Volume 3
Capítulo 29 : O que Enfrenta e o que Ajuda
A rua da cidade estava lotada. Um garoto com roupas cara, uma jaula coberta e uma mulher com roupas de serva andavam despreocupadamente. Com algumas veias saltando pela testa, o dragão questiona telepaticamente.
“ Ei pirralha, na próxima eu não te sigo, ouviu? ”
“ Eu sou uma paciente boazinha, não é cruel da sua parte? O coração das lagartixas possuem escamas também por acaso? ”
“ Tá brincando comigo pirralha? Você falou para eu criar uma ilusão na rua inteira, inclusive em você, só para usar minhas escamas como moeda de troca e me fez puxar essa desgraça de jaula no final vestida como empregada. Basicamente eu fiz tudo, não acha isso tudo abuso de boa vontade? ”
“ Mas quem aceitou fazer tudo isso para mim em troca da resposta de uma pergunta foi você. Eu só te botei para trabalhar o quanto eu considero justo pela informação. ”
Uma raposa toda negra com uma coleira dourada corria entre as pessoas da multidão até alcançar o garoto para acompanha-lo. Com a ponta dos dedos o garoto acariciava a raposa.
“ Então me diga, qual a divindade te ajudou para justificar tanto trabalho? ”
“ Lucaias. ”
“ Isso der definitivamente não vale o esforço todo. ”
“ Ele pretende manter contato comigo via sonhos, apesar de eu não ser uma seguidora dele. Agora, isso vale o esforço? ”
“ Ok, nesse caso faz. Um oráculo sem compromisso é realmente incrível. ”
“ Alias, qual é a do bicho ali dentro? Você mandou eu não sumir com isso. ”
Um barulho veio da jaula, mas um corvo pousou em cima e o silencio voltou imediatamente no lugar.
“ Gato das 3 Neves, um predador normalmente dar regiões com neve, mas sabe o bom dele? Vai servir para seu treino em combate, pois, ele é um predador do tipo topo da cadeia alimentar praticamente imune a gelo, vai ser ótimo para suas lutas quando o elemento for inútil. ”
“ Sinto mais é dor na minha cabeça só por pensar nisso, mas realmente vai ser muito útil para combates assim... ”
“ Mudando o assunto, seria bom conseguirmos mais informações sobre eles. Ela era apenas uma intermediaria descente, mas ter 4 espíritos sendo treinados? Isso é realmente estranho visto a natureza deles sendo mais voltada para o equilíbrio e a natureza em si. ”
“ Por acaso eles funcionam como formigas? Algo do tipo, eles fazem tudo por uma rainha, porque se for caso, só precisariam forçar uma rainha e pronto, toda uma legião era controlada. ”
Coçando a cabeça, a empregada coça a cabeça antes da resposta. Enquanto isso, o garoto entrava no armazém subterrâneo de uma loja falsa após mostrar um medalhão aos homens na entrada.
“ Impossível seria mentira, mas seria necessário induzir um espirito a posição como Rei ou Rainha enquanto mantem o controle. ”
“ Vamos com essa teoria, como fazemos essa indução? ”
“ Muita magia ou matando um anterior, algo bem tipo uma revolução. ”
“ Então eu voto em acreditar numa revolução, o novo Rei ou Rainha fingiu lutar e vencer sozinho apesar da ajuda dos humanos e agora eles são aliados. ”
“ Não sei o que é pior, a sua imaginação ou ela ser extremamente plausível. ”
Entrando dentro da parede falsa, todos atravessam um circulo com runas magicas, indo direto aos cômodos subterrâneos do prédio noturno da escola Magnik e enfim rompendo a telepatia das duas.
— Sinceramente, se for tão difícil assim como pensa, só vamos nos apegar aos fatos espíritos do tipo Terra e Vento estão unidos com eles e inclusive, sendo treinados para serem partes dos números deles. Aparentemente os espíritos são burros, então eles ficam reduzidos a trabalhos mais simples.
— Humana... os espíritos não foram criados para “ viver ”. Manter a ordem do mundo, esta é a única razão da existência de varias raças para falar a verdade. Espíritos, anjos, demônios, dríades, dragões e mais algumas raças existem para unicamente manter o mundo vivo, tanto é que o livre arbítrio pleno de suas vidas foi revogado.
Os passos iam em direção aos andares inferiores, até o chefe ocupado esperando por resultados. O corvo jogou fora a lona revelando a besta magica encolhida obedientemente sem fazer barulho.
— Isso é...
— Não preciso da sua simpatia, é tipo nascer com um emprego e não poder pedir demissão. Para alguns é ruins e para outros bons, olhando da sua posição não tem vantagens, porém, esse emprego forçado vem com vantagens e no caso dos dragões é bem obvia, não é?
Atravessando as grades, o pássaro pousa em cima das costas do gato assustado e remexe levemente o pelo do animal com o bico para deixar fofo para descansar.
— ... a quase imortalidade?
— Exatamente. Agora, entendendo um pouco melhor sobre o mundo, consegue entender minha surpresa? Uma raça forçada a manter a ordem do mundo está ativamente ajudando pessoas com um pensamento bem questionável.
Diminuindo o tamanho e pulando por entre as grades a raposa fazia o mesmo, descansando ao lado do animal e lambendo sua nuca como uma mãe acalmando o filhote.
— Hum... talvez por uma questão tipo a escala e poder deles não é o suficiente para ser algo relevante?
— Em outras palavras, sendo tratado como pegadinhas infantis... é plausível. Infelizmente eu mesmo não sei muito sobre as restrições das outras raças.
Olhando para os animais na jaula, Mirai encara o filhote com quase o dobro do seu tamanho finalmente relaxado. Apontando para as correntes, a mulher suspira e cria chaves com as sombras para abrir as fechaduras.
— Talvez a união dos espíritos com eles seja como eles ali.
— Como assim?
— Um sequestro. Não sei muito sobre as raças, mas e se resumirmos a união deles a algo assim: “ Um rei espiritual, ou coisa similar, foi sequestrado e sob um contrato de libertar alguém, eles deveriam trabalhar. ”
— Hum... seria muito mais provável, isso tranquilamente poderia resolver vários pontos soltos, mas tem uma falha fatal nisso. Os espíritos jamais poderiam agir muito ativamente, mesmo sob a premissa de salvar um ser maior.
Quando as duas chegam na sala para o relatório, a porta já aberta mostra o chefe com um sorriso zombeteiro e recebendo as duas continuando a conversa naturalmente, como se fosse parte da conversa desde o começo.
— E desde quando os intermediários fazem trabalhos muito importantes? Pensa bem, intermediários só entram e fazem o contato das partes. A corrupção duma cidade, o caos duma guerra, o sequestro final das pessoas, etc. nada disso é culpa dos intermediários. Eles só juntaram as pessoas, as outras partes decidem e fazem essas coisas no final do dia.
— Levando essa linha como verdade, não haveria em hipótese alguma como os espíritos serem punidos, mas isso pode sim servir para reduzir o nível do problema causado pelos espíritos.
— No final dragão...?
— Essa tática foi feita para falhar desde o princípio e no melhor dos casos, nós só a paramos um pouco mais cedo, perdemos tempo e entregamos uma justificativa para manterem o refém. Essa tal Dama faz planos apenas para matar aliados?
— Sem dúvidas, enquanto eu faço planos com as falhas entregando algumas coisas positivas, ela normalmente faz falhas completas desde o principio sem lucros no sucesso.
Levantando a mão e tampando o rosto com a outra a mais jovem pergunta, enquanto a raposa do lado de fora invade a sala e vai em direção ao homem.
— Qual o motivo disso tudo então?
— Simples, jogar a culpa em todas as facções da cidade, em suma... hum... é como se eu falasse “ somos todos unidos contra tu. ”
— E esse blefe funcionará? Ela por acaso não deveria ser tão boa quanto você em planos ou em liderança para começar?
— Ela em liderança? Aquela coisa só sabe abusar das fraquezas emocionais das pessoas guiar seus sentimentos para adora-la como salvadora. Dou um ponto para os planos, mas nesse momento ela vive uma crise extrema de falta de peões.
Com rosto sarcástico, tirou petiscos para o animal das roupas e alimentou tranquilamente a familiar sem importar com o lugar.
— Como garante isso?
— Estive fazendo minha parte sabia? Com orgulho posso garantir uma coisa, ela realmente esta isolada do mundo do crime inteiro. Foi preciso um pequeno trabalho para revisar as coisas, mas eu pude confirmar isso.
— E como?
— Simples, subornei um sacerdote e pedi uma revelação divina. Tem uns Deuses por aí que adoram o dinheiro e mais, dinheiro não serve parado.
Cruzando os braços, as duas mulheres suspiram cansadas. Por um momento ele pareceu alguém incrível, apenas para mostrar uma solução normalmente tola e sem resultados garantidos.
— Isso é até anticlimático.
— Teu cu pirralha, só consegui isso e perdi uma fortuna. Não sei o tamanho, o local, quem tá lá, como tão escondidos, só sei esse fato. Não possuem aliados.
— A, mas Lucaias me informou sobre vários membros e me colocou numa espécie de posição de oraculo ontem durante meu sonho, então eu sei sobre os membros.
— ... quando meu instinto me avisou dos lucros, ele poderia ter sido mais preciso. Desembucha as coisas e tu tá promovida.
— Ganhei férias?
— Ganho uma não demissão por não ter falado antes.
— Ok.
Com isso a conversa continuou até a tarde e aliança com a divindade da noite e a garota foi contada para todos.
Após um dia com o corpo todo dolorido, um belo banho quente, uma boa refeição e muito trabalho, finalmente a garota poderia dormir. Tudo naquele dia precisou de varias vezes a força tanto física quanto mental maior, apenas para reduzir o fardo com sua familiar Brian. Deitada na cama macia, sua cabeça cai para o lado e observava calmamente as duas ainda comendo como animais comuns.
“ ... sinceramente, qual o real proposito daquelas malucas viajantes? Somos aliados por hora, mas até onde e por quanto tempo? Sem dúvidas a vida delas deve ter sido destruída por eles, mas... não faz sentido ainda. Faltam explicações, muitas para falar a verdade... ”
Olhando para o teto, levantou ambas as mãos nuas e ficou virando constantemente. Tocando a própria pele sentia a dor física por contada da ajuda daquele Deus, além da própria pele lisa e firme. Apesar dos treinos constantes, a mão nunca ficou realmente calejada e áspera, talvez por algo nas luvas, sua própria magia ou corpo.
“ ... minha vida não é a mesma das outras pessoas, por ser incapaz de gerar karma... ele não falou diretamente, mas na realidade, a minha raça deveria gerar e eu sou uma exceção dentro da exceção dos humanos. Eu... sou realmente mais alguém nesse mundo? Ou algo a parte da vida imitando-a? ”
Desfazendo a própria magia nas costas das mãos, o par de olhos dourados e o olho vermelho representando seu contrato com os dois familiares estava igual ao primeiro dia, sem nenhuma mudança notável à primeira vista. Foi apenas aproximar as mãos e um detalhe foi finalmente notado.
“ A posição dos olhos é diferente, mas o padrão é o mesmo. É basicamente um triangulo e em cada ponta estaria um olho. Não só isso, um segundo olho vai abrir no lado vermelho posso sentir isso, mas quais as bases para cada olho abrir? Elas colocaram a magia instintivamente na minha cabeça, é irritante saber fazer e não ter como entender como é feito tudo... ”
Soltando a força dos braços, fechou seus olhos. O som dos animais no fundo parou. Passos foram até ela e um peso na cama perto dos pés era sentido. As duas criaturas que a ajudavam tranquilamente começaram a dormir sem preocupações.
“ Eu tenho como aliados dois seres além das linhas do tempo, um Deus, um dragão e um dos maiores criminosos do mundo, mas tudo isso foi por conta da minha falta de karma? Sinceramente, o que exatamente é a minha vida? Eu realmente tenho vislumbres do futuro ou apenas... sei lá, um demônio vem pregando uma peça em mim com aquelas visões e me fez acreditar nele, tornando realidade cada uma das visões? Mas se fosse isso, aquele Deus não teria notado? ”
Abrindo os olhos e virando a cabeça para o outro lado, observa a lua pela janela. Naquela posição metade de uma lua amarela com uma linha negra era visível. A representante da noite. A história diz que um dia ela simplesmente era uma espécie de branco a um prateado e de tempos em tempos Inits mostraria sua verdadeira forma, mas a pelo menos 1000 anos, ela não mostrou sua forma. Era algo falso em outras palavras, mas era a única coisa vista, então para as pessoas, aquela era a verdadeira lua, forma e cor original. Não era falso mesmo sem ser a verdadeira.
“ ... acho melhor deixar isso de lado para dormir um pouco. ”
O rosto da sua família veio a mente, mas não conseguia ver os lábios ou olhos deles naquele momento. Não havia voz na sua mente. Não havia certeza. Apenas uma memoria ao fundo tentou ser lembrada. Quando precisou matar alguém não por defesa, mas por um teste. A memória falava baixo, mas a manteve parada do começo ao fim.
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