Volume 4
Capítulo 7: O Golem de Lyle
No quintal da mansão que a Casa Circry havia comprado em Arumsaas, havia um depósito.
Ele estava cheio de ferramentas para serem usadas pela casa, mas como era para ser usado apenas pelo tempo em que a Miranda estivesse frequentando a Academia, estava bastante vazio.
Neste espaço, eu comecei a fazer meu golem com a Poyopoyo.
A magia que Damien havia me ensinado era normalmente uma para manipular bonecas criadas com magia.
Entretanto, através do uso de metais com sua mana posta neles, ou partes especialmente fabricadas, você não teria que criar um golem toda vez que quisesse usá-la.
Dependendo da situação, um golem de lama não era tão ruim.
No entanto, criar um toda vez tinha um gasto de mana muito ruim.
Para reduzir isso, Damien fez suas bonecas de antemão, e as controlou.
Eu pensei que eu faria uma para esse propósito também, mas…
“É difícil operar uma humanoide. Não, há coisas extras a se considerar quando elas não estão em forma humana, todavia.”
A boneca que eu fiz com Poyopoyo fazia uso da armadura vestida pelo chefe do quadragésimo andar.
Houve uma outra deixada na academia também. Nós conseguimos comprar os restos do chefe do quadragésimo andar derrotado alguns anos atrás também, e o golem que nós fizemos com o metal não era em forma humana.
“Eu não posso entender isso. Quando você me disse ‘vamos fazer uma boneca juntos,’ eu pensei que isso fosse um novo tipo de confissão, mas… nós estamos realmente fazendo uma, não estamos?”
Bem, com essa forma, não era realmente uma boneca, mas outra coisa diferente.
Poyopoyo tirou a armadura de sua saia, e após nós terminarmos de processar o metal, nós equipamos pernas nele para completá-lo.
Seis pequenas rodas.
E quatro pernas…
A fim de mover as pernas dobradas, eu tentei enviar magia para ele.
O golem que tinha a aparência como se pernas tivessem sido grudadas em uma pequena carruagem era muito mais resistente do que eu pensei que seria.
“Oh, isso passa uma sensação bastante durável.”
Por eu não estar acostumado a sensação de movê-lo por aí ainda, a maneira que suas pernas se viravam ainda era desajeitada.
Eu dobrei suas pernas de volta, e tentei movê-lo adiante com as rodas. Quando eu tentei fazê-lo virar em um canto com as rodas, ele traçou uma curva larga.
Quando eu perguntei a Poyopoyo se ela conseguiria fazer isso, a indivíduo em si disse algo como, ‘não me subestime frangote, e começou a desenhar as plantas.
“É de se esperar. Digo, é a fuselagem que esta Poyopoyo diante de você trabalhou desde o planejamento até a produção. Devemos chamá-lo de carregador de bagagens nº1?”
O golem não havia sido terminado ainda, mas nós estávamos apenas movendo o pedaço que formaria sua base por aí.
Quanto ele pode carregar, e se nós teremos um problema com o manobrar dele no labirinto… Eu olhei em direção aos dois largos escudos apoiados contra a parede.
Os escudos largos demais para um humano carregar não eram adaptados para serem postos para uso humano.
Entretanto, é assim que isso deve ser.
Não seremos nós a carregá-los.
“Uma vez que o façamos capaz de empregar o sistema de escudo, nós estaremos terminados. Mas, nós devemos dar uma corrida de testes no labirinto primeiro.”
Que tipo de gasto de mana deve ser esperado?
E se ele pode fazer as curvas. Nós até pregamos pernas nele para tornar possível subir e descer escadas.
Poyopoyo falou.
“Você precisa colocar algumas molas de amortecimento para aumentar a estabilidade. Além do mais, não há nada nele que se pareça com uma cabeça, então eu não consigo formar qualquer apego a ele. Esse sendo o caso, posso desenhar algo parecido com uma face no lado frontal?”
“Isso é realmente necessário? Mas esse daqui… Eu acho que seria melhor se o 【Portador】 fosse mais cativante.”
Enquanto eu o chamava pelo nome que havia pensado antecipadamente, Poyopoyo tremeu, enquanto olhava entre mim e o portador.
“Qual o problema?”
“… O que é isso com esse nome? Além do mais, o fato de que você meio que pensou em algo adequado deixa tudo isso mais irritante. Mesmo com essa forma, eu sou uma obra prima feita especialmente sob encomenda, sabe. Pra uma máquina que eu fiz em alguns dias ter um nome mais adequado… que frustrante. Que eu já esteja perdendo pro Portador é frustrante!”
Eu peguei um livro que estava caído por perto.
E, é um copiado que eu havia pedido a Clara.
Um livro referente a nomes.
“É algo que eu pensei, enquanto lia este livro.”
Quando Poyopoyo olhou para ele, sua face estava mortificada.
“E, eu pensando que você estava plenamente pensando no meu nome quando estava lendo ele…!”
Eu dirigi um sorriso a ela.
“Poyopoyo já foi estabelecido, então está bom como está. É fofo, sabe, Poyopoyo.”
Ela balançou suas maria-chiquinhas em angústia.
Ela está feliz ou triste… como pensei, é complicado.
“Eu me odeio por me sentir feliz com isso. Mas, eu devo protestar. Poyopoyo é temporário! Eu tenho um nome verdadeiro esperando por mim! … Hã!? Poderia essa frase ser aquela usada por jovens pré-adolescentes na oitava… Nãooo!!”
Eu olhei para Poyopoyo, e pensei.
(Aqueles antigos estavam definitivamente aplicando seus esforços nos lugares errados. O que infernos eles estavam tentando realizar ao fazer uma autômato assim?)
A voz divertida que veio da Joia pertencia ao Sexto.
『Vocês certamente se dão bem.』
Pelo jeito parece que nós dois nos damos bem.
Apesar da boca dela ser suja, é verdade que ela trabalha duro quando diz respeito a mim.
Eu ocasionalmente tenho a sensação de que estou falando com uma pessoa de verdade, mas a existência diante de mim é uma autômato.
Eu me virei para o Portador.
(Se devo ser forçado a dizer, Poyopoyo e Portador são o mesmo tipo de item.)
Poyopoyo, que balançou suas maria-chiquinhas violentamente, enquanto cobria seu rosto com vergonha.
Portador, que descansava silenciosamente com o seu corpo em forma de caixa sobre quatro patas.
(Não, eles são completamente diferentes. Poyopoyo é a Poyopoyo.)
Eu comecei a considerar quando executaria a corrida de testes do Portador.
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… Fora de Arumsaas, Lyra e Aria estavam atuando juntas.
Apesar de Aria estar levemente equipada, seu braço esquerdo estava coberto com um protetor de metal.
Sua mão direita segurava uma lança curta e ela se movia à frente de Lyra, indo para seu destino.
Vários tipos de facas estavam penduradas em sua cintura, junto a bolsa na qual ela mantinha suas ferramentas.
Observando-a por trás, Lyra havia fixado sua prótese no braço esquerdo.
Enquanto ela testava seus movimentos, deu um grito para Aria:
“Ei, não olhe só para frente. Certifique-se de ficar de olho na sua distância em relação aos seus companheiros.”
Aria estremeceu como se um abalo houvesse passado através de seu corpo, antes de se virar para Lyra, com um sorriso amargo em seu rosto.
“M-Me desculpa!”
“Não se desculpe no meio da ação. Reflita depois que tudo acabar. Você pararia o avanço dos seus outros companheiros por uma questão pessoal?”
Aria checou seus arredores em pânico, enquanto começava a caminhar adiante.
O estilo do Lyle era um em que ela caminharia à frente como vanguarda, e ocasionalmente batalharia sozinha.
“Sempre pense por conta própria. Como o grupo vai se mover em seguida? O que é necessário? Se você não puder nem se mover sem ordens, então não importa o quão forte você fique, você será pior que alguém de segunda categoria.”
Tendo chegado ao ponto designado como seu destino, Aria acabou sentando-se no chão devido ao estresse mental causado pela movimentação não-familiar.
Vendo isso, Lyra falou.
“Aria, você disse que seu líder não reconhece sua força, certo?”
Do chão, Aria olhou para ela.
“Sim. Bem… ele dá as ordens, e eu me movo de acordo. Mas, eu tenho certeza que posso fazer melhor do que ele pensa!”
Lyra deu uma resposta imediata.
“Você tem o talento, então você vai ficar bem até certo ponto. Mas, ainda assim, se eu fosse o líder, eu faria o mesmo.”
Aria baixou sua cabeça.
Em Daliem, ela havia aprendido os básicos de se aventurar, mas ela havia se tornado negligente nisso.
Era apenas prova de que ela esteve dependendo demais das Skills do Lyle.
“Se você quer que eu diga, esse líder é competente. Porque ele está restringindo suas próprias Skills, e deixando seu grupo elevar seu próprio nível de habilidade. Será que ele notou? Que nesse ritmo, vocês todos acabariam inúteis.”
Aria esteve se focando em fazer seu melhor com toda sua força, mas, quando ela ouviu isso, pensou que esse era exatamente o caso.
(Quem dependeu da excelência do Lyle fui eu.)
Lyra apontou numerosos pontos para ela refletir a respeito.
Ela havia continuado a repetir ações como se ela tivesse esquecido tudo que havia aprendido em Daliem.
“Em primeiro lugar. Apesar das passagens poderem ser meio amplas, quem continuaria balançando a mesma lança por aí o tempo todo? Você deveria perceber que precisa ou aprender a usar uma de comprimento ajustável, ou uma curta.”
Aria foi lecionada mais uma vez.
Lança curta… a arma muito menor que a altura de Aria tinha um alcance menor, mas era mais fácil de se manusear no labirinto.
As primeiras palavras que sua instrutora lhe disse…
… Ela era pior que um amador.
Apesar dela ter força a certo nível, ela ficou negligente e abandonou seu dever.
Aquilo pelo qual Lyra a repreendia principalmente, eram as coisas que ela havia aprendido da Zelphy.
Negligenciando o básico dos básicos, ela estava em uma situação na qual ela nem estabelecia comunicação com seu grupo.
“Em todo caso, como é a sensação de usar um escudo?”
Aria olhou para o pequeno escudo em seu braço esquerdo.
Para o broquel.
Ele tinha que ser pequeno para ela usar a lança, mas era uma ajuda no fato de que podia aparar ataques de monstros.
“Sim. Não é uma sensação ruim.”
Quando ela disse isso, Lyra pareceu só um pouquinho feliz.
“Entendo. Certifique-se de cuidar da sua armadura também. Ela protege seu corpo e sua vida. Não seja econômica com isso.”
Com seu braço esquerdo perdido, e queimaduras por seu corpo, as palavras de Lyra tinham peso.
“Bem, esse é o fim da pausa. A seguir eu irei na frente e te mostrarei como se faz. Certifique-se de prestar atenção em todos os pontos que eu te alertei.”
“Sim!”
Lyra caminhou à frente e Aria seguiu por trás…
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… Em uma das muitas escolas particulares de Arumsaas.
Era lá que as técnicas referentes a armadilhas eram ensinadas.
As características do labirinto de Arumsaas e as variações dos conjuntos de armadilhas. Assim como também o método de abrir baús de tesouro, e várias outras técnicas eram ensinadas.
Era informação exclusiva de Arumsaas, centrada em torno de tudo que seria útil naquele específico labirinto.
E usando esse conhecimento, Miranda habilidosamente abriu a fechadura em cima da mesa. Ela habilmente moveu suas ferramentas a fim de mostrar o conteúdo.
Vendo isso, seu professor bateu suas mãos.
“Incrível. Essa é realmente sua primeira vez? Você não está aprontando nada em outro lugar, certo?”
Seus movimentos manuais eram vívidos o bastante para dar luz a dúvidas.
Miranda respondeu com um sorriso.
“É claro que não. Que maldade, instrutor.”
Seu professor se desculpou.
Vendo o sorriso radiante dela, ele…
“… Então está tudo bem, eu acho. Nesse caso, você quer tentar desarmar armadilhas a seguir? Entretanto o labirinto de Arumsaas não tem uma variedade muito grande, então não há muito a ensinar.”
Geralmente, até o mais baixo quinquagésimo andar, a variedade de armadilhas era baixa.
Por isso, ele era um bom lugar para jovens aventureiros começarem a acumular seu poder, e obter competência.
“Começando agora?”
“Eu precisarei de alguma preparação, então vamos deixar pra próxima. Vamos encerrar aqui por hoje.”
Ouvindo isso, Miranda se levantou de sua cadeira, reuniu seus pertences e deixou a sala de aula.
Observando suas costas, estavam outros aventureiros aprendendo a arrombar fechaduras.
Eles pareciam bastante enamorados com ela.
“Ela com certeza é boa, essa Miranda-san.”
“Ela se graduou pela academia e se tornou uma aventureira, certo? Quer tentar convidá-la?”
“Mas acredito que… ela está trabalhando naquele lugar do 『Lyle, o Fardo』, não?”
Enquanto os estudantes estavam ficando animados, tentando ver como chamar a atenção da Miranda, o professor limpou sua garganta.
Silêncio retornou.
E ele disse a eles para deixarem por isso mesmo.
Ele não estava brincando. Ele estava dando um aviso sério a seus alunos.
“Pessoas desse tipo… especialmente mulheres aventureiras com talento em armadilhas… é melhor evitá-las. Se você estiver no mesmo grupo, o que quer que faça, não tente entrar em um relacionamento sério com elas.”
Um único estudante perguntou.
“Por que isso, professor? Será que você passou um inferno por causa de uma no passado?”
Para com a brincadeira do aluno, o professor respondeu com uma cara séria.
“… No passado, houve um grande grupo. Naquela época, eu estava trabalhando como especialista em armadilhas. E então uma mulher hábil em armadilhas entrou em nossas reservas.”
Todos os estudantes restantes na sala eram homens e, como se seus interesses tivessem sido atraídos, eles estavam escutando em silêncio.
Parece que eles estavam esperando que isso se tornasse algo picante.
Porque jovens homens aventureiros eram sonhadores.
“Ela levou um grupo de aventureiros pelo nariz, então espremeu eles totalmente e os explorou antes de jogá-los fora. Ela trabalhou em um número de grupos, e eu ouvi histórias de outros especialistas na minha área, mas… nunca tente pôr as mãos nesse tipo de mulher.”
Ouvindo seu sensato professor falando por experiência, os interesses dos estudantes pareceram um pouco abatidos.
Eles não haviam passado por coisas como essas, mas não parecia que o homem estivesse lhes contando uma mentira.
Era tudo responsabilidade deles.
O professor só estava lhes oferecendo um alerta.
“Exatamente quantos idiotas vocês acham que estão por aí que penhorariam seus equipamentos por causa de uma mulher? Suas segundas intenções serão apenas usadas. E, garotas desse tipo… elas obtém posse de sua presa não importa o custo.”
Nesse caso, a presa era o sexo oposto… um homem. Ouvindo isso, os estudantes começaram a discutir um pouco.
“Se fosse a Miranda-san mirando em mim, então eu… me casaria imediatamente.”
“Retardado, dê uma olhada no espelho antes de dizer algo assim.”
“Uma vez é o bastante, então eu quero ser a presa dela~.”
O professor deu uma risada saudável, enquanto olhava para os jovens aventureiros. Ele pensou…
(É como se eles estivessem sendo lentamente apertados por um fino fio. Quando eles perceberem, não serão capazes de se mover… Já vi muitos homens assim.)
Enquanto pensava o quão bom era ser jovem, o professor recomeçou sua aula…
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Eu peguei o Portador e Poyopoyo, e desafiei o labirinto para testar meu controle.
Após subir e descer as escadas algumas vezes, eu dei minha maça para Poyopoyo e tentei mandá-la para batalha.
O goblin explodido para longe.
O goblin que havia se tornado uma mancha carmesim na parede.
O goblin pintando o chão de vermelho.
… Essa garota não está pensando nenhum pouco em coletar os materiais.
Ela estava colocando força demais nisso, e os itens recuperados estavam em estados terríveis.
“E pensar que as técnicas instaladas para combater o demônio negro da cozinha viriam a ser úteis aqui…”
Ela jogou uma de suas maria-chiquinhas para trás, e fez uma pose.
“O quê? É assim que você estava pensando a respeito dos pobres goblins? E espera, você está colocando força demais em esmagar eles. Nossos lucros das vendas de partes estão caindo.”
Os bastões de metal e placas de armadura tinham uma demanda definida como peças de metal.
Eles seriam derretidos, então não haveria uma mudança no valor deles, mas… os itens coletados dos goblins em si estavam em um estado terrível.
Eu pus luvas para coletar as pedras mágicas, e coloquei as partes de metal no portador. Quando ele estava sob rodas, o peso extra não mudava muito o custo de mana.
Não havia realmente algum problema em fazer ele subir ou descer os degraus também.
Nós não estaríamos mergulhando muito fundo, então eu o testei no primeiro e segundo andares.
Vendo isso, o Terceiro falou.
『Então essa é a resposta que o Lyle encontrou.』
O Sétimo concordou.
『É similar ao que eu e o Quinto previmos.』
Eu estava curioso a respeito dessas palavras, mas alerta aos aventureiros se aproximando de nós, eu desembainhei meu sabre.
Poyopoyo segurou a maça em ambas as mãos.
“E-espera!”
“Me desculpe, mas vocês têm como nos dar uma mão?”
Os aventureiros exaustos estavam arrastando seus pés, enquanto pediam por nossa ajuda.
Eles eram seis em total. Havia alguns entre eles apoiando outros em seus ombros, e alguns usando toda sua força só para se mover. Havia até um inconsciente.
Vendo o estado deles, eu me aproximei com minha guarda levantada.
Eles não pareciam estar atuando.
Poyopoyo falou.
“O osso dele parece estar quebrado. Há também alguma hemorragia interna. É uma ferida séria, mas… remédios e aquela tal de magia devem ser capazes de cuidar disso. Que estranho.”
Eu me pergunto o que ela acha estranho.
Mas eu não tinha o lazer de me preocupar com algo assim.
Da bolsa acima do Portador, eu tirei alguns remédios e os apliquei na pessoa ferida. As feridas fecharam e seu estado melhorou um pouco comparado a antes.
Contudo, as pessoas carregando ele também estavam surradas.
“Eu sinto muito. Lançaram um ataque surpresa, e nós tentamos contra-atacar, mas…”
Não foi por monstros, mas por aventureiros pelo que parece.
“Obrigado pelo remédio. Ainda assim… por que é um carrinho de mão e uma empregada?”
Um aventureiro de face pálida encarou o Portador e Poyopoyo em admiração.
“Bem, coisas acontecem.”
Nisso, o aventureiro ferido entrou em agonia.
Poyopoyo falou.
“Isso é mal. Ele não se recuperou totalmente. Vocês deveriam levá-lo a um especialista.”
E eu olhei para o Portador.
É estreito, mas não há dúvida de que daria pra apertar seis nele.
“A viagem pode não ser a melhor, mas por favor subam.”
Os aventureiros salvos…
“M-montar nisso? Mas quem vai empurrar? Se for só você, então isso é um pouco… há escadas também…”
Eu pensei que não havia tempo para explicar.
“Apenas andem logo com isso!”
Dizendo isso, eu apressei os seis pra dentro, e subi em uma das partes salientadas no lado dele.
Da mesma forma, Poyopoyo subiu no lado oposto, e…
“Estamos partindo.”
As rodas começaram a se mover e o Portador começou a se mover com oito pessoas a bordo. Eu relembrava o caminho até aqui, então eu o guiei pelo labirinto sem hesitação.
O andar também era feito de placas de metal sobrepostas umas sobre as outras descuidadamente, e havia sacudidas leves, mas estava bem dentro do meu nível de tolerância.
(Ah, isso pode ser surpreendentemente útil para carga.)
Enquanto manipulava o Portador, eu pensava isso.
Os aventureiros a bordo olhavam a cena em espanto mudo.
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Saindo do labirinto, eu dirigi até um hospital próximo e esperei do lado de fora.
Ainda com um rosto pálido, mas com ataduras envolvidas por ele, o aventureiro salvo saiu.
Me vendo, ele sorriu.
“Você é um salva-vidas. Todos os meus companheiros estão salvos também.”
Ouvindo isso, eu me senti aliviado por ter salvo eles.
“Isso é bom.”
Ter aventureiros ajudando uns aos outros era essencial.
Há alguns que ficam bem com comportamentos incômodos, mas na maior parte dos casos, esses tipos sofrem um fim miserável.
E se eu os salvar, então talvez minha reputação se recupere um pouco.
“E assim, bem… Me desculpa!”
Os aventureiro me chocou ao baixar sua cabeça.
Ele explicou sua atual situação para mim.
“Originalmente, essa seria a parte em que eu te daria moedas de ouro. Mas meus companheiros estão sendo hospitalizados, então… quando nós fomos atacados, nós mantivemos as pedras mágicas, mas fomos forçados a deixar todo o resto para trás. Isso é tudo que nós temos por enquanto, mas nós definitivamente vamos te compensar quando formos liberados.”
Dizendo isso, o aventureiro esvazia uma bolsa de moedas de prata em sua mão, e as entrega para mim.
Poyopoyo olhou para isso.
“Pra nós dois só trabalhando no segundo andar, é uma larga quantia.”
E disse isso.
Eu aceitei o dinheiro.
“Eu definitivamente aceitei sua gratidão. E também, não se forcem quando forem liberados. Eu já estou satisfeito com isso como recompensa.”
“O-obrigado. De verdade, obrigado!”
Ele pode ter fingido que isso era tudo que ele tinha. Na verdade, eu provavelmente poderia ter conseguido mais.
Porém, nesse caso, rumores se espalhariam sobre eu ser mesquinho e minha credibilidade cairia. E se eu salvasse a vida deles e não aceitasse uma recompensa… se essa informação a meu respeito se espalhasse, então se tornaria um obstáculo nas minhas atividades futuras em Arumsaas.
Dizendo que eu estava satisfeito com isso, eu disse a ele que não aceitaria nada mais.
O aventureiro retornou para seus companheiros, e eu olhei para a prata em minha mão.
“… Ah, poderia isso ser…”
Eu percebi. Ao mesmo tempo, eu ouvi a voz do Quarto.
『O cheiro de dinheiro…』
Eu me virei para dar uma olhada no Portador. Lhe faltava espírito, mas sua forma era uma confiável.
Ao mesmo tempo, eu ouvi uma voz deleitada da Joia.
『Lyle! Muito bem! Esse daí pode ganhar dinheiro! Como imaginei, era importante fazer você pensar em um caminho por conta própria!』
O interesseiro Quarto percebeu o valor no meu Portador.
Descobrindo que podia trazer dinheiro, ele ficou deleitado.
Poyopoyo falou.
“Frangote bastardo… com isso, nós pelo menos conseguiremos pagar por nossas refeições.”
Eu concordei.
“Eu também penso isso.”