Raifurori Brasileira

Autor(a): NekoYasha


Volume 5

Capítulo 254: O Que Significa A Mudança De Nome?

Terras de Sophiette.

Sylford descansava, na sombra de uma árvore, após uma sessão de treino intensa com o jovem Loright. 

Loright era comum, embora tivesse mais conhecimentos de esgrima que a maioria dos novatos alistados na guarda de Andeavor daquele ano. A condição física dele poderia ser obtida após um ou dois anos de foco, e seu temperamento era um pouco difícil, sempre cometia atos imprudentes durante os combates simulados.

Não importava como olhasse, ninguém acreditaria que aquele jovem comum enfrentou um Duque do Inferno e sobreviveu. 

Claro, Belphegor dé Halls era o mais fraco dos membros do Conselho do Inferno, mas havia também Azazel van Elsie, embora o encontro entre eles não pudesse ser chamado realmente de combate.

“O que diferencia o Loright dos outros é a força de vontade dele… me pergunto que tipo de pessoas é essa Luminus que ele sempre fala…”, pensou Sylford, ajeitando sua postura.

Sem Iolite ali, os treinos acabavam relativamente mais cedo, pois o líder do clã Sophiette ia com força total para cima de Loright, levando o jovem ao limite. 

“Não acho que Loright consiga chegar ao nível de Azazel van Elsie nos próximos dez anos. Como ele é imprudente, preciso ficar de olho para ele não fazer nenhuma loucura.”

Com um sopro, Sylford balançou os fios loiros reduzindo o seu campo de visão. Seu cabelo ficou mais brilhante após resolver as pendências com Cynthia e aceitar que “Salas Sophiette” era realmente uma parte dele.

Tudo graças ao apoio de Iolite, o garoto loiro misterioso.

O menino não possuía família e nem mesmo as irmãs do orfanato sabiam muito sobre ele. Era óbvio que aquela criança era mais forte que Lorigth em muitos aspectos — ele foi capaz de amedrontar até mesmo um Duque do Inferno com sua arma incomum.

Iolite não era um Gênio, como aqueles da capital acreditavam, Sylford podia dizer que a sua força foi obtida pelo trabalho duro. Os olhos daquele menino eram os de alguém que encarou a morte e experienciou o desespero muitas vezes.

Ele manter-se de pé e não sucumbir à loucura era algo impressionante.

O líder do clã Sophiette ajeitou sua postura ao voltar à realidade e notar a aproximação de um homem.

Era um dos seus empregados.

— Senhor Sophiette, me pediram para entregar esse relatório ao senhor. — O homem passou um envelope, seu corpo tenso tremeu quando ele se abaixou um pouco. — Me desculpe por incomodá-lo, estarei retornando aos meus serviços.

Era normal ficar tenso de alguém perto como Sylford, afinal ele era perfeito, mas aquilo não importava. O jovem focou no conteúdo contido naquele envelope branco.

A assinatura revelava que o texto era de autoria de um dos espiões contratados para investigar a situação com Azazel van Elsie.

Como o líder do clã Sophiette da geração, não podia deixar uma criatura tão perigosa vagar pelas terras do ocidente como se o local fosse o seu parque.

Os olhos do jovem loiro correram em uma velocidade impressionante, ele batia o olho e conseguia compreender toda a oração sem precisar ler palavra por palavra.

— É uma situação tensa…

Em resumo, a carta do seu espião dizia que Azazel van Elsie era como um fantasma perambulando o mundo, sua posição não era fixa e seus objetivos, tão desconhecidos quanto as profundezas de Cidade Submersa.

A demônia estava nas redondezas do monte Kuryo da última vez que foi avistada.

Sua habilidade de teletransporte era intrigante, talvez pudesse se tratar até mesmo de um Tesouro de Karllos Sophiette roubado, mas também não era impossível que ela tivesse aprendido alguma magia perdida que a permitia se deslocar em uma velocidade como aquela.

Portais como aqueles usados pelos nobres para viajar não podiam ser, pois ela era muito rápida e não havia traços de distúrbio mágico no ar nos locais que ela desaparecia.

Um longo suspiro escapou de Sylford. 

Não tinha muitas informações relevantes da demônia, todos os objetivos dela eram nublados. Se ela quisesse aparecer ali, na frente do jovem, naquele momento, apareceria.

Talvez Azazel van Elsie fosse realmente movida apenas por seus instintos? Não parecia ser o caso, embora fosse comum a demônia fazer massacres, o ataque ao orfanato da irmã Rose foi estranho.

As sacerdotisas e o jovem Loright não falaram muito sobre, mas certamente havia algo do interesse de Azazel naquele lugar. Talvez Iolite ou a menina Luminus?

“Preciso fazer algumas pesquisas. Por enquanto, vou aumentar meus olhos ao redor dessa criatura… Também preciso visitar Iolite em breve.”

*****

Blergh!!

Luminus colocou todo o jantar para fora ao acordar.

A menina possuía todas as memória de quando matou os membros da Seita de Érebos. Havia lágrimas escorrendo dos olhos enquanto ela engatinhava e segurava o estômago.

Cecily relaxou ao notar aquilo, seria problemático lidar com a garotinha no seu modo assassino.

— Toma, bebe isso aqui. — A deusa loira entregou uma cabaça com água. Ela parecia um pouco preocupada com o estado da menina.

Ironicamente, falando de danos, Luminus se machucou mais quando desmaiou que na luta contra as pessoas da seita, havia uma bandagem em seu nariz quebrado na queda.  

— Bem, você precisava se acostumar com isso de qualquer jeito — começou a deusa. — Agora, precisa aprender a controlar esse poder, ou eu vou ficar em apuros.

A mão pálida de Luminus foi levantada para limpar suas lágrimas. Ela não tinha palavras. 

O que faria? As memórias daquelas pessoas sendo transformadas em pedaços de carne, uma por uma, repetiam-se diversas vezes. Eles eram os vilões da história, mas matar era errado, não importava quem fosse.

A deusa Cecily possuía uma expressão complexa no rosto angelical, ela realmente não sabia o que dizer, pois sua nota era zero na matéria de empatia — mal conseguia compreender seus próprios sentimentos, quem dirá os de outra pessoa.

— Aqui não é mais seguro, de qualquer forma. Vamos arrumar nossas coisas e seguir logo na direção de Dart, lá é mais difícil para esses malucos da Seita de Érebos agirem

Luminus apenas confirmou acenando a cabeça, ela parecia estar pensamento em mil coisas naquele momento.

No fim, a Reencarnação de Astarte era apenas uma criança.

Uma criança tirar uma vida era uma situação traumatizante, por mais que fosse muito madura para sua idade. 

— Obrigado… — Cecilly disse de repente. — Se não fosse por você, talvez eu não conseguisse escapar daquela névoa que nublou meus sentidos.

Era mentira. 

Se uma deusa não conseguisse lidar com aquelas pessoas e seus truques, ela não merecia portar esse título. Estava clara que Cecily só queria ajudar Luminus, por mais que não soubesse o motivo.

Talvez fosse a expressão depressiva que a menina fazia naquele momento?

A-ah, pirra… quero dizer, Luminus, por que você não deixa eu ver um pouco das suas informações?

A garotinha lançou um olhar de canto de olho, intrigada.

— Olha, faz assim, tenta se concentrar bem e pensar no seu “sistema de segurança”. Vai lá, confia em mim.

Sem colocar muito esforço na sua tentativa, a menina fez como a deusa pediu. Ela sentia o corpo um pouco pesado e a ardência no nariz incomodava… ou talvez ela só quisesse focar naquelas sensações para esquecer das cenas da noite anterior.

[Nível de restrição: MAX.]

Ela levantou uma sobrancelha ao ver a mensagem aparecendo à sua frente e deu alguns passos para trás.

Cecily sorriu.

— Agora, tenta puxar a barra e diminuir um pouco o nível de restrição, pode ser o quanto você quiser, afinal não é bom deixar que qualquer um possa ver os seus status.

Após algumas tentativas, Luminus conseguiu diminuir aquela barra. Suas bochechas coraram um pouco quando ela quis levantar a mão e tocar a mensagem que não existia no mundo real. Ela nunca esteve em uma situação em que era a pessoa ignorante sendo ensinada.

Mesmo no orfanato, Loright aprendia mais com ela do que o inverso… Loright, pensar naquele jovem trazia memórias nostálgicas à tona. A garotinha balançou a cabeça, focaria primeiro na mensagem à sua frente:

[Nível de restrição: 95%.]

Não conseguiu diminuir muito, era necessário muito esforço.

Cecily a encarou bem quando recebeu uma confirmação sobre a diminuição do “nível de restrição”, ela parecia um pouco ansiosa para fazer algo que envolvia os status da menina.

A expressão da deusa mudou radicalmente após alguns segundos. Até aquele momento, Luminus quase não abriu a boca para fazer algo além de colocar o jantar para fora, mas ela havia ficado realmente incomodada.

— O que você… viu? Parece ser algo sério pela sua expressão. — A garotinha sentiu mais um desconforto no estômago.

A beldade loira encarou a menina por mais alguns momentos, a impressão passada era que nem ela entendia o que via. No fim, após murmurar algumas coisas para si, limpou a garganta e enunciou:

— Seu nome… está como “Luminus streix Astarte”, pirralha.

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