Se der Ruim, Viro Ferreiro Japonesa

Tradução: Rudeus Greyrat

Revisão: Ma-chan


Volume 5

Capítulo 82

No momento, estou correndo a toda velocidade! Por qual motivo, você me pergunta? Porque me deparei com uma certa pessoa excêntrica. Sim, um dos famosos “andarilhos” do Palácio Real.

Tudo começou de manhã cedo. Depois de acordar, como eu tinha tempo livre, pensei em dar uma olhada na plantação que ficava dentro do palácio, só por curiosidade. No caminho, encontrei uma mulher muito bonita. Poderia ser considerado rude tentar investigar a idade de uma mulher, mas não havia dúvida de que era mais velha do que eu. 

Pensei que ela pudesse ser tão velha quanto minha mãe, no entanto, estranhamente suas feições me pareciam jovens, mas ao invés de uma beleza forçada pelo uso de cosméticos, eu sentia que ela vivia a vida da forma que gostava e por isso parecia tão jovem.

Passei a observar aquela pessoa por algum tempo, mas não se engane, não era como se eu estivesse encantado por ela… Como posso dizer? Essa pessoa era um pouco estranha.

Ela entrou no campo de plantas medicinais, que eram semelhantes aos que Toto cultivava, e foi cheirando uma a uma. Segurando a planta perto do rosto para sentir o aroma, seus movimentos não eram nem um pouco elegantes. Ela se inclinou e pressionou o nariz contra as plantas, fazendo um gesto que poderia ser agradável para um vegetal, mas não combinava consigo mesma. Especialmente para uma mulher que aparentava ter sido criada muito bem.

— Hmm, o que você está fazendo? — Sem pensar, acabei falando com ela. 

— Eh? O que… Estou cheirando as ervas medicinais, obviamente — Ela falou como se eu tivesse feito uma pergunta idiota. Em outras palavras, para ela, o ato de cheirar plantas medicinais era normal e eu ter dúvidas sobre isso, era algo estranho. 

— En-Entendo, mas por que com essa postura? Não parece muito apropriado para uma dama. 

— Isso é perfeito para alguém que não é muito parecido com uma dama quanto eu. Seria ridículo para você, no entanto. 

“É um problema de nível social? Está me dizendo que eu não tenho nobreza o bastante?”

— Isso era algo que eu não sabia. 

— Certo? Que fique apenas entre nós, tudo bem? 

Ao que parecia, esta maravilhosa informação não deveria ser espalhada, embora eu não planejasse fazer isso desde o começo. Provavelmente não seria popular mesmo se fosse espalhado, na minha opinião. 

— A senhora gosta de plantas medicinais? É apenas um pouco, mas estou bem informado sobre isso. 

— Ara, eu não gosto de plantas medicinais tanto assim. Na verdade, esse campo é como o acampamento de um inimigo para mim. 

“Não faço a menor ideia do que ela esteja falando!” 

— Nesse caso, o que você está fazendo? 

— Eu já não disse que estou cheirando as ervas? 

“A conversa não está indo a lugar nenhum!” 

— Se este é o campo inimigo, então você está espionando? Para comparar com suas próprias ervas ou algo assim?

— Fufu, bom trabalho deduzindo isso sem ficar impaciente, mas você está apenas com a metade certa. 

Então ela estava conscientemente tentando me irritar… O que diabos foi isso? Apesar de que a culpa seja minha por puxar conversa com essa bela e estranha senhora. 

— As plantas medicinais aqui são muito bem cultivadas. Eu poderia simplesmente perguntar o segredo diretamente para a proprietária, mas isso não seria frustrante? Por isso, estou aqui de manhã cedo para descobrir. A propósito, o que estou cultivando não são plantas medicinais, mas coisas muito mais deliciosas. 

— Entendo, então você está cultivando legumes. Isso significa que a senhora é a Tsukimi-san? 

Finalmente ela se virou para mim. Depois de dar uma boa olhada em seu rosto, notei que ela se assemelhava um pouco àquela pessoa. Pensando bem, elas se pareciam bastante, tanto que, quando aquela pessoa envelhecer, ela ficaria assim.

— A mãe de Eliza…? 

— Sim, está correto. E você deve ser o Kururi-kun, certo?

— A senhora já me conhecia?

— Claro, metade do que minha filha escreve para mim são coisas sobre você, afinal de contas. 

— Entendo…

“Isso é muito importante e meio que me deixa envergonhado… Isso me deixa realmente envergonhado. Kyaaa ~!”

— Você está cuidando dela corretamente?

— Cuidando… não temos esse relacionamento. Amigos? Sim, estamos indo muito bem como amigos, sim!

— Hmm… amigos, entendo… amigos…

“Não se aproxime das pessoas fazendo um olhar tão suspeito! E não traga seu rosto tão perto! Eu meio que sinto que estou sendo através de mim! Eu não consigo parar de suar. Ela está perto, muito, muito, muito perto!” 

— Acho que vou parar de te provocar.

— Haha, muito obrigado…

“Então ela estava conscientemente me provocando. ‘Muito obrigado?’ Por que estou sendo grato…? Essa pessoa é uma vilã de verdade! Provavelmente deve ter sido excêntrica por muito tempo.”

— Kururi-kun, você está livre agora, certo? Me ajude um pouco. 

— Tudo bem, eu estava prestes a ir ver sua plantação, afinal.

Ela me puxou pela orelha — Au, au, au! não se pode ser impertinente com ela —, pensei. 

— Você conhece bem as plantas medicinais, certo? Então me ajude a encontrar o segredo.

— Não sou especialista para descobrir apenas pelo cheiro…

— Apenas faça!

Então, nós dois nos inclinamos para as plantas e começamos a cheirar uma a uma. — O segredo para cultivá-las? Não há como descobrir isso. Tudo que consigo dizer é “Ah, este lugar cheira a terra” ou “o cheiro dessa planta é forte”.

— Então, você descobriu?

— Não, isso é muito imprudente, vamos apenas perguntar para a pessoa que as cultiva. Se você não quiser, posso pedir por você.

— Assim não vale, isso é uma guerra! Existe alguém tão estúpido para perguntar ao general inimigo o segredo da força de seus soldados!? 

“O que há com esse exemplo…? Ela tem uma rival? Não é apenas o sol que está batendo neste lugar corretamente?” 

— Ah! Tsukimi-san, a que eu estou cheirando agora pode ser comida! 

— Eh…?

— Eu tenho um amigo que tem um profundo conhecimento sobre ervas medicinais e sempre come uma dessas quando sente fome. Ouvi dizer que é crocante e saboroso. 

Sempre que ia para a estufa, via Toto mastigando isso. Quando eu perguntei: “O gosto é bom?”, ele respondeu, “é bem normal”. Tomarei isso como algo delicioso. 

— Ara, isso soa interessante — Tsukimi-san arrancou uma delas e depois outra. Então, segurando as ervas, ela me encarou e sorriu — Irei comê-las, dessa forma, poderei descobrir o segredo.

— A senhora parecia uma ladra no começo, mas com isso se tornou totalmente uma agora. 

— Está tudo bem. Eu dei algumas cenouras para ela no outro dia, então podemos dizer que estamos quites. 

Eu não sabia o que responder quanto a isso, mas, para mim, o sentimento de culpa ainda existia. 

— Se pode ser comido como alimento, então me pergunto por que é uma planta medicinal. 

— Ouvi dizer que precisa de algum processamento especial para ser usada como remédio. 

— Heee …

Tsukimi-san olhou para mim como se dissesse, “Esse garoto pode ser inesperadamente útil”. Foi apenas algo que pensei e não sabia se era verdade, mas provavelmente seria.

— Então, vamos para à cozinha.

Depois disso, a rapidez de suas ações foi incrível. Ninguém pensaria nisso como algo que uma mulher nobre seria capaz de fazer, ou melhor, sequer poderia pensar de alguém da idade dela. Ela começou a correr a uma velocidade assustadora.

— Ei, espera! Você é muito rápida!!! 

Em um piscar de olhos, ela continuou correndo para ainda mais longe. Eu ficarei para trás se não corresse a toda velocidade e eu não sabia onde a direção da cozinha, então seria problemático se a perdesse de vista.  

Por que ela está correndo? — Senti que havia acabado de entender porque ela era chamada de andarilha. De toda forma, eu apenas corri desesperadamente a uma velocidade intensa. 

— Haa… haa… haa… Por que você está correndo!? 

— Haa… eu quero… haa… comê-lo rápido!

Finalmente chegamos à cozinha e como estava completamente exausto, não senti mais vontade de comer.

— Poderia ser comida assim, sabe? 

— Eu sei e planejo comer um assim, mas o outro eu vou fritar. 

“Então foi por isso que ela pegou duas. Eu sinceramente achei que o outro seria para mim… Hahaha…” 

— Depois de lavá-la, corte-a em pedaços que podem caber na boca — dizendo isso sozinha, ela habilmente serviu um prato e começou a comer. 

Sua expressão saboreando o prato, parecia bastante meiga, embora dizer isso em voz alta, poderia ser rude.

— Ara, não vai comer?

Eh! Há um para mim!? — Eu não queria comer, mas isso me deixou muito feliz. Eu também comecei a mastigar e o sabor de fato era muito normal. 

— Bem normal. 

“Acho que é isso mesmo, não é? Eu gostaria de não ter dito que era bom.” 

— Vamos experimentar o frito também. — Ela continuou a prepará-lo habilmente outra vez e eu pude entender que ela era muito boa em cozinhar. 

— A Eliza também é boa em cozinhar? 

— Você poderia fazê-la preparar algo para si. Dessa forma, você saberia, certo? 

— Certo…

“Uma sopa carne com batata, por favor!” 

A porção frita foi terminada e eu tinha um prato também. Salpiquei um pouco de sal antes e, embora sua textura não fosse mais macia do que antes, o seu sabor era mais suave. — Mas ainda assim…

— É muito normal.

— Normal, não é? 

— Conseguiu descobrir o segredo por trás do seu bom crescimento?

— Nem um pouco.

“Certo? Se alguém pudesse entender apenas comendo, isso seria uma habilidade incrível.” 

— Hmm, agora que chegou a isso, não temos escolha a não ser perguntar diretamente.

— A senhora vai pedir o segredo da força dos soldados ao general inimigo!? 

— Não seja impertinente!

“Mas foi a senhora quem disse!”

— Kururi-kun, você está livre depois disso também, certo?

— Sim, eu ia ver sua plantação, afinal.

Au, au, au! — Ela puxou minha orelha novamente. 

— Então, venha para minha casa, Eliza também está lá.

“Tudo bem, mesmo!? Estou ficando um pouco nervoso… Mas está tudo bem, mesmo!?” 

— Você está em bons termos com o Príncipe Lahsa, então poderá ir com ele. 

— Certo, então acho que vou…

— Estarei esperando então. 

Quando a mãe convida, é preciso ir, certo? — Eu estava sendo convidado e, como eu não tinha qualquer má intenção, deveria ir já que se tratava do convite da mãe de uma querida amiga. Assim, depois de convidar o Lahsa também, fomos para à casa da Eliza.

— Na verdade, esta é a primeira vez que vou à casa da Eliza-san. Nossos pais se encontram com frequência, mas não é como se nossas famílias estivessem em bons termos. Ainda assim, tenho visto a casa do Primeiro-Ministro de longe algumas vezes e a impressão que tive era que se tratava de uma casa maravilhosa.

Eu me perguntava que tipo de casa seria. Havia muitos nobres na Capital, com muitas casas luxuosas, mas como o Lahsa a estava elogiando, certamente deveria ser algo incrível. 

Quando chegamos lá… foi bem normal. Não era tão diferente da nossa casa, os quartos tinham tamanho adequado e o jardim não era tão grande assim. 

“Eh? Qual é a parte incrível então? O preço da terra é alto ou algo assim?” 

— Aniki, você parece meio incrédulo. Provavelmente ainda não sabe o que é surpreendente nela — disse Lahsa enquanto sorria. 

“Vamos, me diga rápido!” 

— Este lugar, você vê, foi passado desde a época do 1º Primeiro-Ministro. Não parece tão extraordinário, mas apenas aqueles que obtêm esse cargo, sucedem a esta casa e, mesmo que você seja da realeza, você não poderá entrar a menos que tenha permissão. É um lugar cheio de história. Maravilhoso, não é?

“Entendi… um lugar legal. Como um poder de marca ou algo assim?” 

— Está tudo bem tocar… a campainha? 

— Claro, eles não têm motivos para rejeitarem um visitante.

Bem, então… depois de saber essa informação, sentia-me nervoso por apenas tocar a campainha. 

“O sino não foi nada de extraordinário, não é algo que atrairia fadas ou algo assim… realmente, um sino muito mediano. Até a minha casa provavelmente está usando uma melhor.” 

— Quem poderia ser? — Disse uma voz do outro lado do portão. 

“Um homem… provavelmente alguém que trabalha aqui.” 

— Provavelmente é o mordomo que trabalha para o Primeiro-Ministro geração após geração. Ele é extremamente hábil e famoso. 

“Lahsa disse que não veio aqui uma vez sequer, mas parecia saber um pouco. Isso significa que esse cara era famoso mesmo na Capital?”

— Meu nome é Kururi Helan. Eu recebi um convite de Tsukimi-sama e como tal… — De repente, tive uma sensação de déjà vu.

— Sinto muito em dizer, mas Tsukimi-sama não tem retornado por mais de uma semana, então não sei do que você está falando. 

“Como pensei! A segunda tragédia depois de chegar à Capital! Eu só queria visitar a casa de meu amigo, mas não consegui entrar, parte dois!!!” 

— Bem, é da Tsukimi-sama que estamos falando.. — Lahsa murmurou com um sorriso amargo.

“Por acaso seria experiência própria!? Então mesmo ele já passou por isso…”

— O que devemos fazer?

— Que tal se dissermos que você veio visitar a sua amiga, Eliza-san? Não é preciso marcar hora para visitar um amigo.

“Eh? Bem, não é como se eu fosse contra isso ou qualquer coisa, mas, você sabe, espere um pouco, só um pouco. Eu preciso de algum tempo para estar mentalmente preparado. Apenas um pouco, ok?”

— Sinto muito. Por causa de Tsukimi-sama, coisas como essas acontecem com frequência. Então, eu chamarei Eliza-sama. Por favor, espere um momento. 

“Que pessoa educada. Eu me pergunto se ele também está sendo abusado pela Tsukimi-san.” — Depois de um tempo, o mordomo retornou, no entanto, o portão ainda permanecia fechado. 

— Kururi-dono, Eliza-sama vai recebê-lo pessoalmente, mas ela pediu para que aguardasse um pouco, pois ela precisa de um algum tempo. Eu também tenho uma mensagem para você, “ela falhou ao fazer um bolo chiffon e sujou suas roupas, por tanto, para recebê-lo, precisará colocar um vestido apropriado”. 

E assim, nós fomos deixados do lado de fora. 

— Aniki, acho que estou sentindo o cheiro de batata-doce vindo lá de dentro. Você acha que alguém pode estar cozinhando alguma coisa? 

— Não, eu também estou sentindo o cheiro, provavelmente seja batata assada. É a cara da Eliza assar batatas-doces em um dia frio como esse. Eu estou meio com inveja dela.

— Aniki, você está sendo meio rude com Eliza-san. É óbvio que se trata de uma das empregadas que está preparando. Uma pessoa tão nobre quanto a Eliza-san não estaria fritando algo como batatas. Além disso, o mordomo também falou que ela estava cozinhando um bolo chiffon. 

“Fuu, você é tão jovem, Lahsa.” 

— Sim, isso é exatamente como diz. Minha mestra está fazendo “um bolo chiffon” e uma empregada está “fritando batatas”.

“Uwah, até o mordomo! Muito suspeito. Tenho certeza de que ele a está tentando encobrir.” 

— Estou totalmente certo de que é a Eliza que está fritando, já que ela ama batatas… 

— Na verdade, sendo um mordomo, achei que seria ruim dizer que era eu que as estava fritando. Por que isso poderia manchar minha reputação, cometi o erro de tentar culpar uma empregada, mas, fufufu, fui eu que as comi. 

“Ele até mesmo sacrificou a si!? Tão habilidoso! Essa pessoa é definitivamente o mordomo ideal! Me desculpe por ir tão fundo nisso.” 

— Mordomo-san, mesmo o senhor tem um lado brincalhão, hein?

— Sim, sendo homem, não posso esquecer meu lado lúdico. 

“Desculpe por pensar que você era um mordomo infiel.”

— Aniki, ele parece um mordomo bastante amigável, não é? — O Lahsa sussurrou para mim.

Acho que deveria deixar as coisas assim por enquanto.

— Flotar, abra o portão. 

Pude ouvir o som de alguém andando às pressas e logo depois, a linda voz de Eliza. Ela finalmente chegou, depois de cuidar da “bagunça”. Já fazia muito tempo que eu não… bem, havíamos nos encontrado na festa. Flotar provavelmente era o nome do mordomo e quando recebeu a permissão, o portão se abriu.

Em frente à residência, o mordomo de cabelos brancos se curvou, e na entrada, há três passos de distância, uma garota atraente estava usando um vestido vermelho. Uma linda, graciosa e cativante Eliza ficou ali parada.

— Kururi-sama, obrigada por ter vindo. Ara, e a você também, Príncipe Lahsa. Dou as boas-vindas a vocês dois… no entanto, não é muito gentil para os senhores aparecerem de repente assim. Uma garota precisa de algum tempo para se preparar, entendem? 

“Tantos segredos para uma donzela. Sinto muito, mas foi sua querida mãe que nos obrigou. Da próxima vez, virei depois que você tiver terminado com as batatas.” 

Depois de se curvar educadamente, Eliza deu um sorriso encantador de uma menina. 

“Está tudo bem em aceitar isso como nos receber? Bem, não é como se ela não fosse assim, certo? … Acho que tudo bem se apenas eu souber disso.”

Ela aproximou-se passo a passo — O que devo falar? Estou feliz que Lahsa esteja aqui também. Pare de bater tanto, meu bom coração —, a medida em que ela se aproximava, mais rápido meu coração batia.

“Hã? Eu achei que ela estava perfeita, mas… Hmm? Não há algo em seus lábios …? Ah, aí está você! Isso é uma migalha de batata! Então você estava comendo, hein? Pensei que você estava correndo para limpar as evidências do crime, mas na verdade estava comendo? Isso é inesperado!”

“Se você se vestiu tão perfeitamente, deveria ter reparado sua boca! Ou será que você comeu depois de se vestir? Seria um desperdício, então você comeu desse jeito?” 

Veja, mesmo Flotar-san também notou! — A pele dele começou a ficar pálida e suas mãos ficaram trêmulas enquanto ele limpava o suor de sua testa. 

— Flotar, o que aconteceu? Você não me parece bem. 

Você vai apenas dizer isso? Eliza-san, por favor, note! Observe a intenção real por trás dos gestos dele! — Eu podia entender o desespero que atingiu Flotar-san e tinha um pouco de pena dela. 

— Eliza-san, você tem bolo chiffon em sua boca. Você é uma pessoa inesperadamente descuidada.  

“Lahsa, você é um anjo! Isso é uma batata, no entanto, obrigado por confundir com um bolo chiffon. Por causa de sua inocência, todos aqui foram salvos.” 

Eliza correu para dentro da residência e Flotar-san imediatamente ficou na nossa frente. 

— Por favor, espere um pouco. —  Foi tudo o que ele disse, embora tive a impressão de ter ouvido ele dizer, “esse foi o maior fracasso da minha vida” em voz baixa. 

Não, a culpa não era sua, mas sim da Eliza. Não, a sociedade que estava errada ao julgar que batatas não eram um alimento nobre. A culpa não era de ninguém!

Eliza voltou com um rosto vermelho brilhante. Para mim estava tudo bem, mas, se eu dissesse isso, ela se preocuparia ainda mais. Nossa relação ainda era imatura e eu não sabia se algum dia ela iria amadurecer. Apesar disso, eu queria que ela soubesse que, no futuro, estaria tudo bem comer tantas batatas quanto quisesse. 

— Hohohoho, hohohho! Para deixar o bolo chiffon ficar preso no meu rosto, que bobo de mim! 

“Eliza-san!? Você sempre riu assim!?” 

— Minha senhora é sempre tão descuidada. Eu sabia que a senhorita era fraca quando se trata de bolos chiffon!

“O quê? Qual é a desse drama entre essa jovem e o mordomo?”

— Eliza gosta muito de bolo chiffon, hein! Sério, você é a ídolo de todos na escola, então controle-se! — Nós éramos a razão pela qual tudo começou então eu me juntei a eles.

— Hahahaha, você está exatamente certo! Senhorita, por favor tenha cuidado! 

— Ohoho, você sim! Eu terei! 

— Todo mundo, não é o suficiente? Eu sinto frio, então já podemos entrar? — Graças a um anjo chamado Lahsa, esse drama infernal não durou muito tempo. 

No entanto, a atmosfera não mudou. Dizendo: “Não é muito, mas, por favor, tome esta xícara”, ela nos deu um chá de super alta qualidade, que todos nós bebemos em silêncio. Foi tão silencioso que até o som do engolir ecoou pelo local. E assim, a visita à casa da menina bonita fechou as cortinas de uma forma decepcionante.

“Deixe-me dizer isso mais uma vez, ninguém foi culpado, a sociedade é que estava errada.”

 


Se gostou deste capítulo, CLIQUE AQUI, solucione o Captcha e aguarde por 5 segundos, assim estará apoiando o tradutor e a equipe de revisores!

 



Comentários