Gênio Incontrolável em Outro Mundo Brasileira

Autor(a): Berweley Kheyle


Volume 1

Capítulo 20 - A Fuga de Lina Severus!

Enquanto Lina seguia a sua fuga do castelo de Raijin, seu avô Kuros Severus e o rei estavam chegando da reunião de emergência. 

Assim que O Rei de Raijin e Kuros aportaram do navio em que se encontravam ambos foram em direções diferentes. 

— Para onde está indo Kuros? —  pergunta Arthen Raijin. 

—  Estou indo a casa da minha neta, preciso encontrá-la. —  diz Kuros. 

—  Assim que terminar vá até o palácio, pois precisamos conversar e ver como está indo o campeonato. —  diz o Rei Arthen Raijin. 

—  Mas é claro que irei meu rei. —  diz Kuros já fazendo a reverência e seguindo o seu caminho. 

Kuros era um mago com aparência de sábio e um avô que amava a sua neta e tinha um grande orgulho de quem ela tinha se tornado. 

Chegando a frente da casa de sua neta Lina Severus ele respira aliviado por ter chegado sem problemas. 

Ao adentrar na casa de sua neta percebe que as coisas estão estranhas. 

—  Lina? Onde você está? —  chama Kuros por sua querida neta, mas a sua voz ecoou como se estivesse em uma gruta. 

Kuros procura por todos os cômodos e não a encontra. 

O pânico começa a tomar conta e a incerteza do que havia acontecido a sua neta começava a tomar conta de sua mente, mas logo usou uma de suas habilidades que o tornou mais conhecido. 

Ele usa a sua habilidade em imbuir magia em seus olhos para procurar por rastros mágicos. 

Olhou ao redor da casa e viu que tinha na casa traços de magia utilizados na casa como se tivesse ocorrido uma briga. 

Além de traços de briga, encontrou um rastro mágico que levava para a saída. 

Lina não era o tipo de mulher que saía de sua casa sem explicação e sem notificar ao seu avô. 

Kuros continua procurando e começa a seguir os rastros de magia, mas logo percebe que eles se encaminham para o castelo de Raijin. 

—  Mas o que está acontecendo aqui? Porque os rastros me levam para o castelo do rei? O que eles fizeram com a minha neta? —  grita Kuros indignado e estressado pelo ocorrido. 

Enquanto isso, Lina Severus lutava para se esconder dos guardas reais que a seguiam e aumentavam ainda mais o seu desespero. 

Ela corria em desespero fugindo dos guardas e suas forças que já estavam baixas diminuem cada vez mais. 

Enquanto tentava se manter calma, Lina se forçou a avaliar a situação com clareza.

Eu fui pega na minha casa pelos guardas, eles estão atrás de mim depois de tanto tempo presa, não confiam em mim. A solução é despistar eles e tentar me organizar e sair de Raijin. 

Lina agora com a mente mais calma focou suas forças em despistar e enganar os guardas que iam atrás dela. 

No Reino de Tanjo Sankay que agora já tinha uma ideia de como encontrar as informações para passar pela primeira fase do campeonato decide começar a pesquisar na biblioteca da Academia de conhecimento e adquirir o seu nome. 

Como sua primeira missão do dia, ele decide ir direto para a academia. 

Mas assim que chega a entrada da academia ele é barrado. 

— Diga seu nome e o que veio buscar? —  exclama o guarda da academia. 

—  Eu só quero pesquisar na biblioteca. Não tenho um nome. —  diz Sankay. 

—  Você é só um escravo sem nome? Como ousa querer entrar na academia de Tanjo sem ter ao menos um nome? —  grita em tom de deboche o guarda. 

Para Sankay essa discriminação para com as pessoas que não tinham um nome não era nenhuma novidade. 

Mas sua frustração com essa situação era nítida em sua face, ele respira fundo para não acabar causando uma confusão naquele lugar, pois necessitava das informações contidas no local. 

—  Você voltou! —  exclama Dadb animada com a volta daquele que a acompanhava sempre. 

—  Voltei, mas preciso ir ao templo adquirir um nome. —  diz Sankay. 

—  Vamos até lá, mas essa palavra não me é estranha. Templo - Templo. —  diz Dadb repetindo a palavra templo mais algumas vezes. 

Ambos se dirigem na direção do tempo para que Sankay possa comprar o seu nome. 

Assim que ele chega ao templo Dadb começa a se comportar de maneira estranha. 

Parecia que a cada passo que ela dava em direção ao templo sua cabeça e o seu corpo começavam a doer e ela apertava o braço de Sankay cada vez mais forte como se pedisse para que ele não fosse até lá. 

Sankay ao perceber as mudanças em Dadb pede para que ela o espere em um banco próximo a praça que fica a dois quarteirões do Templo. 

— Me espere aqui! —  diz Sankay. 

—  Quero ir com você, mas tenho medo de continuar, parece que algo de ruim me espera lá. —  responde Dadb. 

—  Fique tranquila, vou lá e volto logo, mas deixarei o Lobo rei com você. —  diz Sankay. 

—  Tudo bem. —  diz Dadb. 

Assim Sankay segue em direção ao templo para adquirir o seu nome. 

Assim que passa pelos portões do templo percebe que havia uma espécie de barreira na entrada do templo. 

Ao entrar foi atendido por alguns sacerdotes que alí ficavam. 

Foi encaminhado ao local onde ele poderia receber o seu nome. 

Sankay adentra e então se ajoelha. 

Logo sua mente pareceu que havia sido transportada para outro lugar. 

—  Até que enfim apareceu, Sankay! —  disse a voz que ecoou pelo ambiente. 

Sankay abriu os olhos e percebeu que não estava no mesmo lugar em que havia entrado. 

—  Você está somente fora da sua consciência e eu te transportei até aqui para conversar com você. —  disse a mesma voz de antes. 

— Sua voz não me é estranha! —  disse Sankay. 

—  Sou aquele que o trouxe a este mundo com a missão de salvá-lo da destruição. —  diz o homem com uma voz grave e forte. 

—  Deus! —  diz Sankay. 

—  Até que enfim veio ao meu encontro. Vou te dar o mesmo nome que tinha em sua vida anterior. Será Sankay, mas seu sobrenome será o de sua família. —  diz Deus. 

—  Mas minha família não tem um nome. Somos pobres. —  diz Sankay confuso. 

—  Esqueça isso, vamos ao que interessa. Você precisa se movimentar o quanto antes, pois aquele que se intitula o Rei Demônio Retornou de seu aprisionamento. —  exclama Deus com severidade. 

—  Mas quem é o Rei Demônio e o que ele quer fazer com o mundo? Quem é esse Rei Demônio? —  pergunta Sankay intrigado. 

—  Você deve matar logo o rei e saberá assim que encontrá-lo, sua aparência é nítida. —  diz Deus se despedindo. 

Sankay retorna e logo percebe que não estava mais na sua mente ou no lugar anterior, mas no local do templo. 

Será que esse rei demônio é realmente a Dadb? Ela perdeu a memória e pareceu não se lembrar de nada. Será que devo mesmo matar um rei demônio? Porque Deus falou sobre o nome da família? Somente os nobres tem um sobrenome ou de famílias conhecidas. O que ele quis dizer com isso? 

Sankay sai agora com um nome, mas sua mente fervilhava com tantos pensamentos e perguntas em sua mente. 

Ele sai do Templo, mas assim que passa pela barreira percebe seu corpo mais leve e diferente de antes. 

Assim que chega ao local onde Dadb estava, ela imediatamente abre um sorriso e vai ao seu encontro. 

—  Você…. parece diferente. —  exclama Dadb. 

Enquanto eles agora seguiam seu caminho para ir de encontro a academia novamente as coisas em Raijin se tornavam mais complicadas. 

Allister Raijin  que ainda estava inconsolável com a sua derrota e a perda do prisioneiro que mais queria ter em suas mãos. 

Em pouco tempo, Chedipé Le Fay chega ao quarto do Príncipe Allister. 

—  Príncipe! Está ai? —   pergunta Chepidé batendo a porta do quarto. 

—   Entre! —  diz Allister. 

Chedipé adentra no quarto do príncipe fazendo uma reverência a ele e logo começa a falar. 

—   Meu príncipe, Lina fugiu daqui, mas temos guardas em sua busca. Seu pai acaba de retornar ao palácio. —   diz Chedipé. 

—   Bom, preciso resolver essa situação logo. —  exclama o príncipe Allister. 

Allister sai de seu quarto sem se importar muito se Chedipé estava lá. 

—  Vou passar isso ao meu pai. —   diz Allister. 

Imediatamente Chedipé exclama que ele precisa se acalmar e esperar. 

—   O que você quer que eu espere? —   pergunta o príncipe Allister irritado. 

—   O desespero não combina com um príncipe. Precisamos bolar uma estratégia bem sólida para essa situação. —   explica Chedipé. 

—   Então o que você sugere? —   pergunta Allister elevando sua voz quase gritando. 

A maga começa a sorrir. E se aproxima do príncipe. 

—   Podemos usar esses infortúnios ao nosso favor. —   disse Chedipé. 

—   Assim que os prisioneiros escaparam perdemos a posição de força que tínhamos, mas podemos recuperar isso rapidamente. Seu pai o rei já está irritado com os plebeus tendo tanta capacidade de se sobressair. Podemos jogar a culpa de Lina ter sumido nos plebeus e fazer com que seu pai concorde com essa prática absurda de dar a possibilidade de comprar nomes. —   disse Chedipé.

Allister para olhando para a maga e diz —  Essa ideia até que não é ruim. 

Sem querer perder tempo ele vai imediatamente em direção ao trono onde seu pai vai estar. 

Ao chegar a porta para a sala do trono os guardas falam para que o príncipe espere. 

Mas ele não espera e abre a porta. 

Logo avista seu Pai um homem alto com cerca de 1.97 de altura e cabelos grisalhos que caiam sobre o seu manto vermelho e em sua cabeça estava a coroa de Rei. 

—  O que você quer invadindo a minha sala sem ser anunciado? —  diz o Rei em tom severo e autoritário. 

Allister respira fundo e se ajoelha para fazer as considerações ao rei e logo exclama —   Pai… Eu quero discutir um assunto com você. 

—  Que assunto seria mais importante do que os meus afazeres como Rei? —   pergunta o Rei Arthen em tom ainda mais severo. 

Allister abaixa a sua cabeça e começa a falar —   Pai, algumas pessoas sem nome precisam de limites. 

—   Porque você fala isso? Os plebeus são a escória da sociedade e não devem representar nenhuma preocupação. —  diz o Rei Arthen Raijin. 

Allister engoliu em seco. Precisava saber o que iria falar para o Rei. 

—   Enquanto estava fora… um plebeu que não havia sido marcado e nem tinha nome, ousou fazer uma bagunça aqui no reino. Uma bagunça que envolveu a neta de Kuros. —   disse Allister. 

O rei agora voltava a sua atenção ao seu filho enquanto falava e parecia se enfurecer à medida que ele falava. 

—  Como é que isso ocorreu? O que houve com a neta de Kuros? —  perguntou o Rei. 

—  Ele era alguém que ela ensinava e acabou tramando contra ela e contra algumas pessoas no teste de aptidão há 6 anos, mas nunca os havia encontrado e agora ousaram atacar a sua antiga patroa. —   disse Allister. 

—   Você está me dizendo que um simples plebeu planejou o atentado que matou e feriu alguns dos avaliadores a 6 anos sem ter um nome e agora ele conseguiu ferir uma maga de nível quase igual ao meu depois de adquirir um nome? —   pergunta o Rei incrédulo do que o seu filho contava. 

—  Não é bem isso, Pai… A verdade é… —   diz Allister até ser interrompido por Chedipé. 

— Eu explico a situação, meu príncipe. —   exclama Chedipé. 

Allister respira aliviado que ela veio em sua ajuda para explicar o acontecido ao rei. 

—   Chedipé vai te explicar melhor, afinal ela me ajudou a descobrir tudo. —   disse Allister. 

—  Fale, Chedipé! —   exclama o Rei Arthen em tom severo. 

—  Meu rei, esse plebeu em questão não estava sozinho e estava acompanhado de três pessoas pelo que descobrimos, mas não encontramos todos. —   disse Chedipé. 

—   Prendemos ele e mais dois conosco, mas conseguiram escapar da masmorra. —   explicou Chedipé. 

—   E o que aconteceu com a Neta de Kuros? —  perguntou o Rei. 

—   Ainda estamos a procura de seu paradeiro…. ou do seu corpo. —  disse Chedipé apresentando um olhar triste. 

O silêncio pairou no ar por algum tempo, até que o Rei levantou lentamente e falou —   Priorize a busca por Lina Severus. Leve Allister com você. Quero saber exatamente o que aconteceu e, se for necessário resgatá-la. 

—  Como desejar, meu Rei. —  disse Chedipé fazendo sua reverência ao rei. 

 



Comentários