Hundred Japonesa

Tradução: Nie

Revisão: Math


Volume 3

Epílogo

O WL-03, um avião pessoal do tipo rotor de inclinação, recolheu todos os membros que participaram do ataque simultâneo organizado por Little Garden dentro da operação, e voou para longe do Império Qin.

Estava voltando para Little Garden.

Embora eles tivessem sido capazes de massacrar a maioria dos Savage que rondavam o Monte Kongur e o Monte Kunlun nesta operação das Forças da Paz da ONU, eles ainda não haviam terminado.

Porque a operação foi cancelada devido ao grande dano causado pelo aparecimento de um tipo Libélula que era um tipo de Savage voador não identificado, e porque eles não esperavam o ataque dos Caçadores Furtivos.

Havia 32 feridos, alguns deles gravemente.

Era quase um milagre que, dados esses números, ninguém morrera.

Little Garden também acabou tendo 3 pessoas gravemente feridas: Fritz, Reitia e Ridi.

Kisaragi Hayato que deuo golpe final no tipoLibélula não estava isento da situação que não fora prevista.

Ele perdera a consciência e atualmente estava em estado de coma.

Provavelmente devido ao fardo que seu corpo levou ao usar excessivamente a habilidade de Variante.

Já se passara mais de meio dia desde aquela batalha e mesmo agora, ele ainda não havia acordado.

O que tinha chegado até Claire, que estava em uma sala do avião pessoal, fora uma informação que dizia que às vezes ele agia como se estivesse tendo pesadelos.

“Claire-sama, trouxe uma xícara de chá preto.” Quando Erika abriu a porta da sala, a expressão severa de Claire, que estava olhando para o tablet enquanto classificava as informações, tornou-se mais suave.

“Muito obrigada, sim.” Ela provou o chá colocado na sua frente e um aroma semelhante a maçã verde frutada fluiu em sua cavidade nasal.

Era um chá de camomila e maçã que tinha efeito calmante.

Respirando fundo, Claire retomou a classificação da situação.

“Erika, qual é a condição daquele garoto, sim?” O garoto, Krovahn, era um dos Caçadores. Certamente, os três Caçadores não estavam incluídos no número de feridos.

“Ele permanece em estado de coma, assim como Kisaragi Hayato. Mesmo que eles tenham sido injetados com fluídos para acalmar o Vírus Variante, a condição em que suas vidas estão em perigo continua.” “... Entendo, sim. E as outras duas?” “Elas estão presas no armazém e algemas foram colocadas em suas mãos, resistentes aos ataques que usam Energia e foram inoculadas com um fluído para desestabilizar o equilíbrio da Energia em seus corpos. Não há como saírem de lá.” “Entendido.”

A julgar pela situação, as duas garotas queriam ficar ao lado da cama do garoto.

Mas elas não podiam se dar ao luxo de fazer isso.

Tudo bem se fosse a garota que se chamava Nakri, desde que seu Hundred fora confiscado, mas a outra garota, Nesat, parecia ter o Hundred implantado como um olho artificial, então não seria fácil removê-lo.

Além disso, isso era o limite. Ela achava que era uma situação lamentável pois, supondo que agisse com violência, a vida de todos seria afetada, então não havia o que fazer no momento.

“Claire-sama, tudo bem se eu disser algo?” “O quê?”

“Para ser honesta, eu não entendo o pensamento de Judal-sama. Acredito que nós, protegendo essas três pessoas, exporemos Little Garden ao perigo.” “Eu também acho isso, sim. Contudo...” Claire mordeu os lábios.

 

※※※

 

Um helicóptero de transporte apareceu no céu após Emil Crossford resgatar Kisaragi Hayato.

5 soldados comuns do exército Warslan que estavam aguardando no acampamento base desceram de lá.

Claire pensou que talvez eles viessem resgatar os Slayers caídos, mas primeiro eles começaram a capturar os três Caçadores.

“O que você está planejando fazer, sim? Esta é uma ordem das Forças da Paz da ONU?” Claire estava franzindo as sobrancelhas enquanto perguntava. Disseram que esta era uma ação de um membro do Conselho Supremo da ONU, uma ordem do Judal, o Presidente da Companhia Warslan. Disseram a eles que foram ordenados a levar as três pessoas,junto com Claire e todos os demais, de volta para Little Garden em um avião pessoal.

“Em que tipo de coisa Judal-sama está pensando? Acho que ele está tentando atrair Vitaly usando os Caçadores...” “... Não tenho certeza, sim. Porém, é certo que é mais seguro protegê-los em Little Garden que é uma cidade flutuante, sim. Porque é impossível invadir facilmente, tampouco escaparem.” “O problema é o festival de fundação no outono, não é? Este ano será realizado na costa oeste do porto de Sentria.” No festival de fundação, como fizeram quando atracaram no Arquipélago de Zwei,eles convidavamos residentesda Libéria para Little Garden.

Para libertar os três que foram capturados como prisioneiros e estavam dentro do navio, os assassinos que Vitaly enviaria não necessariamente se misturariam com eles.

“Seria bom se pudéssemos localizar o paradeiro de Vitaly até então e capturá-la.” “... A questão do misterioso Savage e agora isso... Nosso futuro está cheio de problemas, sim.” “Eu concordo, por que diabos aquela coisa estava lá?”

“Parece que uma análise mais aprofundada será feita a respeito daquele Savage, sim. Há uma chance de que ainda existam Variable Stones e Savage na áreadoMonteKongure Monte Kunlun,entãoé possível quetenhamosque realizar um sortie novamente, sim.”

 

※※※

 

Kisaragi Hayato, que ficou sem Energia na batalha contra o tipo Libélula, foi transportado para o hospital imediatamente após retornar a Little Garden no avião pessoal, e foi providenciado para que ele fosse submetido a um exame realizado por Charlotte. Depois disso, Kisaragi Hayato foi enviado para o hospital onde sua irmãzinha Karen estava hospitalizada, mas ele ainda dormia. Já fazia um dia e meio que ele perdera a consciência.

Já eram quase 18h em Little Garden. Era o período em que um céu vermelho mais selvagem podia ser visto da fresta das cortinas oscilantes.

Quando Charlotte Dymandias estava recolocando o soro intravenoso ao lado da cama de Hayato, a porta do quarto do hospital se abriu com um ruído repentino.

“Charl, como está o Hayato!?” Emil Crossford havia terminado todo o tipo de tarefas e inspeções depois de chegar a Little Garden e entrou no quarto do hospital.

“Não é de todo ruim, quase não há anormalidades além do declínio nas funções de seu corpo devido a uma diminuição significativa da Energia por ter usado demais o Vírus Variante. E algumas pequenas feridas externas.” “Entendo...”

Ao ouvir a explicação de Charlotte, Emil mostrou uma expressão aliviada.

“Quando Hayato vai acordar?” “Não sei. Se o Vírus Variante se estabilizar, acho que logo.” “... Em outras palavras, você está dizendo que é a minha vez?”

“Bem, é assim que é. Em vez de uma injeção para suprimir o Vírus Variante, ele certamente acordará mais rápido se isso tiver que ser feito por você, que já o tem estabilizado. Então, vou deixar isso para você. Tudo bem se você fizer o que quiser. Pode fazer o que bem quiser com Kisaragi Hayato.” Charlotte terminou de trocar o soro intravenoso e saiu do quarto do hospital, dizendo isso para provocar. Emil chegou mais perto da cama e tocou com a mão no rosto adormecido de Hayato.

“Mesmo que você tenha chegado ao ponto em que era capaz de controlar a habilidade de Variante e sentir Energia, nós o fizemos fazer algo ultrajante... Sinto muito, Hayato.” Emil moveu as mãos para traçar o contorno de suas bochechas e empilhou os lábios contra os de Hayato enquanto colocava a língua para fora.

Sons de beijos, respirações pesadas e longas, e saliva se entrelaçaram. Os sons de uma língua que sugava reverberam no quarto de hospital onde estavam apenas duas pessoas.

Emil bicou os lábios de Hayato por cerca de um minuto, emaranhou suas línguas e continuou a trocar saliva.

“Hmm, fuu...” E quando Emil separou os lábios, a porta do quarto do hospital se abriu, fazendo um barulho.

“Emil... san...?” Ah, não! Pensando assim enquanto olhava para trás, o que se refletiu nos olhos de Emil foram as figuras de Kisaragi Karen, em uma cadeira de rodas, que a encarava estupefata, e Kirishima Sakura, que estava atrás dela e cujos cantos da boca estavam pendurados...

“Ei você, agora, o que você estava...!?” “Não, isso... bem... É que o Hayato tinha um algo nos olhos...” “Algo, você diz? Hayato está dormindo, não está!?” “Err... Não é que estava dentro do olho, mas um inseto que entrou pela janela estava no olho dele e...” “Então, cadê esse inseto, hein!?” Sakura abriu as mãos em grande estilo.

Como se querendo dizer que não havia absolutamente nada naquele quarto.

“Bem, ele voou para longe e saiu agora há pouco. É verdade!” “Err...Para mim,parecia que Emil-sane Nii-sanestavamse beijando...” “Eu-Eu te disse, não é isso. Não tem razão para eu beijar o Hayato!” “Sim, porque vocês são ambos homens, certo?” “Isso mesmo, ahahahaha!” Quando Emil estava desenrolando uma desculpa enquanto confuso, um gemido soou no quarto do hospital.

“Nii-san!”

“Hayato!”

Karen moveu a cadeira de rodas sozinha e se aproximou da cama.

Seguindo ela, Sakura também se aproximou.

“Por que vocês estão aqui...?” Ao dizer isso, Hayatoabriu as pálpebras e ergueuocorpo,piscandosem parar.

E depois que ele olhou para a esquerda e para a direita, Hayato perguntou a Emil, que estava vestindo seu uniforme.

“Aqui... É Little Garden?” “Sim. Depois de derrotar o Savage, Hayato caiu no lago e perdeu a consciência.” “Entendo... Parece que fiz de novo, hein...” “Nii-san, estou sempre dizendo para você não fazer coisas irracionais.” “Me desculpe... Eu realmente...” “Não, não se desculpe, Hayato. Somosnós que temos que nosdesculpar por fazer Hayato fazer o irracional.” Emil se desculpou ao dizer isso.

“Mas estou muito feliz porque Nii-san acordou.”

Ao lado de Karen, que mostrava um olhar aliviado, Sakura tinha uma expressão em que suas sobrancelhas estavam tremelicando. Foi aí que Hayato percebeu que ela estava com uma expressão pouco convencida no rosto.

“... Aconteceu alguma coisa?” “Não, nada.” Embora Sakura tenha respondido isso, ela continuou apontando sua linha de visão misturada com dúvidas para Emil.

 

※※※

 

No espaço que existia na floresta um pouco afastada da cidade, mais de 1.000 lápides foram alinhadas.

Era o cemitério fundado pela Companhia Warslan.

O cemitério de Asgard.

Na parte interna, havia uma seção circundada por uma cerca branca, onde uma pessoa, um homem de terno, estava de pé.

Ele era alto e tinha um bom físico.

Ele encarava a lápide à qual uma rosa fora deixada, diante de seus olhos imóveis e sem vida que estavam atrás de óculos escuros.

Linis Harvey.

O que estava gravado na lápide era o nome da esposa de Bill Harvey, o presidente fundador de Little Garden.

“Já faz muito tempo, pai. Já se passou meio ano desde que nos encontramos, não é? Como de costume, sua aparência não mudou. Você parece jovem para sua idade.” Quem falou de forma sarcástica foi Judal Harvey, seu filho e presidente da empresa dona de Little Garden.

Ele estava vestindo um terno vermelho, como sempre.

No entanto, Bill não se virou, permanecendo em silêncio e continuando a olhar para a lápide, sem se mover.

Sem se preocupar com isso, Judal continuou suas palavras.

“Apesar de hoje ser o aniversário da morte da minha mãe, não parece que a Claire virá. Parece que há todos os tipos de problemas com o festival de fundação deste ano.” Enquanto dizia isso, Judal colocou o buquê de rosas que segurava na mão em frente à rosa que estava colocada em frente à lápide.

“Como está o andamento do plano?” Bill abriu a boca pela primeira vez.

Era uma voz baixa, semelhante a um sussurro.

“Está indo bem. A Base Lunaltia será concluída em alguns anos. O despertar de Liza também deve estar próximo.” “Para se opor a Deus. E, rebelião. Devemos lutar contra ele e vencer. Para poder decidir o destino.” “Exatamente.” “Voltarei para te ver de novo, Linis. Minha amada mulher.” Murmurando, Bill começou a andar.

“... Seu aleijado.” Enquanto olhava para suas costas, Judal disse como se estivesse cuspindo.

Trocando de lugar com Bill, chegou uma mulher com corte bobcat, sua guarda-costas, que vestia o uniforme dos Slayers da Companhia Warslan.

“Judal-sama, está quase na hora de ir para o porto de Sentria.” “Eu sei, Neveah.” Respondendo e se virando, Judal começou a andar.

Não é para minha mãe. E não é para meu pai... Eu sou eu. Só faço o que devo fazer por causa do meu propósito.

Judal deu mais um passo à frente no caminho para alcançar o Deus que ele mesmo desejava.



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