Volume 4

Capítulo 91: O caminho para se tornar um Cavaleiro de Dragão

Entre os quintanistas esperando pela graduação, havia muitos que tinham que decidir seus futuros.

Esta era uma academia para criar os futuros funcionários e oficiais de |Courtois|. Os alunos iriam se candidatar a brigada de Cavaleiros que eles queriam entrar e se eles fossem aceitos, eles iriam ser enviados para o posto que estivesse com falta de pessoal.

Aqueles com as maiores notas eram escolhidos todos os anos e colocados nos postos que eles desejavam. Para os outros, eles iriam receber notas de que foram aceitos em suas segundas ou terceiras escolhas.

A última folga estendida era a chance final para esses estudantes esticarem suas asas. Ao mesmo tempo, havia muitos estudantes que causavam problemas nesse período e tinham suas ofertas de emprego revogadas.

Por volta deste período, os departamentos que gerenciavam os recursos humanos do |Reino de Courtois| rezavam para que os estudantes não causassem nenhum problema enquanto eles decidiam seus postos.

As posições para aqueles com as notas mais altas eram normalmente decididas antes da folga. Mas este ano, havia um pequeno problema.

... era Rudel.

Embora ele tenha obtido um Dragão, ele tinha uma vital posição fixa em |Courtois| chamada Cavaleiro Branco. Você poderia dizer que era natural que aconteceriam discussões sobre a colocação dele. Os superiores poderiam decidir, mas o problema era Aileen. O plano inicial era colocá-lo como o Capitão da Guarda Real.

Mas agora, Fritz foi selecionado como Capitão. Junto a sua graduação em dois anos, ele teria que assumir o posto de Capitão.

Aileen, que via Rudel como seu inimigo mortal, deu uma ordem através de um Ministro para colocá-lo como um Praça de Pré[1] da Guarda Real. Mas havia um problema ainda maior... era Fina.

Como Fina queria torna-lo o Capitão dos Defensores que ela estabeleceu, ela trouxe os nomes do Rei e da Rainha para ordenar isso. Houve assinaturas de vários Ministros e parecia que o lado dela tinha a vantagem.

Mas o maior de todos os problemas era Rudel. A pessoa em questão rejeitou as ofertas para as duas brigadas e escolheu ser um Dragoon.

Os recursos humanos estavam às lágrimas.

Em uma sala de conferência no palácio, representantes de todas as brigadas de Cavaleiros se reuniram para discutir apenas a colocação de Rudel. Os responsáveis pelo RH distribuíram os documentos que eles prepararam antes de começar a reunião. Eles não tinham tempo para lidar com Rudel sozinhos e ainda havia colocações de outros estudantes que precisavam ser decididas.

(Representante do RH): “Muito bem, eu gostaria de iniciar a conferência. Como vocês podem ver nesses documentos, as opiniões dos superiores estão divididas, então desta vez, nós queremos ouvir as opiniões de cada brigada...”

Assim que o representante do RH tentou continuar, o Vice Capitão da Guarda Real ergueu sua voz. A voz dele não era intimidadora, mas ele não poderia se impedir de soar condescendente[2].

(Vice Capitão da Guarda Real): “A assembleia já está decidida a colocá-lo na Guarda Real. Há mesmo algum problema com isso? Eu realmente acho que os outros Cavaleiros vão ter problemas para lidar com ele”

Assim, desta vez, o representante dos Defensores falou.

(Representante dos Defensores): “Tornar o Cavaleiro Branco o Capitão é uma coisa, mas vocês vão registra-lo como um simples Cavaleiro? Não é de se estranhar que a Coroa seja contra. Há muitas opiniões contrárias na assembleia. Bem, eu pessoalmente queria que ele viesse para os Defensores, mas o problema é o Dragão. Os Defensores não têm as instalações necessárias para abrigar um Dragão

Enquanto parecia que Fina estava fixada em Rudel, a nomeação de Aleist para os Defensores já era praticamente certa. Era claramente visível que os outros se moveriam para se opor aos Defensores se eles tentassem obter Rudel também.

Como Fina tentou coletar um gato branco e um preto, Aileen estava tentando colocar os Cavaleiros Branco e Negro sob Fritz. As irmãs podiam ser supreendentemente parecidas e o país não iria aceitar essas ideias. Conseguindo o apoio da Rainha, Fina apenas precisava sussurrar, “Um Cavaleiro plebeu está tentando fazer os dois símbolos deste país seus servos”, para faze-la se opor com vigor.

Embora eles sentissem pena por Fina, os Defensores desistiram de tentar adquirir Rudel. Se a pessoa em questão se candidatasse, eles iriam aceita-lo, mas mesmo assim, ele se candidatou para os Dragoons e não havia como mudar isso.

Assim que o tópico dos Dragões apareceu, o Capitão dos Dragoons ofereceu sua opinião. Este ano, o Capitão e o Vice Capitão dos Dragoons iriam se aposentar e, por um tempo, a unidade se dedicaria a estabelecer novos membros.

(Capitão dos Dragoons): “É uma subespécie Gaia, não é? Com toda certeza, eu não acho que nenhum de vocês serão capazes de cuidar dela. Quando se trata de lidar com Dragões, seria trabalho demais para qualquer brigada. Nós apreciaríamos se a Guarda Real devolvesse o pessoal que foi emprestado logo”

O Dragão de Fritz estava sendo cuidado pela Guarda Real. Mas as pessoas que realmente estavam cuidando dele foram emprestadas dos Dragoon.

(Vice Capitão da Guarda Real): “Hmm, a Guarda Real é o escudo da Coroa. Diferente de todos vocês, ela não terá que lutar. Contanto que o Dragão apareça nas cerimônias, não será um problema”

(Capitão dos Altos Cavaleiros): “E pensar que seria um Dragão muito mais magnífico do que o do seu Capitão”

O Capitão dos Altos Cavaleiros ofereceu algum cinismo para o Vice Capitão da Guarda Real. Os dois estavam em uma situação de ex-subordinado e ex-superior e o homem tinha muito a dizer a seu antigo subordinado que traiu os Altos Cavaleiros.

O responsável pelo RH resistiu ao desejo de suspirar, juntando as opiniões de cada brigada. A insatisfação contra a Guarda Real e a situação dos Defensores fez com que os desejos de Rudel fossem atendidos.

(Representante do RH): “Portanto, pela maioria dos votos, Rudel-dono deverá ser enviado para os Dragoons. Nós expressamos nossos mais sinceros agradecimentos por todos vocês gastarem o tempo de seus dias ocupados para...”

Assim que ele terminou de falar, o responsável pelo RH se apressou para coletar os documentos e deixou a sala de conferência. Mesmo vendo isso, não houve nenhum Cavaleiro que pensou que isso foi desrespeitoso. Todos eles sabiam que agora mesmo, o departamento de recursos humanos estava desesperadamente modificando indicações sob suas demandas.


Enquanto cada brigada de Cavaleiros buscava pessoal capacitado, os alunos estavam aproveitando totalmente suas férias finais.

Passando sua folga na academia, Izumi segurava a carta do palácio em suas mãos com um olhar levemente triste em seu rosto. Estava escrito que as qualificações de Izumi como uma Alta Cavaleira foram aceitas e seu alistamento foi decidido.

Depois da graduação, mesmo que ela não tivesse um território, ela iria receber a posição nobre de Baronesa[3] em |Courtois|. Mesmo que ela fosse chamada de Baronesa, ela não teria terra para cuidar e ela seria meramente reconhecida como uma nobre. Em troca por receber o juramento de nobreza do país, ela ganhou um enorme número de obrigações.

Izumi colocou as mãos no que ela queria, mas quando se tratava de escrever uma carta para sua família, ela ficou triste. Era o que ela queria. Mas aceitar isso fazia sua separação com Rudel ser ainda mais real.

Ela foi capaz de investigar isso até certo ponto enquanto estava na academia. Entrar sob a asa da Casa Arses seria o mesmo que jogar fora todos os status que ela sofreu tanto para obter. Com a Casa Arses que menosprezava Demi-Humanos e outras raças, a Casa Shirasagi não teria futuro.

(Izumi): “Eu deveria apenas jogar fora a minha casa, é o que eu deveria dizer. Mas eu acho que isso é impossível para mim”

A líder da Casa Shirasagi seria a Alta Cavaleira Izumi. Para transmitir seu status de Baronesa, ela teria que provar um certo nível de lealdade para o país. Ou alguma grande conquista ou dez anos de serviço para os Altos Cavaleiros... ela não poderia passar a posição imediatamente.

Em seu quarto no dormitório, Izumi murmurou para si mesma. Para sua casa, ela escreveu uma carta objetiva contando que seu alistamento como uma Alta Cavaleira foi decidido e outra contando sobre seus sentimentos. Ela escreveu cada uma delas.

Se lembrando de sua família, ela imaginou que ações seu pai tomaria. Izumi era a única reconhecida como nobre. Sua família apenas tinha os direitos de herdar isso. Se eles fossem nobres comuns, não seria um problema, mas havia enormes problemas quando se tratava de casas recém-criadas.

Com o objetivo de obter conexões entre Casas, Izumi teria que se casar com um nobre de uma Casa com história em |Courtois|. Seus outros irmãos não poderiam fazer isso. Izumi iria se casar e um deles iria suceder ela como Barão.

Izumi se lembrou dos rostos de seus irmãos mais novos. Talvez seus parentes teriam algo para dizer também. Assim que ela terminou de escrever suas cartas, ela abriu a janela para deixar o ar entrar em seu quarto.

Assim que o ar frio a cercou, ela sentiu que seus pensamentos clarearam. Mas mesmo com sua mente clara, Izumi não conseguiu encontrar uma resposta.

(Izumi): “Hah, eu quero ver..”

Foi no momento em que ela estava a ponto de murmurar o nome de Rudel. Um tremor como se um terremoto estivesse começando e um forte vento fizeram Izumi se inclinar na janela para ver o que estava acontecendo.

Um pouco longe de sua janela, uma nuvem de fumaça estava subindo. Assim que a fumaça se desfez, um Dragão Branco... Rudel nas costas de Sakuya se aproximou do dormitório das garotas.

Assim que Sakuya acenou com sua enorme pata, se aproximando com duas pernas, Izumi sentiu os vestígios de sua forma passada. Mas sem nenhuma memória de quando ela era humana, a atual Sakuya era um Dragão... o dano colateral não podia ser subestimado.

Pulando da janela com suas roupas casuais, Izumi seguiu até Rudel e Sakuya.


(Izumi): “O que você está fazendo Rudel!?”

Para ter certeza que Sakuya não pisaria em Izumi, que se aproximou de seu pé, Rudel deu uma ordem para Sakuya parar. Ele desdobrou os papéis que ele segurava com tanto cuidado nas mãos, se virando para Izumi e gritando.

(Rudel): “Izumi! Eu consegui! Eu finalmente, eu finalmente sou um Dragoon!! A notícia chegou na última noite, mas eu não poderia esperar até o fim das férias. Eu chamei Sakuya e fiz ela percorrer todo o caminho até a academia!”

[Sakuya]: (“Deus, me escute! Ele me chamou tão de repente e eu estive voando sem parar desde ontem! Eu estou cansada!!”)

(Rudel): “Bom trabalho Sakuya. Como esperado do meu Dragão! Eu te amo”

[Sakuya]: (“Oh, isso é tudo o que você diz”)

Diante de Izumi, o deleite de Rudel estava explodindo enquanto ele pulava de Sakuya e aterrissava. Entendendo a situação, Izumi mostrou um sorriso caloroso para Rudel.

(Izumi): “Bom para você Rudel. Então, agora você é o Dragoon que sempre quis ser”

Rudel cresceu para ficar mais parecido com um adulto do que quando eles se conheceram cinco anos atrás. Ele cresceu em altura e nenhuma juventude permanecia em suas características. Mas apenas seus olhos continuavam os mesmos de sempre.

Os olhos e sorriso de uma criança que não tinha mudado nada.

(Rudel): “Yeah, finalmente... deixando isso de lado, e quanto a você Izumi?”

(Izumi): “Eu? Ah, eu recebi uma oferta dos Altos Cavaleiros. Eu fiz a entrevista e o exame, mas talvez eu nunca tenha pensado que eu iria passar...”

Assim que Izumi ficou com uma cara um pouco solitária, Rudel agarrou seus ombros. Quando ela arregalou seus olhos, Rudel mostrou a ela um sorriso.

(Rudel): “Então seus sonhos se tornaram realidade também Izumi! Com isto, nós dois realizamos nossos sonhos na academia... então vamos!”

(Izumi): “O-onde?”

(Rudel): “Nós vamos montar em Sakuya. Até sua casa está bom. Eu vou te levar para onde quer que você queira ir! Ah! Mas se possível, escolha um lugar dentro de |Courtois|...”

Perto do fim, as palavras de Rudel ficaram fracas e Izumi acabou rindo. Certamente, seria um enorme problema se Rudel montasse em seu Dragão e seguisse para uma terra estrangeira.

Talvez, se lembrando que a terra natal de Izumi estava no Oriente, ele coçou sua cabeça se sentindo culpado. Izumi definitivamente queria voltar para casa, mas no momento, ela só queria estar com Rudel.

(Izumi): “Você tem razão... mas Sakuya concorda?”

Havia Dragões que se recusariam a permitir que qualquer um além de seus contratantes subissem em suas costas. Se lembrando dessa informação que ela escutou de Rudel, Izumi olhou para Sakuya esperando uma confirmação.

[Sakuya]: (“Izumi tudo bem. Mas Aleist nem pensar!!”)

Sakuya assentiu e permitiu que Izumi subisse em suas costas, mas, por algum motivo, ela gritou que Aleist não teria permissão. Rudel tentou perguntar sobre o motivo, mas Sakuya só iria dizer que era psicologicamente impossível.

(Rudel): “Então é isso? Talvez ela realmente tenha odiado ser chamada de Pudim. Ela não tem as memórias, mas talvez só o ódio tenha permanecido. Eu também tentei nomear ela de Pudim AlaMode[4] e Mogamon. Eu devo tomar cuidado a partir de agora”

Enquanto Rudel calmamente refletia sobre isso, Izumi murmurava em seu coração que Pudim AlaMode era pegar pesado demais.

(Rudel): “Bem, não temos como mudar o passado. Devemos partir?”

Abraçando Izumi apertado, Rudel pulou direto para as costas de Sakuya. Ele não poderia apenas ter usado a ‖Magia do Vento‖ para voar pelo céu? Para Rudel, que possuía técnica o bastante para que os outros não o compreendessem, era uma tarefa fácil levantar e carregar uma única pessoa.

(Izumi): “Eh? H-hey, espere um pouco Rudel!”

[Sakuya]: (“Aqui vamos nóóóós!”)

Com o Dragoon e o Dragão que não iriam escutar o que ela tinha a dizer, Izumi foi arrastada com seu roupão para um passeio nos céus.


No |Império Gaia|, as preparações de Askewell e Mies para invadir |Courtois| estavam continuamente prosseguindo.

(Askewell): “O mais cedo possível será por volta de um ano?”

(Mies): “Sim. Mas criar o esquadrão de Wyverns[5] irá tomar algum tempo”

Em seu escritório, Askewell olhou para o relatório de Mies enquanto ele pensava em seus trunfos para a invasão de |Courtois|. Ele não podia fazer nada quando se tratava de Ogros.

E o trunfo que ele preparou urgentemente para enfrentar os Dragoons eram os Wyverns. Eles eram monstros criados da mesma forma que os Ogros e eram verdadeiros corcéis fiéis.

Para qualquer militar com um certo nível de talento, seria possível montar em um.

Mas Askewell ainda não estava satisfeito. O ressurgimento dos dois grandes Cavaleiros de |Courtois| fizeram disso algo natural e havia algumas pessoas em |Courtois| que notaram os movimentos dele.

Embora não pudessem ser chamadas de suficientes, |Courtois| estava preparando suas contramedidas. E mais do que qualquer coisa, os instintos de Askewell o diziam que as coisas seriam perigosas do jeito que estavam.

(Askewell): “Mies, quantos Gora você poderá preparar?”

(Mies):Gora!? Mas você não disse que eles seriam perigosos...”

Possuindo quatro braços, eles eram conhecidos como os monstros mais fortes de todos na terra. Esses eram os Gora. Suas cabeças e troncos eram parecidos com os dos humanos, então eles também eram chamados de Gigantes. Não encontrados em |Courtois|, eles eram os maiores de todos os inimigos para o |Império Gaia|.

As formas deles, ao invés de um humano grande, eram mais parecidas com a de macacos gigantes. Quando suas cabeças e troncos não tinham pelos, por alguma razão, seus braços e pernas tinham um espesso revestimento.

Suas cabeças parecidas com a de humanos eram distorcidas por expressões sinistras. Mas o maior de todos os problemas era o tamanho deles. Esses enormes corpos ultrapassavam vinte metros... eles eram monstros com a mesma força (ou uma força ainda maior) do que a dos Dragões.

Acima disso, o temperamento feroz deles tornava a coexistência impossível.

A grande razão para eles não existirem em |Courtois| era a existência dos Dragoons. No passado, os Dragoons caçaram todos os Gora no país para proteger a paz do território. Mas ainda existiam Gora no |Império|.

Gora possuíam um certo nível de inteligência e eles não se aproximariam de |Courtois|, local onde os Dragoons ainda viviam. Askewell experimentou o terror da caçada de Gora várias vezes.

Não era apenas o poder deles, o conhecimento deles era o problema. Com seus enormes corpos, o fato de que eles usariam ferramentas traria problemas sem fim para o |Império|. O fato de eles serem poucos era a salvação do |Império|. Mas mesmo assim, eles eram responsáveis por muitas casualidades todos os anos.

(Mies): “Se nós usarmos os Gora, não há como dizer o que acontecerá com o solo de |Courtois|

(Askewell): “Mesmo assim, Mies, neste ritmo, nós iremos perder. Nossa unidade de Wyverns pode estar sendo polida, mas nós vamos enfrentar a longa história dos Dragoons... apenas números não serão o suficiente”

O |Império| estava apostando tudo nesta invasão de |Courtois|. Os Ogros fortalecidos que eles se esforçaram para obter, e seus Wyverns melhorados... as taxas de manutenção não eram pequenas.

(Mies): “... cinco, não, talvez sete sejam possíveis. Qualquer um a mais e a manutenção deles pode se tornar impossível”

(Askewell): “Entendo. Não há problemas com o número de Ogros e Wyverns. Contanto que nós coloquemos as mãos em alguns Gora, nós devemos ser capazes de gerenciar isso”

(Mies): “Isso está bom? Os Gora são... perversos. Se dermos um passo errado, um erro em nosso controle...”

(Askewell): “Não se preocupe. No pior caso, nós vamos apenas descarta-los. Eu ficaria doente por manter um muito perto de mim”

Eles eram uma existência que todos os Cavaleiros e Soldados do |Império| detestavam. Esses eram os monstros chamados de Gora.

Aumentar o poder do |Império| era algo importante para Mies. Mas era quase como se |Courtois| estivesse ficando mais forte e o |Império| estava fazendo o mesmo como um posfácio. Ela não podia se impedir de ter essa sensação.

Não houve muito debate sobre isso. Deixando isso de lado, a pesquisa que deveria ter levado várias décadas estava chegando a seu fim em poucos anos. Poderia ser que os Céus se aliaram a eles em seu ataque a |Courtois|?

Entre os pesquisadores liderados por Mies, havia alguns que honestamente acreditavam nisso.

Era simplesmente anormal a forma que o |Império| ampliou suas forças.

O enredo do mundo prosseguiu, como se fosse para animar sua batalha final. Um fim que ninguém queria estava se aproximando para que todos os olhos vissem.

Era tudo para fazer do protagonista um Herói... e o início do capítulo final, o nascimento do Herói, abriria as cortinas juntamente com a morte de Rudel.

O |Império| perderia e o |Reino| enfrentaria massivas casualidades. A configuração estava mostrando seu último esforço para levar o mundo para o caminho que ele deveria seguir.


Em outro lugar, uma pessoa que notou os movimentos do |Império|... Fina estava perdendo a paciência em seu quarto no palácio.

Como uma pessoa que notou os movimentos do inimigo, ela inconscientemente colocou Askewell em guarda, mas no momento, a cabeça dela estava ocupada com Aleist.

É claro que isso não era amor.

Depois que Millia foi obtida pelos Defensores com sucesso, Aleist se voluntariou para se juntar ao grupo. Isso era o que Fina planejava. Mas foi aqui que Fina foi longe demais.

Obter Aleist e colocar a Guarda Real em cheque fez com que ela relaxasse.

Ela sabia que seu verdadeiro objetivo, Rudel, iria se candidatar para os Dragoons sem nenhuma hesitação. Mesmo assim, ela pensou que ele iria para os Defensores. Na verdade, ela planejava usar sua mãe, a Rainha, um poder para fortalecer os Defensores.

Mas obter Aleist fez seus planos darem errado.

Depois de obter Aleist, os Comandantes em campo ficaram conscientes da antipatia enfrentada pelas outras brigadas de Cavaleiros.

(Fina): “Merda. Eles calcularam a minha personalidade e fizeram Ness escrever o relatório... droga, eu nem posso ficar nervosa com isto”

O relatório foi escrito por Ness, que estava trabalhando nos Defensores sob as ordens de Sophina.

Nós falhamos, miau.

Nos perdoe, miau.

(Fina): “Eu não posso ficar brava com uma fofura!! Merda! Eu fui gananciosa demais, mas obter Aleist está se provando um problema... aquela praga!! Eu vou fazer ele se matar de trabalhar assim que ele entrar para os Defensores”

Para Fina, Aleist era uma praga, mas do ponto de vista de Rudel, ele era um messias. A posição de Rudel era ainda maior do que a de Aleist.

Além de pertencer a casa de um Arquiduque com ligações com o Rei, sua força era considerada a maior entre todos na academia. A Rainha sabia bem disso e considerando a imagem do palácio, eles queriam tê-lo como Capitão dos Defensores. A própria indicação de Rudel para os Defensores foi cercada de conversas sobre torna-los uma brigada oficial.

Enquanto o palácio estava se preparando para aceita-lo, a ganância de Fina fez os Comandantes dos outros grupos controlarem o dela. Rudel só foi capaz de se tornar um Dragoon por causa da colocação de Aleist nos Defensores.

O próprio Aleist não sabia de nada.

Mas para Fina, que sabia sobre a situação, o que arruinou o plano dela de tornar Rudel Capitão dos Defensores era, sem dúvida alguma, sua própria presunção e Aleist.

(Fina): “Não me fode, merdaaaa!! Chegando tão longe, mestre está a ponto de escapar das minhas mãos... quanto você acha que eu tive que me preparar para isto!?!?”

Fina estava perdendo a sua mente, mas ela era capaz de entender as decisões que os Comandantes fizeram. Se ela não tivesse sido tão gananciosa, o plano teria tido sucesso. Por isso ela estava com ainda mais problemas sobre onde extravasar sua raiva.

Em um lugar que ele não conhecia, Aleist salvou Rudel. E por isso, ele se tornou um alvo para Fina...

Dessa forma, graças a Aleist, o caminho de Rudel para se tornar um Dragoon se abriu.


Notas

[1] Um Praça de Pré, ou simplesmente Praça, é um militar que pertence à categoria inferior da hierarquia militar.

[2] Condescendente é uma pessoa que cede às vontades, às opiniões alheias ainda que não sejam coerentes com seus próprios princípios; qualidade da pessoa que é incapaz de se impor.

[3] Barão é um título nobiliárquico da baixa nobreza existente em muitas monarquias, sendo imediatamente inferior a Visconde e superior a Baronete ou a Senhor.

[4] À la mode é uma expressão da culinária francesa para se referir a um prato que é servido acompanhado de sorvete.

[5] Serpe, também conhecida pela designação inglesa Wyvern, é todo réptil alado semelhante a um dragão, mas de dimensões distintas, muito encontrado na heráldica medieval.



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