Volume 1: Caçadores – Arco 1: Ressurgimento
Capitulo 8: Eu sou WA@$#KA
Aparentemente os corredores separavam a Catedral em setores principais.
A esquerda eram armazéns e o refeitório, o centro tinha uma ala de treinamento com salas derivadas aquele objetivo.
Diversos armamentos em um salão enorme, e finalmente a parte nomeada como executiva, onde o lorde dos caçadores nos aguardava.
Todas aquelas informações, eu descobri com uma simples olhada sobre uma planta próximo ao balcão da aparente recepcionista, enquanto esperava junto a Yuki o restante do pessoal.
Com Karla e Soltrone retornando da ala de comida conversando juntos, um detalhe me incomodava. Por algum motivo eu sentia que o Yuki estava me evitando.
Eu estava sentado em um banco relativamente espaçoso e embora ele pudesse estar no mesmo banco, ele escolheu ficar em pé.
Por mais que apenas aquele mero detalhe não fosse o suficiente para eu deduzir alguma coisa, eu conseguia ver Yuki nitidamente evitando qualquer contato visual comigo.
— Foi mal ok? Eu realmente pensei que você não sabia o que era banho — Karla implicou. — Mas olha só você, todo limpinho. To orgulhosa Querubim — Karla pontuou cheirando o cabelo de Soltrone.
Aquela mulher era maluca de pedra. Não conseguia compreender de forma alguma como uma pessoa como ela pensava.
Quando os dois se juntaram a nós, Karla se aproximou e sentou no banco se espreguiçando.
— Bom, podemos ir? — Yuki perguntou.
— Ir pra onde? — Karla o questionou.
— Para a sala do Dominus.
— Ata... putz, essa vou ter que recusar — Karla terminou se levantando em direção a saída.
— Tudo bem, mas acredito que terá que lidar com Dominus depois — Yuki implicou calmamente enquanto caminhava para a sala.
Karla parou no mesmo momento, fechou os punhos, bateu o pé direito e se juntou a nós outra vez.
O próximo corredor era o mais curioso. Em seu final apenas existia duas portas, elas obtinham um detalhe que chamava a atenção, o símbolo dos caçadores.
Quatro retas com finais pontiagudos que se sobre poiavam em forma de x dentro de uma grande esfera fragmentada em quatro pedaços.
Aquele símbolo estava nas duas portas, sua única diferença era que em uma das portas, o x era bem mais estreito.
Aquele símbolo em específico era o mesmo dos broches e o normalmente conhecido, enquanto o da outra porta se assemelhava mais ao mesmo na mascara de Dominus.
Naquela mesma porta com uma madeira robusta e escura estava escrito “Administração”.
Yuki se aproximou da outra porta, a centralizada com o símbolo diferente. Realizou duas batidas na madeira e esperou por um momento, após alguns segundos em silêncio Yuki abriu a porta.
Todos passaram por ela restando apenas eu do lado de fora. Entrando finalmente eu deslumbrei a sala do lorde dos caçadores em pessoa.
Ela por si só era do tamanho da minha casa. Talvez desnecessariamente grande para apenas um escritório.
Aquela sala possuía um grande armário a direita, uma mesa mais ao centro que mais aparentava ser um balcão gigante, e diversos papéis pendurados em um quadro enorme atrás do balcão.
Entre aqueles dois Itens que descrevi, existia uma cadeira de couro com detalhes dourados em sua costura, onde residia ele, Dominus.
Em cima daquele balcão haviam duas iluminarias pretas acesas e uma pendurada no teto, aquela falta de grande iluminação embora não afetasse em nossas visões, realçava ainda mais toda a imponência do lorde dos caçadores.
— Todos aqui, certo, sentem — disse Dominus.
Todos pegaram uma cadeira mais ao canto da sala e sentaram um pouco distantes do balcão, todos com exceção de Akiris, ele já estava posicionando uma cadeira quando entramos.
— Primeiro - Dominus iniciou mexendo em seu balcão.
Levantou seu braço revelando um pingente, ele aparentava ser um tipo de amuleto. Nele residia uma espécie de rosto cravado por cada hexágono daquele pingente. Dominus passou um cordão sobre ele, o amarrou, virou-se para mim e disse:
— Wally, pegue isso.
Dominus jogou o item em minha direção. No instante que minha pele entrou em contato, instantaneamente um rápido calafrio percorreu pelo meu corpo.
Seguidamente uma sensação estranha me direcionou a um pensamento específico, era como se eu já soubesse ou já tivesse dito a mesma coisa antes — Não confie no Sangue —
— A situação é grave, estamos correndo grande perigo. Existem algumas ocasiões que não deveriam estarem acontecendo — Dominus começou sua explicação pegando alguns papéis sobre o balcão.
Enquanto o lorde dos caçadores explicava, eu coloquei o Item arcanico no pescoço e o ajeitei por dentro de minha blusa.
— Se... senhor... então, assim, eu não quero apontar dedo pra ninguém, maaaaass, tem alguém entre nós que ta comprando Itens na sua conta — Karla chamou atenção de todos encarando Akiris.
Ela subia seu braço discretamente e apontava para as botas que Akiris estava usando.
— Agora presta atenção na mão dele, um pergaminho!... Se fosse eu; tirava satisfação — Ela aconselhou com seu rosto virado ao oposto de Akiris
O silêncio tomou a sala. Karla permanecia com sua visão contra a parede enquanto Akiris e Dominus permaneciam em silêncio. Então ela se virou para os dois.
— Maaaaas, assim, como eu fui lá e paguei, inclusive tirando o reto da sua conta senhor Dominus. Eu que deveria ficar com o item, não concorda menino Wally?
— Eu? Não, Eu não se...
— Viram! Ele tá comigo nessa.
Akiris se levantou, parou em frente a Karla, puxou o tal pergaminho e o abriu.
Assim que Karla chocou seus olhos com o pergaminho, ele começou a queimar de baixo para cima.
Aquelas brasas não eram um fogo comum. O fogo inteiro era vermelho, completamente vermelho.
Brasas tão fortes que não tinha sentido Akiris não se queimar e muito menos não ter saído qualquer iluminação vindo dela.
Quando o pergaminho foi completamente consumido, Karla se levantou bem devagar, caminhou até o balcão de Dominus, pegou um pincel pena e disse:
— Desintegrar.
Os dedos de Karla ficaram avermelhados e o pincel pena começava a se mexer de leve até que em poucos segundos ele começou a... virar pó... e cair de sua mão...
Ela começou a saltitar com um gigante sorriso no rosto, enquanto seus dedos voltavam ao normal.
Karla de relance olhou para Dominus, e sua alegria cessou no mesmo instante. Ela esboça uma expressão receosa e volta ao seu lugar.
Então era daquela forma que se aprendia uma magia com um pergaminho arcanico de verdade. Pela cor das chamas vermelhas, com certeza aquilo devia ser Caos.
Aquilo era estranho, eu apenas tinha visto um papel queimando e ainda assim, eu estava com um sorriso bobo no rosto.
Dominus não pareceu se importar com o pergaminho ou com o que Karla havia dito. Não demonstrou reação mesmo após o fato dela destruir uma de suas coisas.
— Certo, como é de conhecimento comum existem quatro raças em Valíria... ou ao menos era o que pensávamos. Provamos recentemente que na verdade todos os Nullus são Genasis... o que torna vocês, Híbridos, serem simples Ominidianos.
Dominus recuou sua voz e permaneceu estático. Ele não parecia o lorde dos caçadores... Dominus, estava tremendo?
— Tem algo que vocês dois precisam saber, Soltrone e Yuki.
Ele mexeu em alguns papéis sobre o balcão, separou dois deles com os nomes de Yuki e Soltrone explicitamente destacados ao lado de um tal de “Projeto A”.
— Vocês são iguais a mim, Ominidianos artificiais. Nascemos Nullus... no caso Genasis, e aprendemos a utilizar outros elementos artificialmente.
O clima de certa forma antes estranho e descontraído, mudou com um piscar de olhos. Yuki parecia estar segurando firmemente o vento ao seu lado, e Soltrone havia fincado sua asa na cadeira, junto de suas presas afiadas que antes pensei serem unhas.
— Você, Wally, talvez em uma pequena chance, uma mera hipótese, também possa adquirir outros elementos. Mas aqui entre nós existe alguém que é um Genasis por completo — Dominus falou olhando para Akiris.
— O que me leva a seguinte pergunta, como você ainda está vivo Akiris?!
As duas pessoas mais assustadoras que eu conhecia estavam calados e se encarando friamente. Akiris suspirou, levantou de sua cadeira e se aproximou em direção a Dominus.
O lorde dos caçadores olhando fixamente Akiris, colocou uma mão abaixo do balcão. Puxando seu braço de volta, lentamente ele revelava o que estava segurando.
Antes que Dominus terminasse, Akiris em resposta estendeu sua mão direita para Dominus e disse:
— Faça um pacto comigo.
Dominus levantou seu braço e revelou uma lâmina curta sem ponta, utilizando apenas os dedos da proteção de sua armadura, ele girou a faca e apontou para Akiris.
Akiris aproximou sua mão direita da lâmina cortando a si mesmo. Em seguida Dominus pegou a lâmina e cortou uma pequena brecha de sua armadura em seu braço.
Mas que tipo de merda era aquela que eles estavam fazendo?! Aquilo era arcanismo? Mas Nullus podiam usar magia?
Os questionamentos e dúvidas em minha cabeça se proliferaram rapidamente. Surpreendentemente os dois em silêncio juntam as mãos em cumprimento entrelaçando seus sangues... de repente, um estranho formigamento surgiu.
— JÁ ER£ HOR£ —
Novamente aquele sentimento me dominou. Observando Akiris e Dominus se encarando em completo silêncio, senti algo me chamando... implorando... clamando por mim.
O conforto era indescritível, como se todos os meus tormentos houvessem ido embora.
Aos poucos eu me entreguei ao chamado, aos poucos eu entendia, lentamente, compreendi o que tinha que ser feito. Uma sensação que só poderia ser descrita com uma única palavra; memorável.
Eu era eu, eu era Wally. Eu... era As@%#... Piscando meus olhos, deslumbrei uma nova visão, tudo era amarelado como um resplandecer ensolarado, mas, ao mesmo tempo, tudo estava como antes.
Eu via todos os quatro, Karla estava explicando algo para nós, Soltrone e Yuki demonstravam confusão perante a Dominus, e eu... eu estava pleno.
Levantando com uma tranquilidade inacreditável, totalmente leve e confortável, sabia... eu tinha certeza.
Tinha certeza que nada poderia me atingir, nada poderia me ferir, nada seria capaz de me impedir.
Mas em meio ao meu extremo conforto, existia um problema. Não conseguia falar, não conseguia me mover; meu corpo não me obedecia.
Automaticamente eu entendi, eu não era eu. Não havia mais Wally. Naquele momento, eu me tornei algo a mais... eu... era Aska.
— Olha só, eu consegui. Eu estou livre! — afirmei com euforia.
Nada poderia sentir se não a mais pura felicidade, a sensação mais incrível e viva de todas; a liberdade.
Sorrindo e caminhando para o lado esquerdo do imundo lunático, muito próximo aos dois, eu estava prestes a abrir o armário da sala, quando alguém gritou comigo:
— Não se mexa!
Abaixo de meu pescoço surgiu uma lamina avermelhada brilhante, ela estava encantada e muito bem afiada. Seu portador não tinha intenção alguma de hesitar.
— HAHAHAHA, parar? Eu não.
— Mandei parar! — alguém gritou á distância.
Vasculhando o armário com os olhos, escutei um enorme barulho de metal. Uma outra pessoa tinha se aproximado de mim.
Conseguia enxergar um resquício de um cabelo vermelho, uma armadura muito peculiar e um cano de uma espingarda.
— Ou! Eu conheço bem o menininho Wally, e ele não é assim não — uma mulher irritada falou apontando a arma para minha cabeça.
— Não se mova — a ordem do provável portador da foice.
Eles eram apenas três, três crianças que não entendiam o que presenciavam. Crianças aquelas que estavam prestes a jogar suas vidas no lixo. Mas talvez de fato... a morte fosse um destino melhor do que não ser de Energia.
Maldito Sangue, eles não estavam no armário. Para melhorar aquela minha perfeita situação, eu estava cercado.
O corpo do fedelho talvez ainda não aguentasse... então não vai ter jeito... só me restava eliminá-los.
— Vocês ainda não perceberam com quem estão lidando? — perguntei ao me agachar.
As crianças não conseguiram me acompanhar nem mesmo naquela velocidade, o Sangue decaiu muito.
Girei meu corpo para o lado esquerdo socando a barriga da mulher de cabelos vermelhos.
Em menos de um segundo o estrondo de seu corpo atingindo o quadro foi ouvido. A queda de todos os papéis que nela estavam pregados estavam sendo banhados pelo seu sangue vomitado.
Não conseguia me expressar de outra forma se não com risadas. Eu estava livre de verdade, sem amarras ou qualquer coisa para me restringir.
Levantando o garoto da foice tentou me acertar de cima para baixo. Seus golpes eram exagerados e lentos, desviar não necessitava qualquer mínimo esforço.
O pequeno Súdito do Caos tentou novamente, sua foice veio ao meu encontro através de um golpe horizontal, mas outra vez sem sucesso. Ele tentou de novo, de novo, de novo , e de novo...
Não tinha tempo para brincadeiras, e lá estava eu, divertindo-me humilhando crianças. Com o apenas cair de minha mão aberta em seu pulso, a foice foi largada imediatamente.
Eu tinha que reconhecer seu esforço, ele segurou seu grito, guardou sua dor para depois e começou a conjurar arcanismo.
Seus dedos brilhavam rasamente fraco, por eles surgiram linhas avermelhadas que ele jogou sobre meu pescoço. Puxando com toda a sua força, o fedelho tentava me estrangular.
— Mas que audácia!
Com meu pescoço sendo fortemente apertado, agarrei um lado de sua asa, que coisa estranha, credo. Com a falta de ar já inerente o corpo de Wally já não resistiria por muito mais tempo.
Minhas pernas perderam um pouco da força e em um pequeno descuido, soltei o fedelho. Mas antes que ele caísse no chão, levantei minha perna direita e chutei seu queixo.
Arremessado contra um armário, a criança de Caos derrubou todas as cadeiras em seu caminho ao passar voando ao lado da criança de Espírito.
Caso aquele fedelho de Caos sobreviva, seu maxilar será um bom lembrete de como teria sido bom já saber qual que era o seu lugar.
Restava um ainda de pé, uma criança pálida e muito acabada. Aquele coitado estava caminhando para trás de costas para a porta enquanto observava o chão sendo pintado com o vermelho.
De frente com o Súdito de Espírito, enxerguei lágrimas saindo de seus olhos azuis. Por que choras? Logo se tornaria um com seu afinuo, era uma notícia simplesmente maravilhosa.
— O que é isso?... O que você ta fazendo Wally?
O fedelho caindo de joelhos encarava sem piscar os corpos de seus colegas caídos no solo.
Inclinei-me para o lado e olhei profundamente em seus olhos. Não necessitávamos de palavras, o silencio podia responder qualquer dialogo.
O pequeno Espírito com o olhar avido e conflitante, encarava fixamente somente um ponto.
Endireitando-me, levantei meu braço e agarrei seu cabelo.
Puxando-o para cima lentamente como uma pena. Quanto mais eu levantava, mais nítido a falta de esperança se mostrava.
Para completarmos nosso primeiro encontro, voltei a observar seus olhos azulados e então, realizei minha pergunta:
— Wally? Quem é Wally seu fedelho? Eu me chamo Aska!
Com meu braço direito posicionado, eu atravessei o corpo gélido e frágil do Súdito de Espírito.
— Nunca se esqueça disso.
Seus olhos confusos se virando para mim em seus momentos finais era muito chamativo, mas outra coisa roubou meu foco, a sensação... ela era estranha.
Era apenas uma criança de Espírito. Um simples fedelho do Elemento Espírito, então, por que o sentimento foi tão... melancólico?...
Eles eram frágeis como papel e irritante como moscas, e eu ainda assim senti algo por eles... mas, de qualquer forma não tinha tempo para aquilo, precisava encontra-los.
Realizei um soco em direção ao chão, retirando o estrume preso em meu braço.
Certo, vamos voltar a procu... MAS QUE PORRA!
Estava ficando sonolento enquanto algo brilhava cada vez mais em meu peito.... aquela merda de colar!
Meus instintos gritavam para retirar aquilo o mais rápido possível, mas meu corpo os confrontou. Eu...estou imóvel? E...chorando? Não, NÃO!
— NÃO! NÃO! NÃO! NÃO! NÃO! NÃO! NÃO! NÃO! NÃO!
Aquilo não podia estar acontecendo... nem deveria estar acontecendo. Eu estava sendo suprimido. Sangue desgraçado!
Não dava mais, não tinha mais jeito, tudo o que eu queria fazer naquele instante... era fechar meus olhos.
Os meus olhos fechei. Com todas as forças do meu ser, jurei, pensei... implorei... que tudo aquilo... fosse apenas mais um pesadelo.
Mas a vida nunca poderia tão fácil e simples não é? Aquela cena... ela era real... era, horripilante.
Karla estava largada sentada e tossindo. A boca de Soltrone balançava molenga e não parava de escorrer sangue... Yuki.... o Yuki... ele... estava morto...
Olhando para baixo, minhas mãos, ensanguentadas. Não conseguia entender, o que houve? O que era tudo aquilo? Quem nos atac...
Naquele exato instante, eu parecia estar revivendo um momento; como se estivesse sonhando acordado. De repente, lembrei de tudo. Eu fiz aquilo; fui eu... que matei Yuki.
As lágrimas não paravam, eram como um riacho sem fim. Eu não conseguia gritar, a minha voz tinha sido roubada de mim. Não tinha como acreditar; no pingar do sangue na madeira, escutei, risadas.
As mesmas risadas ensurdecedoras martelando a minha cabeça outra vez, não poderia ter outra reação se não me ajoelhar, chorar, e libertar minha voz.
Ajoelhado perante ao sangue, percebi a porta sendo destruída por fora. Diversos caçadores entraram na sala. Não enxergava seus rostos, tudo parecia turvo. Eles estavam... sorrindo bizarramente.
Rapidamente todos me rodearam e apontaram seus dedos; as malditas risadas finalmente sumiram. Mudaram, para gargalhadas. Eu não escutava mais nada além deles, nem mesmo meus gritos. Quando de repente eu senti; um soco no meu rosto.
Batendo minha cabeça na madeira banhada em sangue tudo se originou, enxergava e escutava tudo outra vez.
Em pé na minha frente estava Karla, tossindo sangue em cima da sua armadura destruída.
Ela me encarava irritada enquanto segurava firmemente sua barriga. Tossiu ainda mais a minha frente, terminando, chutou meu estômago.
— QUAL É A PORRA DO SEU PROBLEMA?!
Eu não... não... tinha nenhuma resposta. Karla tossiu novamente, cuspiu em meu rosto, e seguiu em direção a porta destruída.
Seus passos ecoaram pelos meus ouvidos em uma sintonia eternamente degradante. Eu... não queria... eu... realmente não queria! O Yuki... também era meu amigo.
Então por quê? Por favor!... Implorarei a qualquer um!... Apenas me digam; por que lá no fundo... eu não me sentia tão mal por aquilo?
Apoie a Novel Mania
Chega de anúncios irritantes, agora a Novel Mania será mantida exclusivamente pelos leitores, ou seja, sem anúncios ou assinaturas pagas. Para continuarmos online e sem interrupções, precisamos do seu apoio! Sua contribuição nos ajuda a manter a qualidade e incentivar a equipe a continuar trazendos mais conteúdos.
Novas traduções
Novels originais
Experiência sem anúncios