Volume 4
Capítulo 1.2: A Estação que não me Pertence
Depois disso, os soldados bradaram pela guerra mais três ou quatro vezes. Elizabeth foi capaz de purificar, sem deixar traços, o veneno que espalhei pelo seu exército, o veneno da luta de classes. Ao menos, parece que não será hoje que o espírito de luta deles se despedaçará. Mas que esplêndido. Com certeza fazia mesmo jus à garota que eu reconhecia como minha formidável inimiga eterna.
“…”
Farnese estava em silêncio ao meu lado. O ar de felicidade boba em que ela estava logo depois de ter terminado seu discurso, havia desaparecido sem deixar rastros. A jovem estava apenas observando a cena do exército humano comemorando com os olhos fixos. Ouvi uma vez que a temperatura do olhar de uma pessoa era a mesma do seu coração. Se este for o caso, então, no momento, é provável que o coração da Farnese estava frio como o inverno. Passei a mão na sua cabeça.
“Como foi? Continua não preocupada?”
“… Por dois meses, foi o tempo pelo qual esta jovem senhorita se preparou para o discurso de hoje. Se você incluir o tempo que passei aprendendo com a Senhorita Lapis, então ultrapassa até os seis meses. Aquele discurso foi o ataque desta jovem senhorita, e também o de Vossa Senhoria.”
“De fato.”
Balancei a cabeça concordando.
“Demorou apenas dez minutos para a Princesa Imperial superar o nosso golpe. É provável que ela tenha pensado nas contramedidas na hora, logo após escutar nosso discurso. Elizabeth preparou um discurso em sua cabeça, sem nenhuma preparação prévia.”
Farnese, a garota, que eu e você devemos enfrentar, é tão monstruosa assim. Se não conseguirmos tomar a sua vida, então como consequência, ela tomara as nossas. O resultado disso será que ela terá o nome marcado na história como uma heroína. E no máximo, a jovem conhecida como Farnese será lembrada como uma revolucionária fracassada e uma general que foi derrotada.
Com o rosto vazio de emoções, Farnese mordeu os lábios.
“…Elizabeth. Elizabeth Atanaxia, Evatriae, von Habsburg.”
Farnese pronunciou com todos detalhes o nome da mulher que se tornaria a sua maior inimiga. O tom da sua voz era sanguinário. Parecia querer cortar o corpo da Princesa da mesma forma que enunciou o seu nome, detalhadamente.
“Esta jovem senhorita não pode perdoá-la. Aquela que se tornará a dona desta era não pode ser outra pessoa senão esta jovem. Com este único propósito, esta senhorita tornou-se vassala de Vossa Senhoria. Como poderia ignorar uma garota destas, sendo que ela pretende obstruir as ambições desta jovem senhorita?”
“Mm.”
Fiquei satisfeito com a intenção assassina desta menina. Exato. É este o tipo de reação que desejo. Por querer este tipo de reação, descartei todos os outros heróis futuros e escolhi a Laura de Farnese.
Eu precisava desta arrogância capaz de considerar algo, não importando o quão grandioso fosse, como um obstáculo a ser esmagado, simplesmente por ele estar bloqueando o seu caminho.
Uma crueldade que não se abalava nem um milímetro sequer diante do gigantesco objetivo de proteger a humanidade, uma personalidade com a habilidade para matar tudo o que precisa ser silenciosamente eliminado. E caso a oposição não puder ser morta, a capacidade de cumprir o objetivo matando todo o resto possível.
Como a Farnese era uma garota arrogante e cruel, para ela a Princesa Imperial, Elizabeth, não passava de uma convidada indesejável que estava interferindo no seu tempo de paz e diversão. Farnese era uma psicopata. Foi por isso que eu escolhi esta garota e mais ninguém…
Há muitas pessoas que dizem que o vento traz a solidão. Quando o vento sopra, um número incontável de pessoas partem dizendo que precisam ir embora. No entanto criança, tu que é tão amável quanto a minha irmãzinha, você e eu somos pessoas que mandam levantar as bandeiras de guerra quando o vento sopra. Mesmo que a Elizabeth seja uma tempestade, um vendaval tão forte quanto uma calamidade, para nós, ela não passa de um sinal para içarmos nossas bandeiras à guerra.
“Senhor.”
Farnese olhou para mim. Um discreto traço de ódio podia ser visto nos olhos desta criança que raramente demonstrava qualquer emoção. Parecia quase uma criancinha que teve o seu parquinho invadido e estava chorando para o pai.
“Esta senhorita vai matar aquela mulher. Por favor, permita-a que o faça.”
“Ainda não”.
Balancei a cabeça negando. Farnese franziu o cenho.
“Por que não? Vossa senhoria não pegou esta jovem no mercado de escravos com o objetivo de matar aquela mulher? Estava certo. Agora esta jovem também compreende. O fato de que a Princesa Imperial não pode ser morta por uma pessoa qualquer. No entanto, se for esta jovem senhorita, então com certeza ela poderá ser morta.”
“Seja paciente. Ainda não é a hora.”
Lentamente, persuadi a minha melhor aluna. Apesar de que as cortinas da peça já se abriram e a apresentação já começou, ainda há muitas crises para se superar. Macduff precisa aguardar chegar ao quarto ato para poder matar Macbeth.
“Apesar de que tomar a vida de um único indivíduo é uma tarefa simples, isso é algo que preciso fazer pessoalmente. Há milhares de humanos que precisamos matar, dezenas de milhares. Como você espera acabar com a Elizabeth direito estando cercados de pessoas que precisamos matar?”
“Suas palavras são ambíguas, Senhor. Por favor, diga a esta jovem o que quer dizer de fato.”
“Estou dizendo que é inapropriado enfrentar um inimigo à frente ignorando um inimigo as nossas costas.”
Sorri.
“Temos uma aliança com a Facção das Planícies da Barbatos, mas essa é uma relação bastante limitada, nela nós apenas usamos um ao outro. Só porque os benefícios um para o outro são firmes, isso não quer dizer que a confiança entre os dois lados é inabalável. Além disso, a pessoa que lidera a maior facção do continente dos demônios, a das Montanhas, é Paimon. Aquela mulher é hostil a nós.”
Farnese semicerrou os olhos.
“Esta jovem senhorita compreende. Parece que precisamos lidar com os problemas às nossas costas primeiro. Como ficaríamos com dor no estômago caso sejamos gananciosos demais, é melhor acabar com eles mordida por mordida.”
“Bingo. É assim que o leão caça o veado.”
Apertei de leve a bochecha da Farnese. Esse gesto demonstrava que eu estava a elogiando. Contudo, Farnese não gostava e estava reclamando ‘Uuuh‘.
“Quem você planeja lidar primeiro?”
“A Paimon vem antes.”
Respondi de imediato.
De qualquer forma, eu possuía um relacionamento ruim ela. Desde o início, a partir do momento de quando eu consegui a cura da praga e acumulei uma grande fortuna, Paimon ficou vigilante em relação a mim. Talvez possa dizer que ela ficou excessivamente vigilante. Afinal, ela possuía muita hostilidade acumulada contra um filho da puta perigoso como eu. Até hoje, não me lembro de deixar em paz nem mesmo uma única pessoa que ousou atrapalhar minha vida.
Por sorte, o presente que a Princesa Imperial Elizabeth me deu estava guardado no bolso do meu casaco. Um relógio de bolso. Um Artefato Tocador de Memórias. O item que continha a cena em que eu incendiava o mercado de escravos para resgatar a Farnese.
Originalmente, foi Humbaba que gravou com este objeto, e o vendeu para Paimon. Este relógio estava nas mãos da Princesa Elizabeth. Isto significava que ele passou da Humbaba para a Paimon, e dela para a Elizabeth. O que isto significava…?
Na verdade a resposta era bem simples.
“Paimon vendeu informações minhas para o Império.”
“…”
“É muito provável que ela tenha informado Habsburgo que secretamente eu fui o verdadeiro culpado pelo início desta guerra. E aproveitou para passar minhas informações. Além disso, de todas as pessoas para quem podia ter vendido, tinha que ser para a Princesa Elizabeth… Uma traidora dissimulada.”
Ri baixinho.
“Ela não foi chamada de prostituta que se venderia até para mendigos? As palavras da Barbatos estavam mesmo corretas. Para me parar, Paimon, aquela mulher, vendeu não só seu corpo, mas também sua alma. Agora era a vez dela pagar o preço caro.”
Sem dúvidas, fiz o meu melhor. Paimon, mesmo com você me atacando primeiro, ainda te tratei com cortesia. Porém, não só você interferiu em cada ação que tomei, mas a sua traição também foi revelada. É óbvio que você ultrapassou os limites.
Pouco tempo atrás, como a área embaixo de nós estava um pouco barulhenta, precisei descer do pedregulho em que estou. Descobri que a Barbatos e a Paimon estavam discutindo. Não fazia ideia do que estava acontecendo, mas Paimon apontou em minha direção e declarou ‘De hoje em diante este homem é meu‘. Graças a isso, aconteceu uma pequena confusão…
É muito provável que Paimon descobriu que a sua traição foi revelada. Não estou muito certo de como foi que descobriu, mas esta Lorde Demônio possui uma rede de informantes impressionante. Ela sabia que estava em perigo já que sua venda de informações foi revelada, por isso tentou com urgência me atrair dizendo ‘Junte-se a minha facção’.
Mas que engraçado.
É tarde demais, Paimon.
Primeiro, se estiver com medo da sua traição ser descoberta, então não deveria tê-la cometido desde o princípio. Segundo, se já executou a traição, então deveria ter feito tudo o que fosse possível para não me deixar descobrir, até o fim. Se seguisse essa primeira proposta, então você seria uma pessoa gentil, seguindo a segunda, então seria uma pessoa sensata. No entanto, você não fez nenhuma nem outra. Você foi tanto cruel quanto insensata. E não sou imbecil o suficiente para deixar uma presa destas escapar…
Farnese falou em voz baixa.
“Senhor, esta jovem senhorita é sua espada. Esta lâmina só será empunhada nos locais em que Vossa Senhoria ordenar que ela seja. No entanto, está mesmo tudo bem? Há inimigos à nossa frente e uma traidora às nossas costas. Embora as pessoas digam que é preciso primeiro punir o traidor para depois enfrentar o inimigo, de forma similar, a lógica que primeiro você precisa enfrentar os inimigos para depois punir o traidor também é sensata. Estamos mesmo em uma bela situação.”
Concordando, gesticulei com a cabeça. Era mesmo um bom ponto. De fato, valeu a pena Lapis e eu gastarmos nosso tempo ensinando pessoalmente esta garota. Uma criança criada por lobos acaba aprendendo a caçar.
“Tudo bem. Tenho algo em mente quanto a isso. Nossa posição não é de aliados da Barbatos? Até mesmo para alguém como a Barbatos, Paimon é uma rival política irritante. Se dermos motivos para acabar com ela, então a Barbatos irá atacar sem qualquer hesitação.”
“Mm. Com certeza.”
“Há essa hora Lapis já deve ter começado a mover, pouco a pouco, as peças necessárias… De todo modo, Farnese, até lidarmos com a traidora, não seja imprudente tentando enfrentar a Elizabeth. Mesmo que você e a encontre por coincidência na linha de frente, evite-a sem combate. Entendeu? Absolutamente, não lute contra ela. Isso é uma ordem, você não deve combatê-la.”
“…”
“Oho? Olha só. Vejo que você não está me respondendo. Já vai desobedecer a minha ordem só por ter dado um bom discurso? Se recebeu um comando, então deve responder que o compreendeu. Para quê esse seu queixo empinado?”
“… Entendo, Senhor. O ouvi perfeitamente.”
Farnese fez beicinho. Parece que ela queria mesmo matar a Princesa Imperial. Não consegui evitar dar risada. Mas que criança fofa.
É claro, isso não era algo que eu era incapaz de compreender. Antes de cair neste mundo, eu considerava meu pai meu arqui-inimigo, e desejava a todo instante acabar com a vida dele, mesmo que fosse só um dia mais cedo. Com meu dedão e meu indicador, agarrei a bochecha da Farnese e a puxei.
“Ooooh, mas que coisinha nojenta. Você é mesmo a razão do meu viver.”
“······Uuuu, guh.”
Farnese balançou os braços.
“Me larga, Senhor. Já é costume de Vossa Senhoria tocar no corpo desta jovem senhorita sem ter muito cuidado. Por favor, demonstre boas maneiras ao interagir com uma dama.”
“Você pode dizer que é uma dama quando virar uma de verdade. Ou pelo menos, vou considerar mudar minha atitude com você quando seu peito ficar um pouquinho maior.”
“Se Vossa Senhoria for mesmo usar a pequenez dos seios como desculpa, então não seria válido ressaltar que não há muita diferença entre a Senhorita Lapis e esta jovem?”
“Lapis é uma exceção.”
Descartei o seu argumento de imediato.
“Não importa a situação, Lapis tem a autoridade para adquirir essa exceção especial. Se tiver alguma reclamação, então se torne alguém tão inteligente e tão bonita quanta a Lapis, sua pirralha. É claro, mesmo se passando cem anos, é bem impossível que você consiga realizar uma proeza tão grande.”
“Vossa Senhoria realmente bajula a Senhorita Lapis…”
“Não é óbvio? Afinal, ela é a única pessoa com o coração igual ao meu.”
Lapis é o meu amor.
Lapis é o meu Sol.
Não importa o que digam, isso é tão claro quanto à existência das leis da física.
Assim nós, senhor e vassala, descemos do pedregulho enquanto provocávamos um ao outro. Em baixo dele, fora Barbatos, Paimon e os outros Lordes Demônios comandantes de exércitos, havia cerca de mais outros 30 da minha raça nos aguardando. Como o discurso do nosso lado e o do inimigo haviam acabado, a única coisa que restava a se fazer agora era a guerra.
Dentre eles, Barbatos estava encostada em uma cadeira e acenando com as mãos.
“Ei, autoproclamado Senhor Genial. Bom trabalho.”
“Tudo o que fiz foi desempenhar a tarefa sagrada.”
Curvei-me. Mesmo que em privado, Barbatos e eu éramos amigos com benefícios que conversavam de maneira informal, agora estávamos na presença de outras pessoas. Além disso, o recinto atual era dentro do exército, onde a ordem da hierarquia e a disciplina eram severas. Era óbvio que eu, possuindo o rank 71, falaria com formalidade com a Barbatos, de rank 8.
Estava tudo bem. Não era possível que nossa relação se rompesse por eu ter me comunicado assim, com formalidade. Não só porque havíamos uma relação amigável em privado, mas também porque Barbatos e eu somos aliados políticos. Fomos aliados até agora e é muito provável que continuaremos sendo por mais um tempo. Até derrotarmos nossa inimiga em comum, Lorde Demônio Paimon, nosso acordo era firme. Isso é certo.
“Tarefa sagrada. Tarefa sagrada, é mesmo…?”
Barbatos deu um sorriso torto e cruzou suas pernas brancas.
“De fato. Nós o incumbimos de uma tarefa sagrada, não é mesmo? Dantalian, nós passamos para você, o moleque que ainda estava beeeeem por baixo no ranking dos Lordes Demônios, o direito de realizar o discurso de início da Aliança Crescente, esse exército que se juntou novamente pela primeira vez em duzentos anos. Não foi para mais ninguém, entregamos para você considerando as suas contribuições para o exército no decorrer dessa guerra.”
“…”
Parei de andar.
Barbatos estava sorrindo muito, como sempre. Porém, a atmosfera que emanava dos Lordes Demônios da Facção das Planícies, que estavam de pé próximos a ela, era ameaçadora. Por instinto, fiz Farnese ir para trás de mim.
O ar parecia estar hostil.
Para ser exato, os olhos da Barbatos pareciam estar assim.
Uma fúria que nem seu riso conseguia esconder estava presente em seus olhos.
“Em? Por que você está escondendo ela? Deixe-me ver a cara dela. Você deu a ela o direito ao discurso que demos especificamente para você, não é mesmo? Por sua própria vontade, sem nos consultar. Eu queria ver quão grandiosa é essa menina, já que ela foi capaz de fazer o nosso Senhor Dantalian sacrificar todos seus órgãos e entranhas por ela.”
“… Senhorita Barbatos.”
“Sua Excelência, Barbatos.”
Ela falou com frieza.
“Você precisa falar ‘Vossa Excelência’, seu retardado mental.”
As pupilas da Lorde Demônio estavam gélidas. Não pude encontrar nem mesmo um pingo de afeto para comigo no seu olhar. Antes eu disse que a temperatura do olhar de alguém é a mesma do seu coração, não é? Se isso fosse verdade, então é bem possível que esse seja o verdadeiro temperamento da Barbatos.
“Eu sou uma das comandantes de exércitos que lidera a Aliança Crescente, com cem mil soldados. O que foi? Você me subestimou só porque transei com você esse tempo todo?”
“…”
“Você pensou que poderia fazer o que bem quisesse de agora em diante só porque salvou minhas tropas quando estavam em perigo uma única vez? Ó Dantalian, queridinho. ‘Você fez mesmo um ótimo trabalho colocando uma criança humana para ser a representante de nós, demônios.’ Pensou mesmo que te elogiaria assim?”
O seu sorriso se intensificou.
“Limpe bem os seus ouvidos e escute, Dantalian, pois agora vou nomear os crimes que você cometeu só por causa desse seu discursinho. Primeiro, já que colocou uma humanazinha, que ainda mal tem pelo na boceta de tão imatura, como substituta de nós grandes demônios, isso é traição racial.”
Barbatos levantou o dedo do meio da sua mão esquerda.
“Como teve a audácia de bagunçar a nossa disciplina militar, sendo que uma guerra está prestes a começar, isso é insubordinação, ainda mais frente aos inimigos. Já que não fez essa merda sozinho, mas sim trabalhou junto com as bruxas, que você designou como sua Guarda Real, para conduzir o discurso, isso é amotinação em grupo.”
Em seguida ela levantou o anelar da mão esquerda, então também o dedo do meio na direita.
“Já que o Lorde Demônio, de ranking baixo do exército, ousou cometer uma forma de lèse majeste, no campo de batalha em que os 12 Deuses Sagrados irão nos assistir, você também cometeu blasfêmia. Uau, Dantalian. Olha só. Quanto dá isso? Se contar só o número dessas ofensas, já são quatro. Se cortarmos o seu pescoço, teremos que fazer isso quatro vezes. Essa é mesmo uma sensação bem macabra, não?”
“Vossa Excelência, Barbatos.”
“Sim, eu sei. Sei bem do fato que você enxerga esse exército como o seu parquinho em que pode fazer a merda que bem quiser. Como fui eu que te mimei esse tempo agora, nada vai fazer meu humor piorar ainda mais. No entanto, seu filho da puta do caralho, a vida não é tão fácil assim.”
Não recebi nenhuma oportunidade de dar uma justificativa.
Barbatos estalou o dedo.
“Peguem esse desgraçado.”
E uma sombra se moveu.