Volume 2

Capítulo 86: Tenacidade dos Ashura

Sivan guiou Hiiro e seus companheiros para um único yurt (Residência da |Tribo Ashura|). A residência parecia ser três vezes maior que o resto que eles tinham  visto. Quando eles entraram para dentro, eles franziram no que o cheiro de anticéptico e sangue entrou na presença deles.¹  

Dez homens e mulheres estavam deitados em camas feitas de grama e folhas. Contudo, eles não estavam simplesmente deitados. Não importa como você olhasse para isso, uma parte do corpo deles estava coberta por bandagens manchadas de sangue. Numa inspeção mais próxima, o chão parecia ter sido encharcado por sangue em vários lugares.

No que os outros viram este espetáculo, Shamoe tremeu enquanto cobria sua boca com ambas as mãos. Liliyn também franziu a cara desagradavelmente.

“Esta é uma das razões do porque não podemos nos mudar ~ja.” (Sivan)

Se fossem apenas um ou dois feridos, então seria possível de alguma forma carregar eles. contudo, no que os seriamente feridos eram bem acima de uma dúzia, alguém podia compreender que carregar eles não seria um feito fácil. Ainda mais, do que Hiiro havia ouvido, haviam também aqueles cujas condições eram tão críticas que mover eles iria se provar perigoso.

“Claro, outra razão é porque a |Torre Túmulo| é próxima daqui. É lá que os membros familiares falecidos são enterrados ~ja.” (Sivan)

“Vocês não possuem uma cura para isto?” (Hiiro)

Hiiro vocalizou as dúvidas em sua mente.

“~ Sim, nós temos. Contudo, as ervas medicinais não parecem ser efetivas nas feridas dadas pelo demônio neste deserto… também, todos os aldeões aqui precisam da cura. Mesmo que eles procurem pela cura neste deserto, é muito arriscado enviar pessoas capazes ao combate neste momento ~ja~” (Sivan)

Agora que Hiiro pensou sobre isso, era incerto que uma cura dessas iria crescer no centro do deserto. A |Tribo Ashura| não pode ir no deserto para procurar pela cura no que um monstro brutal estava andando por aí fora do parâmetro da vila. Se eles fossem enviar uma pessoa ordinária, levaria tempo demais. Logo, eles precisavam de uma pessoa forte para mobilizar.

E ainda, aqueles que encaixam o critério dentro da |Tribo Ashura| são muito poucos. Claro,pessoas fortes como Camus existem. Contudo, eles estão encarregados de prevenir que outros invasores de passar através do deserto, então eles não podem arriscar diminuir seus guardiões neste deserto.²  

“Ainda assim, neste Oasis, ervas medicinais crescem e são usadas para tratar os feridos. E ainda, isto é ainda uma situação terrível para nós~. (Sivan)

“Isso é realmente terrível.” (Hiiro)

Hiiro cruzou seus braços e fechou seus olhos. Ele estava certo que Liliyn e Silva estavam olhando para ele, pensando que Hiiro podia curar eles no que eles presenciaram a magia de recuperação do Hiiro que ele havia mostrado para eles previamente. Contudo, Hiiro ignorou eles no que ele não tinha obrigação de curá-los.

Entre os dois, Silva em particular estava olhando para Hiiro, contemplando se ele devia ou não pedir ajuda a Hiiro para ajudar os feridos. Ele também entendeu que Hiiro estava escondendo sua magia. Contudo, muitas pessoas aqui estavam à beira da morte.

Na realidade, Hiiro queria torcer levemente seus princípios e curar esses pessoas. No que Liliyn encarou Hiiro, ela notou ele passando uma atmosfera que indicou que ele não falaria mais nada. Ela deu de ombros no que ela fez um sorriso torto.

“Oy Sivan.” (Liliyn)

“~Ja, o que é Liliyn?” (Sivan)

“Há outras razões, certo? Mesmo que o oponente seja um monstro de Rank SSS, a |Tribo Ashura| seria capaz de resolver se vocês colocassem todos seus esforços nisso. Então por que vocês não fizeram isso?” (Liliyn)³  

 “……” (Sivan)

“Tem também outra coisa que é estranha. Mesmo que você não possua o poder para retornar à ativa, eu não acredito que você iria ser derrotado por monstros assim. Mesmo que você estivesse carregando o peso desta Tribo. Apesar de eu não saber o que aconteceu com sua perna direita, eu não espero que você seja derrotado, sem mencionar que você perdeu seus dois olhos… o que você está escondendo?” (Liliyn)

No que Liliyn falou aquelas palavras, os olhos dela brilharam momentaneamente. Camus e o homem de topknot estavam sem palavras ao ouvir a inquisição de Liliyn. Vendo a aparência deles, Liliyn entendeu que a especulação dela foi na mosca.

Seguindo isto, Sivan tomou um fôlego profundo e finalmente abriu sua boca.

“Como alguém iria esperar da |Bruxa da Rosa Vermelha|. Eu estou realmente impressionado pela sua perceptividade.” (Sivan)

“~Fufun, naturalmente.” (Liliyn)

Liliyn orgulhosamente encheu seu peito, o rosto dela relaxando levemente.

“…… O monstro no deserto. É… o Antigo Chefe desta Tribo.” (Sivan)

“Antigo Chefe desta Tribo? O que você quer dizer, Sivan?” (Liliyn)

Liliyn cerrou suas sobrancelhas suspeitosamente.

“~Unja~ aquela criança. Isso aconteceu quando Camus era pequeno.” (Sivan)

Sivan sobriamente moveu sua boca.

30 anos atrás, um incidente ocorreu no deserto. Ele começou de apenas um monstro. Aquele monstro era uma espécie que fez do deserto seu habitat natural. Seguindo isto, aquele monstro sofreu mutação e alterou sua forma.

O nome daquele monstro é |Jabuti do Deserto|. O traço definidor daquele monstro é seu grande casco nas suas costas. Um dia, o |Jabuti do Deserto| que devia ter pele tingida de verde, estava agora cheio com uma tonalidade de um profundo roxo tóxico.

Ainda mais, o |Jabuti do Deserto| não era um monstro agressivo. E ainda, ele começou a atacar outros monstros. Ainda mais, o demônio não iria só atacar. Ele iria devorar qualquer de suas presas derrotadas.

Seguindo isto, os atributos dos monstros que ele havia derrotado iriam surpreendentemente começar a alterar o corpo do |Jabuti do Deserto|. O monstro que ele devorou era chamado |Escorpião Louco|. O atributo que havia crescido no |Jabuti do Deserto| era uma cauna venenosa.

Mais adiante, outro monstro, o |Golem Louco| possuía pele resistente como seu traço. Do mesmo jeito, o monstro também foi devorado. O corpo do |Jabuti do Deserto| começou a misteriosamente mudar.

|Tribo Ashura| assumiu que, deva isso continuar, não apenas os monstros no desertos serão devorados, mas logo ele iria apontar suas garras em direção à eles. Assim, eles decidiram tomar esta chance para derrotar ele, enquanto ele ainda estava subdesenvolvido.

O Chefe da |Tribo Ashura| naquele tempo era Rigund. Ele era o pai verdadeiro de Camus. Sua habilidade também era bem conhecida através da Tribo. Especialmente em combate, ele possuía a força que outros desejavam ter. Esse tipo de pessoa era o orgulho de Camus.

Rigund, junto com seus companheiros, seguiu em diante para derrotar o |Jabuti do Deserto|. Se fosse ele, o povo acreditou que ele iria  certamente matar isso e retornar seguramente.

Contudo, depois de voltar, Rigund estava aos trapos. Ele estava coberto com feridas por todo seu corpo. Os outros estavam espantados pela aparência dele. Até Sivan só pôde encarar ele de forma vazia em surpresa.

As pessoas sabiam que o |Jabuti do Deserto| era forte. Ainda, eles não esperavam as palavras seguintes de Rigund.

“Aquela existência não é um |Jabuti do Deserto| nascido naturalmente. Tem um mestre de marionetes nas costas dele.” (Rigund)

Todo mundo ficou abismado pela palavra de Rigund. Ainda, uma pessoa se moveu.  Sivan perguntou de novo para Rigund com uma expressão séria. Contudo–

*dogogogogogon!*

Eles ouviram o rugido do |Jabuti do Deserto| atacando eles.

Ainda mais, a pessoa misteriosa envolta num robe preto era vista de pé em seu casco. No que todo mundo testemunhou isto, eles entenderam que o que Rigund disse era verdade.

Camus viu que seu pai estava completamente exausto. Contudo, vendo seus companheiros, raiva surgiu de dentro dele no que Camus encarou o demônio. Mesmo que seu pai era o mais forte na Tribo, não havia garantia que Camus seria capaz de ganhar.

Rigund ficou pálido no que ele viu as ações de Camus. Ele desesperadamente moveu seu corpo dolorido. Contudo, ele era incapaz de proteger Camus do ataque do |Jabuti do Deserto|. Unhas afiadas aproximaram impiedosamente Camus.

Camus, pela primeira vez, sentiu a intenção assassina por trás de um ataque que podia matar ele. Camus congelou de medo. Todos pensaram que Camus ia morrer. Contudo, naquela hora, Sivan apareceu, protegendo por pouco ele na hora.

Era por causa disto que a perna direita de Sivan sofreu dano. Ainda mais, o ataque do |Jabuti do Deserto| não havia acabado ainda. Desta vez, o monstro usou sua cauda venenosa para atacar. Sivan usou a pouca força que ele tinha para carregar Camus para longe daquele lugar.

Ainda que ele esquivou a cauda pulando para trás, naquele momento, vinhas cresceram e se prenderam no pé dele. O movimento de Sivan ficou restrito. Ele determinou que isso havia sido causado por magia. Seguindo isto, ele traçou o fluxo de magia e entender que a pessoa de robe era aquela que conjurou isso. Ainda mais, no que magia tremenda estava imbuída nas vinhas, elas não se mexiam nada.

Sivan lutou desesperadamente. Seguindo isso, a cauda venenosa atirou algo em Sivan. O veneno descarregado espirrou nos dois olhos de Sivan. Ele sentiu dor em seus olhos, como se eles estivessem em fogo.

|Jabuti do Deserto| usou sua cauda de novo, mirando pelo golpe finalizador. Naquele instante, contudo, a cauda foi cortada. As vinhas restringindo Sivan também foram separadas. A pessoa de robe viu isso e expressou sua admiração.

Tendo salvado Sivan era Rigund, sua respiração desordenada pela dor e exaustão. Uma espada negra estava segurada com as duas mãos. Contudo, na instância seguinte, Rigund embainhou suas katanas duplas e jogou elas para Camus. Ele então pegou uma espada curvada ao lado dele no que ele se equilibrou.

Ele falou com seus companheiros, dizendo para eles pegaram Sivan e fugirem. Eles prosseguiram para recuperar Sivan. Camus simplesmente assistiu as costas de seu pai, silenciosamente.

“Vai logo!” (Rigund)

“Pai!” (Camus)

Camus não queria ir. Seu pai estava coberto com feridas. Não tinha chance dele vencer isso. Camus também entendeu que seu pai estava comprando tempo para os outros escaparem.

“Não hesite!” (Rigund)

“……!?” (Camus)

“Você é meu filho! É por isso que você não deve hesitar no que você está fazendo!” (Rigund)

“P… pai…” (Camus)

Camus tremeu pelas palavras de seu pai. Ele ficou de pé e pegou as katanas duplas antes de sair com passos pesados.

“Hou~ você está fugindo?” (???)

Uma voz sombria, baixa entrou nos ouvidos de Camus. Ela pertencia ao indivíduo de robe de pé no casco do |Jabuti do Deserto|.

“Abandonando seu pai, você escolheu escapar sem a menor graça e sobreviver…? Divertido.” (???)

“… Você…” (Camus)

Camus olhou para trás e apertou seu punho. Apesar da pessoa estar coberta num capuz, Camus foi capaz de confirmar que havia uma ferida cruzada na bochecha dele.

“Camus!” (Rigund)

Camus reganhou seus sentidos ao ouvir seu pai.

 “… Ouça bem Camus… a Tribo… e aquelas katanas duplas… eu deixarei elas com você.” (Rigund)

“Pa… i.” (Camus)

Seguindo isso, ele quebrou sua expressão difícil e sorriu tortamente.

“Não esqueça! Você é meu filho! Logo, você deve fazer isso sem falha!” (Rigund)

“…” (Camus)

“Sem falha… você deve se tornar um bom homem.” (Rigund)

Lágrimas começaram a transbordar nos olhos de Rigund.

“Vá… todo mundo… eu confio eles à você.” (Rigund)

Camus não se virou mais. Ele se separou, desesperadamente correndo com as katanas duplas em suas mãos.

O Oasis que eles viviam foi abandonado e era consideravelmente longe do novo Oasis que eles acharam. Logo, eles começaram a viver ali. Todo mundo esperou para Rigund voltar para casa. Contudo, eles estavam chocados pela nova informação que eles receberam dos companheiros que estavam patrulhando a área.

Uma existência que lembrava Rigund foi encontrada. Todos estavam alegres em ouvir que ele estava vivo, porém, eles logo foram traídos pelas palavras seguintes.

“Uma cauda venenosa cresceu do Rigund.”

Quando eles investigaram isso, eles determinaram que Rigund havia sido devorado pelo |Jabuti do Deserto|. Ainda mais, sua aparência havia mudado muito. Apesar de ainda ter a pele profundamente roxa, parecia ter se alterado na aparência de Rigund com uma cauda venenosa e unhas afiadas.

Todos que ouviram esse fato não podiam esconder seu choque. Quando os companheiros descobriram ele, ele parecia ter uma leve porção de consciência sobrando dentro dele. Eles haviam dito Rigund que eles acharam um lugar seguro para a Tribo.

Seguindo isso, Rigund aparentemente forçou sua última porção de força para poder limitar com sucesso o alcance de ação do |Jabuti do Deserto|. Devido à magia dele, ele foi capaz de colocar uma barreira onde o |Jabuti do Deserto| não podia escapar daquele lugar.

Camus e os outros não estavam cientes de quanto tempo isso iria durar, no que haviam um monte de monstros para serem absorvidos naquele lugar. Contudo, eles não acharam o que eles estavam procurando. O indivíduo em robes. Só que, de acordo com o relatório, ele falou as palavras ‘meus negócios aqui estão prontos’ antes de desaparecer. Por hora, parecia que eles podiam experienciar alívio.

Contudo, mesmo que eles não por monstros dentro da barreira, os monstros em si iriam tentar escapar. Era possível que os instintos de sobrevivência deles tivesse sido estimulado pelo |Jabuti do Deserto|, deixando eles ficarem violentos. Ainda, Rigund disse que eles deviam apenas deixar isso quieto.

Sivan examinou a história de Rigund. Eles tentaram não mirar pela vida do |Jabuti do Deserto|. Contudo, apenas não era possível ignorar ela por um período tão longo de tempo. Eles decidiram pensar num jeito de curar ele.

Mas, viajantes começaram a aparecer depois de um tempo. Como um resultado, eles entraram na barreira do |Jabuti do Deserto|, eles causaram sua ira. A |Tribo Ashura|de guarda naquela hora viu que o |Jabuti do Deserto| havia matado os viajantes.

Depois daquele incidente, eles preveniram pessoas de entrarem no deserto. Supondo que eles deixaram o |Jabuti do Deserto| bravo, a barreira iria se tornar ineficiente. Como um resultado, tinha a possibilidade dele mirando suas garras neles mais cedo.

É por essa razão que a |Tribo Ashura| criou o papel de guarda. Eles acreditaram que Rigund iria retornar ao seu antigo estado novamente. Assim, eles continuaram procurando por um método que iria retornar ele ao normal.


Notas:

1 – Yurt é uma tenda/cabana circular que Tia Wikipédia explica melhor.

2 – A palavra é ‘gatekeeper’, que é porteiro… mas me dói usar porteiro para algo assim…

3 – Inglês é chato que ‘you’ é tanto singular quanto plural… ela pode estar culpando o Sivan em si ou a tribo, eu prefiro pensar na tribo.

4 – Esse ‘Escorpião Louco’ é assim por causa da palavra ‘mad’, que é insano, mas também é de alguém com muita raiva. Eu acredito que a ideia era a raiva, por isso louco (de raiva).



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