Volume 2

Capítulo 48: Irmãos, o empregador e a esposa

(Chlust): “Hah, hah, por que eu preciso fazer uma coisa dessas?”

Chlust estava fazendo flexões enquanto encarava Rudel que o observava. Flexões se ele se negasse, flexões se ele ficasse preguiçoso... um inferno que acontecia independentemente de ser feriado ou dias de aula, Chlust proferiu reclamações mesmo ele não tendo escolha além de obedecer. Ele tentou lançar ataques surpresa em Rudel várias vezes e enviou cartas para casa implorando por salvação.

Mas de sua casa, “Só faça isso”, era a única resposta que ele recebia. Quando ele recebeu uma carta dizendo que não precisava ir para casa no feriado prolongado, Chlust ficou muito desanimado. Por outro lado, uma mudança estava ocorrendo na Casa Arses. Apesar do fato de ele causar problemas da mesma forma que Rudel, os problemas que Chlust causou estavam relacionados com a liderança da casa.

Sua conduta em abandonar a princesa e o fato de ele se isolar depois de ser derrotado por um plebeu... seus pais também o abandonaram e escolheram priorizar Rudel, que tinha uma boa relação com o Rei. Todas as ações que eles tinham contra Rudel subitamente se inverteram sem qualquer explicação.

Se Rudel desejasse isso, eles iriam aceitar e negariam ajudar Chlust. O próprio Rudel ponderou se sua casa estava sendo obrigada a concordar com ele, mas eles estavam muito mais dispostos do que ele esperava, ao ponto em que ele até chamaria isso de bizarro.

(Rudel): “Não temos tempo até a partida Chlust. Assim que você terminar isso, o próximo é...”

Chlust tinha um duelo com Fritz logo depois do torneio interclasses do terceiro termo. Só pensar nisso o deixava aterrorizado.

(Chlust): “... como se eu pudesse vencer”

Não para Rudel, mas ele murmurou para ele mesmo. Ouvindo isso, Rudel ficou com uma expressão confusa. Ele estava treinando Chlust, mas mesmo se ele fortalecesse seu corpo, o coração dele continuava em pedaços. Ele gritou com Chlust várias vezes para força-lo a treinar, mas assim que a conversa voltava para Fritz, ele iria na mesma hora se acovardar.

(Rudel): “Você vai ficar bem com isto terminando com uma derrota?”

Chlust não poderia responder à pergunta de Rudel.

(Rudel): “Eu não vou dizer a você para vencer. Mas não fuja... se você fugir, eu definitivamente não irei te perdoar”

Chlust também não poderia responder a essa pergunta. Ele simplesmente continuaria suas flexões em silêncio.


O segundo termo acabou, já estava quase no fim do feriado... Basyle disse à Rudel que ela iria se demitir. Mesmo Rudel tentando impedi-la, assim que ele escutou os motivos dela, ele deu sua aprovação.

(Basyle): “Não há mais nada para eu te ensinar. E Vargas me pediu em casamento... o plano é nos casarmos depois da graduação dele. Então eu acho que vou abandonar meu trabalho este ano”

(Rudel): “Sé-sério! Então nós precisamos celebrar. Eu preciso pensar em um presente...”

O desenvolvimento repentino surpreendeu Rudel, mas como empregador dela, ele queria parabeniza-la. Basyle realmente foi de grande ajuda quando o assunto era magia e Vargas foi seu primeiro amigo desde que ele se matriculou na academia; seu companheiro que era como um irmão mais velho. Enquanto Rudel pensava, Basyle propôs um certo objeto.

(Basyle): “Nesse caso, eu tenho um único pedido. Eu quero que meu marido tenha a ferramenta de seu trabalho, um ‘escudo’. Desde que o dele quebrou no ano passado, ele foi incapaz de conseguir um novo por conta própria”

Basyle sabia que Rudel iria fazer algo mesmo que o dissessem que não era preciso dar presentes ou ter uma celebração, então ela fez um pedido por um escudo para Vargas. Dessa forma, ela poderia resolver este assunto com apenas um presente para os dois. Ela pensou nisso, mas...

(Rudel): “Isso é ótimo, mas e quanto a você Basyle?”

(Basyle): “Rudel-sama, o escudo de um Cavaleiro Protetor é caro. É mais do que o bastante para nós dois, então...”

Basyle falou com um grande sorriso. Rudel também pensou sobre algumas coisas... e concordou. Ele pensou em encontrar um escudo antes, mas Rudel não tinha contato com comerciantes de armas ou ferreiros. Para ser mais preciso, nunca ocorreu a ele usar as conexões de sua casa. E a pessoa para quem ele decidiu perguntar foi...

(Luecke): “Não Eunius, mas eu? Com certeza a Casa Halbades tem algumas pessoas competentes, mas, um escudo, eh...”

Rudel consultou Luecke, que tinha acabado de voltar de suas férias. Mas para a Casa Halbades que valorizava o conhecimento acima das conquistas militares, não era impossível preparar um escudo para um Cavaleiro Protetor, mas isso não seria recomendado. Se ele quisesse uma arma não importava a dificuldade, ela acabaria sendo uma muito cara e ornamentada.

Luecke queria atender ao pedido de seu amigo. Assim, ele pensou em algo...

(Luecke): “Se você quer um ferreiro habilidoso, eu realmente conheço uma pessoa. Não é como se ele fosse meu empregado, mas eu o pedi para fazer algumas ferramentas para a minha pesquisa de magia, então eu posso garantir as habilidades dele”

(Rudel): “Ele pode fazer escudos também?”

(Luecke): “Ele é um ex-ferreiro, então você não precisa se preocupar. Então, você vai usar o escudo? Ou vai ser para Chlust?”

Luecke imediatamente começou a redigir uma carta para o ferreiro.

(Rudel): “Não, é para Vargas. Ele vai se casar com Basyle logo, então eu queria mandar um presente a ele. Vargas vai ser mandado para as regiões exteriores e eu acho que Basyle vai acompanhar ele”

A mão de Luecke parou assim que ele pensou um pouco. Pensando na personalidade de Vargas, que era do tipo que tomava decisões em um instante, assim como o fato de que uma especialista em magia como Basyle iria se tornar sua esposa...

(Luecke): “Entendo... então eu também vou ajudar nesse presente”

(Rudel): “Eu não acho que isso vai funcionar Luecke”

(Luecke): “Não, não é um problema. O motivo é porque o empregador de Vargas serei eu”

Enquanto Rudel inclinava sua cabeça, Luecke começou a escrever uma carta endereçada para sua própria casa também. “Há um talentoso Cavaleiro Protetor e eu quero contratar ele”, Luecke escreveu. Para usar os feitiços que precisavam de círculos mágicos complexos, ele esteve desenhando por algum tempo. Seria mais fácil se alguém carregasse uma ferramenta gravada com os símbolos desde o início.

(Luecke): “Há poucos Cavaleiros Protetores. Eles não se destacam e é difícil para eles receberem medalhas... mas apenas contratar um deles não seria um problema. Se eles não têm utilidade, então não faz sentido em mantê-los por perto”

(Rudel): “Isso mesmo”

(Luecke): “Mas e se alguém carregasse um escudo que tivesse um círculo mágico gravado e os deixássemos responsáveis pela magia? Com as habilidades de liderança para mudar a formação em um instante... Rudel, a era de mudar o valor dos Cavaleiros Protetores chegou!”

(Rudel): “Y-yeah!”

Rudel tinha uma ideia geral sobre o que Luecke estava tentando dizer, mas ele sentiu um pouco de pena por Vargas que estava essencialmente virando objeto de testes de Luecke. Como era Luecke, ele não iria fazer nada que ameaçasse a vida de Vargas. Rudel imaginou que os teste e os treinos seriam realmente duros.

Entre ser enviado para as fronteiras e servir um Arquiduque, o último certamente seria mais atrativo. Com isso em mente, Rudel refletiu sobre o que seria melhor para Vargas.


Por volta desse horário, Basyle foi até a cidade para preparar um presente para Rudel. Nos eventos do ano anterior, Rudel perdeu sua espada e, mesmo agora, ele não possuía uma para uso pessoal. Isso não era um problema no território da academia, mas pensando no que estava por vir, Basyle concluiu que seria melhor que ele tivesse uma e decidiu encontrar uma para ele.

Ela foi consultar um velho que comprava e vendia produtos, mas...

(Velho): “Uma espada? Não importa o tipo dela, o preço será de um nível diferente se você quiser um produto de qualidade. Você nunca usou uma espada antes, então você não deve saber, mas fundir minério de ferro imbuído de |Mana junto de ossos de monstros está na moda nesses dias. Se você quiser mesmo fazer isso, o preço vai saltar bastante... qual é o seu orçamento?”

Basyle apresentou sua verba com os dedos. O velho suspirou profundamente.

(Velho): “Como se você pudesse comprar uma espada para um futuro Arquiduque com essa quantia”

(Basyle): “Você não pode fazer nada sobre isso!?”

(Velho): “Eu realmente queria fazer algo para te parabenizar pelo seu casamento, mas com essa quantia... você vai ter que se conformar com uma espada normal”

Enquanto eles continuavam com essa conversa, um homem entrou na loja. Assim que a porta abriu, o badalo do sino ressoou acompanhado das palavras de um oriental de cabelos pretos.

(???): “Escutei que há uma presa rara de monstro, nesta loja... poderia me mostrar?”

(Velho): “Yeah, eu tenho uma logo ali. Você é um estrangeiro? Eu estava com problemas porque não encontrei nenhum comprador. Se você for levar, eu vou fazer um desconto”

Enquanto ele fazia essa oferta, o velho mandou um olhar para Basyle. Basyle entendeu que ele estava se referindo a “presa daquela vez” que ela vendeu ao homem.

(???): “Isso mesmo. Eu estou trabalhando como um ferreiro em uma cidade próxima da fronteira. Eu queria trabalhar com meu parceiro para fazer uma arma que pudesse atrair visitantes antes de abrir uma loja. Eu estou em uma jornada, procurando em todos os lugares por materiais interessantes e minha busca me trouxe aqui”

Ouvindo isso, Basyle teve uma ideia. Abrir uma loja... isso mostrava que ele ainda não era famoso. Nesse caso, ele desejaria prestígio... pensando nisso, Basyle fez uma proposta.

(Basyle): “Hey, Senhor Ferreiro, você gostaria de me ouvir um pouco...”

E assim, a espada de Rudel seria feita com a “presa daquela vez” como sua base. Ela era a mesma do primeiro monstro negro que Rudel encontrou e um item que tinha uma conexão profunda com ele.



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