Volume 1

Capítulo 9: Memórias

Notas: antes eu estava usando aspas para as falas das árvores por serem como telepatia, nesse cap., pensei que, por serem falas, deveriam ser as: —, mas para falar a verdade, agora não tenho muita certeza do que seria o correto… Ficaria agradecida se alguém me desse uma opinião.

Eu tenho atrasado as postagens muito, vou começar a usar um calendário, para eu ter ao menos ideia de quanto tempo já passou, para não atrasar tanto assim, porque na realidade eu nem vejo o tempo passar, haha! Não acredito que fiquei um mês inteiro sem postar nada, desculpe por isso.

Algo interessante que percebi é que esse negócio de induzir o celebro realmente funciona, não fiz intencionalmente, mas como comecei a escutar música sempre que ia escrever, agora preciso da música para conseguir me concentrar, mas não é de todo ruim, porque quando coloco música é fácil de me inspirar e consigo escrever em qualquer lugar, mesmo que as últimas revisadas eu sempre faça pelo PC. No começo eu não escutava música, haha! Eu só saia escrevendo.

De qualquer forma, vou parar de perturbar sua leitura agora. Aproveite o cap 😊❣️

 

(----------)

 

Quando estávamos a caminho da árvore sagrada, eu me encontrei com alguns guardas elfos e, por alguma razão, eles estavam me olhando de cara feia.

“Não vamos ser preconceituosos aqui, talvez eles apenas sejam alguns elfos com uma cara um pouco mais feia, pode até ser uma doença, não podemos julgá-los, não concordam? Haha! Mas, falando sério, o que fiz para todas essas pessoas sem importância que eu encontro por aí me odiarem?”

Pensei enquanto mordia as unhas.

“Se você pensar bem, eu não deveria ser respeitado em dobro? Afinal, na verdade, sou um príncipe duas vezes, dos elfos e dos humanos… Oh, isso parece legal, talvez se os humanos soubessem disso, eles teriam mais respeito por mim? Embora eu ache que eu simplesmente seria usado politicamente…”

Então, afastei minhas mãos da boca e comecei a trançar uma mecha de meu cabelo enquanto andava.

"Não é como se os elfos precisassem ter inveja da minha aparência e eu não lembro de ter feito nada de ruim para el-… Talvez por eu arrancar uma folha de uma das plantas aqui?… Não parece razão suficiente para me odiarem, mas é uma opção. A outra opção seria simplesmente por eu ser um meio elfo, ou por minhas orelhas não serem pontudas, ou então por eu ter matado a minha mãe ao nascer, mas essas últimas opções me irritam."

"Os guardas só me deixaram chegar perto da árvore sagrada porque o rei elfo está comigo, mas não tem importância de qualquer forma, não é como se a opinião deles fosse importante."

A árvore sagrada com certeza tem uma aura diferente mesmo.

— Olá, minha criança, você já esteve em outro mundo, não é mesmo? Parece que manteve suas memórias… — Falou uma voz intensa e doce em telepatia, antes de sussurrar — … Mesmo que apenas de uma de suas vidas.

“Oxê, de novo aquela voz de antes?…”

Olhei em volta procurando a fonte da voz, mas não há nada em volta, eu não devo ter dormido o bastante, estou até ouvindo coisas…

“Ah, é verdade, as árvores também podem falar nesse mundo, pode ter sido essa enorme árvore na minha frente…”

— Meu nome é Sacryd, parece significar sagrado em algum idioma antigo. Antes que me pergunte, só você pode escutar minha voz nesse momento e sim, eu sou a árvore sagrada que está na sua frente neste momento.

Legal, então você pode ler meus pensamentos… Só espero não ter pensamentos intrusivos no meio da conversa. Então, você sabe que vim de outro mundo, não é mesmo? Como você sabe disso?

— … Eu posso ver algumas de suas memórias, além de que já nos conhecemos antes, há muito tempo atrás.

Como esperado de alguém que está invadindo meus pensamentos e falando na minha cabeça… Mas o que acontece com meus direitos humanos? Isso é invasão de privacidade… E eu não me lembro de ter te conhecido em algum momento…”

— É esperado que não se lembre de mim nesse momento, mas logo você vai se lembrar de tudo. Parece que houve um erro e você manteve memórias de sua primeira vida, mas não se preocupe muito, a sua alma ainda pertence ao corpo em que você está e você possui traços semelhantes à sua mãe. Afinal, ela era a mãe de sua segunda vida, mesmo que ela nunca tenha se lembrado de uma vida passada.

“Então, significa que esse veio bonito é realmente o meu avô? E o que eu tenho a ver com a minha mãe? Não vejo semelhanças… Pera, eu tive mais de 02 vidas!? Hmm… Eu queria comer um caranguejo, dizem ser muito gostosoNão, não! Não é isso!! Isso não tem nada a ver com o assunto de agora!… Mas como eu posso pegar um galho de Sacryd sem ninguém ver?…

… Ela não ouviu essa última parte, né?

— Ouvi cada pensamento seu de agora.

“…”

Alguns galhos da árvore começaram a brilhar ofuscante-mente e dois galhos voaram em minha direção. Os olhos de meu avô estavam tão arregalados enquanto me observava, que eu acho que seus olhos poderiam acabar pulando para fora.

— Um pequeno presente meu para um pequeno futuro herói.

“Sinto muito, mas eu não tenho plano algum de me tornar um herói ou algo assim…”

— Hahaha!… Eu permito que você fique com esses galhos, mas futuramente você terá que atender a dois pedidos meus, um por cada galho.

Ah, mas eu só precisava de um mesmo, pode pegar o outro de volta.

— Ele será muito útil a você em um futuro próximo, confie em mim, seu futuro já foi decidido há muito tempo, é algo que não pode ser mudado…

… Eu que decido meu futuro, não uma árvore qualquer e nem mesmo Deus”.

— Sinto muito, eu não posso prever todo o seu futuro mesmo, mas existe algo que esteve se repetindo infinitamente e dessa vez não será diferente. Não é algo que eu ou você possamos mudar e mesmo que você consiga mudar algo dessa vez, sem dúvida o galho será essencial.

“Você parece aqueles personagens misteriosos que nunca falam o que realmente pensam e só mandam umas indiretas e charadas, como uma vidente suspeita.

— Não posso te contar detalhes sobre o futuro.

Ok, mas que tipo de pedido você planeja fazer?

— Na hora certa, eu irei te dizer, basta apenas esperar.

“Ai, quando a tal hora certa chegar, você pode me fazer algum pedido surreal, como roubar minha alma e eu vou ser obrigada a aceitar, porque desde que aceitei, o contrato não pode ser desfeito… Algo assim.

— Hahaha! Muito esperto, mas não se preocupe, não será um pedido tão absurdo, você pode até recusá-lo quando chegar a hora, apenas roubarei um de seus sentidos se o recusar, talvez eu roube sua audição ou visão, quem sabe. Não posso permitir que os leve sem um preço.

“Parece um pouco perigoso… Mas ok, vou aceitar esse acordo apenas por capricho e esses galhos emanam uma energia bem estranha, tenho a sensação de que isso com certeza seria útil”.

— Haha, certo, conversamos mais na próxima vez, mantenha um dos galhos com você, pode pedir para algum anão fazer uma varinha para você com ele. O outro, você pode entregar ao garoto que lhe trouxe até aqui.

— … ki… Yuki!!

— Ah!! O-oi!

— Você ficou viajando por alguns minutos, eu fiquei te chamando, mas você não me respondia.

— Hm? Mesmo?

— O que você estava pensando?

O encarei por uns instantes enquanto pensava por um instante no que dizer.

— … Em como caranguejos devem ser deliciosos e em que tipo de molho combinaria! — Eu disse com um sorrisinho.

— … Nisso que você estava pensando depois de dois galhos da árvore sagrada voarem em sua direção por vontade própria!?

— Ah! Isso aconteceu! Verdade…

— Você já tinha se esquecido?!… Vamos conversar sobre isso mais tarde… Por agora, vamos até o meu escritório. E você não irá encontrar qualquer coisa do mar aqui, ou esse negócio que você chamou de molho…

— Tsc! E eu cogitando morar nesse lugar…

— Quê?

— Nada não, mas esses elfos não são tão bonitos como dizem, né? Eu já vi tantos elfos aqui, mas só meu avô parece verdadeiramente lindo…

“Os outros gostam de fazer careta…”

— Haha! Você acha? É a primeira vez que vejo alguém de fora falando isso. — Ele disse com um sorriso.

Eu o encarei por um tempo, enquanto pensava se dizia o que eu realmente pensava.

— … Sendo sincero, eles são todos muito bonitos, alguns são tão lindos que me dão um certo arrepio. Tipo, aquela ali parece um anjinho, mas esse anjo está fazendo careta para mim e me olhando com desprezo. Eu até fico em dúvida se eu não sou algum tipo de demônio ou algo assim. Talvez estejam crescendo chifres em mim sem eu saber, hehe!

— Ah, certo… Peço desculpas por isso, eles possuem um certo preconceito com pessoas de fora e meios elfos… Os meios elfos costumam vir dos frutos de… um amor não desejado, por assim dizer, e... Bem, eles têm o azar de suas mães morrerem cedo, por isso os elfos veem os meios elfos como um sinal de má sorte.

— "Quanto as pessoas de fora, elas têm o costume de querer nos sequestrar para vender ou nos usar elas mesmas… — Continuou o rei elfo  mas o maior motivo de todo esse preconceito é esses malditos elfos velhos e orgulhosos, eles se acham uma raça superior só por viverem um pouco mais que os outros e terem uma aparência um pouco melhor! Mesmo que você seja uma criança muito mais fofa…

— Você não gosta dos outros elfos?

— Eu não gosto de algumas de suas ações, mas não tem como eu os odiar, eles são minha família afinal e eu sou o rei deles. Mas vou falar com eles depois, sobre essa falta de cortesia deles.

— Hm, okay, obrigado!

De repente, ele colocou as mãos em volta de mim e me tirou do chão, ele me pegou no colo. Tão vergonhoso! Por que ele está fazendo isso!?

— E me chame de vovô, certo?

— O-o que você está fazendo?

— … Carregando meu neto no colo?

— Por que tão de repente assim!? E-eu consigo andar sozinho, pode me pôr no chão!

— O que você quer dizer? Eu não posso nem mimar meu neto um pouco? Não se preocupe, eu sou velho, mas continuo cheio de energia!

Me sinto muito envergonhado sendo carregado no colo por alguém assim…

— E você não irá me chamar de vovô?… Mas eu entendo, você deve me odiar, afinal, que criança não odiaria o avô que nunca apareceu desde que ela nasceu?~ Eu entendo, é minha culpa por ser um péssimo avô e péssimo pai…

Você está tentando me fazer sentir culpado? Seu velho astuto, você acha que pode me enganar com isso né?…

É só chamar ele de 'vovô', né?... Acho que posso fazer isso...

— V-vo... Vo… Ugh! Você acha que pode me enganar!? Avô idiota!

— Hahaha! Vou considerar isso uma vitória! — Ele disse enquanto acariciava minha cabeça.

Eu toquei minha cabeça surpreso e escondi meu rosto em seu ombro, de alguma forma me sinto muito confortável com esse carinho.

(----------)

Uma linda garota, vestida toda de preto, calças largas e cropped, tatuagem no ombro, olhos castanhos e cabelos pretos nos ombros. Se olhava no espelho com um pequeno sorriso, enquanto a atendente a enchia de elogios.

“O que é isso? Um sonho? Uma memória? Ah, sim, é o dia que resolvi cortar meu cabelo bem curto… Eu queria tentar fazer um corte masculino, mas achei melhor fazer um corte feminino curto primeiro, para eu ter uma ideia se não ia ficar estranho… Agora que vejo novamente, eu realmente estava muito bonita, mas acho que o meu cabelo comprido era mais bonito… Eu estava até que bem feliz esse dia, precisei de muita coragem para fazer uma loucura dessas…”

Ela sai do salão e caminha até um pequeno prédio onde ela morava, todos ficaram um pouco surpresos, mas falaram que ficou legal ou que ficou bonito, até…

— Que loucura é essa que você fez no seu cabelo!!?? Oque você estava pensando!? Está todo mundo falando que você é maluca!! É ridículo isso!! Oque você vai fazer agora!?

— Agora não tem o que fazer! A merda já tá feita! Eu não acredito que ela fez isso com o cabelo dela…

“Ah… Certo, isso aconteceu haha… Eu fiquei tão perturbada com essas palavras, foi nessa hora que percebi que meu psicológico continuava fraco… Não foram palavras tão duras assim, além disso, ele não falou aquilo por maldade, ele estava apenas nervoso e surpreso. Mas acho que me senti mal justamente por serem ditas por alguém de confiança”.

Ela se olha no espelho novamente, com o rosto triste dessa vez, e ela começa a mexer em seu cabelo.

“Verdade, né, ficou meio esquisito… Eu tinha um cabelo enorme e cortei ele todo de uma vez… Eu sou tão maluca… Não quero sair de casa amanhã, mas eu vou ter que sair para trabalhar…”

Ela começa a olhar para o seu pulso e acariciá-lo de leve, com um olhar meio distante, de repente seu olhar se torna de puro pavor e rapidamente ela pega seu celular e caminha até sua cama.

“Fiquei um pouco assustada nessa época quando percebi estar voltando a ter pensamentos um pouco… Suicidas… Eu fiquei um tempo insegura e tentando esconder meu cabelo com blusas de toca, mas depois de um tempo eu melhorei e voltei ao normal, afinal cabelos crescem novamente… Mas eu nunca mais pensei em fazer nada muito absurdo, não tenho estabilidade mental para isso…”

“Vou ver algum anime pra me esquecer desses pensamentos inúteis…”

Depois de um tempo olhando para a tela, ela larga o celular e se deita de lado.

“Eu não consigo me distrair… Acho que vou tentar dormir mesmo…”

“Por que estou sonhando com isso agora?… Só de ver essa cena novamente sinto um certo incômodo…”

De repente, o cenário começou a se distorcer completamente.

“O-o-quê?”

Finalmente se abriu um novo cenário em minha visão, um lugar que eu nunca havia visto antes, com pessoas que eu nunca conheci. Um gigantesco campo estéril, com um buraco enorme no centro, várias explosões, lugares ainda em chamas, o sangue espalhado para todo lado e no centro de tudo aquilo, duas pessoas.

Um belo demônio de cabelos verdes compridos e olhos afiados roxos, ele estava em um enorme caos, todo machucado e as roupas rasgadas. Ele segurava suas costelas e ofegava sem parar, o suor descendo por sua testa. 

E a frente desse demônio, uma linda garota de armadura leve, olhos verdes e cabelos brancos curtos, que haviam sido cortados desleixadamente e ainda tinha algumas mexas em chamas, suas roupas em um completo caos, enquanto ela segurava seu braço que havia sido todo queimado e ofegava fortemente da mesma forma que o demônio.

Os dois finalmente caíram no chão incapazes de continuar com a luta e ainda deitados se viraram para olhar para o céu.

— Você… Realmente precisava colocar tanto esforço nisso?… — perguntou a garota.

— Não tive escolha, esse era o acordo…

— Não tem jeito… Nós dois fomos enganados, afinal…

— Mas eu não chego a me arrepender de minha escolha, afinal, é graças a esse acordo que eu pude vê-la novamente tantas vezes.

— … Sim, claro… A gente com certeza se encontrou muitas vezes… Enquanto lutávamos até a morte.

— Haha… Me desculpe por isso.

— Mas afinal, por que você gosta tanto de mim? Você nunca chegou a me falar sobre isso…

— Se me perguntar o porquê de eu gostar tanto assim de você… Eu não terei uma boa resposta, pois afinal, eu realmente gosto de tudo sobre você… Mas se me perguntar quando eu comecei a gostar de você… Eu diria que desde o início, no nosso primeiro encontro. — Resmungou ele enquanto corava.

— É o que todos falam…

— Não me subestime, eu não sou como esses estúpidos que dizem te amar, simplesmente porque ficaram hipnotizados por sua beleza… A sua beleza realmente era algo, mas naquela época eu estava tão ferrado, que eu não tinha o menor interesse em algo como a beleza de alguém… Mas naquele dia… Sem perguntar nada, você me salvou com sua confiança e força absoluta, me deu um nome, me elogiou e até me incentivou. O que mais me cativou, eu diria que foi a tremenda força que você demonstrou.

— Não consigo me lembrar…

— Claro que você não vai se lembrar, já faz tanto tempo… E mesmo naquela ****, passamos só uns 500 anos sem nos ver e você já não se lembrava de mim…

— Desculpe por isso…

— Apesar de não se lembrar, você repetiu exatamente a mesma frase que disse quando nos encontramos pela primeira vez, isso me deixou muito feliz… — Disse o demônio com um sorriso enquanto tocava um de seus olhos fechados  Mas, você continuou perdendo as memórias constantemente por causa daquele #&$%

“O quê? Não entendi a última palavra que ele disse”

— E da para acreditar? Toda vez que nos encontramos novamente, você diz exatamente a mesma coisa. — Disse o Demônio com um sorriso corado, enquanto a garota também corava levemente. — Você com certeza gost- $#%&%#%$ %#& $&# %#%$&.

“O que é isso?! A frase dele ficou toda distorcida novamente”.

Ele deu uma risada e voltou a falar.

— Aliás, seu cabelo continua lindo mesmo curto. Sempre que te vejo, seus cabelos estão compridos, então é bom poder ver um novo tipo de corte… Mesmo que ele esteja assim porque eu incendiei ele.

— V-você acha? — Perguntou a garota levemente animada.

— Sim, eu acho, mas não consigo dizer se prefiro ele comprido ou curto dessa forma, você é linda de qualquer jeito, hehe!

Ela corou e os dois ficaram alguns momentos calados enquanto encaravam o céu. E lentamente a expressão da garota foi ficando mais séria.

— … Esse ciclo continuará se repetindo infinitamente?

O demônio ouviu as palavras da garota e também ficou sério e calado por alguns momentos antes de finalmente resolver falar algo.

— Eu não permitirei que as coisas se repitam, da próxima vez eu vou dar um jeito de impedir tudo isso, nem que eu tenha que enfrentar aquele #$%& desgraçado.

De repente, aquela visão começou a distorcer e se partir até que se quebrou em milhares de pedaços como vidro e na minha frente apareceu um enorme homem com grandes assas brancas.

— Ainda não é hora de se lembrar, elfa. — Disse o anjo com um olhar de desdem, antes de me empurrar com um dedo, me fazendo cair para trás.

Tudo se transformou em um breu infinito, mas lentamente vários fragmentos de luz foram surgindo espalhadamente, cada pedaço contendo uma cena incompreensível. E aparecendo milhares de vezes em todos aqueles fragmentos, estava um demônio de cabelos verdes e olhos roxos, sua aparência levemente alterada em cada fragmento, mas sempre os mesmos olhos.

Então, mesmo esses fragmentos começaram a se despedaçar, exceto um único fragmento de brilho fraco, que antes eu não havia visto. Dentro dele, uma carruagem protegida por mercenários, a carruagem carregava alguém acorrentado, mas antes que eu pudesse ver algo a mais, eu escutei algo me chamando e esse fragmento também desapareceu, só que em vez de se despedaçar, esse fragmento apenas se espalhou em névoa.

(----------)

— ki… Yuki. — Meu avô me chamou enquanto me balançava de leve

— Hm? Que foi?… Não me balança… Não gosto quando me acordam desse jeito…

— Enquanto você dormia, eu já tive uma conversa com o conselho de anciãos e chegamos a um acordo. Como a própria árvore sagrada entregou a você seus galhos, não temos o direito de tirá-los de você, então você poderá levá-los com você. Também conversei sobre como estavam todos sendo rudes… Não consegui resolver muita coisa, mas alguns o respeitam por você ser o filho da antiga princesa e meu neto.

— Certo…

— Você parece um pouco desnorteado, aconteceu alguma coisa?

— Ah… Apenas que ainda não acordei direito, me sinto um pouco sonolento… — Eu disse com um leve sorriso.

— Entendo… Nós vamos preparar a janta daqui apouco, quer dar uma volta na floresta comigo antes disso?

— Sim.

“O que foi tudo aquilo?…”

(----------)

Em algum lugar distante um certo Demônio feminino, sorria enquanto, suava e treinava sem parar, destruindo completamente a região em volta.

— Princesa, a torre te mandou uma carta de convite, para estudar junto com os outros jovens gênios. — Disse um demônio de oculos e sério

— Parece que está na hora de reencontrar minha Bianca.



Comentários