de Poul com um estilo mais discreto e sutil em suas roupas. Seus cabelos verdes escuros e olhos verdes claros, quase iguais aos meus, conferiam-lhe uma delicadeza notável. Com uma estatura de 1,67m, seu corpo esguio exibia curvas tímidas e suaves, porém marcantes.

Ela vestia uma calça jeans azul escuro, ajustada elegantemente, combinada com uma camisa verde que realçava a cor de seus olhos. Uma jaqueta curta de tonalidade clara completava seu traje, junto com tênis estilo "Air Force" em verde, detalhados em branco.

Adornando seus ouvidos, brincos japoneses homenageavam sua cultura, enquanto uma pulseira artesanal, meticulosamente feita à mão, envolvia seu pulso. Além disso, ela exibia partes robóticas em suas mãos, abaixo dos joelhos, um dos ouvidos e nos olhos.

Suzuhara era um pouco fascinada por ninjas às vezes e, como raramente existiam armas que conversavam com suas habilidades. Ela decidiu por adotar shurikens como armas principais, juntos aos sais por influência de um desenho antigo, acho que era “Tartarugas Ninjas”. Era uma arma que possuía uma lâmina central e duas presas laterais. 

— Aqui, pegue. — Joguei uma glock em suas mãos. 

Ela agarrou, mas fez uma cara de desgosto. Ela não era muito fã de armas, mas sempre era bom ter uma arma de longa distância, afinal, atirar a uma distância segura era muito melhor que lutar corpo a corpo. 

Chegou a minha vez e me aproximei do rack. Sobre ele, um painel exibia todas as armas catalogadas, e aquelas que eu escolhesse seriam retiradas por um espaço ao lado.

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[Arsenal]

Distância | Corpo a Corpo

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Eram as únicas duas opções, a distância seriam as armas de fogo, pistolas, escopetas e etc. Enquanto, corpo a corpo, seriam as espadas, adagas e outras armas destinadas ao combate corporal.

Minha preferência inicial sempre foi o combate à distância, pois era mais seguro e exigia menos esforço. Então levei meu dedo até a opção “distância” 

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[Distância]

Pistolas e revólveres | Fuzis | Metralhadoras  

Submetralhadoras | Escopetas | Fuzis de precisão

Armas lasers [Aviso! Proibido uso em terra]

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Novamente, eu tinha diversas opções à disposição, mas as armas a laser estavam em alerta, já que seu uso em solo foi proibido há alguns anos, algo como risco de causar cegueira em civis.

Dado que a missão exigia discrição, armas de grande porte não eram aconselháveis. Optei pelo básico, escolhendo “pistolas e revólveres”

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[Pistolas e revólveres]

[Recomendações]

Beretta M9 | Rossi RM66 | Glock 

Mais

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O sistema da nave criava recomendações com base nos dados de missões. Ou seja, no cálculo da máquina essas armas eram as melhores.

Hmmmm — Cruzei o braço sobre o peito, apoiando o outro enquanto minha mão repousava no queixo. Minhas sobrancelhas se contraíram, e meus olhos vagavam entre as opções disponíveis, ponderando as escolhas. — Já sei!

Optei pela Beretta M9, uma pistola semiautomática, e pela Rossi RM66, um revólver de tambor. Com isso, a máquina ao lado emitiu um barulho e, em questão de segundos, as duas armas estavam prontas para serem retiradas.

— Me sinto um cowboy. — brinquei enquanto pegava o revólver e girava no dedo.

Rapidamente coloquei as duas armas nos coldres escondidos sob o sobretudo. No entanto, ainda precisava de uma arma corpo a corpo. Voltei às opções e desta vez cliquei em "Corpo a corpo".

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[Corpo a Corpo]

Espadas | Adagas | Facas 

Machados | Outras

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Tinham bastantes opções, até demais, algumas serviam apenas para satisfazer as fantasias das pessoas. Inclusive a minha com espadas, logo cliquei nesta opção.

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[Espadas]

Katanas | Espadas | Cimitarras

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As Katanas eram meus objetivos.

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[Katanas]

Adicionei suas preferências

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Uma coisa legal dessa máquina era isso, a opção de fabricar as próprias armas. Uma invenção e tanta da nossa cientista. 

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[Preferências da Katana]

Comprimento da lâmina: 67cm

 Comprimento total: 79cm

Curvatura da lâmina: Leve curvatura para frente.

Peso: 1,2kg

Material da lâmina: Titânio e Quantum

Guarda-mão: Forma de estrela dourada

Cabo: Feito em madeira ornamentada

Habilidades: Névoa e Acúmulo de energia 

[Deseja fabricar?]

Sim | Não 

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Com tudo selecionado, demorou cerca de um minuto para ficar prontinha. Realmente, a tecnologia da minha cientistas era de outro mundo.

— Zeke-san, onde vai esconder essa katana? — Suzuhara perguntou com uma sobrancelha arqueada. 

Era uma pergunta válida, afinal, tratava-se de uma arma de grandes dimensões, e portar uma bainha chamativa poderia comprometer completamente o meu "disfarce". 

No entanto, para tudo havia um jeito, e o meu foi simples: usei meu braço esquerdo protético, cuja palma possuía uma espécie de passagem que ficava fechada. Abri essa passagem e absorvi a katana. Olhei para ela e pisquei rapidamente um olho.

— Assim. 

Ela revirou os olhos, colocou a arma em seu coldre e saiu da sala. Restou apenas Poul e eu. 

— Sabe como está o Victor? — perguntei, eu não o tinha visitado até aquele momento.

— Melhor, não é qualquer um que derruba aquela montanha.

— Realmente, vou fazer uma visita para ele antes de iniciar a missão.

Eu e Poul, saímos do Arsenal, o oficial tático seguia até a sala de planejamento para revisar seus planos e eu segui até o quarto do Victor.

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Elizabeth: Quarto de Victor

O quarto do Victor era padrão, como a maioria dos quartos da nave. Uma disposição comum: cama ao centro, TV em frente, armário ao lado e cabeceira. As distinções residiam nas decorações pessoais que cada ocupante escolhia.

Victor decorava seu quarto com quadros da Espanha e algumas imagens de carros. Havia uma imagem segurando uma arma… Seu passado era complicado. Na cabeceira, a foto de sua família, incluindo pai, mãe e irmã, e um espaço onde era para ter alguém mas estava rasgado. Ao lado, sua corrente com pingente de cruz, que ele deve ter tirado para ficar deitado.

Na cama aquele homem enorme de pele morena escura, com o braço enfaixado.

— O grande Victor, de bracinho enfaixado. — zoei, tentando quebrar qualquer clima negativo.

— Até grandes homens às vezes se ferram, se tá ligado. — Victor portava um olhar relaxado. 

Victor era um indivíduo calmo e descontraído; raramente se irritava ou se deixava abater. Vindo do gueto, já enfrentara situações mais desafiadoras, o que contribuía para sua resiliência. 

— Então, tudo certo?

— Além do meu braço, de resto tô suave.

— Vim apenas para ver se você tava bem. — Coloquei uma mão de lado, enquanto a outra coçava o queixo. — Antes da missão e tals.

Eu me preocupava com ele, afinal, era membro da minha tripulação e mais que isso, meu amigo do peito, meu…

— Irmão, fica tranquilo… faz tua missão. — Ele estendeu o punho para mim.

Estendi minha mão e geramos um toquinho. Éramos verdadeiros irmãos; desde que o conheci, sempre senti isso. 

— Eu volto Jajá, princesa hahaha! 

Ele sorriu, talvez pensando em dar um tapa na minha nuca, mas sua mão não permitia isso, ainda bem. Afinal, um tapa dela poderia me fazer voar uns três metros. Sai de lá antes que ele aprendesse a bater com outra mão.

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Elizabeth: Ponte de comando

— Vincent, inicie a aproximação da colônia.

Ele rapidamente obedeceu e começou a se aproximar. Existiam dois tipos de colônias, as orbitais e, neste caso, estávamos indo para as terrestres. O planeta em questão era chamado de Prometeus, uma alusão ao criador do homem na mitologia grega. 

Era um planeta vermelho, semelhante a Marte, com uma atmosfera mínima, para não dizer inexistente. A escolha de estabelecer a colônia aqui se deveu às ricas jazidas de Quantum. Construída na superfície dentro de um domo, a colônia se estendia por 50km, uma área imensa considerando a distância da Terra. Levou cerca de três anos para ser construída, mas ainda faltavam alguns detalhes.

O estilo de arquitetura era simples, porém tecnológico, oferecendo tudo que um humano precisava para sobreviver e desfrutar de momentos de lazer. Seguindo a nova tendência mesmo em tempos cibernéticos, a urbanização era verde, repleta de árvores, visando proporcionar ar puro. O que era bobagem, já que as principais fontes de ar eram geradas por outras máquinas. Ao menos era bonito.

Uma frota imensa de naves avançava ao nosso lado, com líderes, pessoas comuns e a elite. Era um evento que ninguém queria perder, embora a elite estivesse ali mais para apreciar do que para se estabelecer. Morar em uma colônia era reservado principalmente para aqueles carentes de posições sociais mais baixas, pois viver nelas era desafiador e muitas vezes nada agradável.

— Suzuhara! — Olhei para ela. — Estabeleça comunicação.

— Sim, comandante. — Ela observou sua tela holográfica e clicou no ícone de telefone. — Comunicação estabelecida, passando para o senhor. 

Diante de mim, a interface do comandante se abriu e o controle de solo já estava conectado, precisava os contatar para confirmar nosso local de pouso.

— Controle de solo na escuta, informe o motivo de seu contato.

— Motivo de contato é a permissão para pouso.

— Okay, identifiquei sua nave. Me passe seu código de comando e código de missão.

— Código de comando 57328 e código de missão 1882.

— Confirmado. Por favor, direcione sua nave para a área de pouso 2 e bem-vindo a Prometeus.

Área de pouso 2? O padrão era a nave da missão principal aterrissar na Área de Pouso 1. Será que havia alguém mais importante chegando? O Imperador tinha seu próprio local de pouso. Por questões de importância, deveríamos pousar na Área 1, mas tudo bem, eu não pretendia fazer tempestade em copo d'água.

— Senhor, recebi as coordenadas. — No painel holográfico de Suzuhara, as coordenadas para o local de pouso tinham sido enviadas. — Passando para o oficial de navegação.

Vincent recebeu as coordenadas e conduziu a nave. Sem dizer uma palavra ou expressar qualquer reação, esse cara sempre foi um mistério. Apesar de raramente pilotar a nave, ele executou a tarefa de maneira perfeita desde a ausência de Victor.

Rapidamente nos aproximamos do local de pouso, era uma área aberta, onde diversas naves estavam pousando.

— Poha, nos deixaram no meio dos civis — Os olhos de Poul ficaram estreitos, e sua expressão, severa.

Ele estava correto em sua reclamação. Éramos "militares", e nossa nave estava repleta de tecnologia secreta de Londres e armamentos perigosos. Deixar-nos entre civis representava um risco, tanto para nós quanto para os próprios civis, que estariam em contato direto com talvez terroristas ou criminosos que tentassem atacar nossa nave.

— Ignore isso por enquanto — falava já me levantando do “trono”. — Vamos focar na missão, por hora.

Preocupar-se com "talvezes" ou "possibilidades" poderia ser correto ao considerar planejamentos, mas, por enquanto, precisávamos nos concentrar na missão de inauguração. Literalmente, tínhamos mais de um milhão de vidas em nossas mãos. Meus oficiais compartilhavam dessa perspectiva, sempre buscando dividir o peso que eu carregava como comandante.

Entretanto, as milhões de vidas estavam nas minhas mãos, exclusivamente nas minhas. Qualquer erro que custasse a vida de uma única pessoa seria de minha responsabilidade.

“EU NÃO POSSO FALHAR” A falha nunca foi uma opção para mim, perder vidas inocentes nunca foi uma opção para mim.

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Notas:

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