Volume 4

Capítulo 166: Circunstâncias de [Victorias]

Enquanto enfrentava o corre-corre diário do Castelo Real de [Victorias], uma única jovem estava sendo atormentado por seus pensamentos.

Aparentemente, durante a conferência de paz, as negociações com os [Evila] foram por água a baixo. Ao mesmo tempo, ela ouviu que os militares de maior cargo e seu pai, Rudolf, haviam desaparecido.

Sim, a jovem dama era a primeira princesa, Lilith. Ela não havia sido informada sobre todos os detalhes da conferência.

Ela ouviu que até mesmo os heróis, com os quais ela estava em bons termos, estavam em uma missão de escolta para a conferência. Essa era a razão pela qual eles não estavam no castelo no momento.

Notícias das tentativas fracassadas de diplomacia tinham sido relatadas. Assim, nobres chegaram ao castelo um após outro, entrando em pânico e criando discussões. Os rostos dos soldados também estavam repletos de tensão e sua frustração era evidente.

Assim, Lilith foi vista por Vale Kimble: 2º tenente do exército dos [Humas], o treinador dos heróis e aquele designado para defender as muralhas do castelo. Vale então, imediatamente se aproximou dela.

“Ah, Lilith-sama!” (Vale)

“Vale-san! Hum, é realmente verdade? Isso… que o pai e os outros capitães estão desaparecidos…?” (Lilith)

“Ah, sim…” (Vale)

Sem ter nenhuma boa notícia para entregar, Vale parecia preocupado.

Ao ver Vale assim, Lilith sentiu que algo estava errado; ela inclinou a cabeça e perguntou:

“H-há algum problema?” (Lilith)

Ela se perguntou se havia um problema ainda mais grave do que o desaparecimento do Rei.

“Ah, não… é que…” (Vale)

Porque era uma coisa tão difícil de dizer, Vale estava hesitante.

“Por favor, me diga!” (Lilith)

Embora estivesse com medo, Lilith tomou coragem e levantou a voz. Depois de ver a resolução de Lilith, Vale engoliu em seco nervosamente.

“… Compreendo. A verdade é… “(Vale)

Os soldados que voltaram da guerra disseram a Vale sobre os eventos ocorridos. Os eventos na conferência, na [Capital dos Demônios: Xaos]; ele próprio não podia acreditar em suas palavras enquanto explicava o que aconteceu para Lilith.

“Ta-tal coisa… não pode ser verdade…” (Lilith)

Lilith murmurou enquanto tremia ao ouvir o que aconteceu.

“… Eu sei como você se sente. No entanto, até agora não houve nenhuma palavra do rei nem dos heróis, então nós não podemos fazer nada além de pensar que talvez… ” (Vale)

“Eu não acredito nisso!” (Lilith)

“Lilith-sama…” (Vale)

“Quer dizer! Coisas como meu pai se transformndo em um monstro e os heróis morrendo… eu não acredito que Taishi-sama seria derrotado pelo inimigo!” (Lilith)

Lilith estava desesperadamente tentando segurar as lágrimas; Vale, com um olhar doloroso, disse:

“… É com profundo pesar que eu à informo disso…” (Vale)

O rosto de Lilith ficou cada vez mais pálido, e depois…

“Lilith-sama!?” (Vale)

Vale conseguiu pegar Lilith conforme ela caiu. Parece que ela não conseguia mais lidar com o choque e desmaiou.

Deve-se notar que Lilith, entre todos no país, era a que mais se preocupava com o Rei e os heróis. Saber de tal situação foi um grande choque a ela.

Vale, entendendo como ela se sentia, olhou preocupado para seu rosto.

“Alguém! Tem alguém aqui?!” (Vale)

Ao ouvir seus gritos, duas empregadas correram rapidamente até lá. Vale pediu-lhes para levar Lilith para o quarto dela.

Mas Vale caminhou para um quarto diferente.

Este é o quarto do rei. A propósito, é também o da Rainha. No interior a rainha estava descansando na cama, depois de ter desmoronado pela mesma razão que Lilith.

Vale pediu à empregada, ao lado da porta, permissão para entrar. A empregada entrou e saiu depois de pouco tempo. Ela então abriu a porta.

Embora lhe tenha sido dada permissão para falar um pouco com a Rainha, Vale ainda se sentia tenso conforme entrou cuidadosamente.

Dentro do grande quarto estava uma cama enorme e muito decorada, como seria de se esperar. Ele podia sentir uma aura de exaustão vindo de Maris, que estava deitada em cima da cama.

“Você é… aquele que treinou os heróis, certo?” (Maris)

Movendo apenas os olhos, a voz trêmula saiu de sua garganta esbelta.

“Sim! Eu sou o segundo-tenente do Exército, Vale Kimble. Por me ver, apesar da situação atual, eu dou-lhe a minha profunda gratidão.” (Vale)

“… Como as coisas estão indo? Nós já sabemos a extensão total da situação?” (Maris)

Ela disse, sem qualquer força em sua voz.

“Sim! Por causa do meu atrevimento, Lilith-sama também desmaiou.” (Vale)

“… É isso… então. Aquela criança ouviu sobre isso também, huh…” (Maris)

“Peço perdão profundamente, não há desculpa para o que eu fiz! Quanto à minha punição…” (Vale)

“Não, está tudo bem.” (Maris)

“…?” (Vale)

Vale acreditava ser a causa do colapso de Lilith. Assim, ele ficou surpreso quando Maris o perdoou, mesmo que ele estivesse esperando uma punição por seus atos.

“Essa criança é filha daquele homem. Ela tem o direito de saber. Embora o resultado desse conhecimento tenha deixado dor em seu coração, você não fez nada errado. Então, por favor, pare de se preocupar com essas coisas.” (Maris)

“En-então…” (Vale)

“É responsabilidade daquela criança superar tais dificuldades por si mesma. Está bem. Ela é mais forte do que eu. Ela certamente irá encontrar a resposta.” (Maris)

“Ce-cert…” (Vale)

“Mais importante, temos de discutir o que está por vir. Este país tornou-se instável. Precisamos de alguém para fortalecer e gerir o país. Nós não temos nenhuma ideia de quando os outros países podem atacar.” (Maris)

Isso era óbvio. Certamente podia-se dizer que o país estava em grande tumulto. O Rei, que era o pilar de base para o país, tinha desaparecido. Os heróis, a esperança dos cidadãos, não conseguiram voltar. Além disso, a maioria dos comandantes do exército foram perdidos.

O potencial de guerra do país havia se tornado notavelmente pequeno. Os rumores eram abundantes entre as pessoas, assim como a ansiedade. Se esta situação se mantivesse, os outros países poderiam facilmente aproveitar a oportunidade e invadir.

Era por isso que havia a necessidade de alguém subir ao trono e unir a todos. Normalmente seria a Rainha Maris ou a Primeira Princesa Lilith que faria isso, no entanto, em seus estados atuais, isto era impossível.

Além disso, Vale sozinho não teria a capacidade de organizar todo mundo.

“Como é frustrante”, Vale pensou. Ele não tinha o carisma suficiente para atrair as pessoas de tal maneira. Ele mesmo estava ciente deste fato.

Enquanto Vale estava preocupado com o que fazer,

“Está tudo bem se eu confiar isso a você? Eu acho que você, que deve ser bem conhecido entre os soldados, seria mais capaz do que eu.” (Maris)

Quando Maris perguntou a ele sobre isso, ele fez uma expressão de desculpas.

“N-não… Eu não posso simplesmente…” (Vale)

“É…….é mesmo? Lilith também fez uma cara semelhante…” (Maris)

Quando ela sorriu amargamente, Vale sentiu que Maris não queria sofrer as repercussões das ações do seu país, embora fosse a rainha. Ele pensou que esta pessoa, que deveria suceder o rei, mesmo que por apenas um instante, deveria levantar-se e governar o país, não importa o quão dura são as circunstâncias.

Além disso, Lilith era Lilith. Embora pudesse entender a posição dela, ele sentiu que seu coração estava fraco demais. Com a situação atual, ele pensou que ela iria mostrar mais resolução.

“No entanto, é como esperado; se a rainha que suporta o país for alguém como Lilith, alguém melhor do que eu, os cidadãos desse país teriam paz de espírito…” (Maris)

“… Suponho…” (Vale)

Naquele momento Maris olhou para Vale, que parecia de repente ter percebido alguma coisa.

“O quê?” (Maris)

“N, não… Eu, é só que, eu conheço alguém que pode nos comandar nesta situação.” (Vale)

“Você conhece… alguém?” (Maris)

“Sim.” (Vale)

“… É uma pessoa de confiança?” (Maris)

“É alguém que você conhece.” (Vale)

Com essas palavras olhos de Maris se arregalaram e ela percebeu de quem ele estava falando.

“Ma-mas essa pessoa não deveria ser capaz de voltar ainda, certo?” (Maris)

“Não, essa pessoa incrível pode. Essa pessoa não pode parar de falar sobre os assuntos deste país. É só um palpite, mas em breve…” (Vale)

Só então, uma das empregadas chegou perto de Maris e sussurrou algo em seu ouvido. Em seguida, com o remédio na mão e um sorriso, ela disse:

“Falando no diabo…” (Maris)

“Po-poderia ser, minha rainha?” (Vale)

“Sim, essa pessoa está agora mesmo fora desta sala. Ele tem a minha permissão para entrar.” (Maris)

Com essas palavras, a empregada caminhou em direção à porta. Os dois então olharam em direção a ela.

E com o surgimento dessa pessoa, seus rostos mostraram expressões de alívio.

“Por favor, desculpe minha intrusão. Nn? O que, Vale está aqui também?” (???)

Essa pessoa era Judom Lankars, o Guild Master.



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