Volume 1
Capítulo 11 - A Aquisição do Nome!
Enquanto os planos de Allister Raijin e Chedipé Le Fay eram traçados para encontrar os plebeus sem nome, os irmãos estavam finalizando seus objetivos nas vilas que estavam.
Ryusaki após conseguir juntar cerca de 150 moedas de ouro e 120 moedas de prata nesses 2 meses de trabalho fica se questionando qual seria sua decisão de agora em diante.
Será que seria melhor eu comprar o meu nome para não precisar ficar sempre parecendo arrogante e dono dos lugares? Acredito que posso comprar o nome, mas aqui nessa vila não tem nenhum templo. Acho que vou ter que ir em Raijin.
Assim que Ryusaki decide voltar ao reino de Raijin ele começa a se preparar e escreve para o seu irmão no livro que ambos tinham.
Eu juntei bastante dinheiro e vou até Raijin comprar o meu nome e depois irei retornar a vila e seguir para a Rokuto. Não me esqueci do que tinha que aprender e estou aprendendo bastante sobre comércio e como adquirir informações ficando por aqui. Espero que esteja bem e se cuide. Se puder irei falar com nossos pais. |
Ryusaki termina de escrever e a mensagem some de seu livro.
Com tudo pronto para ir comprar o seu nome ele saiu da taberna que estava e segue para fora da vila em um local onde ninguém possa vê-lo.
Imediatamente ele aparece em um lugar próximo da casa de seus pais no Reino de Raijin.
Ele logo vai até a casa de seus pais, mas assim que abre a porta vê que não há ninguém e que tudo está uma bagunça.
Os móveis e quadros jogados e revirados como se alguém estivesse procurando algo de valor entre os pertences.
Seu primeiro pensamento é o seguinte:
Quem é que iria assaltar plebeus sem nome? Nunca tivemos dinheiro para comprar nem mesmo um nome quem dirá guardar tesouros. Onde será que meus pais foram parar.
Ele olha por toda a casa, mas sem nenhum vestígio de onde seus país foram parar.
Assim que ele sai da casa encontra com alguns moradores de perto da sua casa e tenta conversar com algum deles.
— Alguém viu a 1247 e 1478? Sabem onde eles estão? — questiona Ryusaki desesperado.
Por mais que perguntasse às pessoas simplesmente o ignoravam e seguiam seus caminhos.
Os que eram mais próximos de seus pais o tratavam com mais distância como se evitassem o contato para não serem culpados ou infectados com alguma doença.
Ryusaki logo compreendeu que tinha alguma coisa estranha nisso.
Acho que preciso comprar o meu nome e ir atrás do que aconteceu com meus pais o quanto antes. Se for do jeito que estou ninguém vai se importar comigo.
Sai da praça dos sem nome que era próximo a casa de seus pais em direção a parte do reino que se encontravam as casas daqueles que já tinham nome, mas eram mais pobres.
Passa por várias casas que vão ficando cada vez melhores até que chega a um grande templo.
Aquele era um dos templos de Raijin.
Assim que ele entra no Templo um senhor de lá vai ao seu encontro.
— O que deseja meu jovem? — diz o senhor do templo.
— Quero comprar um nome e quero fazer aqui, você pode me explicar como funciona? — diz Ryusaki.
O senhor com espanto responde — Mas comprar um nome nesta idade? Você já foi marcado?
Ryusaki imediatamente responde — Não fui marcado e nem numerado, só desejo ter um nome.
— Tudo bem meu jovem. Vou te explicar como funciona.
— Primeiro você paga a taxa de nomeação e 4 mestres do templo se juntam ao seu redor em orações e você também faz a sua oração e o seu nome será a primeira coisa a vir na sua mente assim que despertar. Assim que desperta e sabe o seu nome você aumenta sua capacidade mágica e aumenta a sua aptidão ou recebe magias especiais. — termina a explicação o senhor do templo.
— Entendi. Aqui está a taxa. — diz Ryusaki.
Ryusaki entrega as 10 moedas de ouro ao senhor do templo.
O senhor do Templo pega o valor e pede que ele o acompanhe para a sala de nomeação.
Chegando a sala de nomeação Ryusaki vê que dentro da sala estão as estátuas dos Deuses, mas a maior estátua ao centro era do Deus que o mandou para este mundo.
Logo em seguida chegam mais outros mestres do templo e Ryusaki se ajoelha no local indicado a ele e começa a orar de olhos fechados.
Assim que ele fecha os olhos sua mente começa a ficar mais clara e parece que está sendo levada a um novo local, mas que para ele é muito familiar.
Lembra do dia em que ele fez o acordo com Deus.
— Você finalmente veio ao meu encontro Ryusaki. — exclama Deus com felicidade.
— Agora que tive a oportunidade de conseguir um nome nesse lugar estranho. Onde estou? — diz Ryusaki.
— Foi necessário para a jornada de ambos que aparecessem nesta família. Mas saiba que te darei o mesmo nome que carregava em sua vida anterior. Você está no templo, mas sua mente está junto a mim. — responde Deus.
— Entendi então terei o nome de Ryusaki Kenchi? — pergunta Ryusaki.
— Não, pois seu sobrenome seria o de sua família, mas não é o de sua família. — responde Deus.
— Entendi, serei o Ryusaki. — responde desanimado Ryusaki.
— Preciso que você e seu irmão fiquem atentos, pois, as forças do Rei Demônio estão se movimentando e se preparando para retornarem. — Deus exclama com uma certa preocupação.
— Tudo bem me manterei em alerta e prestando atenção aos movimentos, mas preciso que me responda uma coisa. — exclama Ryusaki.
— Pergunte meu jovem. — Deus responde.
— O que vai mudar agora que você me deu nome? — pergunta curioso o jovem Ryusaki.
Então Deus começa a explicar:
— Todos os seres vivos podem ou não nascer com um potencial de utilizar a magia, mas somente aqueles que recebem nomes é que podem controlar a sua energia vital.
— A energia vital existe em todos os seres, mas só é liberado os poros do corpo com a cerimônia de nome sendo realizada.
— Com a abertura desses poros você consegue obter o controle sobre a sua energia vital que podem ser convertidas em habilidades que somente os Elfos e Anões têm maior conhecimento, pois são energias naturais.
— Você consegue elevar a sua percepção, observação, resistência, força e ainda conseguir melhorar a sua afinidade com as magias se tiver.
— Além disso, de acordo com os deuses você pode receber habilidades especiais ou novas magias e conhecimentos caso seja da vontade de algum deles.
— Entendi. — responde Ryusaki.
— Agora você tem de ir, mas tome cuidado em seu retorno. — responde Deus e finaliza a conversa com o jovem.
Ryusaki retorna a sua mente para o ambiente do templo que havia sido levado.
Ele sente que seu corpo está diferente e algo mudou.
O senhor do templo que havia recebido o pergunta — Que nome o jovem recebeu?
— Recebi o nome de Ryusaki — responde o jovem ao senhor do templo.
Assim que eles sabem o nome começam uma nova oração que é feita junta com a magia de luz e sendo transmitida ao nome da pessoa começa a aumentar suas capacidades mágicas.
Os sacerdotes do templo finalizam a cerimônia de nomeação.
— Espere um pouco aqui jovem. — um dos sacerdotes pede.
— Tudo bem, esperarei aqui. — responde Ryusaki.
Os sacerdotes do templo saem do ambiente e logo Ryusaki sente que está mais cansado e com sono.
Ryusaki sem conseguir controlar o sono e seu corpo cai desmaiado dentro da sala de nomeação.
Os sacerdotes do templo chamam alguns soldados que estavam esperando no templo e eles pegam Ryusaki para o levar até o príncipe Allister Raijin que estava a procura dos jovens Ryusaki e Sankay.
Os soldados colocam o jovem Ryusaki em uma carroça e o cobrem com panos e levam até o palácio do Rei.
Assim que os soldados chegam no palácio pedem para avisar a Chedipé que encontraram um dos plebeus que o príncipe estava procurando.
Chedipé fala para os soldados que o levem para o porão que elimina o uso de magia.
Os soldados então levam Ryusaki para uma cela há uns 15 metros abaixo do solo que mais parecia uma caverna úmida e quente.
Chegando na cela os soldados jogam o garoto e zombando falam — Aqui está o garotinho de vocês. Hehehehe.
Ryusaki é jogado em uma cela junto aos seus pais.
Enquanto isso, Sankay que estava indo muito bem nos seus estudos de poções e até tinha inventado algumas poções e modificado algumas formas de fazer para ficar mais simples, vivia pegando missões de ervas e pequenos monstros.
Antes de se encaminhar para a guilda ele olha no livro e vê que seu irmão tinha escrito a ele.
Assim que lê a mensagem fica feliz que seu irmão esteja fazendo progresso.
Sai da taberna onde estava hospedado e segue seu caminho para a guilda de aventureiros.
Assim que ele chega na guilda Violet vai ao seu encontro.
— Você precisa sair daqui o quanto antes. — sussurra Violet para Sankay.
— O que houve e porque eu tenho que sair? — diz Sankay.
— Chegou um pedido do príncipe de Raijin buscando pessoas sem nome e está pagando muito bem por quem der informações de pessoas sem nome. — responde Violet.
— Mas ninguém pode me pegar e me parar. — responde Sankay.
— Mas isso é uma missão até para quem não é aventureiro, por isso peço que sai daqui e vá comprar um nome para você logo. — disse Violet assustada.
Sankay sai e vai até o local das missões e vê o cartaz procurando irmãos gêmeos que não tem nome e nem registros de números.
No cartaz dizia que o príncipe de Raijin pagaria bem por cada pessoa que levarem informações ou conseguisse capturar os mesmos.
Isso se tornou um alvoroço na guilda, pois 40% das pessoas que estavam por lá não tinham nomes ainda ou tinham registros.
Sankay simplesmente ignora o alvoroço e mantém o seu plano.
Ele entrega alguns monstros e ervas e consegue mais algumas moedas de ouro e segue para o seu último dia com Ryo.
Ryo já estava esperando por ele.
Sankay que já sabia que dependendo da erva elas não podem ser misturadas com qualquer líquido para a criação de poções, mas que cada erva reagia de forma diferente com determinado líquido.
Ele havia aprendido que se usar um tipo de óleo, a maioria das ervas ao serem misturadas podem se tornar poções simples e básicas de cura ou de elevar a sua força.
Algumas ervas ao reagir com água podem se tornar venenos potentes até contra dragões.
E que outras ao reagir com líquidos inflamáveis podem explodir.
E junto ao seu conhecimento da sua vida passada sobre química e física ele começa a adequar os seus conhecimentos na hora de criar poções.
Criou um novo método de tratar determinadas ervas onde ao fazer a poção perdia toda a planta, mas o principal é que ele descobriu um método para fazer determinados líquidos que geralmente não se misturam serem misturados e aumentarem a potência.
A forma que ele fazia era a seguinte: colocava em um recipiente água, álcool e óleo que sabem ser imiscíveis e adiciona um pouco da sua energia mágica para que os líquidos criem uma reação capaz de fazê-los se misturarem.
Ryo fica impressionado pois ninguém havia tentado isso.
Na sua primeira tentativa com essa técnica ele vê que na realidade todos os líquidos tinham se tornado algo parecido com óleo, mas ao colocar com uma erva da sorte acabou criando um tipo de poção que aumenta a resistência física.
E ao tentar de novo, mas dessa vez adicionando uma força mágica maior, o líquido ficou mais límpido.
Ao misturar com a mesma erva fez com que a reação fosse uma poção que cria uma bomba de luz.
Assim ele começou a estudar as diferentes formas de reação e com ervas diferentes.
Ele repetiu isso durante os 2 meses que ficou estudando e aprendendo mais com Ryo.
Ryo que tinha a função de ensinar o garoto agora passou a aprender com o jovem garoto.
Enquanto Sankay finaliza os seus estudos em poções e aprende a criar novos tipos de poções, Ryusaki e seus pais estavam presos e sendo mantidos como prisioneiros do Príncipe Allister Raijin.