Volume 3
Capítulo 59: Com Bagunça (1)
Crunch!
Nathaly cortou o pescoço do bispo.
Pa-pah...
Sua cabeça quicou no chão, enquanto o fogo se espalhava pelo corpo e pelas raízes, incinerando tudo por completo.
Nina manteve o olhar fixo à frente, seus olhos transbordando todo o ódio que sentia.
TSSSS!!
O cuspe queimou em chamas escuras enquanto ela caminhava até a porta, dizendo:
— Vamos até o rei. Vou exterminar esses filhos da puta dessa igreja de merda.
— Tá.
Nathaly a seguiu, e Nina desfez a magia de pedra da casa, restaurando o quarto ao seu estado normal.
Após poucos minutos, chegaram ao palácio e foram direto ao salão real. Ao entrarem pela porta dupla, que nunca mais foi guardada após Nino matar um guarda e destruí-la, viram Simom com alguns soldados, obedecendo às ordens de Jonas.
O rei observou-as se aproximarem do trono.
— O bispo da igreja tentou abusar sexualmente de uma moça, e descobrimos que estão fazendo experimentos com humanos para criar uma espécie de Semi-Deus Artificial — comentou Nathaly.
— E isso é possível?
— Sei lá, porra.
Nathaly olhou para Nina.
— Manda fecharem as ruas, é melhor que a população não veja esse massacre.
— S-sim... Simom cuidará disso.
Simom se ajoelhou, curvando a cabeça, junto com os soldados ao seu lado.
— Sim, majestade. Mas mesmo fechando as ruas, se essas pessoas morrerem, como vamos nos desfazer dos corpos? E como ficará a igreja?
— Minta — respondeu Morf.
— O quê?! — Simom levantou a cabeça, olhando para ele.
— Vou escrever uma notícia confirmando que a construção está em situação propensa a desabamento. Confio na heroína e em sua ami...
— Mulher. — Nina olhou para ele com desânimo.
— Confio na heroína e em sua mulher. Quando terminarem o que têm a fazer, derrubem a igreja e espalhem as notícias que vou escrever por todo o reino. Vou mencionar que a construção de uma nova igreja começará em breve, para evitar protestos ou qualquer tipo de resistência.
— E realmente vai construir outra? — perguntou Simom.
— Não sei ainda... Talv...
— Tá. Tá. Tanto faz. — Nina se virou — Vamos, Nathaly.
Nathaly observou Nina se afastando, depois olhou para o rei e os soldados, fazendo um gesto de despedida com a cabeça. Voltou a olhar para Nina, já distante, saindo pela porta. Nathaly acelerou o passo e a alcançou no corredor.
— Tá muito brava.
— Melhor se preparar pra hoje à noite.
Nathaly ficou surpresa e abriu um leve sorriso animado com uma pitada de vergonha, enquanto acompanhava Nina, que a todo momento olhava para frente com um rosto bravo e indiferente.
Após saírem do palácio, não demorou muito para os soldados, a mando de Simom, pararem a circulação nas ruas ao redor da igreja, impedindo que as pessoas passassem pela barreira, mesmo que morassem lá.
— O que está acontecendo?
— Estamos conferindo a igreja; tivemos denúncias de rachaduras, e pode ser perigoso. A igreja pode desabar e machucar alguém dentro dela, ou até mesmo passando pela rua — respondeu um soldado a uma das pessoas curiosas.
De um telhado alto, as duas observavam o movimento diminuir.
Quando os soldados bloquearam completamente a passagem, Nathaly desceu, entrando rapidamente pela porta da igreja. Nina logo a seguiu, fechando a porta atrás delas.
Já era tarde, e o salão se enchia de atividade. Havia mais túnicas e bispos trabalhando. Mulheres vestiam preto, padres usavam branco, e os bispos ostentavam branco com dourado. Um deles, que substituía a autoridade local até que o morto retornasse, aproximou-se das duas.
— Posso aju...
SHKRUNCH!
Nina o cortou ao meio, verticalmente, de baixo para cima.
Os túnicas presentes no salão começaram a correr em direção a uma porta à direita, mas era inútil. Nina os matou a sangue frio, espalhando sangue vermelho e rosa pelo piso branco. Os que conseguiram entrar tentaram bloquear a porta com tudo que havia na sala, até mesmo com os próprios corpos.
Mas não adiantou.
BAAMM!
Nina chutou a porta, CRAASSHH! estourando-a.
O impacto empurrou alguns túnicas contra a parede, matando-os instantaneamente. Outros seis, aterrorizados, encararam Nina. Suas pernas tremeram, P-pah... e dois desabaram no chão. Os quatro que ainda estavam de pé, P-p-p-pah... também caíram — mas sem suas cabeças.
Vendo os corpos dos outros, os dois últimos, Scrch... começaram a se arrastar para trás, enquanto observavam Nina se aproximar.
— POR F...
Shkrunch!
Nina cortou metade da cabeça de um deles antes que pudesse terminar o grito.
O último vivo era um garoto, paralisado, com o sangue dos outros manchando sua roupa.
Nina o encarou nos olhos e perguntou:
— Onde fazem os experimentos?!
— E-E-EE-E...
— TRAVOU, FILHA DA PUTA?!
CRUNCH!
Nina chutou a cabeça solta de um dos mortos ao lado do garoto e explodiu a cabeça do cadáver.
— Se não quer sua cabeça assim, me responda: onde está a porra do lugar que fazem experimentos?
— E-E-EM BAIXO DO ALTAR! — o garoto gritou, apavorado, fechando os olhos.
Nina segurou a cabeça dele. Sccrrrchh... Arrastou-o para fora da sala e o arremessou no chão, Pah-pahm... em frente ao altar.
— Mostre.
Tremendo, se levantou e foi até a estátua da Deusa. Clek! Apertou um mecanismo mágico. Depois, caminhou até o altar, Clek! pressionou um segundo botão escondido sob o tapete. Sccrrrchh... O altar se abriu, revelando uma imensa escada branca.
— Corra daqui.
O garoto hesitou, mas logo começou a correr em direção à porta. Antes de alcançá-la, PLOCH!! uma espada de sangue atravessou sua nuca, saindo pelo meio do rosto.
Phaft...
Sem desviar o olhar do corpo caído, Nina se virou e começou a descer as escadas.
Nathaly a seguiu e comentou:
— Achei que deixaria ele ir embora.
— Não viaja.
— ...Experimentos com humanos para criar um Semi-Deus Artificial, que merda deve ser isso?
— Vamos descobrir isso já, já.
Após descerem as imensas escadas, se depararam com corredores ainda mais longos.
Seguindo em frente, viram que uma parede bloqueava o caminho. Quando chegaram, encontraram dez salas idênticas, todas com brinquedos semelhantes aos de um parquinho infantil. Nove delas se encontravam vazias, e em uma delas, havia algumas crianças.
Ao passar em frente da sala, perceberam que as crianças estavam estranhas. Andavam cambaleantes, algumas deitadas com os olhos muito abertos. Dentre todas, apenas uma falava: um menino com o número 21 escrito no pescoço e na roupa.
— Tenho que tirar a gente daqui. Tenho que tirar a gente daqui... — O número 21, em pé, olhava para o nada.
— Estão fazendo isso com crianças humanas. — Nina olhou para elas e se virou, saindo pelo corredor.
— Ei! E as crianças?
Nina virou ligeiramente o rosto e respondeu:
— Voltamos antes de sair. Se tiver algum primordial por aqui, vai ser um saco lutar protegendo essas crianças que nem parecem ter vida mais.
Nathaly olhou para as crianças.
— Tenho que tirar a gente daqui...
Virou-se novamente, viu Nina andando e foi atrás dela.
As duas continuaram a andar pelos corredores, que pareciam ficar cada vez maiores, até que, no final, viram um túnica tentando desesperadamente passar por uma porta mágica. Ao olhar para trás e ver as duas, ficou ainda mais assustado, Pa-pa-pa-pa! batendo suas mãos contra a porta.
— Abre! Abre!
— Senha negada.
— Abre... Abre, merda!
— Senha negada.
Olhou para trás.
BUUUMMM!
Uma enorme marreta acertou seu rosto, destruindo-o junto com a porta mágica.
Atrás da porta, havia um escritório cheio de papelada, frascos e potes de vidro, como um laboratório. Dentro dele, um túnica apanhava documentos de várias estantes com pressa.
Juntou um montinho de papéis e começou a correr para sair de lá, mas, naquele momento, BUUUMMM! a porta explodiu e, assustado, Fraaash... deixou cair todos os documentos ao seu redor.
— Não, não, não. NÃO! — Desesperado, se agachou para juntar os papéis
PLOCH!
Assim que se levantou e olhou para frente, uma espada perfurou sua cabeça, arremessando-o contra a parede, Pharshc... onde ficou pendurado com o corpo mole, já sem vida.
Caminharam até onde o túnica voou. Quando chegaram, Nina desfez o sangue, Phafh... e o corpo do túnica caiu.
Pegaram alguns documentos que o homem deixou cair e começaram a examinar.
— Eu não entendo a letra desse mundo.
— Relaxa. Esse cara segurava só esses papéis dentre tantos outros... Deve estar tudo aqui. — Nina folheou todos os documentos enquanto lia mentalmente. Depois comentou: — Que merda é essa? Usaram minerais líquidos nas crianças e as colocaram em contato com magia artificial, tentando fazer as crianças despertarem magia elétrica divina.
— Magia elétrica? Nunca vi alguém com isso.
Nina continuou lendo:
— Quanto mais cobaias com poder, maior a probabilidade do ritual do Semi-Deus funcionar. Tem uns símbolos aqui, acho que são do ritual. — Frashplashrs... Nina derrubou as coisas de uma bancada ao seu lado e colocou as folhas sobre ela. — Também tem isso, parece um mapa — apontou para a escrita acima do desenho do reino em questão, com um círculo mágico desenhado sobre ele, cobrindo toda a extensão — aqui diz Dirpu e aqui diz Van-Sirieri.
— A princesa tinha me ajudado com uns mapas, esses são dois reinos que ficam ao norte daqui.
— Então essa merda não é apenas aqui.
— Aparentemente, nã...
Riiiii-Roooo-Riiiii-Roooo...
Não escutavam a sirene, mas as luzes começaram a piscar em vermelho. Nathaly olhou para Nina e saiu correndo de volta ao corredor das crianças. Nina a acompanhou e o corredor ficou muito menor do que antes.
Rapidamente, Nathaly retornou aos parquinhos e não havia mais ninguém lá.
— Elas sumiram.
— Nathaly... Essa porta tava aqui antes?
Um novo corredor havia surgido, com uma porta no final.
— Vamos!
As duas avançaram e, BUUMM! Nina destruiu a porta.
Ao entrarem, encontraram um buraco imenso cercado por uma escada em formato de espiral. Olhando para baixo, viram as crianças andando de mãos dadas com os túnicas entrando em uma porta colossal no fundo do buraco.
As duas pularam e, quando chegaram lá embaixo, Sccrrrchh...CLAKI! a porta se fechou.
O Ritual começou.
Os túnicas soltaram as mãos das crianças, que ainda mantiveram as mãos levantadas, segurando o vento.
Caminhando com dificuldade, chegaram a um grande círculo mágico no chão, que começou a brilhar em branco. Aos poucos, todas as crianças foram drenadas, enquanto os desenhos do círculo se redesenhavam com sangue humano e um brilho amarelo.
Então, os corpos das crianças começaram a derreter, fundindo-se em uma grande gosma que gradualmente ganhava forma.
— ISSO! ISSO! ISSO É A PERFEIÇÃO! — o responsável estendeu seus braços para cima, gritando feliz.
BUM!... BUUM!... BUUUM!!
Nina batia na porta com sua marreta e, no terceiro golpe, CRRRRAASHH! a porta selada foi destruída.
Ao entrarem, viram vários túnicas mortos e um monstro cheio de rostos infantis, braços e pernas ao redor do corpo gordo. Era gelatinoso, uma grande gosma, escura, em tom de musgo.
Duas cabeças principais situavam-se no topo do corpo, e no meio delas, havia uma boca aberta, Crunck-grumb... ingerindo o responsável, que ainda tinha um sorriso no rosto e os braços estendidos para cima.
— Então isso é o Semi-Deus Artificial?
— Parece mais uma aberração.
— O ritual deve ter falhado.
— Ééé... Ô coisa feia! — o Semi-Deus Artificial olhou para Nina — Tá gostosa a refeição aí?
THAM!
O ser se tombou para frente e correu usando todas as pernas e braços na direção dela, BAAMM! que criou uma marreta e o acertou, BUM! arremessando-o contra a parede atrás do círculo mágico.
O Semi-Deus Artificial se esticou, voltando a ser uma gosma, mas se desgrudou da parede e retornou à sua forma original.
As duas cabeças deformadas principais se olharam, e todas as cabeças do corpo começaram a falar diversas coisas ao mesmo tempo:
— Tenho que tirar a gente daqui.
— Socorro!
— Nos mate!
— Estou com fome... Irmão — disse uma das cabeças principais.
— Quero comer... Quero ficar maior, irmão — disse a segunda cabeça.
— Nos mate!
— Tenho que tirar a gente daqui.
— Nos mate!
THAM!
Se tombou novamente e voltou a correr na direção das duas. No entanto, se soltou, THAM! e bateu no chão, quicando com um pulo muito alto, passando por cima delas, que apenas o observavam, Nina entediada e Nathaly curiosa.
— O que essa coisa tá fazendo?
THAM!
Caiu no chão, se derretendo, e começou a escalar rapidamente a parede das escadas.
Nina pulou, passou por ele, criou sua marreta e, ao voltar com uma pirueta, BAAAMM! acertou-o, disparando-o extremamente rápido para baixo.
Sccrrrchh...
Nathaly deslizou no piso e materializou a Hero, BRRUUNNN! queimando intensamente, fazendo um rastro pelo chão.
SHKBRRUUMM!
Passou o corte de fogo sagrado no ar, que rasgou o corpo do Semi-Deus Artificial, dividindo-o em dois.
PH-PHLAST!
As partes caíram para os lados e se ergueram em uma forma um pouco mais humanoide, porém ainda completamente desfiguradas e cheias de partes infantis. Todos os rostos em seus corpos ainda imploravam para serem mortos.
Os dois se entreolharam e voltaram a conversar:
— Irmão?
— Socorro!
— Oi, irmão.
— Estou com fome, irmão.
— Me mata!
Nina permanecia entediada, queria entender o que era aquilo, mas a preguiça era maior enquanto analisava o corpo daquele ser tentando entender como matá-lo.
"Isso tudo é coração?"
Nathaly olhava para eles, ainda curiosa:
"Elas estão mortas?"
— Também estou, irmão.
— Socorro!
— Nos mate, por favor!
— Elas não querem nos deixar comer, irmão.
— Sim, irmão.
— Tenho que tirar a gente daqui.
— Me mata!
— Vamos matá-las, irmão.
Os dois se viraram e olharam diretamente para elas. Ambos se inclinaram para trás, e seus corpos começaram a reagir com magia. Do corpo de um, emitia-se uma fumaça de gelo; do corpo do outro, raios percorriam toda a extensão gelatinosa.
Avançaram de uma vez, disparando contra as duas.
TROHNM!
Um raio foi disparado em Nina, FRROOSTH! enquanto um rastro de gelo, criando enormes cristais pontiagudos, avançava em direção a Nathaly. Nathaly materializou a Hero novamente e avançou, CR-R-RASHH! quebrando todo o gelo, e, em seguida, passou sua espada, SHKLAST! cortando-o ao meio.
Nina viu o raio sendo disparado. Foi muito rápido, mas, em sua visão, não tanto.
Simplesmente desviou, rotacionando o raio com a mão e adicionando magia escura, tomando posse dele. O raio ficou preto, emanando sua magia escura roxa e preta, e Nina o devolveu ao Semi-Deus Artificial.
BRROOUUUMM!
A explosão o destruiu, espalhando gosma por todos os lados.
Nathaly desmaterializou a Hero e retornou andando para próximo de Nina.
Nisso, Cshshbloshsas... começou a escutar barulhos e virou lentamente o olhar para trás. Todos os pedaços daquele ser começaram a retornar ao corpo maior, reunindo-se pedacinho por pedacinho, reconstruindo-o até recuperar sua forma original.
— Entendi.
— O quê?
— O experimento falhou sim, e ele é muito fraco. Só tem uma regeneração rápida — respondeu Nina, enquanto usava sua detecção atômica. — Ele tem 18 pontos em seu corpo que parecem corações. Precisamos destruir todos pra matar essa coisa.
— É só destruir então? — Nathaly materializou novamente a Hero e avançou para cortá-lo.
Nina criou uma espada e a acompanhou.
O Semi-Deus não conseguia reagir, Shk-hk-hk-hk-hk-hk! era cortado sem parar. Mesmo tentando alguns ataques, Nina cortava seus braços tão rápido que ele nem percebia para regenerar e tentar novamente. Entretanto, mesmo estando imóvel no chão, elas não conseguiam destruir os 18 corações.
Destruindo um, nos poucos milissegundos que demoravam para destruir outro, já era tempo suficiente para o coração destruído se regenerar.
Nina parou de cortá-lo e apenas o observou no chão implorando pela morte.
— Tenho que tirar a gente daqui.
— Me mata!
— Socorro!
— Nos mate, por favor!
— Tenho que tirar a gente daqui.
— Socorro!
Nathaly percebeu e também parou.
— São muitos.
— É só estourar tudo de uma vez.
— Meu fogo enfraquece com o gelo que ele tá usando internamente.
— Não precisamos disso.
Nina se lembrou de quando usou seu sangue para regenerar e controlar o corpo de Helena.
Olhando para os rostos que imploravam pela morte à sua frente, com um pequeno sorriso por achar deliciosos os sons de sofrimento que aquilo proporcionava, criou uma espada, segurando o cabo com desleixo, assim como Anna fazia com sua foice quando queria mostrar quem mandava.
Segurando-a com dois dedos, a soltou, Ploch! e a espada penetrou o corpo da aberração no chão mais uma vez.
Olhando para cada coração, Nina manipulou o sangue pelo corpo dele e formou lâminas na frente de cada um.
Ploch!
Quando todas se posicionaram, Nina perfurou os 18 corações de uma vez, matando o Semi-Deus Artificial instantaneamente.
— Pronto.
O corpo do Semi-Deus derreteu como sorvete no chão.
— ...Uma pena que não conseguimos salvar as crianças.
— Elas não queriam mais ser salvas... Ao menos não no estado em que estavam... — Lembrou-se de Rose e demorou um pouco para voltar a falar. — ...Mas não tiveram suas mortes em vão.
Levantando um pouco a mão, vendo sua palma, Trohzrzrzz... Nina manipulou magia elétrica, criando um raio amarelo que logo foi consumido por magia escura.
— Magia divina é? — disse, olhando para a magia em sua mão.
— É literalmente a primeira vez que vejo uma magia assim. Alissa disse que já matou uma calamidade que tinha poderes de raio, mas ela nunca teve um vídeo ou foto, segundo ela sempre reduzia tudo a um objeto minúsculo.
— Alissa é a Alissa... — Fush... fechou sua mão, dissipando a magia. — Vamos embora. Amanhã vamos pra um dos dois reinos que você disse.
— Acabar com esses desgraçados de uma vez, né?
— Matar cada um que tá por trás disso — respondeu, com um rosto intimidador.
Saíram do local, voltando para o salão da igreja.
Crash!
Destruíram parcialmente cada pilar no espaço e deixaram o restante para o exército de Alberg seguir com o plano. Como ninguém em Alberg sabia magia para lidar com a destruição de forma segura, chamaram alguém com mais autoridade que o próprio general.
Drevien apareceu e, após os soldados explicarem parcialmente o que havia ocorrido, destruiu a igreja sem muita enrolação. CRRRRAAASHH!! Destruiu a estrutura de dentro para fora, de forma rápida e eficiente. Ninguém percebeu o que ele fez exatamente, mas a encenação dos soldados correndo do local foi convincente, e todos os moradores acreditaram que poderiam ter se ferido se tivessem se aproximado.
De longe, as duas observavam a catedral desabando, do topo de uma casa alta.
Algumas pessoas choraram, crianças ficaram com medo, mas os soldados ajudaram a todos, mantendo o local interditado para que a limpeza das ruas começasse. Parte da igreja desabou nos túneis do laboratório, que já haviam perdido a cor branca desde que as duas saíram de lá. O afundamento da construção ajudou a nivelar o terreno mais tarde.
Entre os destroços, Drevien permaneceu em pé, olhando diretamente para a estátua da Deusa do Sol, a única coisa que não foi destruída. Todo sujo de poeira, Paf-paf... deu dois tapinhas em seu corpo para se limpar. Com um semblante de desdém, voltou o olhar para ela e agarrou o pescoço da estátua.
Crash!
Prak-pahm...
A cabeça rolou, caindo entre os escombros.
CRASH!
Estressado com aquele ser patético, pisou na estátua, destruindo-a completamente, e então voltou para sua prisão, enquanto alguns soldados prestavam continência.
Do Reino dos Céus, a Deusa do Sol o observava por uma das telas, sorrindo enquanto se abanava com um leque divino, satisfeita por ver que ele ainda não havia superado suas perdas.