Volume 3

Capítulo 56: O Javali, o Pássaro e a névoa negra

A Deusa sem nome tomada pela névoa negra se levantou contra Rudel e Aleist no templo que apodrecia. Assim que Rudel tentou puxar sua espada, Aleist puxou a dele primeiro e caminhou para frente. Devido a possessão da Deusa, o templo estava uma bagunça e os obstáculos como bancos tinham praticamente desaparecido.

Era fácil se mover, mas eles ainda estavam dentro de uma sala. Havia apenas uma entrada e eles enfrentariam um considerável problema para recuar. Mesmo os dois não sabendo que tipo de ataques a Deusa teria, enquanto Aleist andava na frente de Rudel, ele se sentiu incapaz de recuar.

(Aleist): “Você é o mesmo que aquele Pássaro de antes¹? Não que isso importe. Eu não posso continuar um covarde para sempre!”

Aleist envolveu a espada em sua mão direita com chamas. Assim, a alta temperatura no interior do templo saltou ainda mais. Julgando que ele seria um estorvo, Rudel pulou para trás para assistir a luta de Aleist e a Deusa possuída.

(Sombra): “Usando uma espada mágica? Que homem tosco. Que idiotice pensar que eu fui tão longe por este homem. Mas meu objetivo é a morte de Rudel e isso é irrelevante para a vontade do mundo! Eu vou matar você e então Rudel!!!”

(Aleist): “Não me subestime!”

Aleist rapidamente se aproximou da Deusa flutuando no ar. Ele tentou atingi-la com sua espada mágica, mas a Deusa segurou a lâmina com sua mão esquerda. Talvez intrigada com o rosto surpreso de Aleist, a Deusa gargalhou. Deixando seus pés tocarem o chão, ela usou poderes inimagináveis para sua aparência para jogar Aleist e sua espada para longe.

Rudel correu para segurar Aleist e percebeu que não havia traços de qualquer queimadura na mão esquerda da Deusa.

(Aleist): “De-desculpe”

(Rudel): “Aleist, essa aí é perigosa. Mesmo depois de segurar as chamas mágicas com as mãos desprotegidas, ela não ficou com nenhuma queimadura”

(Aleist): “... mesmo assim, eu não posso recuar”

Com as palavras de alerta de Rudel, ele olhou para a Deusa surpreso e, com absoluta certeza, ela estava completamente ilesa. Mesmo assim, Aleist se levantou e tentou enfrentar ela sozinho.

(Sombra): “Você ainda não pode entender? Compreenda o fato de que alguém no seu nível não tem chances de vitória. Eu não tenho interesse na sua vida... então abandone Rudel e parta”

A Deusa lentamente caminhou até Aleist. Mas Aleist respirou profundamente enquanto ele segurava sua espada e assumia sua posição.

(Deusa): “Mesmo que ela seja somente um sistema, este corpo é o de uma Deusa. Você realmente entende isso?”

(Aleist): “E daí!?”

Aleist invocou magia em sua mão esquerda enquanto ele atacava com a espada em sua mão direita. A espada foi bloqueada pela Deusa, mas a mão esquerda dele martelou o corpo dela.

(Sombra): “É inútil. Magia não tem efeito neste corpo. Este corpo era uma manifestação de magia e eu apenas adicionei uma forma física. Então eu posso até mesmo fazer algo como isto”

A Deusa reuniu magia em sua mão esquerda da mesma forma que Aleist. Mas a escala o ultrapassava em muito. Assim que um inferno de chamas se juntou ao redor da mão esquerda dela, essa intensidade deixou o interior do templo em chamas.

(Aleist): “Então dano mágico é anulado. E é por isso que você não se preocupou com aquele ataque anterior? Nesse caso, você não é nada de especial... isso foi uma magia especial. Uma magia especial que me permite quebrar suas defesas temporariamente para um segundo ataque”

Surpreso como ele estava com a magia da Deusa, ele mostrou um sorriso tenso enquanto blefava e explicava a ela. Era um ataque especial usado pela existência chamada de Cavaleiro Mágico. Pelo próximo turno inteiro, ele iria destruir uma barreira que anulava magia. Era uma magia possível apenas dentro da interface de um jogo.

(Sombra): “E o que você vai fazer? Você acha que pode derrotar este corpo com nada além de um único ataque? Esse é um problema que eu nem preciso calcular. Você falha em entender a diferença entre nossas habilidades”

(Aleist): “... é mesmo?”

A Deusa apontou sua mão esquerda para Aleist. Com tudo isso, ele rezava que seu plano tivesse sucesso enquanto esperava pelo ataque dela. Efetivamente, os próprios ataque dele não eram capazes de causar muito dano, mas e os ataques dela? Assim, Aleist usou uma magia que ele raramente usava quando jogava o jogo antes de sua reencarnação.

(Aleist):‖Contra-Ataque‖

(Sombra): “Oh?”

Assim que a magia foi lançada, Aleist invocou uma magia para refleti-la. O motivo para raramente usar essa magia era porque o jogo dificilmente colocava o jogador contra inimigos de nível mais alto. Como romance era o tema principal, seu combate era algo mais relaxado.

E havia outro motivo para ele não gostar de usar ela.

(Sombra): “Então você fez sua aposta nessa magia com baixa taxa de sucesso? Como pensei, você é apenas uma criança incapaz de reconhecer suas próprias habilidades”

Se a aposta de Aleist seria um sucesso ou uma falha, a Deusa sabia que isso não seria um problema enquanto ela esperava para ver o resultado. Diante de uma diferença absoluta de habilidade, a Deusa estava interessada em ver como o mundo iria agir. Certamente, Aleist não iria morrer em uma batalha com ela. Não, talvez fosse ela quem iria morrer em uma reviravolta do destino. Tais sentimentos de resignação dominaram a Deusa.

Ela olhou para Aleist com esses sentimentos. E Rudel também olhou para a batalha dos dois, notando a pequena resignação na expressão da Deusa.

Como se o resultado já estivesse decidido, o ‖Contra-Ataque‖ de Aleist funcionou. A poderosa magia mostrou suas presas para a Deusa e ela nem mesmo tentou desviar.

(Aleist): “Você viu isso!?”

Sendo lançada para longe por sua própria magia, a Deusa destruiu o altar enquanto caía nele. Com o rosto no chão, ela regenerou seu corpo queimado e, não para Rudel nem para Aleist, ela questionou o próprio mundo.

(Sombra): “Você iria tão longe para se livrar de mim? Quando foi você quem me trouxe aqui? Você vai mesmo negar minha razão de viver!? Se eu tentar matar Rudel com meu poder absoluto, você vai colocar a existência chamada Aleist diante de mim... eu sou mesmo tão desnecessária!?!?!?”

A névoa negra não era nada mais do que um contrarregra² criado pelo enredo para mover a história. Uma existência que se moveria pelo bem de Aleist no plano de fundo e faria Rudel retomar seu caminho. A mesma entidade tomou controle do Javali³, o Pássaro e a Deusa. O fato de que uma única existência se multiplicou tantas vezes era prova de como Rudel alterou o destino.

Os olhos brancos da Deusa possuída ficaram negros quando lágrimas negras começaram a cair de seus olhos.

(Sombra): “Então, mesmo o último de nós é incapaz de cumprir nosso desejo...”

(Aleist): “Do que você está falando?”

A compreensão de Aleist não podia entender o choro da Deusa. Nesse templo em chamas, Rudel começou a caminhar até a Deusa. Ele puxou a espada que recebeu de Basyle. A espada forjada da presa da primeira fera negra que ele encontrou. Essa era a espada de Rudel, nascida da presa fundida com o ferro.

Um pouco maior do que uma espada de mão única, com poucos ornamentos, era uma espada simples feita apenas para batalhas. Sentindo a |Mana que saía da lâmina, a Deusa começou a rir de novo.

(Sombra): “Entendo, então é verdade! Minha derrota estava decidida desde o início. Essa lâmina é parte do meu corpo e uma arma capaz até de ferir o corpo desta Deusa. Parece que o mundo planeja mantê-lo vivo até que a hora chegue... agora, me mate Rudel!”

Sem apontar sua espada, Rudel fechou seus olhos.


Isso aconteceu um pouco antes. Enquanto Rudel assistia a luta entre os dois, ele ficou confuso.

Ele estava assistindo ao duelo de Aleist e a Deusa quando ele notou que sua nova parceira, sua espada, estava vibrando. Como se ela estivesse reagindo a Deusa, não, a névoa negra, ela estremeceu.

[Rudel]: (“O que é isto? Algo está acontecendo”)

(???): “Meu papel pode ter acabado, mas eu não posso deixar minha companheira enfrentar tal fim... eu não estou em posição de te pedir isso, mas você poderia cooperar comigo até o fim? Se você o fizer, você será capaz de se livrar da nossa... da minha partição”

Ele escutou uma voz profunda de um homem. O que apareceu em sua cabeça foi a forma do Javali que ele viu no primeiro ano de seu curso fundamental. Aquele demônio feroz e agressivo com uma massa negra e um brasão branco.

O pouco de vontade que sobrava na presa estava tentando salvar a névoa negra, parte dela mesma que mudou tanto para assumir essa forma.

(Javali): “Se você me usar, você pode ferir aquele corpo. Do jeito que você está agora, você poderia derrotar ela com tranquilidade”

[Rudel]: (“Você não vai salvar sua companheira?”)

(Javali): “Salva-la significaria livra-la de sua missão. Como eu já cumpri a minha, tudo o que me resta é desaparecer, mas a missão da minha partição é deter você. Mas você não vai desistir, vai? Então você deve salvar a minha partição, minha outra metade. Coloque um fim a missão que ela nunca irá completar”

Enquanto Rudel pensava com dificuldade, a aposta de Aleist chegava ao fim e a Deusa soltou um grito enquanto ela voava pelo ar. A forma dela era a de quem foi derrotada e não poderia vencer contra o destino, não importava o quanto ela tentasse.

Rudel se focou enquanto ele andava em frente. Com determinação, ele puxou a lâmina e caminhou até ela.


Segurando sua espada no alto, Rudel canalizou magia nela. E ele pensou...

[Rudel]: (“Isso vai mesmo acabar com a derrota dela? A derrota de uma existência que irá simplesmente perder por culpa do destino? Não... isso é algo que eu não posso aceitar”)

Vendo Rudel, a Deusa que se transformou em monstro fechou seus olhos, convencida de que seus momentos finais tinham chegado. Mas o golpe final nunca aconteceu. Ao invés disso, ela sentiu algo por perto, fazendo com que ela abrisse os olhos com pressa. Nostalgicamente, ela encarou sua forma antes de se separar com saudade e arrependimento.

(Aleist): “O qu-que são esses caras!? Rudel, o que foi que você fez!?”

O que Aleist viu no templo em chamas eram dois monstros de pé ao lado de Rudel. Um deles ele conhecia. Aleist notou que era o Pássaro que eles enfrentaram no passado. Mas ele não sabia nada sobre o outro monstro Javali.

(Sombra): “Aaah, sou eu. O eu de antes de me separar de novo”

A Deusa esticou as mãos em direção aos monstros que se aproximavam. Enquanto eles eram diferentes em suas formas, seus corpos negros com símbolos brancos os marcavam como aliados.

(Javali): “Já está no fim minha outra metade. Nosso trabalho terminou”

(Pássaro): “Agora retorne para o além. Assim que voltarmos a ser um, você não estará mais sozinha”

(Sombra): “Agora que eu cheguei tão longe, vocês me dizem para desistir!? Se nós nos juntarmos, nós podemos derrotar até mesmo Rudel. Nós podemos cumprir nosso papel, não podemos? Mesmo assim... mesmo assim... por que até mesmo vocês que são minhas próprias contrapartes estão me ignorando e tentando salvar ele!?”

A Deusa derramou lágrimas negras, mas assim que os corpos do Javali e do Pássaro se aproximaram, ela percebeu. Suas outras metades eram formas transientes que ganharam forma com a |Mana de Rudel...

(Sombra): “Então, no fim, eu não serei capaz de cumprir meu papel”

Esticando suas mãos para abraçar as formas fantasmas do Javali e do Pássaro, a Deusa tentou abandonar sua consciência. Mas então, Rudel a chamou.

(Rudel): “Você está bem com isso terminando assim? Partindo como se vocês fossem apenas derrotados pelo destino?”

(Javali): “Não podemos vencer contra a vontade do mundo. Você pode ter mudado seu destino, mas é impossível para você mudar seu fim”

(Pássaro): “Você com certeza entenderá um dia. O mundo definitivamente irá te fazer trilhar o caminho que ele deseja”

Rudel não podia se sentir satisfeito com as respostas do Javali e do Pássaro. Ele encontrou muitos obstáculos em sua vida. Em todas as vezes, os esforços dele iriam garantir seus desejos. Algum dia ele seria reconhecido, ele acreditava nisso.

(Rudel): “O meu destino já está determinado? Mas mesmo assim, eu quero virar um Dragoon! Isso é tudo o que eu tenho! Isso é tudo o que eu... eu vou superar qualquer destino. É por esse objetivo que eu trabalhei tanto até agora. Se eu desistir, então esse será o fim”

Ouvindo essas palavras, o coração do confuso Aleist começou a doer. Alegre por ser capaz de ser reencarnado, ele acabou se confundindo e pensando que ele era forte. No entanto, a existência que ele só podia ver como uma pedra na estrada possuía tal vontade e tinha enfrentado muitos problemas. Ele entendeu agora não com sua cabeça, mas com seu coração.

(Aleist): “Rudel, você é...”

(Sombra): “Que vergonhoso. Quando é por sua culpa que nós nascemos e existimos. Mas se você vai lutar contra o destino... contra o mundo até o fim, então eu vou te ajudar. Eu não me importo em te ajudar até sua hora chegar”

(Javali): “O que você está dizendo? Você ficou louca!?”

(Pássaro): “Salvar ele? Isso não parece ser a nossa missão”

Ouvindo as palavras de Rudel, a Deusa fez uma proposta. Com essa proclamação inesperada, o Javali e o Pássaro expressaram suas objeções.

Para as palavras de suas outras partes, ela sorriu e levantou uma mão para silencia-los. Tudo o que a Deusa... a névoa negra sabia era que Rudel era como eles, tentando lutar contra a configuração do mundo. Um sentimento de que o inimigo que ela deveria enfrentar estava lutando a mesma batalha...

(Sombra): “Rudel, se você continuar lutando contra o destino, eu vou te ajudar. Contudo, se você for incapaz de se opor, simplesmente se entregar ao fluxo do destino... no momento que você desistir, eu vou te matar”

(Rudel): “Faça como quiser. Eu definitivamente nunca irei desistir”

(Sombra): “Não se esqueça dessas palavras. O mundo vai entrar em seu caminho e você certamente nunca vai encontrar um Dragão por conta própria. Eu vou te ajudar nesse desafio. Então não se esqueça, o momento em que você desistir será o momento em que você vai morrer”

Rudel reagiu com a parte em que ele não seria capaz de ter um Dragão, mas com as palavras da névoa negra que cercava a Deusa, um sorriso acompanhou a surpresa de Rudel. Era quase como o sorriso de um garotinho.

(Rudel): “Você vai!?”

(Sombra): “... que pessoa simples. Então eu devo partir...”

Assim que a névoa negra se separou da Deusa, ela se espalhou pelo interior do templo e roubou a visão dos presentes. E assim que Rudel e Aleist puderam enxergar de novo, a original Deusa loura estava completamente nua, caída no chão. O templo completamente em chamas estava a ponto de desmoronar.

Você poderia elogiar o templo por aguentar por tanto tempo a intensidade da batalha entre Aleist e a Deusa, mas Rudel e Aleist ergueram a Deusa e se apressaram para fugir do local.

Praticamente ao mesmo tempo que eles escaparam, o templo desmoronou. O impacto fez com que ela abrisse seus olhos. Tendo recebido uma forma física de seu estado semitransparente, a Deusa levantou seu corpo rígido. E ela viu. A destruição do templo construído para venera-la...

(Deusa): “H-hey!!! O que foi que aconteceu!?!?”


Rudel e Aleist estavam ajoelhados diante da ex-Deusa. Talvez o Sol já estivesse nascendo, pois a área gradualmente ficava mais iluminada.

(Deusa): “O que vocês acham que fizeram, seus blasfemadores!? Me devolvam meu templo, me devolvam ele!”

Os dois que se ajoelharam diante da Deusa pelada que chorava, olharam para a forma dela com ousadia. Talvez fosse mais correto dizer que eles não podiam desviar seus olhos. Como ela era uma ex-Deusa e tudo o mais, não é como se você pudesse dizer que a forma dela não era divina. Não, quem sabe eles só não estavam excitados por ver o corpo de uma mulher... parecia ser apenas isso.

(Aleist): “M-mas escute. Quem destruiu o templo foi você”

Ainda sem tirar os olhos do corpo da Deusa, Aleist a refutou. Rudel certamente se sentia mal por ela, mas além de ter sido possuída, esta Deusa amante de doces não tinha dignidade.

(Aleist): “E ninguém nunca veio até aqui, não é? Além disso agora que você tem um corpo, será difícil viver aqui”

(Deusa): “O que você disse? Inventar desculpas é tudo o que vocês sabem fazer seus infiéis!? Mesmo que eu tenha obtido um corpo, eu sou um ser... h-huh? Por que eu estou nua!? Além disso, vocês dois me viram nua, seus pervertidos!”

Desta vez, a Deusa começou a chorar por ter seu corpo visto e Aleist a entregou um pouco de sua comida. Pegando isso como se estivesse roubando, a Deusa comeu enquanto ela reclamava.

(Deusa): “Não pense que isto é o suficiente para desfazer meu ressentimento. Eu vou te assombrar até que você se redima por isto”

O que ela disse basicamente a classificava como um espírito maligno. Com seu tom e atitude, os dois garotos perderam interesse, se levantaram e começaram a trilhar o caminho de volta.

(Deusa): “O-onde vocês estão indo?”

(Rudel): “Nós somos estudantes, então nós precisamos voltar para a escola. Nós estivemos aos seus cuidados. Eu irei definitivamente reconstruir seu templo, só espere aqui”

(Aleist): “Eu não consegui virar um Herói e não tenho mais nenhum negócio aqui”

Com essas palavras, o fraco coração da Deusa se despedaçou. Com sobras de sua refeição ao redor de sua boca, ela se atirou nos pés de Rudel.

(Deusa): “Não me deixem para trás! Eu não quero ficar sozinha neste lugar solitário”

Enquanto a Deusa se agarrava e chorava, Aleist suspirou.

(Aleist): “Você não esteve sempre sozinha aqui? E nós estamos indo para a academia, então não podemos levar um animal de estimação”

(Deusa): “Quem você está chamando de animal de estimação!? Mesmo nesta forma, eu sou uma Deusa. E nós Deusas ocasionalmente nos reunimos, então eu não sou uma solitária! Mas com este corpo, eu não posso ir para aquele lugar, então eu vou mesmo ficar sooooziiiinhaaaa”

(Rudel): “O que devemos fazer Aleist?”

(Aleist): “Não, mesmo que você me pergunte...”

(Deusa): “Não me abandonem! Eu vou fazer qualquer coisa, só não me abandonem!?”

Os três confusos e cansados gastaram um bom tempo pensando no que fazer.


Voltando para a academia, Rudel e Aleist acabaram chegando muito depois do que tinham planejado. Foi porque eles estavam cuidando da Deusa que obteve um corpo em uma aldeia próxima. E retornando para a academia, os dois apresentaram a Deusa para seus companheiros de sempre.

(Rudel): “... e foi isso o que aconteceu, então nós estamos cuidando desta Deusa. Diga olá”

Assim que Rudel terminou de explicar tudo, a Deusa, em roupas de uma garota aldeã, curvou sua cabeça. Assim que ela a levantou, ela falou com um sorriso.

(Deusa): “Eu estarei aos seus cuidados!”

Todos estavam surpresos demais para dizer algo. Rudel e Aleist partiram dizendo algo sobre ficarem mais fortes, mas assim que eles voltaram, eles estavam acompanhados de uma garota um pouco mais nova. Até mesmo aqueles que costumavam andar com os dois com frequência, Izumi, Luecke e Eunius, não sabiam como reagir.

[Izumi]: (“O que eu devo fazer. Não havia forma de imaginar algo assim tão de repente. Eu pensei que ele poderia voltar com um Dragão, mas... para ele voltar com uma Deusa (?), poderia ser que eu não tenho imaginação o suficiente?”)

Izumi estava surpresa com os resultados de Rudel que foram além de suas expectativas.

[Luecke]: (“Foi por isso que eu fui contra Rudel e Aleist agirem juntos! Olhe para isso, eu não consigo compreender o resultado desse par de malucos trabalhando juntos!”)

Luecke parecia irritado com os dois que guiaram uma garota que se dizia ser uma Deusa. Finalmente, Eunius pensou...

[Eunius]: (“Eu deveria ter ido também”)

E enquanto esse ar de suspeita fluía, Aleist murmurou. Sem conseguir ler o clima, Aleist foi incapaz de entender o porquê de todos estarem tão confusos. Ele falou sobre os eventos no templo, mas ele não fazia ideia de que Deusas eram algo que pessoas normais não conheceriam com frequência.

(Rudel): “Huh? Qual o problema com todos? Vocês não gostaram das lembranças que trouxemos?”

Com os peculiares ornamentos locais que Rudel e Aleist trouxeram, os três gritaram.

(Izumi): “Esse não é o ponto!”

(Luecke): “Você é um idiota!?”

(Eunius): “Eles definitivamente são esquisitos...”


Notas

[1] Aleist está se referindo ao monstro que atacou a Princesa Fina durante a excursão anual na floresta próxima a academia no capítulo 19.

[2] Contrarregra é o profissional de teatro que tem a função de marcar a entrada dos atores em cena.

[3] O Javali foi o primeiro monstro negro que atacou Rudel em seu primeiro ano na academia no capítulo 8. Foi Basyle quem o derrotou e guardou a presa do monstro que Rudel cortou.



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