Volume 2

Capítulo 38: O jovem homem e a Elfa das Trevas

(???): “É logo ali... um de nossos mercadores disse ter visto o Ogro nessa floresta. Eu quero que vocês acabem com este Ogro

Seguindo a orientação do espião imperial que estava se passando por mercador, o grupo de Rudel seguiu até a floresta onde o Ogro fortalecido estava. Já tendo se posicionado com antecedência, os soldados imperiais e Mies estavam observando o experimento. O Ogro fortalecido que se movia conforme era ordenado estava esperando por Rudel e seu grupo... o poder deste monstro ultrapassava o de um Ogro comum, possuindo mais velocidade uma resistência maior contra magia.

Para tal experimento onde a vitória já estava assegurada, Mies só poderia ficar assistindo. Era uma missão oficial do império, então ela não poderia ser negligente.

Mas no espaço aéreo acima de Mies e Rudel, um Dragão e uma Elfa estavam se aproximando.


Rudel e companhia prosseguiram pelo terreno irregular da floresta prestando atenção a seus arredores. Quando um Ogro (uma besta dita ser dona de um péssimo temperamento) supostamente estava no local, a floresta parecia estranhamente quieta. Acima disso, eles não poderiam fazer nada além de sentir uma sensação ruim. Basyle sentia o mesmo. Junto da informação que ela obteve na noite anterior, ela definitivamente ouviu o rumor do Ogro.

Mas mesmo assim, o mercador que fez o pedido era esquisito. Enquanto ele dizia estar com medo, ele continuava na vila e ela não conseguiu perceber nenhuma impaciência nele. Quando se trata de mercadores, tempo é dinheiro, então, quando ele deveria estar preocupado por seu prejuízo...

(Basyle): “Rudel-sama, fique atento. Se a situação ficar ruim, por favor, considere abandonar a missão na mesma hora”

Fugir era uma opção estratégica, não covardia. Mas abandonar um pedido iria impactar na credibilidade da pessoa. Mesmo com isso em mente, eles precisavam considerar recuar. Ao que parece, esse pedido era consideravelmente suspeito... pensando nisso, Rudel escorregou quando algo subitamente caiu do alto.

(Rudel): “O que é isso!?”

Eunius reagiu imediatamente e assumiu sua postura a espada. Vargas segurou um enorme escudo e ficou na frente de todos. Diante deles, o Ogro que eles deveriam eliminar estava debaixo do pé de um Dragão. Em suas costas estava a figura de alguém em trajes de Cavaleiro.

A cena chocou a todos. Não, um deles estava fascinado... era Rudel.

(Rudel): “É um Dragão do Vento! Lilim-sama também... e ela está toda negra!”

Nas costas do Dragão do Vento, Lilim estava com a pele escurecida... ela se tornou uma Elfa das Trevas, e mudou tanto que ninguém seria capaz de reconhece-la se Rudel não tivesse dito isso. Mais do que isso, todos pensaram a mesma coisa...

(“Como você reconheceu ela?”)

Essa pergunta veio à mente deles.

Os olhos do grupo surpreso seguiram até o Ogro que o Dragão do Vento matou em um instante. Uma Dragoon roubou a presa deles. Isto não era particularmente estranho. Mas Lilim estava claramente agindo de forma peculiar.

(Lilim): “Phh fufufu! Este repugnante demônio foi transformado em cinzas pelas minhas chamas das trevas”

... o Ogro morreu esmagado pelo Dragão. Definitivamente não houve nenhuma chama envolvida, e mesmo se ele supostamente deveria ter se transformado em cinzas, o corpo estava claramente ali. Por algum motivo, Lilim estava cobrindo metade de seu rosto e estava tentando fazer uma pose legal.

(Eunius): “Ela nem mesmo usou magia, correto?”

Eunius olhou para todos para confirmar e eles concordaram. Rudel tentou ficar do lado dela, mas nesta situação, onde ela claramente não usou magia, ele relutantemente concordou.

(Luecke): “Mais importante que isso, eu não posso dizer com certeza que ela é Lilim a Dragoon. Se Rudel disse isso, então não há dúvidas sobre isso, mas eu escutei que Elfos das Trevas são perigosos”

Luecke disse isso enquanto ele ficava em guarda.

(Basyle): “Eu nunca ouvi falar que a Dragoon Lilim era uma Elfa das Trevas. Portanto, você precisa nos responder...”

No momento em que Basyle tentou a questionar sobre esta situação e chamou Lilim, Rudel subitamente atacou Basyle.

Não, para ser mais preciso, ele atacou Lilim que repentinamente se aproximou. A faca na mão de Lilim soltou faíscas contra a lâmina da espada de Rudel.

(Vargas): “Quê!? Isso foi rápido demais!”

Vargas tentou lançar um golpe atrasado contra Lilim com seu escudo, mas ela desviou com facilidade. Em suas costas, suas asas negras da magia élfica batiam furiosamente... Basyle pensou que era um pouco nojento enquanto ela suava frio.

Ela ficou surpresa por Lilim ser capaz de se aproximar dela em um instante, mas ela era grata a Rudel por sua rápida reação. E Rudel concluiu que Lilim realmente tentou machucar Basyle.

(Rudel): “O que você está tentando fazer Lilim-sama? Esse foi um golpe sério, não foi?”

(Lilim): “Sério? Fu... se eu estivesse séria então todos vocês já estariam mortos!”

Assim que Lilim ajeitou seu corpo, Luecke lançou sua magia. Eunius atacou logo depois de Luecke, mas Lilim casualmente desviou dos dois. Uma única Dragoon estava brincando com os cinco.

Rudel não conhecia o estilo de luta de Lilim. Além disso, os estilos de cada um dos Dragoons era tratado com informação altamente sigilosa. Eles não eram incompetentes ao ponto de entregarem seus pontos fracos. Mas como os Dragoons eram uma ocupação popular, se eles lutassem em algum lugar, então partes do seu estilo de luta poderiam se espalhar.

Mesmo assim, o estilo de luta de Lilim permanecia um mistério. Ou ela eliminava seus inimigos depressa demais, ou ela fazia o mesmo que tentou contra Basyle. Talvez ela fosse especialista em assassinatos... Rudel pensou nisso enquanto ele trocava golpes com Lilim, quando subitamente, o Dragão do Ventoaté então imóvel começou a falar com ele.

[Dragão]: (“Filho dos homens de algum tempo atrás. Eu quero que você salve a minha contratante... você acha que poderia matar ela?”)

Uma voz parecia estar fluindo diretamente na cabeça dele. Junto da admiração, Rudel sentiu uma imensa confusão.


Assistindo ao intenso confronto do grupo de Rudel com a Dragoon de longe, Mies já tinha passado do pânico para o terror. Para os soldados do |Império|, Dragoons eram como anjos da morte. A presença de apenas um Dragoon iria trazer um absurdo número de casualidade para o campo de batalha.

Os soldados que estavam guiando Rudel usaram a confusão criada por Lilim para fugir e se encontrarem com Mies.

(Mies): “O que é isto... por que os Dragoons já chegaram aqui tão cedo!? Isto já não é mais um experimento...”

Sem saber o que fazer, o esquadrão de Mies cometeu outro grande erro. Eles foram incapazes de notar a aproximação de outra Dragoon.

(???): “Que experimento? Você vai me contar sobre isso, não vai?”

Mies se virou apenas para não encontrar ninguém. Olhando para cima, ela viu uma Cavaleira ruiva em seu Dragão Vermelho que foi capaz de se posicionar diretamente acima deles. O grupo de Mies já tinha aceitado sua morte.

Essa Dragoon era Cattleya. Com a fuga de Lilim, a falta de pessoal disponível fez com que a encrenqueira Cattleya fosse usada. A decisão tomada pelo Capitão dos Dragoons era para apreender Lilim antes que alguém a visse, ou eliminar ela se ela causasse problemas.

(Mies): “Do qu-que você está falando? Um experimento, oh... certo! Nós estávamos conduzindo experimentos com os monstros na floresta”

Enquanto Mies estava tentando pensar em uma mentira, a espada de Cattleya tocou o rosto dela. Essa [Espada Demoníaca] era uma das razões para Cattleya ser chamada de gênio. Mesmo que o rosto de Mies tenha recebido um pequeno corte, ele não estava sangrando.

Cattleya pulou de seu Dragão Vermelho para onde sua espada estava e assim que ela a recuperou, os homens de Mies finalmente se recuperaram enquanto preparavam suas próprias armas.

(Cattleya): “Eu estou com pressa, então vamos acabar logo com isso... eu preciso fazer esta [Espada Demoníaca] beber um pouco de sangue para me preparar para minha luta com a senpai”

Enquanto os soldados imperiais atacavam Cattleya, Mies sentiu o poder de seu corpo sendo drenado daquele pequeno corte e sentiu o horror daquela espada. E não importava quantas vezes Cattleya cortasse os homens de Mies, nenhum sangue podia ser visto... para ser mais preciso, o sangue deles estava sendo sugado, mas Mies estava assistindo um sinistro e assustador massacre sem sangue.

E tinha que ser assim... todas as vezes que a espada sugava sangue, seu poder aumentava. Assim que seu último subordinado foi derrotado, Cattleya se aproximou de Mies.

(Mies): “Agora vamos ouvir sua história. O que soldados imperiais estão fazendo em um lugar desses!?”

Pelo estilo de luta dos subordinados de Mies, Cattleya determinou que eles eram soldados do |Império|.

Pressionando sua [Espada Demoníaca] na garganta de Mies, Cattleya já tinha chamado seus companheiros, então ela estava segura de que não teria problemas mesmo se Lilim tentasse fugir. Parece que ela estava em uma batalha com alguém, mas ela ainda tinha que confirmar com quem. Não, ela estava certa de que eles já estariam mortos, mas ela precisava confirmar isso.

Lilim estava enfrentando o grupo de Rudel e Cattleya não tinha notado que eles ainda estavam lutando... até que uma intensa explosão ocorreu no campo de batalha...



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