Volume 1

Prólogo

1 de julho de 2027.

Um novo mês se iniciou.

Era só o início da manhã, mas a temperatura ambiente já estava fervendo. Assim como no primeiro dia de junho, o mesmo ocorreu em julho. O mundo inteiro está sofrendo de desastres naturais causados pelas mudanças climáticas, e as notícias só falavam disso.

Claro, não era diferente no nosso país. Algumas partes do território ficaram completamente secas, outras sofreram de inundações; bem, os desastres viraram uma rotina na Terra. Se o calor não tivesse chegado, as pessoas já estariam pensando: “Isso aconteceu mesmo?”, e eu seria uma dessas pessoas.

Tenho dezoito anos. Com o terceiro ano do ensino médio na minha frente, a sobrevivência da Terra aos eventos climáticos era como a história de um país distante para mim. Não estava me preocupando muito com um problema que toda a raça humana estava ciente: há 10 anos, um fenômeno de desaparecimentos misteriosos ocorreu em Chicago, localizado no Nordeste de Illinois, nos Estados Unidos.

A parte chocante foi que 10 mil pessoas sumiram naquela área num piscar de olhos às 12 e ponto daquele dia. Não era como se fosse um sequestro numa área remota e isolada, já que aconteceu em plena luz do dia, num local populoso e movimentado.

As pessoas desapareceram sem deixar rastros bem ao lado dos que ficaram, então os que presenciaram ficaram em grande choque; esse incidente virou o mundo todo de cabeça para baixo, mas foi algo que aconteceu em outro país.

Virou notícia alarmante naquela época, mas os humanos tendem a esquecer as coisas, então deixaram a história de lado nas suas mentes depois de alguns meses, com exceção dos familiares e conhecidos das vítimas. Entretanto, como se fosse uma piada de mal gosto, o mesmo fenômeno de desaparecimento de Chicago aconteceu na Arábia Saudita em 1 de julho do ano seguinte.

E não parou por aí: foi como um tour, só que de desaparecimentos. Aconteceu no Reino Unido, na França, na Tailândia, no Japão, na China, no Congo e o último foi a Rússia no ano passado. Acontecia sempre em 1 de julho de cada ano às 12 e ponto. E o mesmo ocorreu na República da Coréia, hoje. Aquilo que pensei que fosse problema de outros aconteceu comigo e com as minhas duas irmãs mais novas.



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