Volume 6
Capítulo 284: Caçando
Depois de ajeitarem seus planos, Camus e Nikki mergulharam em direção do fundo do mar de novo. Além disso, com trocas de acenos como um sinal, eles seguiram até a ostra Iroboshi envolta por seu “Protetor”, as algas Canibais.
Como se ela tivesse detectado sua presença, a alga expandiu em tamanho para impedir o invasor, mas Camus apenas a cortou com sua espada preta. Contudo, por causa de seus enormes números, além de estar no fundo do mar, que havia restringido seus movimentos, as algas se expandindo apertaram ele rapidamente.
Camus não entrou em pânico e ao invés disso, ele cerrou seus olhos intensamente. Subitamente, o chão ao redor da alga repentinamente subiu.
(O leito do mar aqui é feito de areia. O que quer dizer… que este também é meu domínio!)
Ele manipulou a areia no fundo do mar, tentando manter a alga longe da Ostra Iroboshi.
(Ku… é… pesada!)
Apesar dele ter manipulado areia um monte de vezes, esta é a primeira vez que Camus manipulou ela debaixo d’água. Então era fora de suas expectativas que areia molhada fosse tão difícil de se lidar.
Ainda sem desistir apesar de sua situação, Camus tentou erguer a areia junto com a alga. Com isto, a identidade da alga canibal ficou clara.
(Então este… é seu corpo.)
O que apareceu da areia era um longo demônio estilo cobra, com alga crescendo em seu corpo. Na realidade, a alga canibal era um tipo de cobra alga: uma serpente se enterrando abaixo do solo, com alga crescendo em seu corpo – a única parte visível na superfície.
Se alimenta ao prender sua presa em suas algas, então consumindo ela com várias bocas na superfície de seu corpo, este demônio cercou a proximidade das ostras Iroboshi, ocultando seu longo corpo entre elas, e ficando no aguardo por uma presa desafortunada.
Contudo, neste momento, o demônio teve sua camuflagem revelada, encarando Camus enquanto colocava para fora sua língua estilo de cobra. Então, movendo seu longo corpo em uma forma de zig-zag, ele correu adiante.
Camus não se moveu apesar de ver sua ação. Não era por causa da alga envolvendo ao redor de suas pernas, mas era porque ele estava convencido de algo…
Então, uma pequena sombra se moveu no canto de sua visão.
“Babu-benn!!” (Nikki)
Era Nikki. Ela, que apareceu subitamente do desconhecido, brandiu seu punho, como que empurrando o corpo da cobra por baixo.
Naquele momento, um som de algo parecido com uma explosão ocorreu, e com ele, o corpo da cobra subiu. Este era o ataque característico de Nikki – {Bakuken}. Ao focar mana no punho, então atacando ao ativar uma explosão de mana assim que o oponente foi atingido pelo ataque.
O poder é dependente da quantia de mana sendo colocada nele, mas ao ver o enorme corpo da cobra alga sendo jogado para cima pelo impacto, você pode dizer que ele tem uma quantia considerável de poder em si.
O ataque de Nikki fez a cobra alga hesitar. Além disso, ele também fez as algas restringindo Camus afrouxarem, dando à ele a chance para escapar, logo ele removeu as amarras com sua espada.
Camus então rapidamente preencheu o espaço entre ele e a cobra, cortando pelas algas vindo em sua direção, até sua lâmina tocar aquele longo corpo.
Sangue vazou instantaneamente. Contudo, sua dureza excedeu suas expectativas, no que a lâmina não atravessou.
Por causa disso, a cobra alga estava agora observando cada movimento de Camus, mas os ataques de Nikki continuaram.
Nikki moveu seu pequenino corpo com destreza, esquivando das algas, e então começou a colocar poder em seu punho direito. Apesar da distância entre eles, Nikki estendeu seu punho em direção da cobra alga.
Então, de seu punho, uma massa de poder mágico foi descarregada, acertando o corpo da serpente demônio.
DOGANN!
Uma explosão massiva ocorreu mais uma vez. A cobra alga, incapaz de lidar com a dor esmagadora, gritou miseravelmente e fugiu do local.
Ao perceber o que aconteceu, eles olharam entre si, então deram acenas um para o outro concordando. Nikki sorriu e Camus fez um sinal de V.
Os dois foram capazes de remover a encheção e levaram várias Ostras Iroboshi para a costa. Além de serem coloridas, elas estavam cintilando e brilhando, como jóias.
“Vermelho, azul, amarelo, verde, branco. Nós temos todas elas?” (Nikki)
“Nnn… provavelmente.” (Camus)
Nikki e Camus acenaram em satisfação ao observar um monte de ostras alinhadas na praia.
“Oooh~, com isto, shishou verdadeiramente nos elogiará, desuzo!” (Nikki)
“… esperando ansioso.” (Camus)
“Certamente, desuzo!” (Nikki)
Os dois então fizeram um largo sorriso em seus rostos, como se o fato que eles seriam elogiados se tornou certo.
“A estratégia foi bem.” (Camus)
“Sim, desuzo! Isto foi também graças ao Camus!” (Nikki)
Ao ouvir sobre a verdadeira identidade da alga canibal de Hiiro, para poder puxar o corpo principal com antecedência, Camus decidiu ser a isca. Então, ele iria manipular a areia no fundo do mar para revelar a cobra alga. Foi um truque soberbo bem feito.
Nikki iria ficar entre as rochas no fundo do mar, esperando por uma oportunidade para atacar. E graças ao comportamento cuidadoso e covarde do demônio, mesmo quando eles não o derrotaram, ao menos eles fizeram ele ficar em pânico e fugir.
Claro, Camus balançou sua espada com a intenção de matar o inimigo, mas como esperado de um demônio do Mar Azazel, sua defesa não era meia-boca também.
Ainda assim, porque a estratégia foi bem, isso foi um sucesso, mais ou menos.
“Ainda assim, aquele ataque… incrível.” (Camus)
“Ehehe~, você está me fazendo corar desuzo~” (Nikki)
“Não, realmente incrível. De verdade.” (Camus)
“Obrigada, desuzo! Aquilo foi {Bakuken•Estilo Dois} desuzo!” (Nikki)
Nikki encheu seu peito orgulhosamente com um sorriso em seu rosto.
“… apenas espere por ora.” (Camus)
“Isso mesmo! Uu~ bem, eu acho que o mestre não voltará tão cedo, né?” (Nikki)
Esperando por Hiiro, por quem eles mutualmente queriam, eles deitaram com as ostras Iroboshi em suas costas.
***
Na hora em que Nikki e Camus haviam terminado seus deveres, Hiiro já havia terminado uma de suas tarefas. Ele estava agora olhando para um polvo demônio, o Conde Polvo, que estava agora flutuando sozinho no mar acima.
Ele estava obviamente morto. Além do mais, não só estava morto, havia um buraco limpo na grande cabeça do Conde Polvo. Você podia ver com um olhar que esta foi a causa que havia tomado sua vida.
“… Fuu, isso foi bem de algum modo, mas eu ainda estou faltando em concentração.” (Hiiro)
Com manchas de suor em sua testa, Hiiro soltou um suspiro, sentindo fraqueza pela exaustão.
“Bem, foi bom ter um alvo para testar isso. Além do mais, um grande nisso.” (Hiiro)
Depois de observar o Conde Polvo imóvel por um tempo, Hiiro seguiu de volta para a superfície onde o Tubarão da Felicidade iria ressurgir de novo.
Depois de esperar por um longo tempo, contudo, ainda não havia resposta, então Hiiro decidiu mergulhar abaixo do mar por si mesmo.
O fundo do mar é um lugar onde luz não conseguia alcançar, uma escuridão azeviche se espalhou diante dos olhos da pessoa, como se ela pudesse te levar para qualquer lugar… até mesmo para o inferno em si.
Apenas quão longe isto irá? Além disto podem estar criaturas e mundos que eu não vi antes, ou talvez há um mundo onde “Espíritos” e “Fadas” vivem.
Se for, então de fato não é tão simples ir e sair tão facilmente. O mar profundo é difícil para qualquer ser normal viver lá.
Para um ser do mar profundo como o Tubarão da Felicidade, até Hiiro estava comovido por seu comportamento corajoso ao ponto de querer protegê-lo daqueles que tentarão caçar ele.
O mar profundo realmente é um mar profundo? É de algum modo protegido pelo ambiente? Mas para estar vivo por muitos anos, além do mais em um lugar onde alguém sequer duvidaria se há um demônio feroz aqui, o Tubarão da Felicidade teria se adaptado ao ambiente de um jeito ou de outro.
(Há uma teoria que os ovos não conseguem tolerar a pressão do mar profundo, então eles vem para cima quando estão prestes à botar ovos. Então, por que não subiram? Eles se tornaram extintos? Ou o ambiente mudou?)
No que essas questões sem resposta permaneceram em sua mente enquanto vagava no mar, ele sentiu uma leve presença na escuridão.
Havia muitas delas, Hiiro prendeu seu fôlego e observou atentamente.
(…… Lá vem!)
Um elemento rosa subiu na superfície do mar, seguindo para a direção de Hiiro. Disseram que os Tubarões da Felicidade agem em grupo; contudo, ele podia ver dezenas deles, até mais.
Chifres de cor de jade crescendo em suas cabeças. Apenas para ter certeza, Hiiro escreveu {Espionar} em si mesmo, então se escondeu atrás das rochas. E porque era doloroso respirar por causa disso, ele simultaneamente escreveu {Respirável} após. Então, uma bolha foi criada, cobrindo sua cabeça inteira. Parecia que nesta bolha, ele era capaz de respirar livremente. Com isto, não era mais necessário que ele subisse para repor seu oxigênio.
Assim quando ele havia recuperado seu fôlego, a escola de Tubarões da Felicidade subiram todos de uma vez para a superfície do mar. Um deles era maior que o resto. De acordo com Musun, que temia pela extinção deles por causa de caça indiscriminada, ele deve pegar apenas um – e o maior dentre todos eles.
Não parecia ter uma existência unindo eles como um alfa do grupo, no que todos agiam separadamente. Entre eles, o maior Tubarão da Felicidade estava logo acima de Hiiro, sozinho.
Seu tamanho é cerca de três ou quatro vezes o tamanho de Hiiro. Porque ele é um demônio que é dito sendo comestível em todos os cantos, dentes e tudo, só de imaginar a aparência da culinária já fez ele salivar.
(Desculpe rapaz, me permita te caçar!)
Mas como que detectando sua intenção assassina, o Tubarão da Felicidade virou seu rosto, mesmo quando ele ainda tinha seu {Espionar} ativado.
Então, ele nadou de volta para o mar profundo para poder escapar imediatamente. Os outros Tubarões da Felicidade seguiram igual, como ficando cientes da existência de Hiiro, no que eles nadaram para a mesma direção.
(Tch, sua habilidade de percepção de crise é ótima até demais!)
O poder de luta dos Tubarões da Felicidade não é tão grande assim. Independentemente, o que cobria sua habilidade é seu extraordinário senso de perigo, e devido à isso, eles conseguem continuar a crescer neste mar de perigo.
Hiiro tentou se aproximar instalando a palavra {Aceleração}, mas o Tubarão da Felicidade ainda era mais rápido. Água é seu elemento, afinal.
Com o jeito que as coisas estão indo, eu retornarei de mãos abanando, mesmo quando eu cheguei ao ponto de encontrá-los com todo esse esforço.
(Eu não permitirei você escapar!)
Hiiro escreveu a palavra {Troca}, e mudou de posição com o Tubarão da Felicidade Tentando escapar ao mar profundo.
Tendo seu cenário subitamente mudado, o tubarão parecia estar confuso e parou de se mover. Ele imaginou porque Hiiro que deveria estar atrás de si agora estava na sua frente.
(Você é certamente rápido, mas com isto…)
Assim que ele viu seu alvo parando seus movimentos, Hiiro moveu seu indicador. Contudo, o Tubarão da Felicidade, ao ver a situação, sacudiu seu corpo e fugiu do lugar em uma velocidade tremenda.
Hiiro então lançou as palavras {Parede de Gelo} no destino do Tubarão da Felicidade e as ativou. Subitamente, uma grossa parede de gelo foi criada diante dos olhos do oponente, e o tubarão bateu violentamente na parede.
Apesar de uma quantia considerável de água ter sido usada para fazer a parede, vendo a tremenda rachadura passando por ela, qualquer um saberia que o poder de corrida do oponente era bem intenso.
Contudo, depois de receber todo aquele rebote, o Tubarão da Felicidade parou seus movimentos, então flutuou para a superfície como estava. Certo – ele perdeu sua consciência.
(Tudo bem, meu trabalho aqui está feito.)
Com isto, eu consegui o que eu queria, no que Hiiro afrouxou suas bochechas para seguir o Tubarão da Felicidade ressurgindo.
Mas no que ele tentou tocar no corpo do Tubarão da Felicidade que subiu primeiro, ele não foi capaz de entender o que aconteceu no instante seguindo.
Isso é porque, do nada, o Tubarão da Felicidade que deveria estar diante dele subitamente desapareceu.
(M-mas que!?)
Hiiro nadou para fora do mar apressado, fazendo a bolha cobrindo sua cabeça estourar e desaparecer. Ao invés de se preocupar com tais coisas, ele desesperadamente procurou por seu objetivo. Contudo, a existência do Tubarão da Felicidade não estava em lugar algum nas redondezas.
“Onde… onde aquela coisa foi?”
Enquanto olhava para baixo no mar por cima, no céu, incapaz de traduzir o que aconteceu, Hiiro estava coberto por uma sombra. Não era uma nuvem; Hiiro, que julgou que algo estava no céu, virou seu olhar rapidamente.
De lá, apertando o Tubarão da Felicidade de agora pouco em seu bico, estava um enorme cisne negro. Além do mais, se você olhar de perto nas costas do cisne negro, uma pessoa vestindo roupas pretas estava encarando Hiiro.