Volume 7
Capítulo 375: Jornada para a capital real
Depois de ouvir sobre o fim da guerra de Marmanno, Fran perguntou o que mais estava a preocupando:
— Você sabe como Mare está?
Sim, era sobre onde Mare e as outras estavam agora e como estavam. No entanto, Marmanno apenas balançou a cabeça se desculpando.
— Eu não sei. A princesa deixou Greengoat e seguiu para o campo de batalha no sul.
— É seguro lá?
— Também não sei. Ela é muito forte, então tenho certeza que está segura...
— Entendo.
— Se você quiser saber mais, deve ir para a capital real.
Não havia o que fazer, hein. Também estava curioso sobre o testamento de Murellia. Ela disse que queria que ajudássemos um menino chamado Romeu…
Mas, bem, estava hesitante em ir para Vestia, a capital real.
— Esta cidade está bem?
Afinal, a Tribo dos Gatos-Negros se refugiou em Greengoat. Não havia como Fran ignorar a segurança desta cidade e ir embora.
— Você está preocupada? Não há necessidade disso. A guerra acabou e os cavaleiros e soldados que enviamos de nossa cidade retornarão em breve. Aqueles que se ofereceram para lutar por nós farão o mesmo também. Não teremos problemas para encontrar comida para abrigá-los na cidade até que retornem.
Era exatamente como ele disse. Bem, agora que os monstros da dungeon se foram, as coisas voltariam a ser como eram antes. Se ao menos não houvesse preocupação com o abastecimento de alimentos, não seria uma crise para Greengoat.
— Greengoat está bem agora. Por favor, deixe os Gatos-Negros comigo. Não vou tratá-los mal.
Marmanno estava apoiando Fran. Talvez ele simpatizasse com a ansiedade da garota.
— Por favor.
— Conte comigo.
Depois disso, fomos convidados a ficar na residência de Marmanno por uma noite, mas decidimos partir imediatamente. Teria sido bom passar uma noite com os Gatos-Negros em vez de ficar na residência de Marmanno, mas Fran queria se apressar.
Agora que a Tribo dos Gatos-Negros estava sã e salva, Fran queria garantir que Mare e os outros também estivessem. Saímos de Greengoat com os Gatos-Negros se despedindo de nós quando o sol se pôs.
Os soldados estavam bastante preocupados conosco, mas com Urushi por perto, poderíamos controlar os ataques da maioria das feras demoníacas. Se fosse de um nível inferior, poderíamos usar magia negra para derrotá-las, e os fracotes não conseguiriam alcançar a velocidade de Urushi. Se o monstro fosse do mesmo rank ou mais alto que nosso lobo, usaríamos habilidades de detecção para ficar longe deles.
— Zzz, zzz, zzz.
Fran já estava acostumada a uma marcha vigorosa sobre Urushi, então pôde dormir profundamente em suas costas. Enquanto segurava seus pelos e cinto com firmeza, ela dormia enterrada nos pelos de Urushi. Parecia que nem precisaríamos de suporte telecinético. Na verdade, não iria desligar minha telecinesia.
Ela foi até hábil o suficiente para comer seu jantar antes de dormir, e o que ela comeu não era algo como espetos ou pão, mas sopa e macarrão. Ela conseguiu se equilibrar bem e comeu com garfo e colher.
Nesse ritmo, já não era possível para ela viver nas costas de Urushi? Não havia problema em dormir e comer.
O que restava... era um banho? Não, ela com certeza não podia tomar banho, não mesmo. No entanto, achei que poderíamos tomar um banho, embora Urushi terminasse encharcado. Espere, acho que isso poderia ser evitado se instalássemos uma barreira de vento.
Sério, pensei que poderia lidar com a maioria das coisas enquanto estivesse nas costas de nosso lobo. Mas, isso seria um grande incômodo para ele.
— Au!
"Qual o problema garoto?"
— Au, au!
Ó, parecia que Fran, que estava dormindo enquanto abraçava o pescoço de Urushi, estava se segurando com muita força e estrangulou o lobo. A mão de Fran parecia estar em seu pescoço da pior maneira possível.
"Boa sorte?"
— Au, au?
"Não. Se você fizer isso errado, vai acordar Fran. Portanto... boa sorte?"
— A-au!
Não era como se eu estivesse respondendo a ele porque Fran estava comigo enquanto estava lutando com minha remodelagem e Urushi estava dormindo, entendido? Essa era a verdade, tá legal?
— Unn... muu…
— Cain!
"Boa sorte."
— Caiiiin, caiiiin!
Durante essa troca, avançamos pelo céu noturno e, na manhã seguinte, havíamos alcançado a capital real.
Não havia sinais de guerra pelo local. A capital real estava lá, exatamente como quando eu a visitei antes. Do lado de fora do portão, uma fila de mercadores e aventureiros esperava para entrar, como de costume. As consequências da guerra pareciam mal ter chegado à capital real.
"Vamos descer mais à frente."
— Au!
— Mestre, ali.
Quando instruí Urushi a descer para as planícies antes da capital real, Fran, que já estava acordada, apontou para o céu.
"Quê? Aquilo é... um Wyvern?"
— Nn. Mare.
"Estou vendo! Aquele é Llinde?!"
No entanto, eu não sabia dizer. Só de olhar para ele, parecia que um wyvern, ou algo voando, passou por nós.
Pensei em tentar de novo usando minha detecção omnidirecional contra as sombras voando para longe. Então, senti um poder mágico vagamente familiar.
— Era com certeza Llinde.
"Como você poderia saber quem era de tão longe?"
— Amigos não se confundem.
Foi um motivo tão simples.
"É-é isso mesmo? Ó, bom. Urushi, não pare aí. Vamos nos encontrar com Mare e os outros."
— Au!
Eles pareceriam ter nos notado também, e desviaram de seu curso original em direção à capital real e se dirigiram em nossa direção. Como eles estavam se movendo no céu em alta velocidade, em um piscar de olhos, a distância entre nós foi transposta.
Não era possível cometer um erro a esta distância. Eram Mare, Kuina e Llinde. Mas, parecia que Mianoa não estava com elas.
— Fran! Mestre! Urushi! Faz muito tempo.
— Nn!
Mare acenou de cima de Llinde. Urushi e Llinde, como lhes foi dito, baixaram suas altitudes e seguiram em direção a um canto das planícies.
Quando pousaram, Mare pulou das costas de Llinde e correu para nós. O mesmo valia para Fran.
— Fran!
— Mare!
As duas pularam segurando as mãos juntas, como duas garotas do ensino médio que não se viam há muito tempo. Elas brincaram e gargalharam, um ato condizente com suas idades.